Titular: Helio Fernandes

sábado, 16 de abril de 2016

Editoria: Helio Fernandes. Subeditoria: Roberto Monteiro Pinho
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Sábado: Especial impeachment

Ontem, no auge, presentes 479 deputados. Se isso se repetir, o governo só precisará de 148

HELIO FERNANDES

Não houve maratona individual e sim coletiva. Ontem sexta, a sessão começou exatamente na hora marcada. (8,55 da manhã, até um minuto antes). Poucos deputados, a partir de meio dia enchendo, daí até 9 da noite intransitável.

Como estavam escalados para ocupar a tribuna 25 partidos, com 5 deputados cada, todos sabiam o seu momento, discursavam e iam embora, ou esperavam dormindo ou dormitando nos gabinetes, os assessores, vigilantes. A partir de 11 ou meia noite, praticamente vazio. Às 9 da manhã deste sábado, 24 horas de sessão, faltavam 8 partidos.

Cunha foi para casa a l da madrugada, até agora 10 de sábado, ainda não voltou. Ao sair, pediu aos lideres, que fossem mais rápidos. Estavam falando entre 10 e 12 minutos, queria que reduzissem para 2 ou 3. Estava com medo que a sessão, importante de amanhã não começasse ás2 da tarde. Houve mudança de voto, do gabinete de Temer, que estava em São Paulo, voltasse para Brasília com urgência.

No mérito: os jornais de maior circulação, divergiam nas manchetes da primeira
 página. O Globo: "Planalto faz ofensiva, mas oposição mantém vantagem". A Folha: "Governo Dilma contem favoritismo a 48 horas da votação".

De memória. Tudo o que está acontecendo, surpreendente pelas circunstancias, mas não inédito. Em 1952, no auge da oposição a Vargas, Carlos Lacerda falou 48 horas na televisão Tupi. Chateaubriand havia implantado esse tipo de comunicação em 1950, quase ninguém tinha aparelho, iam ver na casa de amigos ou parentes. Lacerda não interrompeu para nada, nem para comer.Tomava sucos e iogurte. Um sucesso


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