Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 30 de agosto de 2019


O STF NUMA DECISÃO POLÊMICA E CONTROVERSA

HELIO FERNANDES

Depois de absolver o juiz Sérgio Moro da acusação de parcialidade, a Segunda Turma anula uma das suas condenações mais bem fundamentadas. A que atingiu o ex-presidente do Banco do Brasil e ex-presidente da Petrobras, Aldemir Bendine.

Foi a primeira anulação de uma sentença da Lava Jato, baseada numa questão técnica que não anula a acusação. O acusado foi beneficiado três vezes e abre caminho para revisão de um numero enorme  de condenações.

Bendine saiu da prisão, a condenação volta para a primeira instancia. Foi suspenso um julgamento que confirmaria a condenação de Bendine. Passaria a regime semi aberto. Nunca um réu já condenado foi tão beneficiado.

Gilmar e Lewandowski confirmaram a tendência de libertar presos ou condenados pela Lava Jato. O terceiro era Toffoli. Com a ida dele para a presidência do tribunal, (sem  eleição) os que adoram "adivinhar", disseram que com a ida de Carmen Lucia para a Segunda Turma, o 3 a 2 seria mantido, para confirmar a  condenação.

Erraram completamente. A ex-presidente honrou a tradição do atual não deixou Gilmar e Lewandowski, isolados na estrada.

NA REUNIÃO COM OS GOVERNADORES DA AMAZÔNIA,
A SUBSERVIÊNCIA GANHOU DE 7 A 2

Inicialmente a reunião, (solicitada por 7 governadores por carta ao presidente,) tinha como objetivo pedir ajuda presidencial para poderem governar. Bolsonaro concordou, convidou os 2 que não assinaram a carta. Marcou a reunião. Mas até haver o encontro, a Amazônia se internacionalizou, se transformou no único assunto a ser comentado mundialmente.

Segundo afirmação publica do presidente da Câmara, "Bolsonaro tratou a questão da Amazônia, como um caso pessoal". E Maia defendeu abertamente, "que o Brasil aceitasse a ajuda financeira oferecida". Natural e obviamente, preservada a soberania nacional.

Realizada a reunião, a ajuda aos estados foi superada pela questão internacional. O próprio Bolsonaro deu prioridade á questão, receber ou recusar a ajuda internacional. Ele mesmo colocou a sua opinião, "recusar toda e qualquer colaboração financeira". Foi seguido e apoiado por 7 governadores.

Só dois governadores, Helder Barbalho, Pará. Flávio Dino, Maranhão, foram decididamente a favor da ajuda, argumentando que o dinheiro era indispensável, e a soberania não seria atingida de Jeito algum.

PS- A "convicção" de Bolsonaro foi embalançada, a aceitação e a recusa estão em discussão.

45 ANOS DA TRANSAMAZÔNICA

Assim que assumiu a "presidência" o general Médici, (que se inspirava em Pinoch, os dois adoravam assistir torturas, quando acabou a ditadura foram denunciados pelos órgãos de informação dos EUA,e pelos filmes libelos de Costa Gavras) decidiu realizar uma  obra que marcasse e eternizasse seu "governo".

Optou por uma rodovia que ligasse diretamente Brasília á Amazônia. Gastou uma fabula de dinheiro, fez uma festa faraônica. E construiu o que logo foi rotulado de "estrada que liga o nada a coisa alguma". 

Dessa estrada, sobrou apenas o charco, o lamaçal, o intransitável. Não deu nem para comemorar ou festejar, é um dos maiores fracassos da ditadura.

O FMI LIQUIDOU O PRESENTE DA ARGENTINA E O FUTURO DE MACRI

Nenhum país que recorreu ao macabro Instituto, resistiu. Cobra juros fantásticos, pratica terrorismo financeiro, seus "acordos" são sempre destruidores.

Vou contar rapidamente uma conversa entre Juscelino (presidente eleito e ainda não empossado, em viagem de 30 dias pelo mundo) e o ditador de Portugal, Salazar. Antes de ser ditador, tendo derrubado o presidente General Carmona, foi professor de finanças da famosa Universidade de Coimbra.

Disse ao presidente brasileiro: "Se o senhor. quiser governar até o fim do seu mandato, não faça duas coisas. 1- Não recorra ao FMI. 2- Não faça reforma cambial".

PS- JK, preocupadíssimo, seguiu o conselho de Salazar, governou os 5 anos.

