Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 30 de junho de 2015


SEM O GOLPE DE 64, JK, BRIZOLA E LACERDA SERIAM PRESIDENCIÁVEIS EM 65. DEL NERO, HUMILHADO E APAVORADO DEFENDE DUNGA.

HELIO FERNANDES
30.06.15

Assim que Joaquim Levy subiu ao palco, começou a circular: o Brasil enfrentava a possibilidade de ser REBAIXADO, expor causa de economia. Antes de Ricardo Pessoa.
Agora o Brasil enfrenta não possibilidade, mas a realidade de ser REBAIXADO, por causa da política. Depois de Ricardo Pessoa.

A confusão é geral. (Machado de Assis). Mas se viesse tormenta, acreditavam que só poderia aparecer (e assustar), pelos lados da economia. Inflação invencível, PIS negativo, juros cada vez mais altos, desconfiança de empresários, desemprego assustador, falta de investimento, crescimento, consumo e desenvolvimento.

Para tudo fingiam que tinham resposta, apesar da impopularidade da presidente ser tão alta, que ela implorava: "Na próxima pesquisa pelo menos 10 pessoas ouvidas apoiassem meu governo". Ficou nesse limite, embora fosse terrorismo. Pelo menos acreditam nisso.

Agora está lendo um novo roteiro, pode ler mas não vai influencia-lo de jeito algum. O autor do roteiro não tem muita imaginação, mas que arquivos, que montanha de documentos acumulou. E todos eles, mesmo lendo apressadamente, colocam o Tribunal Superior do Trabalho (TSE) no centro dos acontecimentos.

Uma parte grande do primeiro time da política brasileira, diante dos fatos e do volume das acusações, só tem uma resposta: "Está tudo registrado no Tribunal Eleitoral”.

Deve estar mesmo, só que o TSE não investiga a fonte do dinheiro. Agora tem elementos para localizar tudo, não inocente ninguém.

Essa questão vai longe, mas não no caminho da impunidade.

Suprema Corte dos EUA.

Tem nove juízes vitalícios. Há mais ou menos 13 anos está dividida que os conservadores, quatro progressistas, o presidente decide, geralmente por 5 a 4. Esta semana, duas decisões importantes. Uma de caráter interno, que estava parada desde 2010. Obama mandou projeto ao Congresso, permitindo que o Executivo (presidente da República) financiasse planos de saúde.

O Congresso vetou, o recurso á Corte levou cinco anos. A votação ficou 3 a 3, o quarto a votar era um conservador inovou, ficou 4 a 3 a favor do recurso. Aí o progressista fez 5 a 3, o presidente 6 a 3. Um avanço para milhões de pessoas.

Quatro dias depois, entrou em pauta, um projeto de repercussão mundial, e que esperava julgamento há anos e anos: autorização para casamento oficial entre pessoas do mesmo sexo. 14 estados (entre 50) já decidiram a favor. Agora vale para todo o país a decisão da sexta feira, 5 a 4, anula e revoga tudo o que já aconteceu nos estados.

As duas decisões coincidem com o que Obama defende, o que favorece os Democratas na eleição de 2016, Problemas para os Republicanos, que estão na contramão da Suprema Corte, e da vontade da opinião pública, constatada em pesquisa isenta. Precisam explicar, não podem mudar nada.
A propósito: qualquer cidadão, indicado á Corte pelo presidente da República, aprovado pelo senado, empossado, sabe que nunca presidirá a Corte. O presidente é vitalício, não ha rodízio como no Brasil. (Não estou nem julgando, apenas comparando duas realidades).

O juiz Hendell Holmes presidiu  a Corte por 34 anos, criando o que se chamou de “Corte Holmes”. Aposentado, participou da Comissão que investigou o assassinato do Presidente Kennedy.

Resposta.

Celina Policarpo quer saber se Carlos Lacerda seria presidente. É difícil responder depois de 38 anos da sua morte, principalmente por causa deste enigmático SERIA. Uma coisa é certa porque já era realidade há 51 anos. (1964). Ele e Juscelino seriam candidatos a presidente em outubro de 1965, se não tivesse havido o golpe.

Juscelino passou o governo a Janio em 1960, e na transmissão, oficialmente lançou sua candidatura para dentro de cinco anos. Só o ciclo democrático desta República cheia de interrupções e sem eleições, o “trafego peralta”, já tramava com militares golpistas e ambiciosos, a denuncia para voltar com “plenos poderes”.

Carlos Lacerda era candidatissimo, podia não ganhar (eis uma parte da resposta para a tua pergunta), mas já estava lançado, tinha um partido, a UDN, que também queria que fosse candidato.

Os governadores dos maiores estados eram candidatos, (Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto, Mauro Borges, Ney Braga, Brizola) e mais Juscelino, possivelmente concorreriam. Com a posse de João Goulart, que começo logo a conspirar surgiram os militares. E deu no que deu, 21 anos perdidos, e até hoje não recuperados, e um futuro cada vez mais incerto e duvidoso.
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Liomar Nascimento perde tempo com uma pergunta desnecessária, quer saber se sou de esquerda, centro ou de direita. Vou completar 94 anos, já fiz 80 de jornalismo. Digamos que tenha levado 10 anos de formação, com 254 anos para a Revista “O Cruzeiro”, a cobertura da constituinte que promulgou a bela Constituição de 1946.

