Editoria:
Helio Fernandes. Subeditoria: Roberto Monteiro Pinho
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Sábado: Especial impeachment
Ontem, no
auge, presentes 479 deputados. Se isso se repetir, o governo só precisará de
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HELIO FERNANDES
Não houve
maratona individual e sim coletiva. Ontem sexta, a sessão começou exatamente na
hora marcada. (8,55 da manhã, até um minuto antes). Poucos deputados, a partir
de meio dia enchendo, daí até 9 da noite intransitável.
Como
estavam escalados para ocupar a tribuna 25 partidos, com 5 deputados cada, todos
sabiam o seu momento, discursavam e iam embora, ou esperavam dormindo ou
dormitando nos gabinetes, os assessores, vigilantes. A partir de 11 ou meia
noite, praticamente vazio. Às 9 da manhã deste sábado, 24 horas de sessão, faltavam
8 partidos.
Cunha foi
para casa a l da madrugada, até agora 10 de sábado, ainda não voltou. Ao sair,
pediu aos lideres, que fossem mais rápidos. Estavam falando entre 10 e 12
minutos, queria que reduzissem para 2 ou 3. Estava com medo que a sessão,
importante de amanhã não começasse ás2 da tarde. Houve mudança de voto, do
gabinete de Temer, que estava em São Paulo, voltasse para Brasília com urgência.
No mérito:
os jornais de maior circulação, divergiam nas manchetes da primeira
página. O Globo: "Planalto faz ofensiva,
mas oposição mantém vantagem". A Folha: "Governo Dilma contem
favoritismo a 48 horas da votação".
De memória.
Tudo o que está acontecendo, surpreendente pelas circunstancias, mas não inédito.
Em 1952, no auge da oposição a Vargas, Carlos Lacerda falou 48 horas na
televisão Tupi. Chateaubriand havia implantado esse tipo de comunicação em
1950, quase ninguém tinha aparelho, iam ver na casa de amigos ou parentes. Lacerda
não interrompeu para nada, nem para comer.Tomava sucos e iogurte. Um sucesso
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