PS2- Mais tarde, numa entrevista vastamente publicada, JK revelou: "Quando estava para terminar o meu mandato, fiz sondagens e consultas para uma possível reeleição. Não obtive receptividade, abandonei a ideia."

PS3- Macri não fez nada disso, está pessoalmente em situação desesperadora, e a Argentina sem saber o que acontecerá na eleição
de 27 de outubro.

BC: VOLÚPIA DE VENDER DÓLAR

Impressionante: passaram a semana jogando a moeda no mercado, para fazer a cotação cair. Pois de segunda até sexta, começando e terminando a semana, o placar não saiu dos 4,17. A direção  do BC considera que reserva de 400 BI é vitoria astronômica.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019



TODOS QUEREM "AJUDAR" A AMAZÔNIA

HELIO FERNANDES

Mas não pelo fato dela representar o "pulmão" do Planeta. E sim pelo fato do seu fantástico território ser depositário de fabulosas e diversificadas riquezas. Incluindo quantidades incalculáveis de nióbio, cobiçadas pelas potencias do mundo. Principalmente as mais ricas, que se reúnem como quadrilhas, e se intitulam de G7.

Quem complicou as coisas foi o presidente da França. Ele transformou um problema que poderia ser resolvido com participação grandiosa, numa questão de base comercial. Antes de qualquer encontro ou conversa do grupo, levou a questão para o lado comercial, de forma abjeta, e sem qualquer apoio.

Duas propostas que  só serviam a ele e a França. Sanções contra o Brasil. E recusa de ratificar o acordo UE-Mercosul.

Foi contestado duramente pelo Primeiro ministro do Reino Unido. Assim que chegou a Biarritze, Boris Jhonson foi incisivo e liquidou a questão: "O problema da Amazônia não pode incluir interesses seja de quem for".

Partiram então para a colaboração financeira. O G7, como um todo, doaria ao Brasil, 90 milhões de reais para acabar com as queimadas. O Brasil já devia ter recusado essa "proposta indecente". Recebendo dinheiro, fica evidente que os doadores acreditam que podem reivindicar recompensas.

Mas a alternativa que seduz o presidente brasileiro, é inaceitável, tem que ser recusada. A proposta de Bolsonaro, publicada por ele: "Acordo Brasil-EUA para tratar e cuidar das queimadas e desmatamento". O Brasil tem que assumir a responsabilidade e resolver o problema sozinho.

Com seu jeito estabanado de governar, desperdiçou 155 milhões da Alemanha e 134 milhões da Noruega. Vinham colaborando há anos, sem nenhuma exigência. Alem de abrir mão do dinheiro, insultou os dirigentes dos dois países.

PS- Agora a questão virou ação terrorista da França. Seu presidente Macron propõe que a Amazônia seja internacionalizada.

PS2- Quer que a Amazônia, (desmatamento e queimadas) seja resolvido pela ONU. Já garantiu apoio do Secretario Geral.

PS3- Mais grave ainda: sugere um confuso  e premeditado ESTATUTO com ingerência total sobre a Amazônia.

PS4-  INTERVENÇÃO  no Brasil. Isso exige reação dura e imediata, que não parece estar nos planos de Bolsonaro. Inacreditável, mas rigorosamente verdadeiro.

A IMPORTÂNCIA DA AMAZÔNIA, SILENCIOU 2 ASSUNTOS NO SENADO

A sabatina do embaixador nos EUA, "rachou" completamente os senadores. Impossível dizer o que acontecerá na  votação, se houver. Dividiu até os personagens. Já aceito ha 15 dias, pessoalmente pelo presidente dos EUA, a indicação deveria ter sido imediata.

Contraditoriamente o presidente afirmou: "Admito não fazer a indicação, não quero expor meu filho a um fracasso". Passava recibo na indecisão e na dificuldade de obter maioria,

Surpreendentemente o filho veio a publico, desmentiu o pai presidente: "Continuo candidato  a embaixador, serei aprovado". Na disputa pela credibilidade da afirmação, o pai leva vantagem: é ele que envia a indicação para o senado.

O outro assunto, atropelado, é a reforma da Previdência. Será aprovada. A batalha,(que se trava nos bastidores) é para que o projeto não seja alterado. Se for, volta para a Câmara.

PS- Com pressões e receios, Bolsonaro liberou emendas  para as duas votações.

PS2- È o que ele chama de "nova política".