Foi histórica para o Brasil e para a minha carreira. A partir daí dirigi jornais e revistas, inovei, atuante, participante, beligerante cassado em 1966 quando era candidato a deputado pelo MDB da oposição à ditadura.

Com a volta da suposta democracia, em 1980, Brizola me convidou para candidato a senador, ele governador. Logo depois, Tancredo Neves, candidato a governador de Minas,  também me convidou para senador, aceitei. No lançamento da minha entrada no seu partido, afirmou e informou com aquele vozeirão: “Estamos incorporando ao partido o jornalista Hélio Fernandes, candidato a senador e o maior oposicionista que o Brasil já conheceu”.

Logo depois Figueiredo extinguia os partidos, o quadro mudou completamente.

PS- Marco Paulo também Del Nero, fugido da Suíça 12 horas depois da prisão do amigo, sócio e vice Marin, vai embora sem votar, lá eles prendem mesmo. Ilhado mas não ilibado, humilhado no Brasil, não pôde ir ao Chile, lá levam a sério a extradição.

PS2- Depois de tudo o que houve com Dunga afirmando que os “afrodescendentes” gostam de apanhar, do vexame com a Venezuela e o Paraguai, Del Nero resolve defende-lo, ”o técnico não tem culpa alguma, a culpa é dos jogadores”.

PS3- Dentro de campo, o que os jogadores podiam fazer se o técnico colocava no segundo tempo, contra a Venezuela, quatro zagueiros e três volantes dentro da área? Repetindo: contra a Venezuela.

PS4- Nos pênaltis não inclui Robinho e Dani Alves. Escala um garoto reserva, posto em campo aos 41 minutos, lógico, o primeiro a desperdiçar o pênalti. De quem é a culpa?
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CARLOS MARIGHELA BRILHANTE, JÁ ALERTAVA SOBRE A CRISE DE HOJE. DILMA NÃO FALA, NÃO ENXERGA E NÃO HOUVE, É UM ROBÔ SEM BATERIA. A CUT ESVAZIADA, JÁ ERA MESMO. E O LULA, ESPECULA-SE ESTEJA ENGENHANDO UM NOVO PARTIDO. QUER FILIAR JOVENS E APOSENTAR “MEDALHÕES MOFADOS”.        
ROBERTO MONTEIRO PINHO
30.06.15
Retomando minhas pesquisas, encontrei este trabalho teórico do revolucionário Carlos Marighela escrito em 1966 no qual analisa a conjuntura nacional a partir da estrutura de classes do Brasil mostrou o descontentamento da cúpula do PCB o que lhe custou à expulsão do Partido em 1967.
No texto ele ressaltou: (...) “O golpe de primeiro de abril sobreveio, e tornou-se vitorioso, sem que as forças antigolpistas, e entre elas os comunistas, pudessem esboçar qualquer resistência. A única resistência de massas organizada contra o golpe foi à greve geral, mesmo assim sem condições de prosseguir, em virtude do despreparo geral”.
A falta de resistência ao golpe prendeu-se, assim, ao nosso despreparo. Despreparo político e sobre tudo ideológico. Despreparo dos comunistas como de toda a área antigolpista – assinalou: E acrescentou: (...) “Quanto aos comunistas, à resistência tornou-se impossível porque nossa política — no essencial — vinha sendo feita sob a dependência da política do governo”. Quer dizer, sob a dependência da liderança da burguesia, ou melhor, do setor da burguesia que ocupava o poder.
Tal posição contribuiu para quebrar a autoridade e anular nossa força, uma e outra necessárias quando se trata de influir na frente única, levá-la à consolidação, paralisar as áreas vacilantes e exercer um nítido papel ideológico diante dos setores mais radicais da pequena burguesia. 
Quando a liderança do proletariado se subordina à liderança da burguesia ou com ela se identifica, a aplicação da linha revolucionária sofre inevitavelmente desvios para a esquerda e a direita. Pois, nesse caso, falta o lastro ideológico, único recurso capaz de impedir o desvio dos rumos da revolução.
As criticas de Marighela se ajustam ao quadro que se encontra o Partido dos Trabalhadores, que desde a sua primeira ascensão ao Poder através da eleição de Lula da Silva, “deu as mãos para a burguesia fascista”, representada na oportunidade, por José Sarney, Antonio Carlos Magalhães e outros da extrema direita.
Ele alertou seus companheiros para o que entendia acontecer eis que (...) tais resultados podem ocorrer em consequência da desastrosa política econômico-financeira do governo, das concordatas, do desemprego, da carestia, da submissão ao Fundo Monetário Internacional, da política antioperária, da política de entrega e submissão aos Estados Unidos e, paralelamente, do crescimento das lutas de massas.
Veio o junho de 2013, as consequentes manifestações de massa, a força do advento da mídia eletrônica e redes sociais, até agora, o desequilíbrio e o descompasso do terceiro Poder de Lula, mal representado por Dilma e seus apoiadores (leia-se banqueiros), e mal defendido por Lula, que ainda não encontrou o pomo do discurso adequado para unir o PT – ou melhor, reunir o PT, ora esfacelado, com suas múltiplas correntes.
Muita se especula em torno do futuro do PT. Sem Dilma, (uma ausente flagrante). Mercadante desolado, ineficiente e sem liderança, o que aliás nunca teve. Gente opaca, sem brilho, que se elegeu no calor da militância, que hoje está dividida, esfacelada e desacreditada. A CUT (braço direito do PT, está perdendo dezenas de sindicatos para as concorrentes sindicais). E Lula, já se especula, e muito, estaria formatando ao lado de figuras de proa do PT, um novo partido. Iria “rifar” medalhões “mofados”. Quer dar espaço aos jovens na política. Será?
O fim dessa estrada, sabemos onde vai dar. A direita extremista assiste passivamente e acalenta este estado débil, onde já aproximadamente 10 milhões de brasileiros estão fora do mercado de trabalho. E seus financiadores, se “lambuzam” com adocicados e extorsivos juros, e esperam soberbos que a terceirização os contemple de forma gradual e total. vai ser duro de ver isso!!!.


