Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019


OS PERSONAGENS MAIS IMPORTANTES DO GOLPE DE 64, FORAM JOÃO GOULART E OS GENERAIS. JANGO QUERIA FICAR NO PODER, OS GENERAIS QUERIAM TOMAR O PODER.

HELIO FERNANDES

Matéria reprise - Parte II

Tenta atingir Lacerda.

Em março desse 1963, manda Mensagem ao Congresso, decretando Intervenção na Guanabara. O objetivo nítido e visível é tirar Carlos Lacerda do governo da Guanabara. O Congresso reage assombrado, não concorda, nem mesmo os partidos que o apoiam.

Os líderes Waldir Pires (PSD) e Doutel d Andrade (PTB) vão ao palácio Laranjeiras, (Jango quase não ia a Brasília) dizem a ele, “não há clima para a intervenção”. Jango imediatamente retira a Mensagem.

Chega a vez deste repórter.

Em 21 de julho, recebo de um extraordinário informante, cópia autentica de uma circular que o Ministro da Guerra, Jair Dantas Ribeiro mandara a 12 generais. (no total eram 36). Nos dois carimbos: “Sigiloso e confidencial”.

Lógico, publico no mesmo dia, assim que a Tribuna sai, Jango telefona para o Ministro, e deu a ordem: “mande prender o jornalista AUDACIOSO, e enquadre na Lei de segurança”.

Fui preso no mesmo dia, no Batalhão de Polícia, na Barão de Mesquita, onde anos depois se abrigaria o Doi-Codi, comandado inicialmente pelo general Orlando Geisel, mais tarde Ministro da Guerra. Na hora do banho de sol, pude constatar a tremenda divisão do Exército.

Alguns oficiais cruzavam comigo, diziam, "resista, Hélio, estamos com você". Outros me olhavam com ar feroz, se pudessem me fuzilavam. Enquanto isso, meus advogados, Sobral Pinto, Prado Kelly, Adauto Cardoso e Prudente de Moraes, neto, entravam com Habeas-Corpus no Supremo.

O bravo presidente, Ministro Ribeiro da Costa mandou ouvir o Ministro para "saber quem mandara me prender". O general confirmou, aí o Supremo teve que julgar. Desconfiando de que havia alguma coisa fora da curva. O ministro ficou como relator, o que o regimento interno permite. Aceleraram o julgamento, para que terminasse em julho mesmo, os poderosos são supersticiosos, têm pânico do mês de agosto.
Ganhei de 5 a 4, surpresa para o presidente Jango e seu Ministro da Guerra. Tudo estava preparado para que me condenassem a 15 anos de prisão.
Vou numerar os quesitos para facilitar a compreensão.
1- "Em março de 63 foi feita pesquisa, Jango aparece com 70% de aprovação. 86 na classe pobre, 62 na A e B". Desculpe, Navarro não houve nenhuma pesquisa oficial. Se tivesse havido, Jango não teria obtido 62% nas classes A e B.
2- Outra suposta pesquisa, perguntava. "se Jango pudesse ser candidato, o que aconteceria?". Não houve mais essa "pesquisa", a reeleição era impossível.
3- Folha e Estadão não tinham censores nas redações. Os censores só foram impostos para alguns jornais, a partir de 1968, pouco antes do macabro AI-5. A situação do Estadão, sempre foi a mesma, desde 1932, quando surgiu a "Revolução Constitucionalista de 32", comandada pelo Doutor Julio Mesquita. Em 1937 ele foi exilado em Portugal, junto com o ex-presidente Bernardes.
Em 64 apoiou o golpe, não demorou muito foi dos maiores combatentes. Da ditadura. Doutor Julio era assim, gostava do que considerava o bom combate. Não tinha interesse, acima de tudo convicções. Diferente de quase todos os outros.
4- Depois foi sempre contra o golpe, a tortura, a perseguição, não transigia. O jornal foi sempre independente, contra ou a favor. 5- Juscelino era franco favorito para 1965. Pouco antes de terminar seu mandato, fez sondagens sobre uma possível reeleição, confessou, "não havia clima, desisti". Mas lançou seu nome para 65, não perderia.
6- Jango nem era considerado, jamais ganhou eleição, a não ser a fraude da vice montada por Jango em 1960. 7- Os candidatos para disputaren contra JK, se não tivesse havido o golpe, seriam Ademar de Barros pelo PPS, e Lacerda pela UDN. Este sempre admitiu que "sua grande meta era a presidência".
Final: vi, vivi, convivi. Tudo aqui é fato. Conclusão é outra coisa, cabe a cada um. Os jornalões enriqueceram com o golpe, ganharam canais de radio, televisão (que nem havia na época), hoje explicam o passado: "Apoiar a ditadura foi equivoco jornalístico".
Enriquecidos mas não arrependidos. Só que sabem que nada é esquecido, precisa ser explicado.

* A COLUNA VOLTARÁ CIRCULAR EM 4 DE JANEIRO DE 2020.

VOTOS DE FELIZ NATAL E ANO NOVO, AOS AMIGOS LEITORES E FAMILIARES 


quinta-feira, 19 de dezembro de 2019


OS PERSONAGENS MAIS IMPORTANTES DO GOLPE DE 64, FORAM JOÃO GOULART E OS GENERAIS. JANGO QUERIA FICAR NO PODER, OS GENERAIS QUERIAM TOMAR O PODER.