OS MALABARISTAS DA ECONOMIA, DO PROJETO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Quando Paulo Guedes foi convidado para super ministro, e anunciou seu plano de salvação nacional, ha muito não se falava em TRILHÃO. Foi categórico: " A Nova Previdência vai produzir economia de 1 trilhão em 10 anos. Não admito conversar sobre outro numero".

(Alem desse projeto, garantiu que venderia (privatizaria) 400 estatais, faturando 800 BILHÕES, por fora. Contestado de todos os modos, aumentou a euforia, sua previsão de economia, passou para 1 trilhão, 241 bilhões, não abriu mão nem do quebrado.

Negado pelos maiores especialistas, que não iam acima de 700 bilhões, foi recuando durante meses, aceitou o que a Câmara aprovou sob restrições:933 bilhões nos mesmos 10 anos. Durante todo esse tempo, contestei o projeto, chamei-o de farsa planejada. 

O projeto chegou ao senado, e foi escolhido relator o Tasso Jereissatti, escrevi que a escolha fora combinada mas o resultado seria deplorável. Só que não traduzi o que para este repórter se enquadraria como deplorável.

Não precisaria. Anteontem, depois de 12 dias com o projeto, Tasso  deu a primeira declaração com números avassaladores pelo entusiasmo e a euforia. Estarreceu até o autor e redator do projeto. Seu cálculo e prognostico para a economia, nos mesmos 10 anos. Vou colocar numa linha isolada.

1 TRILHÃO, 315 BILHÕES. 

Guedes jamais chegou perto desse total. Os vários relatores que ficaram meses discutindo e debatendo detalhes, não passaram, (repetindo) de 933 BILHÕES.

PS- O senador do Ceará, sozinho e com tempo mínimo, aumentou a economia em mais 400 BILHÕES.

PS2- Se era difícil engolir 933 BI, imaginem essa mistificação aumentada, (sem explicação) em mais 400 BI.

PS3- Alem da farsa, critica dura aos que vieram antes dele.

DÍVIDA PÚBLICA VAI A 4 TRILHÕES DE REAIS

Mas a direção do BC parece satisfeita e confortável com as reservas em dólares. Perto de 400 BI em dólares. E continua desperdiçando a moeda. Autorizou Paulo Guedes a gastar 50 BI. E ontem jogou 500 milhões no mercado para sustentar a cotação. Que no entanto fechou praticamente em 4,17. A mais alta.

E o presidente do BC fez declaração que considerou satisfatória, auspiciosa e animadora: "O real precisa cair muito para nos preocupar".

Nobel

Falam com insistência que o Brasil receberia seu primeiro Nobel. E seria através de  um representante da  população mais antiga, o Cacique Raonic. Seria uma condecoração individual para ele. E homenagem para toda a família indígena. Pode não se confirmar.

Mas os primeiros rumores surgiram do Vaticano, quando ele foi recebido pelo Papa. 


quarta-feira, 28 de agosto de 2019


GOVERNADORES DA AMAZÔNIA ESCREVEM

CARTA AO PRESIDENTE

HELIO FERNANDES


São 8 estados da Amazônia, logicamente 8 governadores. Apenas 5 se comunicaram com Bolsonaro relataram suas dificuldades. Confessaram que não podem sobreviver sem ajuda federal. O Presidente respondeu que vai recebê-los esta semana.

Os outros 3 governadores, com os mesmos problemas, não tiveram condições de recorrer, foram tratados brutal e desprezivelmente pelo presidente . Este poderia dar lição de  grandeza e desprendimento, mandando convidá-los.

Aceitariam, sem duvida, a Amazônia unida para enfrentar a adversidade

PREFEITURA DO RIO, JÁ COM 6 CANDIDATOS

Mas ainda surgirão outros. A eleição será no fim do ano que vem e está aberta a todos. Se um candidato passa 10 anos na prisão, tem um passado esdrúxulo, estapafúrdio, criminoso, sai direto da prisão para tentar a prefeitura, é evidente que ninguém pode ser vetado.

O prefeito, que comprou o impeachment para continuar no cargo, já anunciou que tentará a reeleição, tem as mesmas chances do ex-presidiário de 10 anos.

Temos que pensar seriamente no futuro, usando o presente para lembrar e repetir o passado. O primeiro prefeito eleito do Rio, em 1932, foi o notável e extraordinário Pedro Ernesto. Já se passaram 87 anos, mas um fato é inesquecível.

Getúlio Vargas ficou 15 anos no poder sem consulta popular. Se tivesse havido eleição, o presidente seria um dos dois estadistas: Pedro Ernesto ou Osvaldo Aranha.

