Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

BOLSONARO: NUMA ENTREVISTA AMEAÇADORA, 
CONFESSOU QUE CONSPIROU COM MORO PARA 
TORNAR LULA INELEGÍVEL E GARANTIR 
SUA CANDIDATURA

HELIO FERNANDES

Pra mim nenhuma surpresa, revelei a trama aqui mesmo e no meu
blog. Contei minuciosamente os 3 encontros Bolsonaro-Moro, para
consolidação da conspiração judicial contra o ex-presidente. Essa
aliança era indispensável. Bolsonaro o beneficiado. Moro, o juiz
indispensável. Nas duas primeiras conversas, duas recusas.

Alegação: "Não tenho provas, apenas ilação e convicção".

Na terceira, fez como o coronel Passarinho no AI-5, aceitou tudo, já
garantida a nomeação para a primeira vaga no STF. Com o próprio
Bolsonaro colocando as coisas de forma clara e consolidada: "Eu serei o
presidente fiador do compromisso, e quem  assinará a tua nomeação".

Ninguém falou em ministro da Justiça, como aventou ontem, o presidente
eleito. Deixou duvidas sobre o ministério da Justiça. Mas garantiu a
sedutora vaga para o STF. Gilmar Mendes declarou publicamente, "se
Bolsonaro for presidente, me aposento e vou morar em Portugal".

Se Gilmar cumprir a palavra, Moro estará rapidamente no STF. De outra
forma terá que esperar a primeira vaga. Provavelmente pouco antes de 3
anos, quando o decano Celso de Mello, completar 75 anos.

Bolsonaro falou 16 minutos ao JN. Gostaram tanto, que repetiram
integralmente no Jornal das 10. Alem das ameaças não veladas, só
citou um nome: Sergio Moro. Surpreendente e inesperado. Reviveu a
conspiração judiciária contra Lula, que revelei num furo espetacular,
aqui no Face e no Blog.

PS- E depois, diariamente durante toda a campanha, martelei sobre
o assunto.

PS2- Não defendendo Lula e o PT, e sim integramente a democracia
encurralada.
 
ENQUANTO BOLSONARO MAL FORMA O GOVERNO, JÁ EXISTEM 
3 OU 4 PRESIDENCIAVEIS para 2022.
 
O primeiro, ostensivo e compenetrado, Ciro Gomes. Veio de uma simples
viagem com uma chegada consagradora. Ele e o irmão, (ex-governador e
agora senador massacrando Eunicio de Oliveira) fizeram uma festa no
aeroporto. Mais ou menos 4 mil pessoas, satisfação geral. Um jornalista
comentou com o próprio Ciro:" Não parece um candidato passado, e sim o
candidato futuro". A concordância veio com o sorriso de satisfação.
 
Ciro pretende seguir numericamente a trajetória de Lula, por caminhos
diferentes. Lula perdeu 3 vezes seguidas, 1989, 94,98, ganhou em
2002. Ciro perdeu em 1998 e 2002, com total paciência se afastou 16
anos. Voltou e perdeu em 2018, volta para 2022 com total entusiasmo.
 
O segundo candidato, se chama João Doria. Vai repetir a fuga da
prefeitura, também não completará o mandato inteiro de governador.
 
O terceiro candidato será do PT. Pode ser novamente Haddad, que perdeu
honrosamente. Ou Jaques Wagner. Por ódio a Lula, disseram que o
partido havia acabado. Logicamente precisa rever os erros, numa
autocrítica sincera. Fez maioria na Câmara e no senado, elegeu o
maior numero de governadores.
 
O quarto candidato, que coloquei na condicional, é o próprio
Bolsonaro. Fez duas declarações publicas, que precisam ser consideradas,
cheguemos ou não cheguemos a 2022.
 
1- "Não DISPUTAREI a reeleição" Coloquei o DISPUTAREI em maiúscula,
precisa ser interpretada.
 