HELIO FERNANDES

Matéria reprise - Parte I

A História do Brasil é inundada e conspurcada por golpes e mais golpes. O primeiro aconteceu em 1889 quando República foi dizimada por dois marechais cavalarianos, que mal podiam subir num cavalo. Essa República que não é a dos nossos sonhos se dissipou nos 41 anos do partido Republicano, até 1930.

Aí veio outro golpe a longo prazo, que se transformou numa ditadura de 15 anos, que chamaram de Revolução. Os primeiros sete anos, poder de apenas um homem (Vargas), pelo menos não havia violência, tortura, prisão, perseguição. Era apenas preparação para o que surgiria em 1937, o assombroso e cruel "Estado Novo", com o mesmo Vargas, apoiado e garantido pelos generais.

Como explico sempre não existe ditadura civil ou ditadura militar, e sim a conjugação de civis e militares. Uns não podem manter o poder sem os outros, são aliados sem o menor constrangimento. Pulemos logo para 1960, quando foi dado o inicio ao golpe de 64.
Nesse ano, pela primeira e única vez, os vice-presidentes eram eleitos pelo voto direto, junto com os presidentes. Era registrada uma chapa, dois nomes, o cidadão-contribuinte-eleitor votava duas vezes, no presidente e no vice.

Jânio Quadros, franco favorito, apoiadissimo pela UDN, teve que aceitar um candidato da UDN, o responssabilissimo Milton Campos. Queria como vice, João Goulart, sabia que este faria tudo o que ele mandasse. Coisa que não aconteceria com um homem como Milton Campos.

Sem caráter, escrúpulos ou convicções, Jânio corrigindo as coisas, criando o Comitê, Jan-Jan, mandando que votassem em Jango para vice-presidente, o que aconteceu.

Jânio: posse, véspera da renúncia.

Jânio chegou ao poder em janeiro de 61, começou logo a articulação com os generais que o apoiavam, para que "conquistasse" o poder sem tempo sem limitação. Meses depois mandou o vice João Goulart para Cingapura, o outro lado do mundo, sem nenhum projeto, nenhuma negociação ou acordo com outros países.

Jango que não era brilhante, mas não tinha nada de tolo, desconfiou da viagem, mas foi. Quando estava lá, recebeu duas notícias. 1 - Jânio renunciara, não se sabia onde estava. 2 - Os generais não dariam posse a ele, apesar de ser vice e o substituto natural, não assumiria. Confusão terrível, os generais tinham armas mas não tinham popularidade. Tiveram que negociar.

Jango voltou, mas não veio direto para o Brasil, parou em Montevidéu. Tancredo Neves, que fora Ministro da Justiça de Vargas em 1951, e tinha ficado intimissimo de Jango, 

Ministro do Trabalho, negociou. E os generais para não perderem tudo, sugeriram o "parlamentarismo com Tancredo de Primeiro Ministro", o que aconteceu.

 (De passagem, esclarecimento para mostrar o péssimo relacionamento de Jango com os militares, exatamente o contrário do seu mestre e protetor, Getúlio Vargas. Ministro do Trabalho, em 1952 Jango dobrou o salário mínimo, os militares não gostaram. Publicaram então o que se chamou de "Manifesto dos coronéis". 69 deles exigiam a demissão de Jango, este aceitou cordatamente. Tancredo aconselhou-o a ficar, Jango não aceitou).

Brizola não queria que Jango aceitasse o Parlamentarismo, obteve do cunhado, a resposta: "Já aceitei. Tancredo é nosso amigo, estamos no poder". Todo o ano de 1962, foi de preparação para o referendo.

Conseguiu marcar a escolha para o dia 6 de Janeiro de 1963. Vitória facílima, 8 milhões para o presidencialismo, apenas 2 milhões parlamentarias, Jango tomou posse logo, era outro Jango inteiramente diferente. A eleição estava marcada para outubro de 1965, tinha muito tempo pela frente, começou a agir.

CONTINUA ...

* A COLUNA VOLTARÁ CIRCULAR EM 4 DE JANEIRO DE 2020.



VOTOS DE FELIZ NATAL E ANO NOVO, AOS AMIGOS LEITORES E FAMILIARES 

terça-feira, 17 de dezembro de 2019


HISTÓRICO DE PRISÕES E LIBERTAÇÕES, JULGAMENTOS NO SUPREMO, 
NÃO HÁ MAIS SIGILO, CONFIDÊNCIA, TUDO É PÚBLICO

HELIO FERNANDES 

Matéria de arquivo

Em 1963, fui preso e levado para a Barão de Mesquita, ainda não havia o DOI-CODI. Só em 1968, 5 anos depois seria criado, comandado, tornado símbolo da crueldade e da tortura, tendo como maior autoridade, o general Orlando Geisel. Como a comissão da Verdade está provando e desvendando, esses generais não torturavam pessoalmente tinham subalternos que “cumpriam ordens”. Iam assassinando, sendo promovidos, passados para a reserva, vinham outros.