Que país teríamos construído.

POLÍCIA FEDERAL ATACADA PELO EXECUTIVO,
DEFENDIDA PELO LEGISLATIVO

O comportamento do presidente Bolsonaro, desprezando a PF, foi acintoso, desairoso,perigoso. E alem de tudo inédito. A PF sempre teve autonomia, respondeu com atuação respeitável e sendo respeitada. Na verdade, o capitão-presidente pretendia atingir e desmoralizar o ministro Moro, a quem a PF é subordinada.

O capitão- presidente sabia que o ministro não responderia. Mesmo depois da afirmação, "a ultima palavra é sempre minha. Sou eu que mando, não sou um presidente banana".

Bolsonaro não esperava a reação imediata da Câmara. Estava na CCJ projeto dando autonomia total á PF. Sem movimentação, parado a algum tempo. Rodrigo Maia se movimentou, aconteceu a mesma coisa com o projeto. Está pintando aprovação rápida, derrota de Bolsonaro, autonomia para a PF. Não existe PF eficiente, sem autonomia. Sujeita aos caprichos do presidente.

UNIÃO NACIONAL NA AMAZÔNIA

Enquanto Macron, (e não o G7) quer internacionalizar a Amazônia, tentando  criar um Estatuto para a região (uma forma suspeita de penetrar no nosso território), o governo federal e os estados que compõem a Amazônia, abandonam divergências e vão se reunir. 5 estados escreveram carta ao presidente pedindo ajuda.

Bolsonaro então resolveu convidar os outros que ficaram de fora. Todos concordaram, se encontrarão ainda esta semana. Essa forma de humanizar e refrescar as relações, pode destruir as queimadas e o desmatamento.


terça-feira, 27 de agosto de 2019


O STF INOCENTA MORO, MANTÉM PRESO
EX-PRESIDENTE

HELIO FERNANDES

O ex- juiz da Lava Jato foi considerado IMPARCIAL nos julgamentos de Lula. A decisão não chegou ao plenário, ficou e terminou na Segunda Turma, famosa por mandar soltar presos por 3 a 2. Os 3, sempre unidos na suposta paixão pela LIBERDADE, Gilmar, Lewandowski, Toffoli. 

Muitos supunham que com a ida de Toffoli para a presidência, o placar passaria a  ser contra a liberdade, também  por 3 a 2. Mudariam os sobrenomes e os votos.

Como o "mundo gira e a lusitana roda", 5 ministros conseguiram 5 façanhas.

Inocentaram um juiz parcial, condenaram o perseguido Lula, obtiveram inédita unanimidade, livraram o plenário de ter que participar da farsa, mantiveram viva a possibilidade de Moro voltar ao STF.

Não como réu, sendo julgado. E sim como ministro julgador.

EDUARDO CUNHA, QUASE LIVRE, PALOCCI LIVRÍVISSIMO

Inesperadamente ganhou uma liminar que o devolvia á liberdade. Menos de uma hora depois, a noticia chegou ao STF. Foi imediatamente anulada. Nada contra  a decisão do STF. Mas deviam investigar quem mandou libertar o ex-presidente (corrupto) da Câmara e a justificativa.

Por falar em investigação: por que o ex-ministro, (duas vezes) Palocci, continua em liberdade ? A direção da Lava- Jato de Curitiba não aceitou sua delação. Recorreu á PF, está em liberdade, e não teve que devolver nada, da fortuna que roubou.

MAIA-ALCOLUMBRE, DOIS PARLAMENTARES, UM ÚNICO OBJETIVO

Ha muito, ou nunca, o presidente da Câmara e do senado estiveram tão unidos  Se encontram sempre, conversam de forma leal e franca. Nenhuma hostilidade, só amabilidades.

Maia insiste em mais reuniões do Congresso, sabendo que sempre que isso acontecer, a sessão será comandada pelo presidente do senado.

Enquanto  isso, vão conversando individualmente. Têm encontro hoje. Motivo: como podem colaborar de forma construtiva, para que a crise  da Amazônia possa deixar as manchetes negativas, do Brasil e do mundo.

REDUÇÃO DE SALÁRIO

A Constituição proíbe que os salários de servidores públicos sejam diminuídos. (Mesmo na iniciativa privada, só podem ser reduzidos com acordo entre patrão e empregado. Existem situações em que a empresa não tem condições de pagar. O dilema: diminuir a folha, reduzir ou fechar).