segunda-feira, 29 de junho de 2015


SUPREMA CORTE: “SER GAY É UM DIREITO CONSTITUCIONAL”. MAIS UM VEXAME DE DUNGA E DA SELEÇÃO.

HELIO FERNANDES
29.06.15

Ricardo Pessoa finalmente explodiu. Desde o inicio era considerado a voz mais poderosa e o silencio mais opressivo e intimidativo da Lava Jato. Perto dele, Paulo Roberto Costa, Yousseff, Cerveró, Pedro Barusco, Fernando Baiano e mais alguns, sabiam pouco, “ouviram falar” muito.

Mais assustador do que Ricardo Pessoa, talvez apenas o tesoureiro João Vacari. Mas assustador exclusivamente para o PT. Por isso é ovacionado de pé nas reuniões do Instituto, aplaudido por cinco minutos na Convenção do partido. Todos sabiam a razão do aplauso, ele tinha certeza pelo fato de estar sendo ovacionado. Até quando?).

Ricardo Pessoa, inteiramente diferente. Sua empreiteira não é a mais importante. Longe disso, mas ele como controlador do “clube dos empreiteiros”, pessoalmente acima de todos. Considerado “habilíssimo”, o dinheiro da corrupção na totalidade, passava pelas suas mãos. Recebia a “contribuição” das empreiteiras, grandes e pequenas, com destinação, que ele ás vezes alterava.

Bomba com o pavio desencapado, ou melhor, bomba relógio, estando acima e alem de todos, era o senhor das propinas gigantescas e de quanto era necessário para cada destinatário. Tudo devidamente documentado, arquivado, com nome, Local e data.

Os investigadores da Policia Federal e do Ministério Público, souberam do seu poder, foi preso, sabendo o Paulo Roberto da Costa ganhara com a “delação premiada” e o doleiro também ganharia, ficou tranquilo. Quando falaram com ele sobre a “delação premiada”, silencio. Tinha confissões pelo menos umas vinte vezes mais profundas, deixou que falasse ou tentasse que começasse a falar.

Quando decidiu que era a hora de conversar, começou, depois de impor suas exigências. Sabia que aceitariam, os investigadores tinham certeza que pedisse o que pedisse seria um avanço para a investigação. Não exorbitou.

1 – Faria depoimentos seguidos, sem grandes intervalos. 2 – Assim que terminasse, seria transferido para prisão domiciliar. 3 – Julgado, não seria condenado a mais de dois ou três anos de prisão em regime semiaberto. Que seria o seguinte. Ficaria em casa, sem tornozeleiras, sairia para trabalhar, voltaria para casa. Terminado o prazo da condenação, estaria livre.
Aceitaram tudo, com restrições. Fez cinco depoimentos se seis horas cada um. No segundo, mandaram cópia para o Ministro Teori Zavaski, o único com poderes para referendar o acordo. Estavam assombrados, o ministro autorizou a “delação”. Os deputados continuaram, agora com mais facilidades e fluidez.

Ficaram encantados e desvanecidos, quando cumpridos todos os compromissos, Ricardo Pessoa disse textualmente: “Sei que vocês estão com dificuldades para enquadrar os presidentes da Odebrecht e Andrade Gutierrez. Vou levar vocês a um endereço onde estão guardados documentos que responsabilizam os dois por dezenas de anos”.

Aceitaram na hora. Foram a um local no Rio, pediram imediatamente um avião. Ficaram lá duas horas, deixaram Pessoa em casa, de acordo com o combinado. Uma semana depois os dois estavam presos, surpresa total e absoluta.

Odebrecht e o presidente da Andrade Gutierrez, nunca ouviram falar em Gabriel Garcia Marques. Mas sabem agora, o que significa “Com anos de solidão”. Não podem negociar “delação”, pois estando no mais alto da pirâmide estariam, “delatando” a eles mesmos.

O estrondo foi ouvido a quilômetros de distância, mas isso representa digamos 20% do que foi delatado ou proclamado por Ricardo Passos. Não escapou nem o filho do "intransigente” presidente do TCU, que tem paixão por informações do "serviço de inteligência".

Dona Dilma fez duas reuniões urgentes, ministros foram acordados para irem á televisão. A viagem de Dona Dilma foi retardada, Mercadante não viajou, Levy teve uma inacreditável "embolia pulmonar", que durou apenas 36 horas (milagre?), que não impediu que viajasse.

O Ministro tesoureiro da campanha de Dona Dilma, falou que houve "vazamento seletivo". A primeira palavra está presente em grandes furos. A segunda puro chute, ninguém conhece o teor do depoimento de Pessoa.