Essa comissão da Verdade só foi criada e instalada com mais de 30 anos de atraso, todos os generais de 3 ou 4 estrelas, responsabilíssimos, já haviam morrido. Na Argentina e no Chile, os mandantes e não os coadjuvantes, morreram na cadeia, numa cela, sem o menor conforto, embora não tenham sofrido tortura física. 

O primarismo do SNI 

Criado junto com o golpe de 64, o equipamento tinha pelo menos 100 anos de atraso. E os que tentavam gravar “todas as conversas” eram de incompetência colossal. A começar pelo major, depois Tenente-Coronel Golbery do Couto e Silva que se julgava um gênio. Seu último cargo foi esse que citei, mas como existia a imoralidade de receber duas promoções ao passar para a reserva, se transformou General.

Comandou o SNI desde a sua criação, mais tarde acumulou a chefia do SNI com a presidência da Dow Chemical, a maior fabricante de napalm do mundo, responsável por milhões de assassinatos nas mais diversas “guerras localizadas” como a do Vietnã. Nada lhe aconteceu, morreu fétido de responsabilidade, embora se julgasse a própria santidade de impunidade e da indignidade. 

Minha primeira prisão, julgamento no Supremo 

Hoje não existe mais nenhum sigilo, tudo de sabe na hora, ou até antes de acontecer. Qualquer pessoa na maior inocência ou ingenuidade, pode estar conversando com alguém, e tudo sendo gravado, com um celular no bolso do outro.

Há algum tempo fui falar para centenas de aluno da PUC de São Paulo. Eles iam chegando, colocavam ou jogavam o celular em cima da mesa horizontal. Quando se satisfaziam e iam embora, era só apanhar o aparelho, estava tudo ali. Não havia mais trabalheira e a complicação da preparação, microfones.

No dia 22 de Julho de 1963, antes do golpe todos conspiravam. Generais, governadores, membros do governo. Recebi envelope com uma circular assinada pelo ministro da Guerra, general Jair Dantas Ribeiro. A fonte, excelente, me entregou ainda no envelope original, com o carimbo: “Sigiloso e confidencial”.

Publiquei, claro. Fui preso no mesmo dia. Também no mesmo dia Millôr escreveu: “Não quero defender o Hélio por ser meu irmão mas um jornalista que recebe circular sigilosa e confidencial, assinada por um general ministro da guerra, e não publica, é melhor que abra um supermercado.”

Publiquei, claro. Fui preso no mesmo dia. Também no mesmo dia o Millôr escreveu: “Não quero defender Helio por ser meu irmão. Mas um jornalista que recebe circular sigilosa e confidencial, assinada por um general ministro da Guerra, e não publica, é melhor que abra um supermercado”.

Meus advogados, que não conseguiam falar comigo, estava incomunicável, entraram com Habeas-Corpus no Supremo, na época presidido pelo bravo, combatente e resistente Ribeiro da Costa.

Os advogados que me representavam, eram quatro. Sobral Pinto, que defendeu presos políticos em duas ditaduras, a do “Estado Novo” de 1937 e a dos generais de 64. Hoje é nome de edifício onde a OAB Regional e a IAB Nacional, diante de multidão de advogados, homenagearam o bravo, competente, lúcido e resistente, George Tavares. Isso aconteceu na semana passada.

Prado Kelly, notável advogado e jurista, depois presidente da OAB Nacional, Ministro da Justiça e finalmente Ministro desse mesmo Supremo. Adauto Lucio Cardoso, advogado, deputado, fez um libelo contra a minha prisão. Mais tarde também ministro do Supremo, saindo de lá, não pela aposentadoria e sim com o ato, o gesto e a convicção de em plena sessão tirar a toga e com audácia e determinação, jogá-la no chão, exclamando: “Este não é o Tribunal que eu imaginava”. E foi embora.

E finalmente Prudente de Moraes Neto, umas das mais invulgares figuras que conheci. Depois de me defender, foi presidente da SUUMCC, daí surgiria o Banco Central. Diretos do Diário Carioca (este repórter, mocíssimo era diretos da redação, ele era o diretor responsável), mais tarde presidente da ABI em plena ditadura.

Usou a presidência dessa notável ABI para liderar ou melhorar a situação de dezenas de jornalistas, presos políticos. Sua atuação épica, histórica, maravilhosa, foi em relação ao jornalista Maurício Azêdo, (depois presidente da ABI), um dos presos mais torturados. Durante três meses, Prudente quase todo dia saía da ABI, ia ao Ministério da Guerra, conversar com o Ministro-chefe-do-Doi-Codi, tentando a libertação de um dos mais torturados de todos os tempos.

Finalmente conseguiu a libertação do Maurício. O próprio general Geisel disse a ele: “Amanhã às 9 horas, o jornalista será solto, o senhor pode ir buscá-lo”. Prudente foi com um amigo e o motorista. Maurício Azêdo, quase morto, foi entregue a ele. Emocionante, lancinante, comovente são as palavras obrigatórias para lembrar o ato e o fato. Abraçados Prudente e Mauricio choravam sem parar, não há como descrever.

Há um foto que circulou durante muito tempo na internet. Impossível transcrever a emoção provocada pelo episódio, dois homens públicos notáveis, realizados, generosos, desprendidos, chorando abraçados, não conheço nada tão admirável. Era o auge da rebeldia construtiva. Depois da resistência do sacrifício e da tortura, as lágrimas não pela libertação mas sim pela liberdade. 

