*Blog oficial do jornalista Helio
Fernandes que durante 46 anos foi diretor do jornal Tribuna da
Imprensa. Aqui teremos suas matérias exclusivas, e também a participação
de colunistas especialmente convidados. (NR).
UM NOVO JOAQUIM SURGE NO PANORAMA
POLÍTICO E ECONOMICO DO BRASIL. TERÁ A REPERCUSSÃO DO OUTRO, RENUNCIANTE E
DISTANTE?
HELIO FERNANDES
29.11.14
Arrogante,
presunçosa, pretensiosa mas insegura, não compareceu á apresentação do novo
Joaquim que ficará queimando debaixo dos holofotes, não se sabe até quando. Seu
tempo não será concedido terá que ser conquistado, mas em quantas batalhas
campais?
(O outro Joaquim,
tinha prazo certo, até os 70 anos. Saiu antes dos 60, sofre agora um inglório ostracismo
que poderá tentar reverter em 2018. Com 63 anos, enfrentará um adversário de
73, Lula, o senhor dos anéis, menos um, o do destino).
Numa campanha
em que se esmerou na pratica e exibição da baixaria, Dona Dilma insistiu em
acusar Aécio de ter, se ganhasse, Arminio Fraga como Ministro da Fazenda. Pois
agora, se julgando gloriosa, mostrará seu Ministro, logo Arminio Fraga do B.
Os dois fizeram carreira no exterior, passaram
algum tempo nos EUA. E de lá chegam fartos elogios á escolha de Dona Dilma não
pejorativos mas preocupantes. Arminio e Aécio não teriam nenhuma divergência,
defendem a mesma trajetória pelos mesmos caminhos, segundo eles, sem pedregulhos
intransponíveis.
Já Dona Dilma
e Joaquim só têm obstáculos, divergências, até mesmo pessoais, basta verificar
o passado. Então por que a apresentação desse Joaquim sem toga e sem autonomia?
Circunstancias.
Na entrevista
solitária, (Tombini não depende de Joaquim), Barbosa é um suposto substituto.
Planejamento não representa nada (vejam explicação no fim desta matéria)
Joaquim desviava a atenção quando perguntavam “até onde vai a sua autonomia?”.
O país terá
que esperar algum, talvez muito tempo. A posse só acontecerá em 2015. Por que
não começar agora? Alem de todos os problemas, vive o drama ou tragédia da
inflação, do dólar, do juro, da falta de confiança. Do superávit para a dívida
do investimento, da infraestrutura, da reforma política, partidária, fiscal, do
total desconhecimento do trajeto que percorrerá?
Esperar porquê para quê? A presidente não é ela? Não
demitiu espetacularmente Mantega, deixando o cargo vazio embora supostamente
ainda ocupado? E quem vai nomear o presidente do BNDES. Da Petrobras, de outros
cargos chaves e importantíssimos? Ele ou ela?
E não podemos
deixar de assinalar a impossibilidade de qualquer escolha, diante das incertezas
do que surgirá quando aparecerem, de Curitiba, os poderosos que têm foro
privilegiado? Dos nomes que não têm qualquer ligação com a quadrilha do assalto
á Petrobras, Dona Dilma errou por outros motivos.
Não basta ser
Joaquim. Tem que rimar com Rousseff, embora satisfatoriamente não tenha nada a
ver com Yussef. Sua primeira e única afirmação, vem de outras “plagas”, e atinge
o ego da presidente. Ela não conseguiu pagar os juros da dívida, a meta de Joaquim,
é fazer a DÍVIDA DIMINUIR.
Tem mesmo
liberdade para isso? E de onde virão os 150 BILHÕES necessários? Dona Dilma
conseguiu “guardar” 10 bilhões, de onde virão os outros 140 bilhões? Não
adianta perguntar, é preciso responder. Dona Dilma acha que tem muito tempo,
janeiro de 2015 para ela “é logo ali”. Estará tão perto?
Planejamento: o ministério que não
existe.
Afirmei isso
ontem, muitos me cobraram até pessoalmente. Vou mostrar sem precisar ir longe.
FHC presidente, Serra Ministro do Planejamento, lógico, temporário. Foi sendo “promovido”,
saiu para se eleger senador, voltou mas não para o “planejamento” e sim para a
revolução na Saúde.
Eleito em
2002, Lula, o PT e até “as pedras da rua”, (Rui Barbosa) sabiam que Mantega
seria Ministro. Só que os cargos foram sendo preenchidos, Mantega sem nada,
sobrou o ministério trampolim. Tomou posse contrariando e constrangido.
Pouco depois,
insensata e equivocadamente, Lula demitiu o presidente do BNDES que lhe
mostrara o que “acontecia na Avenida Chile, entre esse BNDES e a Petrobras”.
Antes ou na iminência de estar ser assaltada por uma quadrilha que está sendo
desbaratada, desmoronada, destroçada.
Vejam o BNDES, Mantega imediatamente deixou de ser
Ministro, promovido a presidente de Banco oficial. E também não ficava muito
tempo, logo, logo iria para o Ministério da Fazenda, até junho passado, quando
fui demitido publicamente pela estabanada Dona Dilma.
Esta
garantiu a Mantega, pessoalmente, que irá para a Diretoria do FMI, nos EUA,
indicação do Brasil. Não se pode confiar muito em Dona Dilma. Se ela não
cumprir a promessa, Mantega terá que voltar a ser professor em SP, monotonia
irrefutável.
Nelson
Barbosa não chega a ser uma exceção e sim escalado para uma possível
substituição. Dona Dilma queria, mas não conseguiu fazê-lo Ministro da Fazenda.
Anunciado agora para esse Planejamento, é ministro nominal com a possibilidade
de ser real.
Ministério Público, Policia Federal, um outro juiz
Moro para o desmatamento.
Derrubaram
em pouco tempo, 244 quilômetros de mata no Amazonas. Essa tragédia, catástrofe
e crime inominável, de certa forma tem o mesmo caráter criminoso, corrupto e
corruptor das empreiteiras. Biólogos e cientistas em geral, garantem:
"Esse desmatamento tem influencia direta no efeito estufa".
Outras
descobertas: "Esse desmatamento colossal lá no Amazonas, é um fator
importante que aumenta a seca no Rio e em SP".
Esses
"madeireiros", logicamente não agem sozinhos. Existem ficais que
"olham para o outro lado", para que esses vândalos enriqueçam com o
desmatamento.
E mais inacreditável
ainda: a Caixa Econômica financia empresas que "trabalham" com esses
desmatadores. Para extermina-los, é indispensável a participação de órgãos e
pessoas, como coloquei no titulo desta nota.
PS- O
deputado Mendonça Filho, ex-governador de Pernambuco, de dedo quase furando o
rosto de Renan Calheiros: "O senhor é uma vergonha nacional". O
presidente do senado não se defendeu, o resto do senado assistiu, em silêncio.
PS2- A
comissão de Ética do Planalto, não tem importância, preponderância, apenas
imprudência. Reclamou que Paulo Roberto da Costa, "não respondeu ás
intimações". Recolheu mais silêncio.
PS3-
Sérgio Machado, ex-diretor da poderosa Transpetro, afastado por irregularidades
cobra todo dia de Renan: "Quando voltarei?". O presidente do senado
se tivesse mais cultura, poderia repetir como o corvo, "nunca mais".
(De Edgard Alan Poe, um tratadista).