Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Todos contra a Lava - Jato. TOMBADA e PATRIMÔNIO do cidadão-contribuinte-eleitor

HELIO FERNANDES

O desespero chegou ao auge atingiu o apogeu. Os dois lados, o que era governo e o que finge que é, se desumanizam na unanimidade: temos que destruir a Java - Jato ou seremos destruídos por ela.E então desvendam e desencadeiam a devastação da gravação. No plural ou no singular. Perpetradas para a derrubada de uma presidente incompetente mas eleita, ameaçam um presidente provisório desincompetente e nem eleito.

Concretizadas em março, essas conversas obtiveram sucesso, levaram e elevaram o vice ao Planalto. Mas logo em maio,publicadas com estardalhaço, por ressentimento ou desentendimento,atingiram drasticamente o ocupante provisório do Planalto. Foi à primeira gravação assinada por Sergio Machado.

Atingiu diretamente o coração do governo que acabara de assaltar o Planalto, suas forças não conseguiram "tomar" o Alvorada. Geograficamente continuava no Jaburu, teve que fugir da residência particular de SP, o povo mostrava seu descontentamento.

Mas como revelei aqui com exclusividade no mesmo dia, Temer fugiu-viajou mas deixou a ordem: "Tire esse pessoal da frente da minha casa, mesmo que tenha que destruir todas as barracas". Cumprida imediatamente, com a violência que julgou necessária pelas palavras do provisório. 

Saiu de SP, fugindo, por causa da primeira manifestação do impoluto Sergio Machado. Gravada em março, que o ajudaria a chegar ao poder distante do povo, não sabia que era uma serie de diálogos com os mais diversos e até surpreendentes personagens.

E nem imaginava que a primeira divulgação, derrubasse sem piedade, o seu mais importante e intimo ministro alem de senador, Romero Jucá. Designado para vigiar e fiscalizar Meirelles, colocado no Planejamento, mas na intimidade identificado como Primeiro Ministro. E parecia mesmo.

Corrupto, usando todos os meios para a tentativa de salvação, sem o menor constrangimento, usou tons de cinza na estratégia. Seu objetivo visível era Michel Temer. Mas avaliou certeiramente, que seria mais destruidor atirando em Jucá, obrigando o presidente provisório a sair de casa para defendê-lo. Machado fez tudo certo como planejara.

Cometeu apenas um erro: colocou carga exagerada no projétil, em menos de 24 horas estava tudo destruído ou dinamitado. Houve o malabarismo do "licenciamento" em vez de "demissão", o resultado foi o mesmo. Só que devido á rapidez dos fatos, Sergio Machado precisou voltar ao centro dos acontecimentos.

A gravação com Renan, estava reservada para depois. Não podia movimentar e utilizar todo o explosivo de uma vez. Esperava que o velório de Jucá demorasse mais tempo, ficou surpreendido. Diante do quadro que se formou, teve que colocar nos jornais e conseqüentemente nas televisões, as conversas com o presidente do Senado. Se julgando bom caráter e para satisfazer o próprio ego, murmurou diante do espelho: "Meu amigo Renan não aparece mal na gravação". Equivoco deliberadamente praticado.

Ele sabia que Renan ficava péssimo, tinha varias gravações com ele. Como o presidente do Senado reagiu irritado,publicou a segunda. Como na primeira, pretendia atingir e desmoralizar a Lava-Jato.  A mesma obsessão de Renan considerou que suas relações não seriam atingidas. 

Não pretendia publicar a conversa com Sarney. Foi acidente de percurso. Ao ouvir a gravação, (não faz outra coisa), ficou entusiasmado, mudou de ideia. Não só pelo texto, mas pela citação do nome do ex-presidente do STJ, Asfor Rocha. O ex-presidente da Transpetro não esconde nas diversas gravações: "Temos que nos unir todos, contra a Lava-Jato". E incluía sempre o Supremo, falando até em Ministros.

Mas ressalvava: "Não tenho o menor contato com Teori, ele é um cara (textual) muito fechado". Aparecendo alguém que era intimo do ministro-relator, resolveu jogar Sarney na fogueira. O ex-presidente do STJ negou com veemência, Sarney teve que pedir desculpas públicas.

O ex-presidente está preocupado. Chegou à presidente por acaso, considerava que vice, era uma "dádiva de Deus". E queria ser vice de Maluf, achava que ele ganharia, Pediu ao excelente jornalista Oliveira Bastos, para ir conversar com o ex-prefeito sobre o assunto. Maluf repudiou imediatamente.

Logo depois, surpreendentemente Tancredo convida Sarney para vice, todos sabem o que aconteceu. Agora, Sarney diz, "eu não queria entrar na questão, passei a ser considerado inimigo e coordenador contra a Lava-Jato". Sabe que está envolvido e complicado.

A delação de Pedro Correia

Não tem caráter, escrúpulos, credibilidade. Ele mesmo confessou: "Ha 30 anos recebo propina de mais de 20 órgãos estatais". Isso prova como a corrupção vem de longe. E a importância inexpugnável da Lava-Jato. Como não se trata de uma avaliação para saber quem é mais honesto, todas  as denuncias devem ser investigadas. Confirmadas, serão as mais importantes, valiosas para a comunidade. Mentirosas, levianas, inventadas, deve ser condenado ao dobro da pena que merecia.