Julgamento assustador 

Todos diziam, até mesmo no círculo jurídico se comentava: “Com essa seleção de advogados, o Helio Fernandes será absolvido facilmente”. Exatamente o contrário. Fui enquadrado na Lei de Segurança, pediram 15 anos de condenação.

O julgamento terminou em quatro a quatro. Além dos extraordinários advogados, tive a sorte de ter na presidência do Supremo, Ribeiro da Costa. Pela Constituição e pelo Regimento Interno do Supremo, o plenário só poderia julgar com 8 ministros presentes, menos do que isso, nenhum julgamento.

Palavras do presidente Ribeiro da Costa: “Vou levantar a sessão por alguns minutos, voltaremos para cumprir a obrigação constitucional, desempatar a votação”. E esclareceu: “De acordo com o que está determinado na Constituição de 46 posso desempatar contra ou a favor do jornalista”.

Voltaram, num brilhante voto de improviso, me absolveu, com a afirmação – conclusão: “O jornalista não devia nem ter sido preso, acusado e julgado. Apenas publicou um documento assinado levianamente, o conhecimento do documento serviu a coletividade”. 

PS1- Em toda a história da República, fui e sou o único jornalista JULGADO pelo Supremo de corpo presente. Muitos, incluindo Rui Barbosa, foram PROCESSADOS, o que é inteiramente diferente. 

PS2- Hoje não há mais sigilo para coisa alguma. As novas tecnologias não vão matar o jornal impresso, longe disso. Só que agora a velocidade das notícias é a mesma que Einstein colocou na sua genial Teoria da Relatividade.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Fidel: símbolo de uma Era e de uma Revolução, sem nenhuma dúvida um ditador irrecuperável

HELIO FERNANDES

*Matéria de arquivo

No fim do dia 31 de dezembro de 1958, praticamente na madrugada de 1959, um personagem chamado Fidel Castro, começava a entrar na Historia. Morrendo ontem aos 90 anos, eterniza essa permanência, é lembrado para sempre. Morre mas não desaparece. Pelo contrario, fica em evidencia, garante a relevância e a reverencia que muitos lhe negaram em vida. Mas sempre foi ditador, adorava o poder incontestável e incontrastável.

Combatido, temido, respeitado, consagrado, insultado, violento, sem fazer concessão a ninguém, dominando uma pequena ilha, conseguiu colocá-la no mapa do mundo e não apenas geograficamente. Embora não tenha obtido o sucesso político que esperava, foi o grande revolucionário de uma época.

Logo nos primeiros tempos, no dificilimo1959, conquistou a admiração do mundo. Ele e Che Guevara, centralizaram as atenções do mundo, embora projetassem caminhos diferentes. Seus roteiros de vida eram igualmente revolucionários, mas tinham temperamentos, personalidades e objetivos, completamente diferentes.

Fidel Castro queria libertar Cuba. Che Guevara pretendia libertar o mundo.

Em 1960, candidato a Presidente, Janio vai a Cuba 

Oportunista, sentindo a popularidade crescente de Fidel. Favorito para a eleição do final do ano, em março Janio vai visitá-lo. Freta um avião, leva 30 pessoas. 24 jornalistas. Ele e Dona Eloá. Adauto Cardoso, que pretendia ser Ministro da Justiça, e não foi. Afonso Arinos de Mello Franco, candidato a Ministro do Exterior, e o primeiro a ser nomeado. Ficamos lá 9 dias, como sempre em todas as viagens, escrevia diariamente.

1959, um ano dificílimo, precisava fazer varias coisas ao mesmo temo. Faltava tudo, desde transporte a alimentação. Nesse 1960 em que estivemos lá, já existiam os embargos americanos, os culpados de tudo. Mas andávamos nas ruas, sem segurança, era aplaudido, apesar das prisões já estarem lotadas, e o fuzilamento ser uma regra cruel mas insistente. Os fins de noite eram invariavelmente na embaixada do Brasil.

O relacionamento diplomático era excelente. O embaixador do Brasil, Vasco Leitão da Cunha, do primeiro time do Itamarati, logo depois Ministro do Exterior. Em 1964 os ditadores que tomaram o poder aqui, romperam relações. Nada mais compreensível. Se dizendo anticomunistas, não podiam ter relacionamento com ditadores comunistas (idem, idem com a União Soviética).

Inexplicável e inacreditável: a ditadura dos generais torturadores acabou em 1979. Mas o primeiro embaixador em Cuba, só chegou lá em 1999,20 anos depois. Por acaso, foi uma grande figura, Luciano Martins, sociólogo, escritor, exilado em Paris durante a ditadura. Mas foi embaixador em outra ditadura.

Fidel: o fazedor e o brigador com amigos

Assumiu com 70 por cento de analfabetos, em 5 anos, não existia mais nenhum. Também impossível saber como conseguiu construir 8 famosos Hospitais-Universidades, iguais aos melhores do mundo. Com 10 anos no poder, existiam médicos cubanos, praticamente em todos os continentes. Incluindo o Brasil.