2- "Sou contra a reeleição não só para mim, mas para todos". Ha anos
defendo um mandato de 5 anos, sem reeleição. Estou na companhia de Rui
Barbosa, que era intransigentemente contra a reeleição. Um gigante
contrariado pelo pigmeu FHC. Tudo o que estamos vivendo, tem origem na
reeleição comprada por FHC, e paga por empresários ambiciosos.
 
PS- Concordo que 4 anos pode ser muito tempo para uma analise ser confirmada.
 
PS2- Mas os nomes e as intenções estão aí mesmo.
 
PS3- A grande duvida é se chegaremos a 2022. Aí não existe calendário confiável.
 
DIREITO DO 2 - "Sou contra a reeleição, os presidentes devem exercer
apenas um mandato".
 
Ha muitos anos, defendo o mandato único de 5 anos. Estou na companhia
de Rui Barbosa, intransigentemente contrario á reeleição. Contrariado
pelo pigmeu FHC.
 
PS- Concordo que analise com 4 anos de antecedência, pode ser exagero.
PS2- Mas os nomes e os fatos estão aí.
 
"BELO" RETRATO BOLSONARICO
 
A diretora de uma escola estadual do subúrbio, (não quero localizar, o
bairro é simpaticíssimo) reuniu os alunos de todas as series, sem os
professores. E teve a audácia de falar para os alunos: "Tomem nota dos
professores que votaram contra o Bolsonaro, e me comuniquem".
Revolta geral.
 

A diretora ainda não foi demitida.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

BOLSONARO ENFRENTA A REALIDADE QUE 
ELE MESMO TEM QUE DIRECIONAR

HELIO FERNANDES

Antes de mais nada a constatação: vitoria espúria, desonrosa e
inexpressiva. Ganhou por 12 milhões de votos, vitoria (?) construída
pelos ausentes, que se recusaram a votar nele. 33 milhões que não
saíram de casa. Ou por causa do arcaico voto obrigatório, saíram para
fugir da punição, mas anularam o voto. Ou são os bolsonaristas
envergonhados.

Essa é realidade. O resto é duvida e incerteza, que irá se
concretizando para desespero da maioria esmagadora. Os
cidadãos-contribuinte-eleitores eram 148 milhões. 58 milhões votaram
em Bolsonaro. O que significa, num puro cálculo aritmético, (por favor,
não falem em matemática) que ele não teve o voto de 90 milhões. Que
não votaram para que fosse presidente, representa quase o dobro dos que
o escolheram no primeiro turno, e ratificaram, comemoraram e
festejaram no segundo.

Diziam que a partir da segunda feira 29, (ontem) seria submetido à nova
cirurgia. Inesperadamente essa cirurgia passou para 12 de dezembro,
exatos 45 dias. Nenhuma explicação, eles são autoritários e
atrabiliarios, até na distribuição de uma simples informação. No
domingo depois da consagração (?), fuga da realidade, apenas pela
concentração cada vez maior em frente á sua casa.

Enfrentaremos dura realidade jornalística, para tentar descobrir o que
surgirá desse bunker de extrema direita. A começar pelos que o 
ajudarão a desassustar o assustado povo brasileiro.
 
O ESSENCIAL, PRIORIDADE ABSOLUTA: FORMAR A EQUIPE QUE 
DESGOVERNARÁ O BRASIL
 
Antes mesmo da vitoria, havia anunciado 3 nomes certos, confirmados
logo no domingo. O economista Paulo Guedes, revelado com
estardalhaço, mereceu um complemento verbal do próprio Bolsonaro: "Sou
completamente analfabeto em economia". Já mereceu uma restrição, mas
garantiu o cargo, principalmente por causa das ligações
importantíssimas com o secretario de Internet de Trump.
 
Já contei aqui a importância dele na participação e na influencia de
Putin na eleição de Trump, repetida aqui, na eleição de
Bolsonaro. Revelei todos os detalhes e pedi a CASSAÇÃO do candidato. 
O TSE sabia que essa era sua obrigação, preferiu a omissão.
 