Quando quem paga é o governo, não ha jeito. O STF recusou o pedido, com o voto de 6 ministros. Só que Toffoli suspendeu o julgamento, com duas alegações estapafúrdias, ou bem "toffolianas".

1- Carmen Lucia votou de forma diferente. 2- Celso de Mello não estava presente.

A verdade: quando um julgamento é interrompido, ministros podem mudar de voto. È a intenção do presidente,o ultimo a votar que defende a REDUÇÃO de salários.

PS- O julgamento deveria terminar amanhã, quarta.
PS2- Mas com Toffoli, pode ficar fora da pauta, indefinidamente.

MANIFESTAÇÃO ESTRANHA E SURPREENDENTE

No domingo, algumas centenas de pessoas invadiram a orla, (fechada para uso exclusivo de pedestres) para "protesto" a favor, inovação constrangedora. As ruas são sempre utilizadas para manifestações em defesa do interesse da coletividade, protesto sem aspas.

Nenhuma repercussão pela falta de povo pois pretendiam homenagear o impopularíssimo capitão-presidente. Seu forte, cada vez mais rebaixadas, são as redes.

Mas o inacreditável, é que meia dúzia de insensatos saíssem de casa para gritar: "Dallagnol para Procurador Geral da Republica". (PGR). Já esteve para ser demitido. Acusado com provas solidas. E sem nenhuma defesa, mesmo frágil.

È a rua ultrajada.

MINISTRO DO MEIO AMBIENTE, NÃO RENUNCIA
E TENTA SE CONSOLIDAR

Quando o país esperava a demissão de Ricardo Salles, ele surge com afirmação disparatada, desequilibrada, completada, desinformada. Textual: "Precisamos discutir a Amazônia de forma lúcida".

Contradição total, confronto e desafio á opinião publica. Seus 7 meses são omissos e desprezíveis, o apogeu foi a ida frustrada a Fernando de Noronha, quando de forma inacreditável, confundiu a ILHA com o ARQUIPÉLAGO.

Tudo ficará na mesma. Bolsonaro não vai demiti-lo. Ele não pedirá demissão.
Que Republica!!!

BOLSA/DÓLAR

Como tenho dito, não existe perigo de recessão no mercado financeiro global. Nas moedas e ações não é vendedor nem comprador e sim aproveitador. No Brasil, a Bovespa em queda de 1,5% bem distante dos badalados 100 mil pontos.

O dólar continua em alta. Fechou a 4,15 a maior cotação dos últimos meses. Acabou a semana em 4,12, abriu em 4,15. Alta pequena, mas alta.


segunda-feira, 26 de agosto de 2019


PETROBRAS: MILITARES RESISTEM

HELIO FERNANDES

As noticias sobre o assunto, divulgadas pelo governo, (desgoverno) provocaram protestos e fortíssima reação nos círculos militares. Houve uma época,  em que a palavra de ordem no Brasil, divulgada pelos americanos, era, "não ha petróleo no  Brasil". 

A  reação revolta vinha direta e imediatamente do grande Monteiro Lobato. Escritor de historias infantis de notável sucesso, combatia os estrangeiros que roubavam nossas riquezas. Costumava dizer e repetir: "De manhã, quando acordo e ligo a luz, começo a pagar royalties á Light".

Depois completava: "Para fazer o café, precisava do gás,quem me explorava era a única multinacional francesa, a Societé Anonime de Gas". Lutava praticamente sozinho. Quando se convenceu que a maior roubalheira vinha das multinacionais do petróleo, recebeu apoio militar colossal.

Em reuniões memoráveis e inesquecíveis, o histórico Clube Militar emocionou e empolgou o país, retumbando "O PETRÓLEO È NOSSO". Anos depois, descobrimos petróleo a 4 ou 5 mil metros no fundo do mar,( o Pré-Sal, passamos a sócios das potencias do setor) somos ameaçados por todos os lados.

PS- Agora quem intimida a Petrobras querendo DOAR toda a nossa riqueza impressionante, é o próprio governo. (Desgoverno).

PS2- Não podemos reviver um combatente como Monteiro Lobato.

PS3-  Mas os militares, por eles, filhos, netos e o compromisso com o país, não podem abandonar a luta, deixar que roubem nossa maior riqueza.

PS4- O PETRÓLEO È NOSSO, foram os militares que disseram.  Agora, não podem negar.

