O
carnaval da Lava-Jato, a quarta feira de cinzas, de Temer, Odebrecht, TSE
HELIO FERNANDES
Começa
hoje, tumultuado, angustiado, desesperado, políticos com mais medo do silencio
do sigilo, do que dos milhões que se divertem, de forma estrondosa e
barulhenta. E como sempre termina na quarta feira de cinzas, agora com uma
novidade, que atinge ou pode atingir muitos políticos, principalmente o
presidente indireto, sem eleição e sem votos.
O relator
do processo de cassação da chapa Dilma, Ministro Herman Benjamin, honrou seu
titulo e sua função, intimou Marcelo Odebrecht para depor nesse processo. De
acordo com informações anexadas nas investigações feitas pelo TSE, ele sabe
muito sobre a "dinheirama" desperdiçada pelos dois, na campanha
presidencial de 2014.
Cauteloso,
consultou o Ministro Fachin, o Procurador Geral Janot, o juiz Federal, Sergio Moro.
Os três responderam que não havia INCONVENIENTE, intimou o responsável pela
"delação do fim do mundo". Como estávamos e estamos em pleno
carnaval, marcou o depoimento para a quarta feira de cinzas.
SE NÃO HOUVER "PROTEÇÃO", NA CERTA
HAVERÁ CASSAÇÃO
As
informações e informes que surgem do TSE, não deixam duvidas: computados os
votos dos atuais 7 Ministros, a cassação será consumada, como já teria
ocorrido, se Toffoli e Gilmar Mendes não participassem do TSE como presidentes.
O pedido de cassação, assinado e encaminhado por Aécio Neves logo depois da
derrota, está completando 2 anos.
Nesse
tempo, Toffoli e Gilmar, atravessaram de todas as maneiras o desfile do
processo. Gilmar, que assumiu em maio de 2016, fez o possível e o inimaginável,
para que Temer não perca o mandato ilegítimo, quer dizer, duas vezes ilegítimo.
O de vice, com dinheiro de propina. E o de presidente indireto, apropriado pela
conspiração parlamentar. Só está sendo julgado pelo primeiro.
O JUIZ VISITA O RÉU
Nesses 10
meses em que preside o TSE, Gilmar deu todas as manifestações de sua
cumplicidade no NÃO julgamento do processo. E para deixar bem clara a
parcialidade, visitou Temer varias vezes, num dos seus esplendidos palácios. E
mais: precisando visitar a filha que mora na Alemanha, pegou
"carona"no avião presidencial. Temer ia a Portugal, no velório do
grande Mario Soares.Temer ficou menos de 1 hora, Gilmar nem fingiu, não deu
sequer uma"passada" no velório.
A opinião
publica está mais ligada nesse processo do que imaginam. E Temer. Alem das
ajudas de ministros amigos, é favorecido pelo destino. Dois ministros terminam
o mandato até maio, têm que ser substituídos pelo próprio Temer, que encontrará
facilmente, dois novos Alexandre Moraes. (Assim em minúscula). Mais uma vez, o
RÈU escolhendo os juízes.
E depois
do excelente esforço do relator, e do conhecimento dos outros Ministros, a
indispensável colocação na pauta para julgamento. Isso cabe e caberá
exclusivamente ao presidente, que não tem prazo para isso. Basta lembrar duas
oportunidades em que Gilmar estarreceu o Supremo.
1- Num
processo em que o "seu lado" perdia de 7 a 1, pediu vista. E só
devolveu 14 meses depois.2- Dona Dilma nomeou Lula Ministro Chefe da Casa
civil, era um direito dela. recorreram ao Supremo. Relator: Gilmar
Mendes. Não decidiu, engavetou o recurso, foi viajar, Estarrecimento geral. (O
Ministro Celso Mello, que iria aprovar a nomeação de Lula, votou agora a favor
de Moreira Franco).
Como aceitar
nesse mesmo Gilmar, agora Presidente do TSE?
Meirelles
e a CPMF
Foi a São Paulo, tentar convencer
empresários, que conhecem a realidade melhor do que ele, que “a recessão é
coisa do passado". Como sentiu desconfiança, resolveu agradá-los. E
repetiu pela terceira vez: "Não estamos pensando em recriar a CPMF, NO
MOMENTO".
A chave da frase é essa duvida ou
mostrar a sua disposição de não criar mais impostos, que recairiam, segundo
ele, principalmente sobre os "empresários, que tanto ajudam o país".
Com menos de 30 dias no governo, criticou a CPMF. Meses depois, insistiu na
farsa de que não recriaria a CPMF.
Agora vem com o mesmo assunto,
não esquecendo de dizer, NO MOMENTO, "foi uma grande batalha não implantar
a CPMF". Se for obrigado a colocar em ação o imposto, dirá, "lutei
mas fui vencido". Não ha nenhuma possibilidade desse imposto voltar, seria
uma contradição com o otimismo vazio, dele e do indireto.
RENAN E
EDISON LOBÃO, TRAMAM A APROVAÇÃO DO ANTI LAVA-JATO
Trata-se de votar imediatamente,
o projeto que Renan ainda presidente do Senado, retirou do arquivo, 8 anos
depois. Chamou de projeto contra o "abuso de autoridade", mas na verdade
era um canhão para atingir a Lava-Jato.
Aprovado na Câmara, foi para o
Senado, Renan pediu URGÊNCIA para a votação. DERROTADISSIMO, teve que abandoná-lo.
Ontem o próprio Renan e o
presidente da CCJ, decidiram colocar o projeto na pauta da Comissão. E garantem
que agora sairão vitoriosos. não duvido. O fato de ainda estarem livres, prova
de força.
O NOVO
MINISTRO DA JUSTIÇA
“Quando Temer declarou,” o Ministro da Justiça será escolhido diretamente por mim, duvidei.
E cometei:"Então será alguém SUBSERVIENTE ou SURPREENDENTE". Falhou
varias vezes, inicialmente tentou nomear o mesmo que foi vetado no inicio do
governo. Aconteceu que o fato se repetiu agora,O personagem é um jurista,
que assinou manifesto contra a Lava-Jato. 100 assinaturas insensatas ou
despudoradas.
Foi errando e se conflitando com
muita gente. Até que deixou a escolha com o PMDB, desde que não tivesse envolvimento,
citação ou ligação com a Lava-Jato. Aí o campo ficou restrito. E surgiu um
Ministro SURPREENDENTE, mas de forma totalmente positiva. Seu nome, Osmar
Serralho.
Está no quinto mandato. No
segundo se destacou presidindo uma CPI importante que produziu notáveis
resultados. Não é corrupto, nem faz política com espírito de ódio ou vingança, apesar de ser sempre injustiçado. Cotado
para governador do Paraná, duas vezes para prefeito de Curitiba, torpedeado
internamente.
PS- Com a
saída de Serra do Ministério do Exterior, outro conflito, tumulto e confusão no
governo. Como não têm quadros ou personagens importantes, falam até no
Corruptasso. Que Republica.
PS.: VOLTAMOS NA SEMANA APÓS O CARNAVAL