Por coincidência, a única personalidade importante a telefonar para
Bolsonaro no domingo foi o presidente dos EUA. Depois, na Internet,
como sempre irresponsável, afirmou pelas redes: "O presidente eleito do
Brasil, me deixou boa impressão". Trump, como sempre, manifestação
péssima. Alem de Trump, 3 ou 4 presidentes da America do Sul e Central,
cumprimentaram Bolsonaro.
 
Pelas circunstancias de antes e da sua origem, Bolsonaro deveria se
concentrar e dar prioridade total ao preenchimento de 2 ministérios. O
do Exterior e o do Exercito. Foi criticadissimo pelos maiores jornais
do mundo. Dos EUA, os 28 da Europa. Da Ásia e da África. Foi chamado
de "nazista-fascista" por todos. Só um chanceler, acima de ligações
espúrias, pode melhorar a situação de Bolsonaro.
 
PS- Quanto ao Ministro do Exercito: é um barril de pólvora, na
iminência de explodir a qualquer momento.
 
PS2- O resto é o resto, apenas lugar comum. Se acertar nos dois
ministérios que destaquei, sorte e não competência.
 
ONTEM, HA 73 ANOS, OUTRO 29 de OUTUBRO 
INTEIRAMENTE DIFERENTE
 
No final da tarde, era derrubada uma ditadura de 15 anos.
imediatamente marcada a primeira eleição direta.
 
Agora, nesse mesmo dia 29, dia seguinte de uma eleição truncada,
viciada, deturpada, surge um capitão recusado pelo próprio Exercito,
ameaça constante á democracia.
 
No 29 de outubro de 1945, dois militares civilistas, (Dutra e
Eduardo Gomes) garantindo o direito do povo, de escolher o
presidente. Que diferença.
 
ABI sempre batendo na trave
 
A Associação Brasileira de Imprensa entidade dos jornalistas históricos, 
já foi protagonista de várias eleições.
 
Agora já adiante do clímax da disputa eleitoral para escolha 
do presidente da República , os dois candidatos assinaram um termo 
para garantir, o que a Constituição Federal da República garante e o STF 
já tinha se manifestado. Ou seja o Ó-B-V-I-O. 
 
PS- Me veio então a informação em primeiríssima que um grupo organizado 
e coeso, com várias lideranças do jornalismo fluminense e do país, pilotada 
por associados de primeira grandeza moral e cultural, está desenhando 
o fim da era Meireles na presidência e assim salvar a instituição.
 
PS2- Denunciam os integrantes entre outros fatos alarmantes a ausência
da prestação de contas idôneas por duas gestões. O isolamento da 
diretoria que é representada na sede apenas por uma diretora que não tem 
a simpatia dos associados. E ainda as reuniões manipuladas do Conselho 
Deliberativo, onde não falta alteração de Atas e decisões contra 
regulamento e Estatuto.
 
PS3-  Recente a ABI e seu presidente foram condenados numa ação 
por dano moral a um associado. Terão que pagar R$10 mil cada um 
respectivamente. A lesão ao associado se deu durante a realização da
reunião do conselho, onde o associado foi acusado injustamente 
e proibido de se manifestar pelo ditador Meirelles.
 
PS4- Afinal as quantas andam as contas da ABI? Para se ter ideia da 
lambança administrativa, a instituição não mais funciona a sextas-feiras. 
Os associados estão indignados e a resposta virá na eleição 

do próximo ano.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018


ASSUSTADORA VOTAÇÃO DE BOLSONARO

HELIO FERNANDES

O texto acima foi escrito na sexta-feira, mas deixei para publicar
hoje, completando e complementando os fatos de sábado, e de hoje
domingo, quando tudo estará decidido ás 19 horas. Datafolha e Ibope
prometeram, que estavam trabalhando sexta e no próprio sábado, para
publicar o resultado depois das 22 horas do sábado. Fiz bem em
esperar. Embora trabalhem com métodos diferentes, os 2 Institutos
chegaram praticamente ao mesmo resultado.