DESMATAMENTO, QUEIMADAS, MEIO AMBIENTE SUBSERVIENTE, TROPAS, BOLSONARO, MACRON, SANÇÕES, PANELAÇO, G7, NENHUMA SOLUÇÃO

1- A partir de quinta feira, até agora, o mundo inteiro discute e condena, a Amazônia. Com prioridade total e absoluta para o desmatamento. E as consequentes queimadas. Tudo agravado pela "existência" de um ministro do Meio Ambiente, incompetente, imprudente, subserviente. Não devia ter sido nomeado. Se pedisse demissão, talvez se recuperasse.

2- Bolsonaro fez dois discursos. O primeiro, audaciosamente provocador. Chamou o presidente Macron de MENTIROSO. Ele sentiu o golpe. Como estava marcada para sábado e domingo, na França, reunião do "G7", colocou a Amazônia na pauta da reunião. E fez a proposta de impor SANÇÕES ao Brasil.
3- Como ainda era quinta feira, Bolsonaro fez o segundo discurso, conseguiu total recuperação. Ainda mais duro com Macron, conciliador com a coletividade. Protestou contra as sanções, acusou Macron de defender interesses subalternos. O discurso teve enorme repercussão e "rachou" o G7. A primeira reunião marcada para sábado, oficialmente não se realizou.

4- A convocação imediata do Exercito para acabar com as queimadas, ponto favorável para Bolsonaro, mas apenas na França. No Brasil, ressuscitaram os panelaços, em todos os estados. Logicamente contra Bolsonaro. Parecia falta de patriotismo. Nada disso. O presidente era cobrado pelos 7 meses de erros e equívocos . E a tremenda impopularidade acumulada. (Nem o português secretario geral da ONU escapou).

5- No sábado não houve reunião oficial do G7. Conversaram o dia todo, sem agenda, sem ata, sem gravação. Não havia maioria a favor das sanções, que consideravam absurdas. Só que Macron, dono da casa, exigia votação e aprovação das sanções contra o Brasil. Ele almoçou sozinho com Trump.

6- Só se reuniram oficialmente no sábado, 9 da noite, 4 da tarde no Brasil. Muito tarde e sem clima para coisa alguma. Fizeram então o primeiro acordo. Deixaram a primeira e ultima reunião para o dia seguinte, domingo.

7- Em 24 horas reviravolta total. Em Biarritze, Paris, Nova Iorque, Londres, gigantescas manifestações contra o G7 coletivamente e atingindo Macron pessoalmente. Este, assustado, perdão, apavorado, mudou inteiramente o discurso. Abandonou a agressão,  defendeu a colaboração e ajuda a Amazônia. Justificativa: "A França também é amazônica, temos a Guyana". Ridicularizado, silenciou, mas os outros, não.

 8- O primeiro a criticar e se posicionar contra as sanções propostas por Macron, foi o Primeiro Ministro do Reino Unido.  Sem nenhuma duvida, claramente afirmou: " Aproveitar um momento de crise para romper acordos e obter vantagens comerciais, é inaceitável". Ninguém ficou contra Boris Jhonson. Recebeu apoios, alguns ficaram reticentes. A pauta era extensa, incluindo a guerra comercial China - EUA. Encerraram, marcaram outra para 31 de outubro.

9- O Brasil e a Amazônia receberam garantia de ajuda de dezenas de fontes. Da potencia EUA á endividada Argentina, nobre solidariedade . Aqui dentro, Bolsonaro não saiu das tvs e das redes. Palavras. Palavras. Palavras.

10- Fez questão que o ultimo ato do espetáculo fosse dele, curto, inútil, inverídico: "A  floresta não está pegando fogo. Só nas áreas desmatadas". Por que não acabou com o desmatamento? Não foi ele que começou, mas continuou sem protesto. O ultimo ato do episodio, deveria ter sido a demissão do ministro. Ainda está em tempo.

BOLSOMORO

Os episódios envolvendo os dois, são diários e infindáveis. Sempre com BOLSO atacando MORO, impiedosamente.  Sem resposta, com total subserviência. Ontem e ante ontem duas agressões da parte do presidente, sem reação do ministro.

A primeira: MORO comunicou a BOLSO,que convidara  o presidente do COAF para continuar no cargo.BOLSO "esqueceu", nomeou outro que nem esperava.

A segunda, com extrema e inusitada violência. A Polícia Federal vivia uma rotina de autoridade e austeridade. A PF é subordinada ao ministro da Justiça. BOLSO fez intervenção, desfez tudo que MORO determinara.