As gravações e as denuncias apenas faladas, completamente diferentes. Pode haver discordância e até incompreensão em relação a alguém que conversa com um amigo, e leva sorrateiramente um celular para gravar tudo.Mas o que foi dito e publicado, pode ser interessante e servir á coletividade. Já o que revela reminiscências de sua vida criminosa para inculpar alguém, não merece o menor credito.

O estupro coletivo, e o estranho comportamento policial                                                                                                                                                  
O Brasil e o mundo se horrorizaram com o crime praticado contra uma adolescente de 16 anos. Não houve um jornal, não importa de que país fosse que não divulgasse, protestasse e pedisse punição rigorosa para os criminosos. (33, ninguém sabe quem fez a contagem, certamente não foi o delegado). Até a ONU se manifestou oficialmente, protestando e ratificando o horror da humanidade.

 Ao contrario da barbaridade constatada, o delegado que devia cuidar da questão, revela uma inesperada cautela ou omissão. Já ouviu duas vezes a vitima, e como dizem os advogados, "com visível má vontade e até hostilidade". Em relação aos criminosos, diz que "ainda não tenho provas para fazer alguma prisão". Lógico, como fica na delegacia, não investiga não sabe de nada.

Por que não ouviu ninguém que tenha participado do crime monstruoso? Não existe nenhum suspeito? Se mandasse levar alguém á delegacia para ser ouvido, devia saber muito bem o que aconteceria.

Logo estariam presos, entregariam os outros, os 33. È assim que funciona. A OAB protestou. Os advogados da vitima, pediram o afastamento do delegado. O chefe da Policia Civil se restringiu a publicar uma nota, em que declara, "a investigação é totalmente IMPARCIAL".  

Floriano Peixoto/Prudente de Moraes

Helio Gaspari, ontem, tentou reinventar a Historia: "Floriano Peixoto saiu do Catete para não dar posse a Prudente de Moraes". Acontece que a posse de Prudente foi em 1894, e o Catete só foi comprado em 1896. Neste ano, Prudente teve que ser internado ás pressas, para uma cirurgia gravíssima. Poucos acreditavam que voltasse.

Assumiu o vice, (sempre eles, sempre eles) Manoel Vitorino, da Bahia. Imediatamente comprou o Palácio das Águias logo conhecido como Catete, por causa da localização. E abandonou o maravilhoso Palácio Itamaraty, que transferiu para o Ministério das Relações Exteriores.

Floriano, que era indireto e ilegítimo, acreditou que fosse ficar presidente o resto da vida, não organizou a posse, nem compareceu. Foi um caos. No terrível calor de novembro, todos de fraque, transportados de tilbury. Não havia carro. O genial Henry Ford lançou o carro com seu nome, em 1890. Mas a produção era precária, só muitos anos depois foi vendido em alguns países.

Prudente se salvou, ficou 4 meses em Petrópolis. De trem veio para o Rio. Chegou ao Catete, na porta chamou um continuo, falou: "Diga ao senhor Vitorino que já reassumi". Nunca mais se falaram.

O Ministro da Justiça, quer colocar um político como Comandante da Policia Federal excetuados os políticos e os empreiteiros, apavorados com a prisão, o grande inimigo da Lava-Jato, é o Ministro da Justiça nota ZERO. Primeiro declarou na televisão, que o "governo iria mudar a forma de escolher o Procurador Geral". Levou tremenda reprimenda do presidente provisório.

Logo anunciou que iria a Curitiba. Como a repercussão foi negativa, não se sabe se vai. O que estou revelando com exclusividade.Amanhã,os Delegados Federais fazem eleição para escolher um deles para o Comando da Policia Federal.

Fizeram tudo de comum acordo, preservando a independência da própria Policia e o interesse coletivo. Escolheram 9 Delegados para se candidatarem. Os 3 primeiros integrarão uma lista, que a Associação de Delegados Federais, entregará ao presidente provisório. O Ministro da Justiça, se antecipando á eleição e á decisão do presidente, já declarou: "O presidente Temer não aceitará essa forma de indicação".

Gilmar Mendes-Michel Temer

O primeiro é Presidente do TSE. (Tribunal Superior Eleitoral). Tem 4 ações pedindo a cassação da chapa que disputou a eleição de 2014, Dilma-Temer. O segundo é um dos envolvidos nas ações. O que o presidente do tribunal julgador, foi fazer no reduto de um dos acusados? E por que conversaram 45 minutos?

Mais pergunta: por que nenhum órgão de comunicação noticiou ou comentou o fato? Se este repórter, que trabalha rigorosamente sozinho e com informantes, soube, é lógico que muitos outros teriam que saber e souberam mesmo.

PS- FHC está em Nova Iorque. Convidado para dar uma palestra, aceitou. Adora holofotes. Quando já se dirigia para o local, foi advertido: "Vai haver grande manifestação contra você. Pelo fato de ter participado do golpe que derrubou a presidente". Cancelou imediatamente, coragem moral não é o seu forte.


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