O ÚNICO ASSUNTO QUE NÃO SAI DOS
HOLOFOTES: A PREVIDÊNCIA, E OS
PERSONAGENS QUE GIRAM EM TORNO
DELA.
HELIO FERNANDES
Paulo
Guedes, depois de fugir da Câmara e ser amplamente repudiado
pelos
senadores: "Não sou de abandonar a luta na primeira derrota.
Continuarei
a lutar "Primeira derrota?". Posso contar de 1 a 8 sem o
menor
esforço.
Do
presidente Bolsonaro, cada vez mais surpreendente e despreparado: "
O destino
e o futuro da reforma da Previdência, estão cada vez mais
com o
Congresso". Ele fala muito nos compromissos de campanha. Mas só
começou a
dizer, "governarei com o Congresso", a partir de 28 de
outubro,
quando venceu o segundo turno.
Rodrigo
Maia, cada vez mais incisivo, elucidativo, definitivo: "Está
na hora
do presidente Bolsonaro sentar e começar a governar". Não
precisa
nem de interpretação. Só registrar: todas essas manifestações,
ao mesmo
tempo e no mesmo dia.
PS-
Primeiros dias de abril se completam os primeiros "100 dias do meu
governo".
Prometeu faze reavaliação completa dele
como presidente. e
como
chefe do governo, Se fosse "líder da oposição", seria consagrado
e
triunfante.
O ROMPIMENTO ENTRE PERSONAGENS, AMEAÇA SE TRANSFORMAR
EM LUTA ABERTA ENTRE PODERES, CONFLAGRADA
100 milhões sabiam que Bolsonaro era incompetente e despreparado não
votaram nele. Os que votaram, por causa das fortunas gastas nas
enxurradas de mensagens nas redes, (financiadas por bandidos como os
irmãos Batista,que doaram 23 milhões só no primeiro turno, como
revelei durante a campanha)votaram no escuro e cegamente.
Se tivessem examinado o candidato, constatariam que ele era um
tremendo desagregador. Agora, votando na pesquisa do Ibope, começaram
a abandoná-lo. 15 por cento DESAPROVARAM seu estilo de governar. 13 por
cento não concordam com seu jeito pessoal de se comportar como
presidente.
Na verdade, merece que sua atuação de quase 3 meses, seja chamada
usualmente de DESGOVERNO e não de GOVERNO. Mas quando essa
incompetência, despreparo ,irresponsabilidade, ameaça os Três Poderes,
que pela Constituição,(e temos muitas, ao contrario dos EUA, que só
têm uma)estabelece que o país "é governado por Três Poderes, harmônicos
e independentes entre si".
Quando um capitão, expulso do Exercito e proibido de frequentar
quartéis, transformado em presidente, ameaça a Constituição, os fatos
começam a se agravar. (Mesmo aquele finja pacificação e reconciliação,
sua palavra não vale nada).
SERGIO MORO NÃO MENTE NÃO VAI FAZER CARREIRA POLÍTICA
Magistrado, cúmplice e artífice do afastamento do ex-presidente Lula
da campanha presidencial. Foi o principal fator da vitoria do capitão.
Este sabia que devia tudo a ele, convidou-o, "você vai para Brasília
comigo, será o civil mais importante do governo".
Resposta conhecidíssima de Moro: "Sou magistrado, jamais farei
carreira política". O "capitão" tomou posse, nomeou o magistrado para
2 ministérios importantíssimos. Esqueceu tudo, aceitou, tomou posse.
Mas seu fracasso é tão grande e evidente, que sua campanha política
desapareceu, soçobrou, naufragou pelos próprios erros, equívocos,
omissões.
Logo na primeira semana, com o ministério da Segurança, teve que
intervir no Ceará. derrotadíssimo e repudiado pela população, o
domínio dos criminosos cada vez aumentando mais. Desistiu da luta.
Voltou para Brasília, se omitiu completamente dos crimes praticados no
gabinete do filho de Bolsonaro e do seu parceiro e cúmplice, Gaudêncio
Queiroz. Ninguém falou mais no assunto, a investigação (e a acusação)
"prescreveu".
Começou a brigar com Rodrigo Maia, queria que o projeto
anti-corrupção, (realmente importante) andasse junto ou na frente do
projeto da Previdência . Maia não concordou, conhece bem a câmara e
sabe que dois projetos importantes não podem tramitar ao mesmo tempo.
Maia foi insultado pelo ex-magistrado, que foi até se queixar com
Bolsonaro (foi o primeiro rompimento do presidente com o presidente da
Câmara). Ontem, Sergio Moro procurou Rodrigo Maia, pediu muitas
desculpas "Eu exagerei", e fez questão de apertar a mão de Rodrigo
Maia aperto que não significa conciliação, mas foi documentado por
todas as televisões.
PS- O presidente Bolsonaro e o próprio Sergio Moro, esperam
ansiosamente, uma vaga no STF. Que só acontecerá normalmente
dentro de 2 anos.