Muitos estranharam, BOLSO respondeu, deliberadamente acintoso e repulsivo: "MORO não tem nada a ver, quem manda em tudo sou eu". Nenhuma resposta.

AS QUEIMADAS PROJETARAM A
AMAZÔNIA NAS MANCHETES DO MUNDO

È o grande assunto, interno e externo. Supostos lideres da UE, se movimentaram para ganhar manchetes e criminalizar o Brasil. Convocaram o presidente da ONU para condenar o Brasil. Coordenaram países para destacar o combate á Amazônia no G-7. Convidaram atores e jogadores famosos para criticarem a atuação do governo brasileiro, que teria abandonado a Amazônia.

Antes de Bolsonaro ter criado o "gabinete da crise", o presidente da Câmara anunciou que criaria uma Comissão para investigar a questão das queimadas, unicamente isso. A preservação da Amazônia e a defesa da independência do Brasil, são razões de Estado. (Continua).

BOLSONIX

Tendo afastado Moro do jogo, o presidente não pôde contar com ele para confundir a batalha do desmatamento e das queimadas. (Toda a Policia Federal ficou estarrecida. O presidente tratou de forma insultuosa o ministro da Justiça, a quem a PF é subordinada. Silencio de Moro, aceitou tudo calado).

O presidente convocou então outro incompetente e subserviente, o chefe da Casa Civil. Que veio com um disparate, bem ao seu estilo. Textual: "Os europeus querem utilizar a Amazônia e estabelecer barreiras ao crescimento de bens e serviços do Brasil".

Recebeu elogios do próprio Bolsonaro. Que no entanto, permaneceu no caminho e roteiro, inteiramente diferente. (Continua).

NÃO É VÉSPERA DE RECESSÃO GERAL

Mas os mercados do mundo, TODOS, fecharam a semana em baixa. O Brasil se incorporou a esses lucros previstos e realizados. Como é tudo planejado, ganham na ida e na volta, vendendo ou comprando.

A Bovespa caiu 2,5% ficou longe dos 100 mil pontos.

O dólar ultrapassou fácil os 4 reais, ninguém reclamou.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019


RÚSSIA E CHINA SE LEMBRAM DA
GUERRA FRIA E CRITICAM DURAMENTE EUA

HELIO FERNANDES

A guerra fria que dominou uma época, acabou no Natal de 1991. Levando de roldão a união EUA-União Soviética, que juntos destruíram o Reich dos mil anos. Essa união contra Hitler popularizou a União Soviética, vários países da Europa demonstraram simpatia pelo pais comunista.

Isso preocupou os EUA, que lançaram o Plano Marshall, inundando a Europa com fabulas de dólares falsos. Em plena segunda Guerra Mundial, 1942, Bretton Woods, os americanos pensavam no futuro com o dólar moeda universal. (Que dura até hoje). Os ingleses iam fazer a mesma coisa, já tinham até o nome da nova moeda, que se chamaria BANCOR.

Roosevelt apelou para Churchill, que desestimulou, (PROIBIU) o lançamento do Bancor. Os americanos ficaram absolutos, fabricavam dólares dia e noite sem lastro, no meio oeste, empilhavam no Forte Knox. De lá, navios lotados despejados na Europa morrendo de fome. 

A União Soviética sentiu o golpe, começaram a guerra fria, que destruiu a potencia União Soviética, expulsando-a do mapa, acabando com o Muro de Berlim e tudo.

Sintetizando. Agora, China e Rússia lembraram da União Soviética, compreenderam que é impossível confiar nos EUA. Acabaram de  fazer um teste com míssil de médio alcance, proibido pelo Tratado que esses países tinham com os EUA, e que foi abandonado pelos americanos no ano passado.
China e Rússia acusam os EUA de terem agido premeditada e planejadamente para lançar esse míssil. Nenhuma duvida.

ASSUNTOS E NOTÍCIAS VARIADOS PARA LER, ENTENDER
E NÃO ESQUECER

1- Os grandes banqueiros cobram mais de 300 por cento ao ano. O Banco Central assiste, não toma nenhuma providência e se transforma em cúmplice.

2- No mundo inteiro, os Bancos Centrais são totalmente independentes. Os 28 países da Europa só conseguiram criar a UE por causa desse fato.

3- O VAR tem sido drástica e justamente criticado, mas não acontece nada. A última vítima foi o Ceará.