Quanto á afirmação geral, "tudo é legal", registrado no TSE. Pode estar mesmo, mas como era dinheiro "sujo" de corrupção, um simples registro não "limpa" a doação. Pode até enquadrar tudo em "lavagem de dinheiro".

O medo, o susto, a incerteza, rondam o Planalto. E não apenas o Planalto e sim quase toda Brasília. O pior é que nenhum dos personagens sabe quanto tempo irá durar a angustia.

PS- Dunga, três vexames em 48 horas. 1- Afirmou que os afrodescendentes gostam de apanhar. 2- Perdeu para o ultrapassado Paraguai. 3- Insinuou que os jogadores brasileiros tiveram virose por causa do nevoeiro. Mas vem o lado bom.

PS2- Perdendo para o Paraguai, (relaxou, "foi nos pênaltis, acaso"; fugimos de uma possível goleada contra a Argentina). Lembro que em 1939 (eu ia completar 19 anos) perdemos de 5 a 1 para a Argentina no Estádio do Vasco.

PS3- A Polícia Especial da ditadura do Estado Novo (aqueles grandalhões de Kepi vermelho) batiam implacavelmente nos jogadores e dirigentes argentinos. Uma vergonha.

PS4- Por muito menos do que agora na Copa América, Mano Menezes foi demitido, abrindo portas para os 10 a 1 (em dois jogos) para o presunçoso Felipão.

PS5- Podiam dar indenização a Dunga e contratar o Tite ou o Cuca, excelente que chegou da China. Dunga nunca mais, como disse o corvo, de Edgar Alan Poe.
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Helio,

“se não joga por amor, joga por terror”.

Futebol não é cem por cento a minha praia. Mas acho que você também está nessa comigo. Mas vamos lá. O Dunga e seus “afrescalhados” jogadores (eis que observo só tem ali um bando de maricas). A seleção brasileira pelo visto está ficando traumatizada quando se trata de competir para ganhar títulos. O Neymar saiu de mais uma, para a mesma seleção da Venezuela. Notei que entrou em campo, e amarelou. O bad boy ex-Santos, e agora enfeitando a Paella a la Barcelona, só joga, quando não tem marcador no seu pé 90 minutos. Como a seleção não convocou craques, ele era o único a ser devidamente, corretamente e duramente marcado. Deu no que deu. Afinal o que faz o Gilmar Grimaldi naquela Comissão Técnica? Empresário de jogador de futebol, nunca, jamais em tempo algum, deveria compor uma Comissão de Futebol, é como “entregar a chave do cofre ao bandido”. Essa CBF nos deve uma urgente explicação sobre isso (???). Ainda bem que não entendo de futebol. Depois daquela “mão na bola" do Thiago Silva, sinceramente, fui fazer outra coisa, sabia no que ia dar. O tal goleiro que pegavaaaaa tudo, não pegou nem vento. Antes de o batedor chegar na bola, ele já tinha escolhido e pulado. Desde que me conheço por gente, sempre ouvi falar que o goleiro, no pênalti, só deve pular depois que o batedor encostar na bola. Quem assistiu os pênaltis das meninas na partida Alemanha e França, no Mundial, sabe muito bem como se deve bater na bola, e deveria ser mostrado o tape, também para os nossos batedores. Todas as bolas colocadas suavemente no canto de cada trave. Mas é isso, eles ganham milhões e nos ganhamos tostões. São artistas, ilusionistas, com rara exceção, se salva alguém. Desisti de torcer por esses afeminados e mercenários do futebol. Temos que organizar uma torcida igual a da Gaviões da Fiel – “se não joga por amor, joga por terror”. Marcio Toledo – Rio de Janeiro.
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Helio Fernandes.

Estimado jornalista, “perguntar não ofende”, como o senhor se autodefine ideologicamente. A esquerda, centro ou direita?
Liomar nascimento – Florianópolis – SC
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Helio,

Venho acompanhando diariamente suas crônicas políticas, as quais refuto serem as mais preciosas da net. É importante não somente para mim que sou um petroleiro, mas o país, que o senhor continue batendo na questão da Petrobras. Não esqueça a nossa gente – Thomaz Barreiros – Itaguaí -RJ.
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Helio,

Me responda...

Carlos Lacerda, teria chegado a presidente?
Celina Policarpo – Rio de Janeiro












sábado, 27 de junho de 2015


O MAIOR CRIME DO GENERAL NEWTON CRUZ FOI CONTINUAR VIVO ATÉ AGORA. AOS 86 ANOS. TODOS OS OUTROS, IGUALMENTE, CRIMINOSOS, SABIAMENTE MORRERAM MUITO ANTES.

HELIO FERNANDES
(publicada em: 02.01.15)

Em 1981, portanto quase 2 anos depois da farsa da “anistia ampla, geral e irrestrita” de 1979, foram cometidos dois crimes. Por muitos motivos, vingança, acerto de contas, represália, mas com planejamento e objetivo mais do que visível e ostensivo: PRORROGAR A DITADURA, que com o ato de 1979, estava derrubada e com data certa para terminar.

A destruição da Tribuna

Foi o primeiro ato de destruição, uma espécie de teste para o que viria no 1º de abril. Em fevereiro de 1981 a Tribuna foi pelos ares, com tudo organizado e milimetrado pelos generais Otávio Medeiros e Newton Cruz. Os dois do SNI, o órgão mais poderoso, que “fazia presidentes”, e sonhava com a prorrogação do golpe de 1964.

