Editoria: Helio Fernandes. Subeditoria:
Roberto Monteiro Pinho
______________________________
______________________________
Domingo: Especial impeachment - II
Até agora, muito falatório, nenhuma decisão
Hoje 17:46
HELIO FERNANDES
Às duas
da tarde, como previsto, Eduardo Cunha dava a palavra ao apaniguado Jovair
Arantes, escolhido por ele, relator da Comissão Especial. Depois de 22 anos de
mandato, assumia posição de relevância. Na Comissão, não tinha nem tem
capacidade para redigir esse relatório, mas leu-o durante 4 horas.
Dentista
de profissão foi escalado pela subserviência. Ontem, reduziu às 4 horas a 30 minutos.
Como também era previsto, Cunha negou autorização para o Advogado Geral
da União falar depois, já que sempre cabe á defesa falar por
ultimo."Justificativa"de Cunha, com todas as aspas e paetês: "Jovair
Arantes fala como julgador e não como relator, não pode ser contraditado.
Depois
vão discursando os lideres dos 25 partidos. Repetem o que disseram na Comissão
e na primeira fase do julgamento que deve terminar hoje.
Dos dois
lados, todos medíocres, mentirosos e mistificadores, repetem o lugar comum que
usaram na Comissão, na primeira fase deste julgamento e agora na ultima
oportunidade. Sem imaginação, talento ou criatividade, têm a mesma fórmula,
batida e cansada. Os que defendem o governo, afirmam: "Querem impedir que
usemos o poder que conquistamos nas urnas, com 54 milhões de votos. Só queremos
servir o povo do Brasil".
Farsantes.
Energúmenos. Sem palavra,esquecem que o país chegou a esta situação catastrófica,
precisamente porque não usaram o poder, pregaram o imobilismo.
Os que se
dizem da oposição, atormentam a todos com o chavão coletivo, despudorado, irritante
debochado, totalmente inverídico: "Estamos aqui para uma ultima
oportunidade de salvar o país. Queremos construir o Brasil do futuro, para nossos
filhos e netos". Inacreditável. Há essa hora, 4 e 15, o Instituto verificador
de audiência instantânea, me informa: "O numero de aparelhos de televisão
ligados é dos maiores de todos os tempos, no Brasil inteiro. Na TV aberta ou
por assinatura.
Proporcionalmente,
ultrapassa as grandes novelas da Globo, o numero de aparelhos e de assinaturas,
cresceu muito". Em casa, milhões, em pleno sofrimento, estarrecimento, constrangimento.
E até arrependimento, 104 milhões votaram em Dilma e no "jovem presidenciável
Aécio Neves". E agora essa farsa que não tem fim, qualquer que seja o
resultado de hoje. Apenas um episódio, continua.
Às 17,15, 488 deputados no plenário. Cunha anunciou nova chamada para intimidar os "ausentes"
Nenhum comentário:
Postar um comentário