4- Jovens de 12 a 16 anos, dentro de 10 ou 15 anos, começarão a trabalhar em profissões que ainda nem existem. Escolas e universidades não se prepararam e nem estão se preparando para esse futuro importantíssimo. 
5- Em 1979 os jovens Gasparian abriram a Livraria Argumento convencidos que enfrentariam outras livrarias, mas pelo menos há 20 anos, a maior vendedora de livros é a Amazon, que não tem nem endereço fixo. 

6- Seu proprietário, Jeff Bezos, que é cego de nascença, fez fortuna colossal. Há 5 anos comprou o Washington Post.  Acabou de se separar amigavelmente da mulher, a parte que ele deu para ele, transformou-a na mulher mais rica do mundo.

7- Em 1980, quando ninguém pensava em computador, internet ou celular, o Millôr lançou uma peça de grande sucesso com o título "Computa, Computador, Computa".

8- A grande polêmica que domina o Senado, é a votação que pode transformar o deputado Eduardo Bolsonaro no próximo Embaixador do Brasil nos EUA. Está complicado. Sem previsão possível, a não ser as que são feitas pelos próprios personagens. 

9- O Presidente pai do candidato a embaixador, declarou publicamente: "Admito não fazer a indicação, não quero expor meu filho a um fracasso".

10- Recebeu imediatamente contestação do filho e candidato: "Não há nenhuma possibilidade de eu abandonar meu plano de ser Embaixador".

PAULO GUEDES E A MISTIFICAÇÂO DAS PRIVATIZAÇÕES

Assim que assumiu, trombeteou: "Vou privatizar 400 estatais e arrecadar 800 bilhões". Comentei imediatamente: "400 estatais, só existem na sua imaginação". Na primeira viagem oficial, (a Davos) levou malas de documentos sobre essas estatais, ninguem se interessou.

Agora 7 meses passados, volta ao assunto,nominalmente oferecendo 16 empresas, na verdade 9, das quais apenas 7 podem ser vendidas. Correios e Eletrobrás representam ficção. Dizem que vão vender para cortar prejuízos. Se esse for realmente o motivo, têm que investigar os administradores (?) desastrosos e desastrados.

Se fossem empresas privadas, teriam sido todos demitidos e responsabilizados. E Paulo Guedes continuará mandando e desmandando, sem explicar quando e de onde virão os 800 bilhões prometidos e garantidos, pela privatização das 400 estatais imaginarias?

(Tudo imaginação deturpada, deteriorada, deformada. Na tramitação da reforma da Previdência, o fracasso em 10 anos, irrecuperável, influindo negativamente na campanha presidencial de 2022).

PS- Hoje vou parar por aqui, o que está sendo anunciado pelo Chefe da Casa Civil com demissão anunciada, é crime de lesa pátria, não pode ser para valer.
PS2- Textual desse Lorenzoni: "O Programa de Parcerias e Investimentos, (PPI) está avaliado em 1 trilhão e 300 bilhões". E acrescenta: "Com essas 9 empresas esperamos chegar a 2 trilhões".

PS3- Quer dizer que essas 9 empresas valeriam 700 Bilhões?

PS4- Consultei especialistas, responderam: "Mesmo com a Eletrobrás e Correios, não passarão de 30 bilhões, vá lá, 50 BI". 

PS5- Como adoidadamente incluem a Petrobras e a Casa da Moeda entre as que podem ser doadas, (imitando a Comissão de Desestatização de FHC) vou esperar a concretização para voltar ao assunto.

A MAIOR  FLORESTA TROPICAL, DEVASTADA,
DESMATADA, QUEIMADA

A preocupação do mundo é total. E o problema não se resolve com mentiras de lado a lado. Duas verdades que precisam ser respeitadas. Primeiro, a extraordinária floresta da Amazônia, pertence ao Brasil, é propriedade que não pode ser transferida.

O resto do mundo tem todo o direito de se preocupar com o que acontece por lá. Mas nada será resolvido com mentiras que tentam transformar em verdades absolutas.

PS- Bom senso, respeito, dignidade, compreensão, credibilidade, é tudo o que está faltando no debate da Amazônia e sobre a Amazônia.

AMAZONIA: GABINETE DE CRISE

Ontem, quase no fim da noite, quando todos acreditavam que o presidente encerrara o expediente, ele estava reunido no Alvorada, com 8 ministros .Pauta única: Amazônia.

Acabaram tardissimo e já marcaram reunião para esta sexta pela manhã. Decisão do presidente: o problema chamado Amazônia, terá comando único e exclusivo, no Alvorada.