O General de quatro Estrelas, Otávio Medeiros, era o chefe Geral do SNI. E tinha um objetivo a defender e a preservar: se a ditadura continuasse e mais um general assumisse a “presidência” seria dele. Newton Cruz, de três Estrelas, era o chefe do SNI de Brasília, servo, submisso e subserviente ao comandante poderoso.

No Senado, a CPI do Terror

Funcionava em Brasília, lógico, o relator, André Franco Montoro (notável figura, depois governador de São Paulo) providenciou imediatamente minha convocação para a CPI. Telefonou para Barbosa Lima, presidente da ABI. (Eu era conselheiro, fiquei por 18 anos. Meu compromisso com o notável jornalista era ficar enquanto ele fosse presidente). Marcamos um encontro na ABI.

Fui depor, falei 6 horas seguidas, respondi perguntas de senadores (e até deputados) da oposição e da situação. Citei e acusei nominalmente Otávio Medeiros e Newton Cruz. Calei os defensores do golpe e da ditadura, assustei a oposição. Fui tão duro e explícito, que não permitiram que dormisse em Brasília. Foram me levar ao aeroporto, me “empurraram” para dentro de um avião.

Meu depoimento desapareceu

Não sabia, nem remotamente, que haveria o 1º de Abril, até hoje chamado de “atentado do Riocentro”. Mas quando aconteceu, juntei os fatos, que rigorosamente verdadeiros, formavam e confirmavam o plano de continuação da ditadura. Dois anos depois, precisando do depoimento, pedi a senadores que tirassem copia para mim.

Como falo sempre de improviso, não tinha como reproduzir o que falara. Aí, assombro, surpresa, perplexidade: O DEPOIMENTO SUMIRA. Não foi possível encontrá-lo de jeito algum. Naquela época “eram notas taquigrafadas”, não eram discursos ou depoimentos gravados, que não podem ser cooptados, roubados, surrupiados.

Newton Cruz é culpado, mas muitos outros generais também

Os governos que se sucederam, chamados de “democráticos”, são também completamente culpados. Só mais de 30 anos depois, (agora) foi criada essa Comissão da Verdade, que não pode fazer nada. Responsabilizam o general Newton Cruz, o único que está vivo. Os “outros”, também indiciados, foram apenas coadjuvantes.

O marechal Pétain e o General Newton Cruz

Herói na primeira guerra, por ter vencido os alemães na inexpressiva batalha Verdun, foi consagrado de todas as maneiras. Na Segunda Guerra, se transformou em traidor, formou o governo de Vichy, apoiando Hitler contra a própria França. Aos 89 anos foi condenado à morte. Com a pena convertida em perpétua, morreu antes dos 90.

Newton Cruz não tem formação, convicção e reflexão de herói. Se for condenado a 36 anos de prisão, quanto tempo poderá cumprir? Acusei o general quando ele era poderoso, da ativa, do SNI, com pouco mais de 50 anos.

Não quero acusa-lo ou defendê-lo, apenas iguala-lo a outros generais golpistas que já morreram. Ou a civis que chegaram a presidentes, (ou ocuparam cargos importantes, impunes) depois de apoiarem o golpe e se serviram dele. E ao contrário de Newton Cruz, um só, os civis golpistas são muitos.

PS – A Comissão da Verdade tem poderes para enquadrar todos eles. E o Ministério Público também.


PS2 – Alguns podem até mesmo ir para a Penitenciária de Pedrinhas, estarão e casa.

sexta-feira, 26 de junho de 2015


ANDRADE GUTIERREZ PERDE O HABEAS-CORPUS, ODEBRECHT FICA ENCLAUSURADA. PETROBRAS CORTA INVESTIMENTOS DE 88 BILHÕES.

HELIO FERNANDES
26.06.15

Estamos em plena sucessão de 2018. Lula, que estava na plateia, em silencio, decidiu subir ao parlatorio ou púlpito e falar o que muitos achavam e continuam achando exagero. Provocação do que ainda tem 40 meses (três anos e quatro meses) para se concretizar.

O pretensioso e autossuficiente FHC pode se ufanar: foi por causa dele que Lula abandonou o que muitos consideravam ostracismo, e desandou a criar, manchetes, destaques e debates. Ha dois meses, FHC escreveu: “Para 2018, o PT só tem um candidato. E assim mesmo...”

Não citou nomes nem precisava. E as reticências deixavam tudo bem claro. Para o bem ou para o mal, quem acordou Lula foi FHC, pretendendo apenas desacredita-lo.

Lula foi criativo e bastante para usar a frase da moda consagrada pelo que chamaram de “crise hídrica” de São Paulo. E sem que ninguém entendesse mas não duvidasse, colocou o partido, a presidente Dilma e a ele mesmo numa espécie de “volume morto” político. 

Provocou um choque tremendo, quase todos acreditavam em insulto, quando era apenas desenvolvimento de estratégia audaciosa.

Agora, o ex-presidente está no centro dos acontecimentos, recuperou o tempo perdido, multidões esperam que fale, até para discordar, mas ansiosos para ouvi-lo. Como adora, está no centro do palco, fala o que bem entender.

Chega a dizer “Os companheiros perderam a UTOPIA”, palavra da preferência de Marx e dos marxistas. Surpreendidos? Este repórter não.

