Editoria: Helio Fernandes. Subeditoria:
Roberto Monteiro Pinho
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Sábado: Especial impeachment - II
O PSDB, 1994, o PT, 2002, o PMDB,
cúmplice e acumpliciado de todos os períodos, descontraíram, obstruíram e
destruíram o Brasil nos últimos 22 anos.
Hoje
16:07
HELIO FERNANDES
Quase todos os
personagens que estão na televisão, nas redes sociais, nos jornais impressos e
nos debates acalorados dos mais diversos locais, não são estreantes. Ha 22
anos, quando FHC assumiu,já estavam no palco. FHC jamais imaginou que seria
Presidente da Republica.
O máximo,
prefeito de São Paulo. 48 horas antes sentou na cadeira principal da
prefeitura. Janio Quadros, que venceu, na posse desinfetou o lugar, informou: "Eu
conheço a bunda de quem sentou aqui indevidamente". FHC foi o grande
beneficiário do impeachment de Collor. Seu mandato de senador terminava em
1994, preocupado com a difícil mas indispensável reeleição.
Itamar
Franco assumiu mediatamente, sem maioria e sem reeleição. Havia um, colegiado
para ajudá-lo, na verdade pretendiam tutelá-lo. Sem consultar ninguém, para se
afirmar, nomeou FHC Ministro da Fazenda, este aceitou logo. Colocou o deputado
José Aparecido, seu maior amigo, Ministro do Exterior. Como Aparecido teve que
viajar para Cleveland, transplante de coração, FHC acumulou as duas pastas
talvez mais importantes do governo. Como Itamar só tinha 19 meses de governo,
quase todos perceberam que já tinha candidato. E aderiram. Com a máquina,
venceu Lula, que disputava sua segunda todos eleição presidencial.
Quero
situar os personagens e a historia dos seus partidos, mais nada. FHC fez um
governo catastrófico. Que rotulei como "retrocesso de 80 anos em 8". Alem
de doar uma parte enorme do patrimônio nacional, recebendo no que chamei de "moedas
podres", comprou a própria reeleição, com empresários financiando quase 1
bilhão de reais. (A Comissão de Desestatização, crime maior que ainda não
prescreveu). Deixou o governo em 2003, o PSDB nesses 13 anos decorridos,
disputou 4 vezes a presidência.
10. Perdeu todas. Serra em 2002, Alckmin, 2006, Serra novamente em
2010. E finalmente o "jovem presidenciável" Aécio Neves em 2014.
Estão todos na primeira fila, aplaudindo o impeachment. Incluindo o único ex-
presidente do partido.
Lula, na quarta tentativa, finalmente
chega ao Planalto
Fato único
no mundo. Tinha projeto, planos, compromissos. Cumpriu alguns. O mais
importante:decidiu, que o bolo ao contrario do que fizera a ditadura nos tempos
de Delfin Netto, devia ser distribuído enquanto estava crescendo.Com isso,
criou o "Bolsa família " e o "Minha vida,Minha casa".
Podia ir para casa satisfeito, mas havia a reeleição, já era constitucional. O
equivoco, perdão, o erro completo: assumiu o segundo mandato pensando e
acreditando no terceiro.Tentou, não conseguiu, passou a acreditar que seu
futuro dependia de um sucessor bem medíocre.
Ninguém acreditava em Dona
Dilma, que jamais disputara eleição, nem tinha tradição no PT. Ela não cumpriu
o acordo de ficar só 4 anos, o "volta, Lula", não conseguiu sucesso. Agora
está também na primeira fila, numa cadeira desconfortável, que embalança muito.
Não consegue ser Ministro, depois de amanhã, quarta feira, o Supremo irá
decidir.Esperança:conseguir o foro privilegiado.
O PMDB caudatário, nunca teve candidato, quer
a presidência sem voto
Nos últimos
5 anos, recebeu de "mão beijada" duas vezes a vice presidência. Alem
disso, 6 ministérios, montanhas de cargos do segundo e terceiro escalão. Mas
vinha de longe a decisão de não ter candidato a presidente. Com FHC já recebera
muitos cargos importantes. Renan Calheiros, que já esquecera que se formara em
Direito, foi Ministro da Justiça.
O próprio Temer, segundo suplente de deputado,
ganhou a presidência da Câmara, com apoio de FHC. Retribuiu ou recompensou. Quando
pediram o impeachment de FHC, como era o Eduardo Cunha da vez agiu ao
contrario, "salvou" o então presidente. Agora são todos defensores da
ética, da moral publica, da dignidade. Falta credibilidade.
Agora a
realidade de um momento rigorosamente histórico
Toda essa
maratona, com o objetivo: a ultima sessão no domingo, por causa das
manifestações de ruas. Começou ás 9 da manhã de sexta, ás 9 da manhã de domingo,
48 horas. Nenhum orador agradável, nenhum discurso que se aproveitasse. A
estrela da campanha, José Eduardo Cardoso.
Perdeu quase 5 anos no Ministério da
Justiça, criticado por Lula e pelo próprio PT, pelo qual foi deputado Federal,
por não ter parado a Lava-Jato. Falou duas vezes no Supremo, duas na Comissão
Especial, uma a partir de sexta feira. Elogiado por adversários. E até por este
repórter, que nem o conhece.
Sexta e
nesta tarde de sábado, incógnita total. O plenário praticamente vazio, muita
gente dormindo. No momento, 4 da tarde em ponto, faltam apenas 2 partidos, dos 25.
Assim que terminar, começa nova sessão, que deverá ir até ás 11 ou meio dia de
domingo. Aí, a votação, cujo resultado só deve ser conhecido a partir de 21
horas. Deputados e até senadores que estão mergulhados no jogo do poder, falam
comigo, com prognósticos completamente diferentes.
*O COLUNISTA ESTARÁ DANDO MAIS UM FLASH HOJE ÁS 20 HORAS
Por que o Supremo não impede o Eduardo Cunha de presidir este processo?
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