Mas não respeitava nem os amigos. Meses depois de chegar ao poder, um dos melhores, mais íntimos e mais brilhantes, Camilo Cienfugos, desapareceu. Nunca foi encontrado, mas se soube: Fidel mandou jogar o amigo no tumultuado mar entre Cuba e a Florida.

Seu relacionamento com Che Guevara, era diário. Mas as divergências também. Nomeou Guevara Presidente do Banco Central, como se ele fosse um Meirelles qualquer. Revolucionário verdadeiro, se considerando obrigado a salvar o mundo, só pensava em deixar Cuba, se entregar á luta, em vez de ficar fechado num escritório. Fidel pressentia isso, ficava preocupado. A seu modo, gostava de Guevara. Mas surpreendentemente tinha inveja do amigo. 

Não demorou muito, num congresso em Roma, encontrou com o jornalista Jean Jaques- Servan Screibe , diretor proprietário de um semanário mais importante da França .Já tendo decidido seu destino, resolveu fazer humor e confissão. Disse: "Se despeça de um revolucionário presidente do Banco Central. Fique atento com as noticias que virão de Cuba".

Guevara abandona Cuba, Fidel e o passado

Não demorou muito, Guevara deixou Cuba, quase sem se despedir de Fidel. Durou poucos meses. Traído, atraiçoado, caiu numa cilada armada por alguns que considerava amigos. Fidel recebeu logo a noticia, se recolheu a um dos palácios, tinha vários. Não derramou uma lagrima. Na verdade, Fidel não chorava, perdão, uma única exceção. Quando a filha pediu asilo nos EUA, sentiu o golpe, chorou. Não pela filha, mas pela repercussão negativa do fato. Para ele pessoalmente e para o governo ditatorial.

1960, 1961, 1962

Os embargos, uma ruína. Todo o ano de 1960, foi de desgraça. Em 1961, logo depois da posse de Kennedy, o ataque militar a Cuba, pela Baia dos Porcos. Estava tudo preparado, a derrota dos Estados Unidos, estrondosa. Em 1962, numa gravação aérea, a descoberta de que existiam aviões nucleares se abastecendo em Cuba, poderiam entrar em ação, a qualquer momento.

Foram aqueles 15 dias em que as manchetes de todos os jornais do mundo, e as televisões, estrondavam repetidamente: “O mundo poderia estar caminhando para a tão temida guerra nuclear”. Que foi impedida no ultimo minuto. Ainda estávamos longe da Internet, todos acalmaram o mundo ao mesmo tempo.

Fidel não era comunista

Converteu-se depois, com a convivência e a submissão á União Soviética, que fornecia tudo que Cuba precisava, principalmente petróleo. Comunista desde adolescente era o irmão Raul. A quem teve que passar o governo em 2008, por motivo de saúde. Nesses tempos, Raul fez modificações importantes, que Fidel não quis fazer por vingança e insensibilidade. 

Tratava-se da remuneração dos médicos e atletas de vários esportes, que iam para o exterior, trabalhar. Fidel exigia que mandassem para Cuba, 100 por cento do que ganhavam. Se não cumprissem, não poderiam voltar ao país. Raul fez um acordo imediato, e que agradou a todos. Os que trabalhavam no exterior, podiam ficar com 80 por cento do que ganhavam e mandar 20 por cento para Cuba, tinham muitas isenções.

Poderia continuar escrevendo indefinidamente sobre Cuba e Fidel. Um só exemplo: em 1987, o ultimo acontecimento promovido e dirigido por Fidel. Um seminário sobre divida externa, hoje divida publica, que atingia também Cuba.

Mais de 2 mil convidados, 47 brasileiros, incluindo Lula, que 2 anos depois, seria candidato a presidente pela primeira vez.

Desses 47 brasileiros, só 2 ocuparam a tribuna. Luiz Carlos Prestes, que não conhecia muito bem o assunto, levou um texto escrito. E este repórter, apaixonado pelo assunto, mostrei o perigo para o futuro de todos os países, "endividados". Agora, 29 anos decorridos, como eu disse, a situação piorou para todos.


Para Cuba, o desastre catástrofe do fim da União Soviética, na noite de Natal de 1991. Foi a ultima crise que atingiu Cuba. Fidel estava muito desgastado, praticamente deixou o país estagnado, passou a viajar pela America do Sul e Central. Queria implantar um "império comunista", liderado por ele. Não conseguiu. Morreu respeitado pelo silencio, mas totalmente impopular.

Se pudesse, iria ler as bobagens exatamente iguais, ditas por Lula e Maradona: "Ele foi um pai para mim". Ele não foi pai para ninguém, era sempre, "o comandante". Uma vez escrevi, "desconfio que Fidel dorme sem tirar a farda, com medo de deixar de ser o comandante".

Dos que escreveram sobre Fidel, ontem, o único lúcido, sensato, esclarecido, inclusive porque esteve exilado lá por 1 ano, foi Fernando Gabeira. Perguntou em poucas linhas ou palavras: "Tantas mortes, tanto exílio, tanta tortura. Tudo isso valeu a pena?".