Nos próximos 40 meses muita coisa, surpreendente, acontecerá. Embora nos últimos anos, desde 1998, os personagens sejam os mesmos. A sucessão do Brasil está sendo disputada até na Venezuela. Dilma apoia os que não respeitam o Mercosul. E mandou para lá um grupo de comunistas contra a liberdade. Só não entendo o que o senador Requião fazia nesse grupo.

Habeas-Corpus.

O presidente da Andrade Gutierrez entrou com recurso inútil no Tribunal Regional Federal, quarta região. Sabia que não tinha nenhuma chance, mas era ao mesmo tempo tentativa de liberdade e teste para o presidente da Odebrecht.

Se tivesse sucesso, Marcelo Odebrecht seguiria o mesmo caminho. Perderam, os advogados agora estudam o que fazer. O normal seria ir ao Supremo, nem imaginam qual roteiro. Mas o que sobra, mesmo para advogados caríssimos?

EUA: Plano de Saúde.

Um dos projetos mais humanitários e voltados para a coletividade, foi o do financiamento pelo governo federal desses planos. Obama tomou posse em 2009, logo em 2010 mandou o projeto para o Congresso. Levado por mesquinharias. Vetaram totalmente.

Ontem, por 6 a 3, a Suprema Corte (que tem nove membros), desautorizou o Legislativo, deu ganho de causa ao Executivo. Os EUA têm uma população de 300 milhões de habitantes. Pesquisa: 150 milhões têm plano mas seus direitos não são respeitados. Os outros 150 milhões não têm recurso algum.

Petrobras.

Curioso, interessante e mais ou menos surpreendente. A empresa anunciou ontem e confirmará hoje: reduzirá substancialmente os investimentos em 40%. Inacreditável, porque o presidente "novato" da Petrobras diz, "estamos cortando investimentos por causa das dívidas".

A explicação está mais para o insensato, pois é o investimento que gera lucros, possibilidade o pagamento dos compromissos. Suprindo 40% do investimento, onde irá buscar recursos para pagamentos das dívidas e desenvolvimento da empresa que é fundamental para o próprio país?

O presidente da empresa diz assombrosamente: "No momento só pensamos num objetivo, que é salvar a empresa". Curiosamente (ou será mera coincidência?) o corte nos investimentos, totalizam 88 BILHÕES. Fácil de lembrar: Dona Graça Foster foi demitida da presidência, porque divulgou (contra a vontade de Dona Dilma), "os prejuízos são da ordem de 88 BILHÕES". Por que esses números voltam ao noticiário.

Só com esse anúncio amalucado e extravagante do corte de investimentos, as ações da empresa que vinham se mantendo, caíram mais de por cento. O que não consegui apurar: a Petrobras foi autorizada por Dona Dilma? Não me surpreendo com informação positiva ou negativa.

PS- A FIFA comunicará a CBF, que “Neymar terá que cumprir os quatro jogos de suspensão, nas eliminatórias para a Copa de 2016”. Além de corrupta, ignorante.
PS2- Neymar não jogou contra a Venezuela, amanhã contra o Paraguai, a segunda. Se o Brasil vencer passa ás semifinais. Mas uma vitória, vai á final. Neymar está livre da suspensão.
PS3 – se não disputar a final, decide o terceiro e o quarto lugar. E afinal, isso não preocupa. Nas eliminatórias, o Brasil joga 18 vezes, nove em casa. Outras nove na casa do adversário.
PS4- Em 1982, quase vitima eleitoral, por causa da Proconsult, Brizola fez a proposta de imprimir o voto eletrônico, coisa facílima, Agora vem o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, (TSE) e diz: “Isso é um retrocesso”.
PS5 – Sem nenhuma dúvida ou contestação, RETROCESSO é um homem com o passado e o presente de Dias Toffoli ser Ministro do Supremo e presidente do TSE.
*Amanhã, sábado publicaremos a matéria mais acessada nas edições anteriores.
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Jornalista Helio Fernandes.

Pelo que o senhor escreve, FHC e Lula praticaram atos idênticos, de forma diferentes. Ou seja: os dois se perpetuaram no Poder. FHC duas legislaturas, Lula idem e agora Dilma. São 20 anos e seis meses na conta dos dois. O senhor não acha que existem uma perfeita combinação entre eles. Quando um bate o outro “assopra”. Estamos de mal a pior!!!

Sandro Correa – Nilópolis - RJ
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Perdoe o pessimismo, mas acho que estamos próximo de uma guerra civil. - Pedro Malaquias de Sousa – Rio de Janeiro – RJ
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Se a Lava-jato emplacar conforme se pretende, com as “delações premiadas”, diria que o final seria o mesmo do que ocorreu com o “mensalão”, que eclodiu a partir da denúncia do “delator” Roberto Jefferson.
Por último. Afinal quando nos brindará com a volta da Tribuna impressa?

Virna Melissa – São Paulo – SP

Helio,


Sou aposentado, tenho 74 anos, e trabalhei toda minha vida na Petrobrás. Sinceramente, nunca vi a empresa numa situação tão deprimente como está hoje. Preocupa-me o emprego de milhares de pais de família, que estão pagando uma conta que não são eles, os responsáveis. Essa gente corrupta devia ser trancafiada a “sete chaves”,  - Manoel O. Salles – Rio de Janeiro - RJ

quinta-feira, 25 de junho de 2015


LULA COMANDA O ESPETÁCULO. O ILUSIONISMO DO MINISTRO DO PLANEJAMENTO.