Vantagem para Bolsonaro de 10 pontos. O inacreditável e inexplicável,
é que essa vantagem, foi decidida precisamente por quem viu, viveu e
sofreu os 21 anos amaldiçoados. 3 meses antes, uma pesquisa revelou que
69% dos brasileiros preferem a democracia. PREFEREM a democracia, mas
VOTAM num candidato que age e se realiza como nazista-fascista-racista,
detesta e quer destruir a democracia. E vai destruí-la, sem nenhuma duvida.

JORNALISMO PROFISSIONALISMO
 
A TV-Record é acendradamente a favor de Bolsonaro. Pertence ao notório
e bilionário Edyr Macedo, que persegue quem vota no adversário. O
diretor de jornalismo da televisão, declarou seu voto em Haddad. Antes
de ser perseguido, pediu demissão.
 
Como ensinava o Millor: "Jornalista que age contra o jornalismo, é
melhor que abra um armazém de secos e molhados".
 
PS- Votar em Bolsonaro, é o anti-jornalismo.
 
SE A ELEIÇÃO FOSSE DEMOCRACIA CONTRA DITATORIALISMO, 
BOLSONARO SERIA DERROTADO
 
Como não é o antidemocrata venceu o primeiro turno, e quase certo,
vencerá o segundo. Se a prioridade do voto, fosse defender a
democracia, Haddad ganharia por mas ou menos 15 pontos. No primeiro
turno, disputaram 14 candidatos. 9 tiveram 1 ponto cada. 3 que já
tiveram experiência presidencial, (Ciro, Marina, Alckmin) somaram 10
pontos.
 
Seriam 17 pontos certos para Haddad. Mas inventaram o voto fuga, que é
o "apoio critico". Que vergonha.
 
QUASE ELEIÇÃO
 
15 horas de domingo, mais duas de angustia, até ás 17, com as
primeiras bocas de urna. Teremos então um país democratizado. Ou um
país com um presidente 007.
 
SENADORES DISPUTANDO GOVERNO.
 
Eu já havia confirmado logo depois do primeiro turno. Fátima Bezerra,
Grande do Norte, não ganho antes, faltaram 3 pontos. agora ganhou
fácil assumirá o suplente. Anastasia, massacrado, continua como
senador até 2022. 
 
BAHIA
 
Jaques Wagner, que desde 2006 não perde eleição, ganhou mais
duas. Reelegeu o governador e se elegeu senador com votação
fantástica. Lula queria que ele fosse o candidato do PT. Recusou sem
dizer não, vem para o plano nacional, com um cacife enorme.
 
PERGUNTINHA INGÊNUA, INÚTIL, INÓCUA
 
Por que o Partido NOVO, que de novo não tem nada, não apareceu em 
Todo Brasil, foi eleger apenas um governador, e logo em Minas. 
A bancada parlamentar, mínima, minimissima, tem tudo para se fundir 
com o PSL.
 
BOLSONARO
 
Às 19 horas, com 92% dos votos confirmados, a tragédia anunciada. O
Brasil tem um presidente, que o próprio Exercito não quis em suas
fileiras. Nada de bom pode acontecer, tudo de ruim pode surgir de
qualquer lado ou de todos os lados. Como já disse ha dias, o Brasil
tem um presidente 007, com licença para matar.
 
Não dou 6 meses para o arrependimento ser amplo, geral e irrestrito.
 
VOTO ERRADO, DESENCAMINHADO, EQUIVOCADO: BOLSONARO
 
Às 19 horas, com 92% dos votos confirmados, a tragédia anunciada. O
Brasil tem um presidente, que o próprio Exército não quis em suas
fileiras. Nada de bom pode acontecer, tudo de ruim pode surgir de
qualquer lado ou de todos os lados. Como já disse ha dias, o Brasil
tem um presidente 007, com licença para matar.
 
Não dou 6 meses para o arrependimento ser amplo, geral e irrestrito.
 
O ELEITOR NÃO MERECE O DIREITO DO VOTO NO RIO E SP.
 
Aqui, para prefeito, elegeu o CONHECIDO Crivela. Para governador, o
DESCONHECIDO, Witzel. Descobriu uma fraude e farsa, preteriu o
provado e comprovado administrador, Eduardo Paes.
 