Para Fidel, sempre ditador, uma cremação de estadista. Se não houver pressão ou constrangimento, no domingo, as maiores personalidades do mundo, estarão em Cuba. Mesmo repetindo o lugar comum obrigatório: "Fidel será julgado pela Historia"

* A COLUNA VOLTARÁ CIRCULAR EM 4 DE JANEIRO DE 2020.


VOTOS DE FELIZ NATAL E ANO NOVO, AOS AMIGOS LEITORES E FAMILIARES 







quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

DATAFOLHA, FLAGRA A REPROVAÇÃO DO GOVERNO,( desgoverno) E DO PROPRIO BOLSONARO

HELIO FERNANDES


No mês passado estranhei o silencio,( ou omissão) das duas maiores e mais importantes empresas de pesquisa: Datafolha e IBOPE. Agora a DATA reapareceu até com perguntas de mais. E respostas claras de menos. Mas dá para exibir reprovação em todos os itens, COLETIVO e Individual,.

Principalmente levando em consideração, que o capitão transformado em presidente, ainda não completou 1 ano no Planalto. E se lançou apressadamente, com 3 anos de antecedência, para a reeleição que garantiu que não disputaria. 

Essa é uma das sempre lembradas, ( e esquecidas quando interessa) promessas de campanha. Se Bolsonaro lesse e adotasse os números ou dados da pesquisa, desistiria de 2022. Ou então, examinaria seu comportamento nos quase 12 meses de governo, e desistiria de acreditar, que a presidência da Republica, pode ser exercida como ficção, abandonando completamente a credibilidade. E apostando tudo na contradição diária e intransferível.

PS- O que não pode ser contestado nos números virtuais e rigorosamente verdadeiros da Datafolha. Abandonando os comentários, inúteis, inócuos, insensatos.

PS2- A DESAPROVAÇÃO do governo é de 36 por cento. A APROVAÇÃO de apenas 30.

PS3- O COMBATE á corrupção, (bandeira da campanha e de quase 1 ano de governo) piorou barbaramente.

PS4- 50 por cento dos entrevistados, consideram sua atuação, Ruim ou PÉSSIMA .

PS5- Maioria absolta considera que RARAMENTE ele age como presidente.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019


PARAISOPOLIS: A CIDADE
CONTRA O LEVIANO GOVERNADOR

HELIO FERNANDES

Assim que aconteceu o massacre tragédia, com 9 pessoas mortas PISOTEADAS, Doria exaltou e inocentou os policiais criminosos.Diante da tremenda repercussão negativa, retrocedeu, decidiu: "A PM precisa um novo protocolo, comando,orientação".

Tentando se reabilitar, anunciou: " Paraisopolis terá reforço, com MAIS policiais. Resposta: " Queremos MENOS "

O VERÃO COMEÇA 
 DIA 22, NA MADRUGADA 

Segundo as previsões, será fortíssimo. Voltaremos, (ou voltariamos) aos tempos do " calorão" do Rio,  que serviu de titulo para o filme de Nelson Pereira dos Santos," Rio, 40 graus" .Grande cineasta, notável personalidade, merecidamente foi eleito para a Academia. 

Faltam  12 dias. Antes, no dia 17, (dentro de 7 dias ) Flamengo e Liverpool, estarão disputando suas semifinais. Se vencerem, como todos esperam, estarão reeditando 1981, 38 anos depois. Muitos flamenguistas estão se preparando para ir ver o jogo, no Catar.

PS- Incluindo Bandeira de Mello, o mais importante presidente da historia do clube.

PS2- O Flamengo de hoje, é produto e consequencia de suas administrações

RESISTENCIA  PELA CULTURA

O novo presidente da Ancine,(em frente ao belissimo e Histórico Palácio Capanema) determinou na sexta, a retirada dos cartazes de propaganda de filmes brasileiros .No sábado, manifestantes e defensores da Cultura, recolocaram os cartazes onde deveriam estar.

No domingo, tudo foi retirado e estraçalhado.

PS- Como homenagem á cultura e á resistência, os lugares não ficarão vazios. Os cartazes voltarão. SOZINHOS.

VÁRIOS MINISTROS QUERIAM
IR À ARGENTINA, NÃO PELA POSSE.

Seria um passeio, representatividade, viagem com tudo pago, e as  diárias remuneradas. Mas o capitão vetou a ida de todos ou de qualquer um. Se não fosse a intervenção de Bolsonaro, o Brasil teria presença numerosa, na posse de Fernandez e Kirchner.

O general Mourão, vice eleito, resolveu ir. Tem paixão por espanhol-castelhano.(Como coronel, foi  Adido Militar na Venezuela). Não precisa de autorização de ninguém.

MERCADO FINANCEIRO

Ao contrario  de sexta feira, as Bolsas de ontem  eram vendedoras. Algumas com  grande queda. Londres  e Hong-Kong cairam com barulho.

No Brasil a Bovespa ficou em menos 0,13 o que é tecnicamente estável.
O BC vendeu 500 milhões de dólares, e a moeda americana, ficou zero a zero. 

PS- O relacionamento Bolsonaro- Mourão, resiste até o lançamento do vice na chapa do  atual presidente  para 2022.

ÚLTIMA NOTA 

A Rússia foi banida de TODOS os esportes, por 4 anos. Acusação: dopping e manipulação de dados. Putin reagiu mistificadoramente:"Isso é perseguição dos EUA".O fato vem de longe, quase a Copa do Mundo, lá, era transferida.

