Titular: Helio Fernandes

domingo, 17 de abril de 2016

Editoria: Helio Fernandes. Subeditoria: Roberto Monteiro Pinho
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Domingo: Especial impeachment – III

A hipocrisia e a corrupção massacram a incompetência e a corrupção. Agora o senado tem que fazer o mesmo. A esperança para o nem Dilma nem Temer, é o TSE
Hoje 20:59

HELIO FERNANDES

Ninguém acertou, nem os que trabalhavam contra ou a favor do impeachment. Ontem, do comitê da conspiração chamavam Temer, "volte a Brasília, a situação está mudando". No Planalto-Alvorada, satisfação, "a situação está mudando". Erraram com as mesmas palavras. Fui acompanhando a contagem dos votos, com 10 por cento do total, 40 a 11 a favor do impeachment. Contados 20 por cento, 76 a 23, fiz a projeção, o impeachment deveria ter no mínimo 380 votos. Nem incoerência, incongruência, influencia. Os que votavam a favor do impeachment estavam com bandeira nacional, votavam sim, já sabiam.

Pelas declarações dos que votavam SIM ou NÂO, houve uma clara estadualização e até municipalização. Todos votavam pelo "meu querido estado", (diziam o nome) meu "adorado município" (citavam) e não esqueciam a família. O líder do PP, falou: "Não suportamos mais tanta corrupção". Como o PP é o mais acusado pela Lava-Jato, não era acusação e sim autocrítica.

Atingido um terço do total, 171, a favor do impeachment, 134, contra, apenas 34. 100 votos de vantagem, quem imaginava isso? Nem mesmo no quartel general da conspiração. A favor deve chegar a 400 votos. (Estou fazendo a projeção assim que os votos são anunciados, o total só saberei quando for dado o ultimo voto). No momento, 8,24, chegamos a 257, metade dos 513.

Terrminará assim, pouco mais de 400 a FAVOR, mais ou menos 105 CONTRA. Apesar de acreditar que houve o tão temido “efeito cascata", pois não poderia haver mudança tão grande de ontem para hoje.

Agora a palavra está com o Senado, que como digo no titulo, tem que abrir o processo e julgamento. Bastam 41 para abrir a sessão, e 21 para começar o debate. Depois, para cassar o mandato da presidente, 54 votos contra ela. Antigamente, impossível. Agora, perfeitamente razoável e previsível, embora seja muito.

PS - Foi uma sessão humilhante e sem grandeza. Os primeiros começaram a votar lembrando, a "minha família querida, meu estado querido, meu município querido", o auge da falta de imaginação. Mas foram imitados pelos que vieram a seguir, bonecos de repetição. 

PS2- Apenas duas exceções, Ivan Valente, PSOL e Paulo Teixeira, PT. Falaram sem hipocrisia, dando importância á palavra. E terminando, apontando o dedo para a Mesa principal, fulminaram: "Um corrupto como Eduardo Cunha não poderia presidir esta sessão. Ele é réu no Supremo Tribunal Federal. Salvaram e deram dignidade ao espetáculo.




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