Em SP, insistiu com o Bolsodoria, que não é político nem gestor. E por
ainda: não tem palavra. Eleito prefeito, abandonou o cargo. Agora
repetirá a dose, não completará o mandato. 2022 já têm um
presidenciável.



ANÁLISE & POLÍTICA
   “Jornalismo opinativo com informação precisa e contundente”


ROBERTO MONTEIRO PINHO

Jair Bolsonaro o mito que derrotou o PT após 16 anos


Jair Messias Bolsonaro (PSL), de 63 anos de idade, é o novo presidente da República Federativa do Brasil. O resultado foi confirmado às 19h21 pela Justiça Eleitoral após a apuração de 94,4% das urnas apontarem que o candidato obteve 55,5% dos votos válidos, contra 44,4% de seu adversário, o candidato Fernando Haddad (PT).

Bolsonaro é tido pela imprensa internacional o “mito político que derrotou o PT” após 16 anos no Poder. Ele chega ao Palácio do Planalto após conquistar um eleitorado identificado com ideais de direita e conservadores. Sob o lema "Brasil acima de todos, Deus acima de tudo", o deputado federal apostou em discursos em defesa da família, da fé, e de combate à corrupção e à criminalidade para chegar à Presidência.

Lição das urnas

Mais que a derrota do concorrente, ele derrotou a oligarquia petista de 16 anos. As urnas de 7 de outubro e agora dia 28, refletiram a insatisfação da maioria dos brasileiros que saturados pelos desmando dos partidos que governaram a nação nas últimas duas década. O Partido dos Trabalhadores e o alto clero da política brasileira, amargaram números que remetem a reflexão, não apenas com relação a postura honesta no trato da o patrimônio público, mas também as convicções pouco assimiladas pelo brasileiro.

Números eram previstos pelos institutos de pesquisas


Com mais de 55,2 milhões de votos, contra 44,1 milhões de Haddad. Brancos e nulos somaram 9% na votação deste domingo, que contou com a participação de mais de 147 milhões de eleitores em todo o País e no exterior.

Saudação para “mudar o destino do Brasil”

"Meu muito obrigado pelo apoio, pela consideração, pelas orações e pela confiança. Vamos juntos mudar o destino do Brasil. Sabíamos para onde estávamos indo, e sabemos para onde queremos ir", disse Bolsonaro em transmissão feita pelas redes sociais logo após a confirmação do resultado da votação. Já às 19h50, Bolsonaro se dirigiu à imprensa em sua casa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, rodeado por aliados. O presidente eleito falou por poucos instantes, desejando "sabedoria" para governar e, em seguida, passou a palavra para o senador Magno Malta (PR), que fez uma oração.

Como será? 
Bolsonaro prometeu constituir um governo com pessoas que têm o "propósito de transformar o Brasil em uma grande, livre e próspera nação". "Nunca estive sozinho. Sempre senti a presença de Deus e a força do povo brasileiro. Faço de vocês minhas testemunhas de que esse governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade", afirmou. O candidato do PSL já havia sido o mais votado no primeiro turno, no último dia 7, quando obteve pouco mais de 46,8% dos votos válidos, contra 28% de Fernando Haddad.

Ataque a faca

A vitória do capitão da reserva do Exército encerra a sequência de quatro eleições seguidas vencidas pelo Partido dos Tralhadores e se dá após uma campanha marcada por ataque a faca sofrido pelo candidato durante comício em Juiz de Fora (MG). O atentado levou Bolsonaro a ser submetido a duas cirurgias e a passar 23 dias internado. Suas condições de saúde o obrigaram a deixar a agenda de eventos públicos e a concentrar sua campanha nas redes sociais.

O novo presidente do Brasil
Nascido em 21 de março de 1955, na cidade de Glicério (SP), no interior de São Paulo, Bolsonaro construiu toda sua carreira política no Rio de Janeiro (RJ). Ele serviu ao Exército Brasileiro de 1977 a 1988 quando se aposentou como capitão para assumir o cargo de vereador pela capital fluminense, eleito, na época, pelo Partido Democrata Cristão (PDC).