PS- Putin garante que vai recorrer. São muitos esportes, muitas  Federações.

PS2- Para a Rússia, como país, um desastre.

PS3- Para Putin, pessoalmente, desgaste inominável.

PS4- A investigação, em profundidade e não comandada pelos EUA.
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*(Não vamos circular entre os dias 20 de Dezembro de 2019 ao dia 05 de Janeiro de 2020)

ESSA COLUNA DESEJA A TODOS
VOTOS DE “FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO”

domingo, 8 de dezembro de 2019

LEMBRANÇAS DOS 50 ANOS DA HISTÓRICA PASSEATA DOS 100 MIL, SENSACIONAL PROTESTO DE RUA CONTRA O TERRORISTA AI-5

HELIO FERNANDES

Na conturbada, tumultuada, amaldiçoada repressão dos 130 anos da "Republica que não é a dos nossos sonhos", (royalties para o notável Saldanha Marinho, grande líder da geração dos "propagandistas da Republica", logo ultrapassado pelos dois Marechais, Deodoro e Floriano) nada se compara em matéria de covardia, terrorismo e crueldade com o famigerado AI-5.

Insuperável em violência e mortal abuso de autoridade, ele é exaltado por personagens que não existiam naquela época, mas ameaçam e tentam intimidar a nossa sempre incipiente e frágil democracia. Logo depois do AI-5, um grupo de ativistas e combatentes contra a ditadura, começou a articular um majestoso protesto de rua contra esses generais assassinos e torturadores. 

No dia 12 dezembro de 1968 a Comissão de Constituição e Justiça, julgaria Marcio Moreira Alves e deveria cassar o seu mandato. Eu estava lá, (já cassado desde 1966, fui com meu grande amigo e notável personagem, Rafael  de Almeida Magalhães) cruzava a todo momento, com militares de vários escalões. 

Absolvido o bravo Marcio, eles queriam o AI-5 naquela mesma noite. Telefonaram para Costa e Silva, que estava no Rio, assistindo bangue-bangue com 3 amigos. Deu ordem ao Chefe da Casa Militar, Jayme Portela, "não atenderia nenhum telefonema". Ao mesmo tempo, convocava reunião do ministério para o dia seguinte, quando o AI-5 nasceria ao amanhecer e seria  divulgado ao anoitecer.

Assim que uma cadeia de radio e TV comunicou o fato, começaram as conversas e contatos para o protesto, que entraria para a historia identificado como a "PASSEATA DOS 100 MIL". Muita gente participou da organização e realização, centenas,  mas vou centralizar tudo, apenas num líder, Vladimir Palmeira. 

Foi o maior líder estudantil que se transformou numa referencia nacional. Em liberdade mas altamente perseguido, protegia a todos. E era protegido pelos padres  desprendidos e participantes do Colégio São Vicente. (Onde estudava um dos meus filhos). 

No dia da passeata, corriamos desbaladamente pela Avenida  Rio Branco.Perseguidos por policiais armadíssimos,mas que usavam bala de gás, diretamente nos olhos dos manifestantes.

(Os mais experientes ensinavam: "Faz xixxi num lenço ou num pedaço de pano, passa na vista, tudo desaparece. Maravilha,  chegamos onde Palmeira nos esperava com uma multidão, e deu a maior demonstração de liderança).

As centenas de policiais continuavam nos perseguindo, estávamos na iminência de uma tragédia. Vladimir percebeu tudo em segundos, retumbou: "TODOS NO CHÃO".
Inacreditável, imediatamente todos se deitaram, os policiais ficaram perplexos e assustados. Não podiam massacrar milhares, todos se salvaram, momentaneamente.

Vladimir  Palmeira continuou sua trajetória de liderança, injustiçadissimo.
PS- Os políticos tinham medo, que Palmeira, no restabelecimento da democracia, disputasse cargo, seria invencível.

PS2- Foi perseguido pelos que deviam reverencia-lo, banido e sabotado.

A SAGA DE MARCIO E HERMANO

Dois bravos  jornalistas, que se elegeram deputados para aumentar o poder de fogo contra os generais torturadores. Pertenciam (com este repórter ) ao verdadeiro MDB , existia o MDB  adesista ,que apoiava a ditadura  dos generais  torturadores. Chagas Freitas foi "governador" entre aspas  duas vezes. De 1970 a 74, de 1978 a 1982. Eu fui cassado 3 dias antes da eleição.

Hoje, rapidamente, o drama ou tragédia dos dois jornalistas-deputados-combatentes.

Marcio levou quase 2 meses para sair do Brasil,fecharam todas as saídas, se descuidaram um instante, Marcio  conseguiu ir para o exterior.

Hermano, (notável personagem como Marcito) cumpriu a mesma trajetória, perseguido  por todos os lados. Foi salvo pela grandeza, coragem, desprendimento e espírito publico do mestre e bravo Afonso Arinos de Mello Franco. (Fomos grandes amigos, mantivemos conversas inacabacadas) .