HELIO FERNANDES
25.06.15.

Governo, oposição, opinião pública, órgãos de comunicação das mais diversas tendências, chegam á mesma conclusão: o país vive a mais completa crise. Política, econômica, financeira, ética, moral. Não existe otimismo ou pessimismo, apenas realismo, que coloca o país á beira do precipício, vizinho da falência.

E o maior sintoma de tudo isso, uma espécie de resumo, surgem de duas realidades. A "salvação" da lavoura viria de um ledo "ajuste fiscal", que seus autores ou inventores não sabe justificar muito bem ou não conseguem explicar onde começa, se impõe, não salva coisa alguma ou surpreendentemente se complica.

A outra vertente, inédita em toda História do Brasil leva á prisão os mais poderosos empresários. E como consequência ameaça com punições radicais, políticos colocados no mais alto da hierarquia. incluindo ex-presidentes e até a presidente que está no Poder. O "eu não sabia de nada" completamente desmoralizado, o pânico é geral.

Nesse momento de confusão geral no qual até as pesquisas confundem e se contradizem, aparece o ex-presidente Lula, que quebra o silencio com o estardalhaço da sua palavra. Superando todos os outros assuntos, se colocando acima de tudo ou de todos.

Surpreendidos com o fato de o ex-presidente ocupar o parlatorio diariamente, tentam interpretá-lo, não conseguem, mas produzem pelo menos umas "300 versões". Algumas realmente impagáveis. Outros provando o país está realmente com falta assustadora de analistas ou comentaristas. O que apresentam é alarmante pelo fato das conclusões estarem distantes di que pretende o ex-presidente.

Transcrevo apenas duas pretensas conclusões a respeito do que Lula tem falado. Uma editorial, conclusão e pessoal, desgastando o nome do próprio jornalista que clamorosamente veiculou a tolice.

A versão editorial do alto da página: “Lula vira critico feroz da própria obra, Há! Há! Há!”. Exatamente o contrario. O ex-presidente tenta salvar o PT, Dona Dilma e a sua volta ao Planalto em 2018. Preferiu estratégia que confundisse a todos, conseguiu. O que não significa que tenha chegado ao resultado pretendido.

O equívoco individual do jornalista: “O momento Gorbatchov de Lula”. Nenhuma semelhança entre os dois personagens. E a União Soviética de 1991 e o Brasil de 2015, distantes geográfica e politicamente.

Gorbatchov, último ditador da Revolução autentica que destruiu o Socialismo, traiu o país, se entregou aos americanos, vive nos EUA, confortável e luxuosamente até hoje. Foi o primeiro a pronunciar a palavra “glasnost” (abertura democrática) enganou a todos.

Convocou a primeira eleição dieta da Rússia e da União Soviética. Entregou o poder ao bêbado e desequilibrado Yeltsin, se candidatou a presidente. Os EUA apoiava os dois. Queriam Yeltsin no poder, pois esparramados nos salões, desmoralizava o regime socialista, que estava acabando.
E precisava de Gorbatchov no poder, era o compromisso, e ajudava a dar um fim á espantosa “Guerra Fria”, que tendo começado em 1948 com o riquíssimo “Plano Marshall”, já se alongava por 53 anos. Só que Gorbatchov, tido por ele e pelos americanos, como favorito, teve UM POR CENTO DOS VOTOS, foi mais rapidamente para os EUA. De onde nunca mais saiu.

Lula é completamente diferente. E bem capaz de nem saber que é ou quem foi Gorbatchov, como compara-los? Lula assumiu o comando de tudo, goste ou não goste. Em vez das 300 versões que aplicaram tentando explicar a reentrada de Lula no centro dos acontecimentos, essa reaparição com apenas três objetivos.

1-Reconquistar espaços, se colocar novamente debaixo dos holofotes, não por concessão e sim por conquista.

2- Escapar da Lava jato. Sabe muito bem que o depoimento de Ricardo Passos, (que levou á prisão dos poderosos senhores da Odebrecht e Andrade Gutierrez) não o deixa em situação confortável e até de impunidade.

3- Cuidar da recuperação para 2018. É suficientemente lúcido para perceber que não é mais o Lula de antes, e que tudo que está acontecendo tem como base a sucessão de 2018.

(Amanhã examinarei essas três versões, o que representam, e o seu desenvolvimento).

Resposta.

Zudgari José de Barros Paes Coelho lembra do Brizola e de sua obsessão pelo ensino em tempo integral. E diz satisfeitíssimo: “Aqui na Bahia, município do Andaraí, o prefeito Wilson Paes Cardoso, implantou o mesmo sistema”.

Fala que os alunos entram ás 7 da manhã, saem ás 5 da tarde, estudam, têm cinco refeições, tomam banho, cumprem um programa completo. Zudgard, isso é a chave para o sucesso da "Pátria Educadora", como acontece nos mais diversos países.

O famoso jogador da seleção da França, Thierry Henry, cansado de perder para o Brasil, fez o seguinte comentário na televisão: "Nós na França estudamos 10 horas sem sair do colégio. No Brasil são apenas três ou quatro horas, podem dedicar o resto ao futebol". Queria depreciar o Brasil, mas falava a verdade. 