Dois anos depois, nas eleições de 1990, o ex-militar foi eleito deputado federal pelo mesmo partido e desde então não saiu mais da Câmara dos Deputados, sendo eleito em mais quatro eleições consecutivas. Bolsonaro, portanto, tem 30 anos de vida pública, mas sempre ocupou cargos no legislativo, sendo as eleições 2018 a sua primeira para um cargo executivo.

Bolsonaro é eleito o 42° presidente do Brasil, o oitavo eleito desde a redemocratização do País. Ele subirá a rampa do Palácio do Planalto em janeiro, quando tomará posse no lugar de Michel Temer (MDB) para dar início ao seu mandato, que vai até o dia 31 de dezembro de 2022.

Os ministros do presidente eleito

Quando ainda era apenas o candidato à Presidência do PSL, três nomes já tinham sido confirmado como ministros de Bolsonaro num provável governo que agora se confirma, sendo eles: o economista Paulo Guedes, no futuro novo ministério da Fazenda; o deputado Onyx Lorenzoni, no Ministério da Casa Civil; e o general Augusto Heleno, no Ministério da Defesa.

Redução de 29 para 15 ministérios

Isso significa que Bolsonaro já confirmou o nome de 20% da sua futura equipe ministerial já que o novo presidente prometeu durante a campanha a redução dos atuais 29 ministérios para 15. Algumas pastas estão garantidas como a da Educação, da Saúde, da Defesa e da Cultura. Outras, no entanto, devem ser extintas ou fundidas,para que Bolsonaro cumpra a meta.

O novo presidente, no entanto, recuou de pelo menos duas propostas de fusão que tinha feito. Primeiro, atendendo a pedidos de lideranças industriais, voltou atrás na proposta de fundir os ministérios da Fazenda, da Indústria e do Comércio num único superministério da Economia que também ficaria sob o comando de Paulo Guedes. Depois, após reunião com lideranças ruralistas e críticas de ambientalista, Bolsonaro também anunciou ter desistido da união entre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.


O perfil dos ministros:

Paulo Guedes


O economista Paulo Guedes foi o primeiro ministros confirmado por Bolsonaro. Considerado uma das maiores referências do pensamento econômico liberal no Brasil, Guedes chegou a ser chamado de "posto Ipiranga" pelo próprio novo presidente quando este admitiu que "não entendia nada de economia".

Paulo Roberto Nunes Guedes é carioca, tem 69 anos, é mestre e Ph.D pela Universidade de Chicago, um dos fundadores do Banco Pactual e sócio majoritário do grupo BR Investimentos. Foi colunista dos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e das revistas Época e Exame, professor na Fundação Getulio Vargas (FGV) e na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e aceitou uma cadeira de docência em tempo integral na Universidade do Chile na época da ditadura militar chilena.


Casa Civil: Onyx Lorenzoni

Deputado federal eleito pelo Rio Grande do Sul desde 2003, Onyx Lorenzoni também já foi confirmado por Bolsonaro como futuro ministro da Casa Civil. Filiado ao DEM, o provável futuro ministro da Casa Civil deverá ser o fiel na balança para que Bolsonaro apoie à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara e traga o bloco de partidos do chamado "centrão" para o governo de Bolsonaro e dê ao presidente a chamada "governabilidade".

O ministério que tem como função principal a articulação do poder executivo com o Congresso Nacional deverá ser assumida pelo político de carreira que tem 64 anos, mas é formado médico veterinário pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e também se considera empresário, e chegou a ser considerado um dos cem parlamentares mais influentes do Congresso pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).

Onyx Dornelles Lorenzoni também foi membro de dez Comissões Parlamentar de Inquérito (CPIs), entre elas, a CPMI dos Correios, a CPMI do Cachoeira e da CPMI da Petrobras, e relator da Subcomissão de Normas de Combate à Corrupção e da Comissão que analisou medidas de combate à corrupção, uma das pautas mais abordados pelo deputado em todos os anos de vida pública.

Ministro da Defesa: general Augusto Heleno

O terceiro e último integrante da futura equipe ministerial de Bolsonaro é o general Augusto Heleno que deverá assumir o ministério da Defesa.
Aos 70 anos, Augusto Heleno Ribeiro Pereira é um general quatro estrelas da reserva do Exército Brasileiro e deverá suceder o atual ministro general Joaquim Silva e Luna e se tornar, portanto, o segundo militar a assumir a pasta ministerial da defesa desde o fim da ditadura militar em 1985.

Apesar de ter negado o convite, o general chegou a ser cotado para vice-presidente na chapa de Bolsonaro. Ainda assim, o militar continuou apoiando a candidatura do capitão da reserva. Ele entrou para o exército em 1966 e deixou a corporação em 2011 após 45 anos quando, em cerimônia polêmica, defendeu a ditadura militar.


Astronauta, empresários, políticos e militares integram a lista

A futura equipe ministerial de Bolsonaro, no entanto, não deve contar apenas com o general Augusto Heleno como representante dos militares. Na pasta dos Transportes, o general Oswaldo Ferreira deverá ser o novo titular.

Reticente em relação a privatizações, mas favorável à concessões de rodovias, o militar de carreira chegou a dar declarações polêmicas durante a campanha presidencial como "no meu tempo, não tinha MP e Ibama para encher o saco" em fala que foi considera alarmante para um futuro ministro que precisará contar com licenças ambientais se quiser expandir a infraestrutura do País com investimentos federais.

Ciência e Tecnologia

Outro nome praticamente certo é o do astronauta Marcos Pontes para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Um dos primeiros apoiadores da campanha de Bolsonaro, o único brasileiro a visitar o espaço ganhou força conforme as declarações do novo presidente eleito de que formaria uma equipe ministerial com nomes técnicos e referências na área. Nascido em 11 de março de 1963, Marcos Pontes também é ex-militar já que foi piloto de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) e deixou a corporação como tenente-coronel.

Justiça

No ministério da Justiça, dois nomes bastante próximos a Bolsonaro são cotados para assumir a pasta, sendo eles: o próprio presidente do PSL, Gustavo Bebianno; e o advogado da campanha à Presidência, Antonio Pitombo. Bebianno, que também é advogado e chegou a trabalhar em escritórios de advocacia no Rio de Janeiro, é faixa preta em Jiu-Jítsu e é considerado o braço-direito de Bolsonaro, mas já negou que pretenda assumir o ministério. Por isso, o nome de Pitombo ganhou força nos últimos dias já que sua atuação durante a campanha foi muito bem vista, para quem trabalhou de graça. Ambos defendem a nomeação do juiz Sérgio Moro para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Saúde
Enquanto isso, no ministério da Saúde, o nome mais indicado é o do pecuarista paulista Henrique Prata. Fazendeiro, peão de boiadeiro e criador de cavalos, ele se gabaritou para o cargo pelo fato de ser um empresário filantropo na área da saúde que mantém, através da Fundação Pio XII, o Hospital de Amor (antiga denominação do Hospital do Cancêr de Barretos), considerado uma das maiores referências na área da saúde no Brasil.

Agricultura

Já no ministério da Agricultura, apesar de negar a intenção, o provável futuro titular deverá ser Nabhan Garcia, o líder da União Democrática Ruralista (UDR) que é responsável pela formação da chamada "bancada do boi", um dos principais aliados e apoiadores de Bolsonaro. Luis Antonio Nabhan Garcia poderia assumir a fusão da pasta da Agricultura com o Meio Ambiente, mas após encontro na última quinta-feira, ele e Bolsonaro recuaram da proposta e os ministérios devem permanecer divididos já que a equipe técnica da campanha de Bolsonaro era crítica da ideia.

Educação

Por fim, o último nome próximo de ser confirmado como ministro de Bolsonaro é bastante difícil: Stravos Xanthopoylos. Conhecido como "o grego", o empresário do setor da Educação é um grande defensor do ensino à distância e é um dos principais fiadores de uma das propostas mais polêmicas de Bolsonaro de permitir o ensino à distância desde o ensino fundamental, portanto para crianças a partir de 7 anos, sobretudo em áreas rurais de difícil acesso. O ministério da Educação poderia, inclusive, ser fundido com o ministério da Cultura e dos Esportes.