Afonso Arinos fez o seguinte. Grande amigo do embaixador do México, telefonou para ele. "Me convida para almoçar?". Logo aceito, botou Hermano na mala do carro, todas as embaixadas estavam vigiadas, seu carro não podia ser parado e vistoriado, tinha placa oficial da Republica, Afonso Arinos era senador.

PS- Hermano recebeu o asilo assinado pelo proprio embaixador.

PS2- Casado com uma portuguesa, foi para Portugal, não pôde voltar ao Brasil, a ditadura dos generais torturadores durou muito tempo.

MORO DESPREZA CÂMARA, BAJULA SENADO. Rodrigo Maia CUMPRIU SEU DEVER, ALCOLUMBRE È MAIS SUBSERVIENTE

O projeto chamado anticrime, estava cheio de erros, equívocos, exageros. Foi tudo recusado, o projeto ficou mais aceitável.

Agora está no Senado, o ministro tenta convencer Alcolumbre, (cheio de opções ambiciosas e pessoais) a reincluir tudo que foi vetado na Câmara.
PS- Tem muito tempo, debate no senado só em 2020.  

HÁ 78 ANOS O JAPÃO ATACAVA PEARL HARBOUR

A segunda guerra mundial começou em setembro de 1939.  Alemanha nazista, União Soviética, fictícia e momentaneamente aliados, devastaram a Polônia. Hitler atravessou toda a Europa. Stalin invadiu atravessando a fronteira com a Ucrânia. Nenhum país reagiu.

2 anos depois, em setembro de 1941 os EUA não queriam guerra. 2 meses depois no histórico e considerado impossível 7 de dezembro, que completa  agora  78 anos, os japoneses invadiram os EUA. Num vôo direto, chegaram a Pearl Harbour, onde estavam dois terços da Marinha americana.

No dia  8 de  dezembro, 24 horas depois, Roosevelt declarava  guerra ao Japão. O presidente dos EUA, uma das maiores figuras da Historia, (aliado a Churchill) atraiu Stalin, formaram aliança invencível, destruíram o que Hitler identificava "como o Reich dos mil anos".

O ataque do Japão para consolidar a aliança militar, nipo-nazi-fascista , foi a  destruição do grupo que pretendia dominar o mundo. Mussollli, que se dizia socialista, (era dono de um jornal, "Ill Popolo de Roma"),foi pendurado de cabeça para baixo, numa corda de secar roupa. Com o povo italiano, vibrando e aplaudindo.

Em 1943, Hitler pessoalmente perdeu 2 exércitos,  e logo perderia guerra, se mataria, não queria ser preso.

Dos 3 países, o mais fraco militarmente era o arcaico Japão. Não queria assinar a paz, foi destruído pelo irresponsável  Truman, e as bombas de Hiroshima e Nagazaki.

PS- Assinou a paz, ganhou recompensa maravilhosa. Roosevelt nomeou o general Mac Arthur interventor no Japão.

PS2- Ele começou a retirar o país do atraso de 300 anos, plantou as bases do que é hoje a terceira potencia mundial.

PS3- Sem o 7 de dezembro de 1941, não teria havido o 8 de maio de 1945, o fim da guerra, com a vitoria  aliada.

PS4-  E a traição  do destino, com a morte de Roosevelt em 23 de abril, exatos 15 dias antes da vitoria. Que mais do que ninguém merecia comemorar.

ARGENTINA: MAIA CORRETO

Bolsonaro errou desde o inicio, apoiando candidato á reeleição, tido e havido como perdedor. Na reunião do Mercosul, fez questão de aparecer quase abraçado com Macri derrotado e apoiado por ele.

Com Bolsonaro caminhando para hostilizar o novo presidente da Argentina, Rodrigo Maia exerceu o papel moderador. Com afirmação simples, fundamental e irrefutável: "O relacionamento Brasil-Argentina, é indispensável para os dois países" 

PARAISÓPOLIS: O RETROCESSO DE DÓRIA

Assim que houve o massacre, o governador exaltou despudoradamente a PM. Apressado, insensato e imprudente, não resistiu á repercussão negativa.

Retrocedeu espetacularmente, afirmou publicamente: "Os protocolos da PM precisam ser revistos".

Sua campanha presidencial também. Era candidato de si mesmo, agora nem isso.

JORGE SAMPAOLI - JORGE JESUS

Vitoria insofismável, indiscutível, irrefutável e irrevogável do Jorge que quer ficar no Brasil. Derrota do Jorge que tendo ganhado tudo quer ir embora, assim que "chover" uma proposta que considere melhor do que as que obteve com o Flamengo.

Jorge Jesus, se revelou um técnico parlamentarista, deu "voto  de  desconfiança ao Flamengo". Foi uma derrota INJUSTA e MERECIDA. Perdeu a invencibilidade no último jogo, e ainda por cima de goleada. Nunca ameaçou o adversário. Só esteve em campo para dar a saída, depois dos 4 gols do Santos.

PS- Com 1 minuto do acréscimo, o Santos jogou uma bola na trave.

PS2- Seria a repetição dos 5 a 0 da vitória sobre o Grêmio. Só que com o placar ao contrario.

*(Não vamos circular entre os dias 20 de Dezembro de 2019 ao dia 05 de Janeiro de 2020)

ESSA COLUNA DESEJA A TODOS
VOTOS DE “FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO”