PASADENA,
LAVA JATO, PETRO, BNDES E AS “PEDALADAS” A PARTE. DILMA ENTRA PARA A HISTÓRIA.
MAS COM A MÁCULA DE PRESIDENTE QUE ANIQUILOU O SEU PRÓPRIO PARTIDO. EM SUMA:
ACABOU COM O ACALENTADO SONHO DO PROJETO DE PODER PETISTA. DIA 12 DE MAIO DEIXA
O ALVORADA E FICARÁ MARCADA COMO INÁBIL E TRAIDORA.
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
A
presidente Dilma Rousseff está sendo apontada pela sociedade de ter
desarranjado a economia do país. No meu entender não só desarranjou como
também, promoveu a antítese na habilidade para lidar com as relações
institucionais, entre os poderes, se revelando um desastre sem precedente. Isso
aconteceu, ocorre neste momento e dificilmente ela, terá tempo para
reverter. Temer assume com promessas que
não poderá cumprir. Quem “viver, verá”!
O
desastre Dilma, foi desenhado pelo ex-presidente Lula da Silva, sua escolha foi
desastrosa. Mas não podemos penalizá-lo, o fato é que a presidente não tinha experiência
na vida legislativa, e por isso mesmo desconhece os meandros dessa relação
intera corpus do Congresso.
O seu
maior erro nas relações com o legislativo foi subestimar Eduardo Cunha. Ao
hostilizá-lo e vice versa, a chama acesa se ampliou para uma fogueira, onde
vários ingredientes, acabaram por destruir a estabilidade não apenas da
presidente, mas também da nação.
A meu
ver ambos são culpados da crise que o país atravessa. Ela por ser omissa e
relutante “não sabia de nada”, um desculpa insana e ardilosa que não obteve
respaldo nem da comunidade e sequer da justiça. Ele porque não soube escolher seus
amigos mais próximos.
Por sua
vez o deputado e presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mediu forças com
a presidente, sobrepujando-a a ponto de derrotá-la em diversos episódios em que
o governo tentou aprovar suas propostas.
Para se
ter idéia da astúcia de Cunha, na quinta-feira (28) de abril, o presidente da
Câmara, foi derrotado numa votação, e reagiu a derrota, arranjou para que o
tema fosse votado de novo e, aí, finalmente saiu vitorioso. Os deputados
votavam a criação da Comissão da Defesa dos Direitos da Mulher e da Comissão
dos Direitos da Pessoa Idosa.
Na
primeira votação parlamentares do governo, com apoio de parte de oposição,
conquistou maioria para adiar a votação. Mas Cunha anunciou outro resultado e
foi questionado pelos deputados.
Na
volta da sessão, vários partidos mudaram de posição e passaram a ser favoráveis
à criação dessas comissões. Resultado: 220 parlamentares votaram a favor e 167
votaram contra.
Dilma e o PT (que ela nunca assimilou) contam
os dias nos dedos a sua saída do governo. O Conselho Federal da OAB aposta que
a tendência é encerrar, dentro de duas semanas, uma longa etapa da História
brasileira que começou em 1º de janeiro de 2003, (2003/2010) quando Lula da
Silva após quatro tentativas chegou a Presidência da República.
Em 12 de maio próximo terão se completado
exatamente 13 anos, quatro meses e 11 dias de uma era, que se prenunciou
alvissareira para o povo brasileiro. Neste dia, é provável que Dilma, deixe o
Alvorada.
Muitos me perguntam você gosta do Lula? Não
sou Lula, não sou ninguém, penso num projeto, num coletivo de poder, um
anarquismo democrata que permite a participação popular, onde o chefe é o
colegiado.
Confiar em pessoas, sem projeto, é como
comprar um automóvel e não ter dinheiro para abastecê-lo. Dilma é pessoa, mas não
assimila projeto. Não seguiu a cartilha petista. Foi apática as correntes que
formavam a constelação do PT.
E as eleições de outubro deste ano? Teremos
sem dúvida uma sinalização do futuro do país nos próximos 20 anos. O PT jamais
conseguirá voltar ao ápice. Perderá praticamente a metade de seus municípios.
Nas câmaras o desastre será ainda maior, estima-se estará reduzido em 60% do
seu contingente de vereadores.
Pasadena, Lava Jato, Petro, BNDES e as
“pedaladas” a parte. Dilma destruiu o PT, aniquilou o “sonho de poder petista”,
e ainda desempregou boquinhas, e vai levar para o resto da vida, o estigma da
presidente incompetente, traidora e desagregadora.
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