PS- O Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou sem o menor constrangimento: "O Brasil voltará a crescer no quarto trimestre”. Quer dizer: dentro de três meses. É um falso otimismo, sem qualquer base na realidade.

PS2- A inflação cresce incessantemente, o BC informa que vai cair "em 2015", não explicou em qual dos doze meses. Os juros, avassaladores. O consumo caindo, ninguém tem dinheiro. Falta confiança, investimento, programa de governo.

PS-3 O Ministro da Fazenda não fez promessas apenas insiste nesse milagroso "ajuste fiscal", que teria uma prioridade: aumentar o "superávit primário". Que é o que chamou de "economia para amortizar a dívida".

PS4- Pois anteontem Dona Dilma recebeu a comunicação oficial: a dívida atingiu 2 TRILHÕES e 300 BILHÕES. Não dá para fazer a conta da altura do “ajuste fiscal” para amortizar a dívida. A parte não amortizada é "jogada" em cima do total, aumentando a necessidade de mais economia para menos amortização.
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O lobby dos juízes num judiciário desacreditado

(...) As denominadas “notas técnicas”, invadem diariamente os gabinetes de relatores legislativos, mesas diretoras da Câmara e do Senado, sugerindo efeito modificativo, aditivo ou contrário aos projetos de lei, que são propostos pelos legisladores. O assédio em Brasília é publico e notório.

ROBERTO MONTEIRO PINHO
25.06.15

   Acaba de ser divulgado o Índice de Percepção do Cumprimento das Leis (IPCLBrasil), mensurado pela FGV Direito SP, revelando que a confiança do brasileiro no Judiciário e em diversas instituições caiu no primeiro trimestre de 2015, na comparação com o último relatório lançado, em março de 2014. A confiança no Judiciário e na polícia é ainda menor, se comparada com as respostas dadas por brancos e amarelos.
   Estes confiam na polícia e no Judiciário em índices, respectivamente, de 37% e 27%; estes caem para 30% e 22% se perguntarem a negros, pardos e indígenas. Quando se refere ao Governo Federal e ao Congresso Nacional, chegando a 24% e 20%, mas cai a confiança para 18% e 14%, quando a resposta é dada por brancos. Extenuado e débil o judiciário realmente existe para servir dois senhores, os seus integrantes e o governo.
   O lobby de associações de magistrados tem ficado na dianteira, superando os movimentos dos sindicatos e ONGs na luta por conquistas para seus segmentos.  Recente os juízes derrubaram no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), medida que poria fim ao pagamento de verbas acumuladas, questionadas na justiça, mas ainda sem solução. O trabalho dessas instituições tem um significado ímpar, porque extrapola o espaço que por excelência, pertence á sociedade, e até que se prove ao contrário, o juiz não fala pela sociedade, fala pelo estado e por ele próprio.

   As denominadas “notas técnicas”, invadem diariamente os gabinetes de relatores legislativos, mesas diretoras da Câmara e do Senado, sugerindo efeito modificativo, aditivo ou contrário aos projetos de lei, que são propostos pelos legisladores. O assédio em Brasília é publico e notório. Os sindicatos (cooptados pela CUT) na esteira chegam depois, ou sequer atuam. A prova disso é a reforma trabalhista, onde o juiz atua  com ênfase, superando e suplantando as agremiações dos trabalhadores.

Posso fazer minhas criticas, porque sempre fui esmerado. Sai juiz, em 2001, deixei o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região com os processos sob minha relatoria “zerados”, durante todo período que ali estive. Sempre “zerei” estatística que eram por transparência, publicadas no DOU.

   Recente a ministra Nancy Andrighi Corregedora Nacional de Justiça, “suspendeu, desde o dia 12 de junho deste ano, a obrigatoriedade de alimentação – por parte dos juízes de 1° e 2° graus – dos dados do sistema “Justiça Aberta”, que é gerenciado pela Corregedoria Nacional de Justiça. O sistema vem sendo processado desde 2008, (data de sua implantação), e desde então recebia dados e relatórios de produtividade das secretarias. Para melhor avaliar, dado á importância desta “transparência” data venia, apregoada no bojo do Pacto Republicano, identificou lançamentos de valores altíssimos nos salários de desembargadores do Tribunal paulista. Alem disso, ele espelhava a realidade do que ocorria nas varas e gabinetes, podendo através deste instrumento estatístico ver as falhas que ocasionam a morosidade do judiciário. 

   O fato é que o governo politicamente fragilizado mergulhou nas “trevas da incerteza”, e com isso provoca o descrédito e retração econômica. Escândalos de corrupção, Congresso e governo em descontrole, agravado com uma “oposição” na própria base governista. Falta dinâmica, planejamento e o anúncio concreto da retomada no campo social e administrativo. Um dos mais graves exemplos é a Previdência Social. Seu gasto com aposentadorias no Brasil é superior à arrecadação da Previdência desde abril de 1997, e o Tesouro tem de desembolsar alguns bilhões para cobrir o rombo.

   Milhares de empresas fecham suas portas. O desemprego é assustador, e demanda uma perspectiva de mais demissões. O sinal desta debilitada situação: montadoras de veículos estão com encalhe de 40%. Em meio á turbulência, juízes pressionam por verbas pessoais, pressionam parlamentares nos PLs que tratam questões de fundo das relações de trabalho, em flagrante desrespeito a regra, quando deveria se abster de interferir em matéria que á frente estará julgando.