DILMA
ESTARIA INDO PARA O PDT? AS NOMEAÇÕES DO INTERINO, MICHEL TEMER SÃO INCONSTITUCIONAIS? O QUE PENSA O STF? PORQUE
A IMPRENSA INTERNACIONAL FALA EM GOLPE? E AS BRUXAS EXISTEM OU NÃO EXISTEM?
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
È praticamente
unanimidade que a presidente Dilma Roussef destruiu o Partido dos Trabalhadores
(PT). Em linhas gerais, a escolha de Lula alem de transcender a vontade da base
petista, encontrou resistência até mesmo no remanescente, desfalcado e desfigurado,
o denominado “núcleo duro” do partido.
Se for pouco, hoje,
está piscando o alerta para Lula e demais interessados, de que Dilma estará
negociando com o Partido Democrático Trabalhista (PDT) para retornar as suas
fileiras. O que alias de onde não devia ter saído, de tão diminuta sua
importância, estaria no partido certo.
O sinal latente está
no fato de que o partido entrou com uma ação para impedir que o presidente
interino Michel Temer não tenha poderes para demitir ou nomear ministros e
presidentes de estatais, bem como de recompor o staff do palácio da Alvorada.
A pergunta capital é:
Quem engenhou essa medida? Afinal, não pode ter saído do nada, tamanha e
bombástica proposta que está tumultuando o processo do impeachment e deixando a
direita que afastou Dilma da presidência, em polvorosa.
Uma segunda pergunta
é: Porque isso não ocorreu logo após o veredicto do senado?
E mais: Porque o tão
alardeado e tido como honroso, o STF não se pronunciou a partir de sua mesa
diretora? A terceira pergunta, é saber se esta medida, só veio após as
negociações de cargos, e o PDT não teria sido atendido da forma que foi
combinada?
Para
o partido as nomeações seriam lesivas a preceitos fundamentais da Constituição
Federal, porque as funções do presidente da República como chefe de Estado e de
governo estão representadas no artigo 84 da Constituição Federal, enquanto que
o artigo 79 estabelece que o vice o substituirá em caso de impedimento e o
sucederá em caso de vacância
Eu particularmente
nunca tratei o assunto como um golpe propriamente, mas como um plano, engendrado
logo após a vitória do segundo turno, conforme o jornalista e amigo, o decano
Helio Fernandes escreve no seu livro: “a TRAMA DO IMPEACHMENT”.
Pior que um
golpe, um projeto as avessas do ingenuamente anunciado aos quatro cantos o
“projeto de poder do PT”. Em razão do
pronunciamento da Ordem dos Advogados do Brasil favorável ao impeachment, e da
seccional do Rio de Janeiro se pronunciando contra o açodamento do mandato
presidencial. A nossa Associação Nacional e Internacional de Imprensa - ANI,
assim se manifestou:
(...) Neste momento angustiante para milhões
de brasileiros muitos desempregados, de praticas delituosas praticadas nos mais
altos escalões da República, conclamamos pela urgente solução que possa
restabelecer a estabilidade política e a harmonia nas relações Estado -
Judiciário e Sociedade. O jornalismo independente e idealista compromissado com
a verdade quer a estabilidade democrática e a liberdade de expressão, e se
posicionam para livre dizer:
(...) 3 - Sem adentrar no mérito de culpa, requeremos
para que todos os acusados e suspeitos tenham o tratamento garantido na Carta
Magna, e a eles assegurado o contraditório, a defesa e o direito de ir e vir
chancela ímpar do nosso magno direito Constitucional.
Embora seja traçado um posicionamento que tem
como imperativo o tratamento dentro da ordem legal, balizada na Carta Magna, a
via política, traz de forma objetiva, de que se trata de um golpe de Estado.
Os grandes
jornais do mundo falam no golpe: O The
Wall Street Journal (EUA); Financial Times (Reino Unido); The Washington Post
(EUA); La Nación (Argentina); Reuters (Reino Unido); Le Parisien (França);
Irish Times (Irlanda); Le Monde (França); El País (Espanha);
Pravda (Rússia); CNN (EUA); SIC NOTÍCIAS (Portugal); FOX (EUA).
Um artigo do articulista
Francisco
Louçã (a esquerda em Portugal) para falar do Brasil lembra de uma frase de
Saint Just em plena Revolução Francesa: “desgraçados dos revolucionários que
fazem a revolução a metade, cavam a sua própria sepultura.” E completa dizendo
que “o Brasil faz sua democracia pela metade e cava sua própria sepultura!”
Encerro aqui, com aquela frase já
divulgada em outras publica; “no credo en las brujas, pero que hay, hay!”.
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