Os apressados ingleses
HELIO
FERNANDES
Na sexta
feira, ás 13 horas do Brasil, Thereza May, Primeira Ministra da Grã-Bretanha,
estava reunida com o Presidente Trump na Casa Branca. Não se sabe a razão de
tanta pressa. Principalmente quando o mundo repudia o esquizofrênicos e
extravagante personagem. E as convicções de Trump a respeito da UE, (União
Européia) são rigorosamente contrarias as dela.
E nem se
diga que a amizade entre os dois países, seja eterna e duradoura. O Reino Unido
dominou as 11 províncias, até 1776, quando foi lançado o Manifesto da
Libertação e a resistência armada. Em 1782 os ingleses foram derrotados mas não
esqueceram.
A SILENCIOSA PRIMEIRA MINISTRA
Ficou
um tempo enorme na Casa Branca, os fotógrafos disseram, "ela parecia
orgulhosa com o fato de ser o primeiro Chefe de Estado ou de Governo, a ser
recebido pelo presidente americano".
A subserviência
de Thereza May, notável. Nenhuma contestação ou duvida a respeito das primeiras
providencias. O México não entrou nas conversas, ela não fez a menor restrição
ao fato dele afirmar com estardalhaço: "Imigrantes e refugiados de guerra
não poderão entrar nos Estados Unidos".
A
afirmação de Trump, restabelecendo a tortura, usada vastamente pelo presidente
George W.Bush, (principalmente a submersão do prisioneiro num tanque cheio d’água,
chamado de "falso afogamento", terrível), não mereceu a menor censura
da Primeira Ministra.
Nisso ela
foi sabia. A Grã- Bretanha foi pioneira nos mais selvagens métodos de tortura. E
isso através dos tempos. O DOI CODI utilizou muitas invenções inglesas.
De
preferência a que coloca o preso num quarto totalmente escuro, com musica alucinadamente
alta. Inesperadamente vem o silencio total, o preso não sabia se estava em pé,
sentado ou deitado. Horas se passavam sem comida, a seguir o tempo se encurtava
e a comida se repetia. E a musica voltava, levando o preso ao mais completo
desespero, e á perda dos sentidos.
Completando
as contradições inglesas a respeito dos Estados Unidos. Principalmente
antes da Primeira e da Segunda Guerra mundial, quando Inglaterra, França,
Alemanha, disputavam a feroz bi-polaridade, que jamais conquistaram. Até que
esse sonho desapareceu, com o inicio da guerra civil de 1917, que acabou com a
Rússia e criou a União Soviética.
Em 1800,
foi inaugurada a capital americana Washington, DC. Não demorou muito, e um
terço de Washington foi incendiado pelos ingleses. A Primeira Ministra foi
pedir desculpas, ou agradecer a invasão da Normandia, na segunda Guerra
Mundial. Que salvou a Inglaterra e o mundo, dos "mil anos do Reich"?
Soube-se logo: a
Primeira Ministra queria ajuda do novo Presidente, para melhorar a situação do
seu país, na conturbada e retardada saída da UE. Trump concordou imediatamente.
Motivo: tentar atingir a Alemanha (pessoalmente Angela Merkel) e a França.
Neste caso, nada contra Holland, que está em fim de mandato e não disputa a
reeleição.
De lá, a
Primeira ministra foi á Turquia, exibir mais subserviência. O país está com 120
mil presos ou demitidos, o presidente arbitrário não recebeu uma palavra de
reprovação. E voltou para Londres, se julgando vitoriosa. A vitória, total, foi
de Trump.
O Supremo, hesitante e contraditório
Depois de
muita conversa e perda de tempo, decidiram sem muita convicção: o Ministro
Fachin vai para a Segunda Turma,preenchendo a vaga de Zavascki. Isso era o
obvio e obrigatório. Mas insistindo no contraditório, e correndo o risco de
desafiar o destino, concordaram em fazer sorteio, exclusivamente na Segunda
Turma
Fachin
deveria ter sido indicado, logo depois da tragédia. Agora, na sorte, a
Lava-Jato tem apenas possibilidades de sair vitoriosa. Contra a continuação de
tudo no ritmo grandioso de Teori Zavascki, somente duas chances. Por que o
destino cruel contra uma grande figura e ameaçando seu trabalho, mudaria de
rumo?
A Interpol não encontrou Eike Batista
Ha poucos
minutos, 9 e meia da manhã no Rio, meio dia e meia na França, telefonaram para
a Policia Federal. Confessaram com sinceridade: nem rastros do foragido Eike
Batista. Explicaram: mobilizaram todas as agencias, mas estão na Europa,
consideram que esse é o destino dele. Acreditam que esteja na Alemanha. Se for
verdade, como viajou de Nova Iorque até lá?
O insensível João Doria
Sem
debate, sem consultar ninguém, autoritário, mandou destruir todos os grafites
da cidade de São Paulo, alguns históricos. Como a repercussão foi terrivelmente
negativa, mudou completamente de rumo. Deu entrevista, risonho e satisfeito. E
garantiu: "Sou admirador dos grafistas e muralistas". E concluiu: "Vou
dar espaço para eles, alem de pagar todas as despesas". Não era melhor ter
discutido o assunto antes?
Mas
ontem, mudou novamente de roteiro. E declarou na televisão: "Autorizei os
38 mil taxistas da capital, a denunciarem alguém que esteja pintando paredes. Seja
onde for".
Nadal - Federer
na final do Austrália Open.
Sergio
Cabral e Eike Batista
Não
poderia haver comparação entre eles, pelo menos em matéria de volúpia por
dinheiro. São de origem e formação diferente. Serginho Cabralzinho Filhinho, nasceu no pobre e
distante subúrbio de Thomaz Coelho, servido (?) por uma fumarenta linha de
trem.
Sair de lá já foi uma vitoria. Mas por que essa
paixão alucinada por dinheiro ilícito? E como conseguiu que outro transgressor
como Eike, depositasse 100 milhões de DOLARES para ele numa conta no
exterior?
Eike nasceu de pai soberbamente enriquecido como
presidente da Vale do Rio Doce. Estatal até ser doada por FHC, que recebeu uma
miséria, o que chamei com ele ainda presidente, de "moedas podres".
Quando Eike cresceu, o pai deixou para ele, como herança em vivo, centenas de
mapas de minerais os mais ricos que existem.
Começou por aí. E foi sendo alimentado por políticos
de todos os tipos e partidos. Que o serviam e se serviam dele. Agora,
apavorados, não querem se ver. Mesmo porque ele quer viver distante. Embora a Interpol
diga que sua liberdade não dura muito.
DELAÇÃO
PREMIADA DOS DOIS PERSONAGENS
Em Curitiba, Brasília e Rio, a informação ou ainda
informe mais comentado: Eike e Serginho Cabralzinho, agora entrelaçados e
inseparáveis, fariam delação. Em relação à Eike, disse isso aqui
24 horas depois da ordem de prisão e de sua fuga para Nova Iorque, 6 horas
antes. (Viajou na madrugada de quarta, sua casa devassada e rebuscada, ás 6 da
manhã de quinta).
Quando em junho
de 2016, Eike foi "voluntariamente" ao juiz Moro, era uma precaução
para o futuro, ou uma preparação baseada no próprio passado. Só que o presente
chegou mais rápido do que ele e seu famoso advogado esperavam. O juiz Marcelo
Bretas é considerado mais rigoroso e mais rápido do que o próprio Moro.
Essa
"conversa fiada", de que o advogado de Eike estaria negociando, a sua
volta, nas condições impostas pelo fugitivo, faz parte do bom relacionamento
entre causídicos e profissionais de televisão.
Eike quer
fazer delação, considera que essa é a única saída. Mas como já disseram
fartamente, não tem curso superior, está obrigado a ir para uma prisão comum do
Rio, com outros 2.120 criminosos perigosos.
Sua
reivindicação mais premente: ir para Bangu, onde está o parceiro e sócio,
ex-governador. Tão intimo e indispensável, que doou pessoalmente mais de 50
milhões. E mandou depositar em nome dos doleiros, (que confessaram) numa
conta no exterior, 100 milhões de dólares. Isso mesmo, até a Policia Federal,
o Ministério Publico, e os juízes ficaram assombrados e estarrecidos. È muito
dinheiro, em qualquer lugar, e como recompensa pela cumplicidade.
EIKE PROVOCA PANICO, CABRALZINHO APENAS DUVIDA
O
potencial de delação de Eike, é espantoso. Suas ligações políticas são vastíssimas,
todas fortalecidas por doações em dinheiro, que atingem os mais diversos
partidos. Deputados, senadores, ministros, personagens da mais elevada
estatura, serão atingidos pelas suas confissões.
O que
poucos imaginam, mas é rigorosamente verdadeiro. O mais alto sistema bancário,
desses que cobram juros de 486 por cento em dividas de cartão de crédito,
EMPRESTARAM a Eike, com garantias precaríssimas. Apostavam no futuro do
"homem mais rico do Brasil, se preparando para ser o mais rico do
mundo".
Quando
seus negócios afundaram, os poços de petróleo só tinham lama, as ações viraram
pó, foram ao desespero. Não receberam até hoje e não receberão nunca. Mas
preferem esconder tudo, a "passarem" recibo de que foram enganados
por um aventureiro audacioso, mas desonesto.
Pior
ainda é o BNDES. Doou a ele uma fabula de dinheiro, sem garantias. E o
inacreditável, é que os juros foram de 4 por cento, quando na época já valiam 8
por cento. È lógico, que Eike dará e dirá o nome do presidente do BNDES. Que
por sua vez, revelará de quem recebeu ordens para o "empréstimo"
PS- Não
existe no horizonte, delação mais volumosa ou estrondosa do que essa. Resolvido
o problema de sua volta ao Brasil, tudo será confessado. Eike sabe que chegou o
seu fim. Tem dividas, mas muitas reservas. Não pode é perder a liberdade.
PS2- Quanto
a Sergio Cabral, não tem nenhuma possibilidade de delação, era o comandante e o
coordenador de tudo. Até o arrogante Eike dependia do então governador.
PS3- Por
que a entrega de 52 milhões em dinheiro? E o deposito de 100 milhões de dólares?
Aparentemente, o ex-governador só poderia fazer delação em frente a um espelho.
PS4- Em
Curitiba e no Rio, consideram que sua mulher advogada, tem muito mais
potencial.