40% dos brasileiros na internet cara e deficiente

A Aliança para uma Internet Acessível, maior coligação mundial do setor de tecnologia, que compreende mais de 80 organizações, divulgou novo estudo sobre a realidade da rede em países de renda média ou baixa, que concluiu que menos de 40% dos brasileiros tem acesso à internet a preço acessível. Para 126 milhões de pessoas no Brasil, o preço é uma barreira para o acesso à rede mundial de computadores.

Custo alto para o pobre

A internet a preço acessível significa, de acordo com os responsáveis pelo estudo, que o usuário empenhe o máximo de 2% de sua renda para ter acesso à rede. Mas a realidade brasileira mostra que, para os mais pobres, a internet consome 9,42% da renda mensal. Para os mais ricos, essa fatia cai para 0,6% do orçamento.

O projeto tem como objetivo principal levar à esfera pública a discussão sobre as desigualdades decorrentes das novas tecnologias, e o preço da internet em diferentes países e como esse preço influi na população de cada um deles. No ranking, que traz 61 países de renda considerada média ou baixa, o Brasil aparece na 13ª posição. No ano passado, o Brasil era sexto nesse mesmo ranking.

Variação entre países

E, em 2016, o País figurava em segundo. Vizinhos latinos aparecem na frente do Brasil, como Equador (11º), Argentina (7º) e México, Costa Rica, Peru e Colômbia, do 5º ao 2º, respectivamente. A Malásia lidera.

Dos 61 países estudados, apenas 24 tem acesso à internet a preço acessível – onde 1GB de dados móveis custam menos de 2% do rendimento médio. Em alguns países, o preço representa mais de 20% do rendimento médio.

Libertadores com nove equipes brasileiras

Com o bom desempenho dos clubes brasileiros nas fases finais das competições continentais deste ano, o Campeonato Brasileiro de 2018 pode surpreender e dar nove vagas na Libertadores de 2019. Em 2017, o Brasil contabilizou o maior número de times disputando a competição: oito no total. A conta pra as nove vagas na Libertadores de 2019 é simples.

O Cruzeiro é o único time brasileiro já garantido na edição do próximo ano por ter vencido a Copa do Brasil. Hoje a equipe está em 10º lugar no Brasileirão, mas se encerrar o ano entre os seis primeiros, uma vaga a mais é cedida ao sétimo lugar.

A participação de mais duas equipes na Libertadores de 2019 dependerá dos resultados da edição atual da competição e da Copa Sul-Americana. Grêmio e Palmeiras disputam as semifinais da Libertadores e ainda tem chances de avançar à final.

Brasileiros jogam

Na próxima terça-feira, o Grêmio recebe o River Plate no Rio Grande do Sul com a vantagem de 1 a 0. Já o Palmeiras encara o Boca Juniors em sua Arena na quarta-feira, as 21h45 tentando reverter o placar de 2 a 0 para os argentinos. Caso uma das duas equipes brasileiras levante o troféu da Libertadores, e permaneça no Top 6 do Campeonato Brasileiro, o oitavo colocado da tabela também garante sua vaga.

Sul-Americana

Na Copa Sul-Americana, ainda disputando as quartas de final estão Atlético Paranaense, Bahia e Fluminense. O time do Paraná venceu o Bahia por 1 a 0, em Salvador e o Fluminense empatou com o Nacional do Uruguai em 1 a 1, no Rio de Janeiro. Caso um deles triunfe e seja campeão, a conta fecharia em nove vagas na Libertadores de 2019 para os brasileiros.

De qualquer maneira, as nove vagas na Libertadores 2019 estarão definidas no início de dezembro. Até lá, vale aumentar a torcida dessas equipes para que o Brasil conquiste o maior número de participantes na competição continental desde sua criação, em 1960, ultrapassando a edição de 2017 que bateu recorde de times tupiniquins.