Vitoria da Lava-jato, satisfação da comunidade,
reverencia a Onix Lorenzini
HELIO
FERNANDES
Ha meses e meses, tramita na Câmara,
um projeto popular contra a corrupção. Têm 10 itens, 2 milhões e 200 mil
assinaturas. De gente da rua, e que segundo a Constituição pode ser
transformado em Lei pelo Congresso. Teve origem em Curitiba. E assim que aqueles
mais de 100 pacotes chegaram a Brasília e a televisão divulgou, entusiasmo no
Brasil todo.
Surpresa
no Legislativo, manobras de todos os sentidos para que o projeto fosse destruído.
Não houve jeito, tentaram cortar 2 ou 3 itens, mutilando o projeto. Derrotados,
criaram a Comissão Especial para examiná-lo. Partidos retardaram a indicação
dos membros dessa Comissão, mas ela começou a andar. Lentamente, mas
andando.
Percebendo
que poderia demorar, mas teria que ser aprovada, por causa da formidável pressão
da opinião publica, entrou em ação o homem mais poderoso e importante do país,
do governo, do Legislativo. Lógico, Renan Calheiros. O mais audacioso, o mais
invencível, o primeiro a ser ligado, patrocinado e financiado por uma
empreiteira roubalheira.
Está nas
manchetes negativas e criminosas desde 2007. Era presidente do Senado. Apanhado
em flagrante, sofreu tremendo combate, no Senado e fora dele. Para custear um
filho nascido por acaso, vem sendo atendido pela mesma empreiteira roubalheira.
Começaram
um processo de cassação do seu mandato, não o de Presidente do Senado, e sim o
de senador propriamente dito. Resistiu 1 ano, mas vendo que perderia o mandato,
negociou vitoriosa, mas vergonhosamente para todos. Renunciaria á presidência,
mas preservaria o mandato. Concordaram, ei-lo mais uma vez se sobrepondo a
tudo.
Em 2010
se reelegeu, inacreditavelmente 4 anos depois, voltava á presidência da qual fora
afastado, perdão, escorraçado. Pelos mesmos que o afastaram, ligeiras exceções
de alguns que não se reelegeram.
Renan, agora mais audacioso do que antes
Nessa
segunda passagem pela presidência do Senado, mais onipotente e onipresente do
que antes. Responde a processo perante o Supremo, desde 2007. E a esse
processo, se juntaram mais 8 ou 9, quase todos os que surgiram, com origem na
Lava-Jato. Passou a dedicar o principal do seu tempo, a torpedear o projeto
contra a corrupção.
Como não
é contestado por ninguém, "desenterrou" um suposto projeto sobre
"abuso de autoridade", engavetado ha quase 10 anos. Colocou-o em
pauta, inacreditavelmente incorporando-o ao que combatia a corrupção.
Só na
mente e na certeza de que tem poder absoluto, apenas um personagem como Renan,
poderia fazer isso acontecer. Mas abusou da leviandade e da irresponsabilidade,
sofreu o primeiro contratempo. Que se transformará em derrota irrevogável. No
Congresso e nas ruas.
Deputado Onix Lorenzini, reverenciado e aplaudido
O
Coordenador da equipe da Lava-Jato, o brilhante Procurador Lavagnol, já tem
posição conhecida, num trabalho incansável. Onix Lorenzini, respeitado, mas
pertence á base controlada por Renan Calheiros. Só que na reunião de segunda
feira, deu o "grito do Ipiranga", se libertou de todas as amarras,
retumbou: "O combate á corrupção e a defesa da corrupção, não podem ser
discutidas num mesmo projeto".
E
determinou: "A partir de agora, esta Comissão tratará apenas do projeto
com mais de 2 milhões de assinaturas. Para isso ela foi criada”. Vibração
geral, que a seguir se espalhou por todos os lugares, dominou o Brasil inteiro.
Lorenzini ainda explicou: "Quem quiser defender a corrupção, que o faça,
mas não aqui".
Ovacionado,
o relator anunciou: "Meu relatório estará pronto para ser votado pelo plenário,
no dia 9 de dezembro". Satisfação total e geral. Apenas um alerta. Renan
continua trabalhando, todos precisam ficar atentos. Eram perigosos, quando
tentaram votar um projeto de madrugada. Agora, lutando pela própria sobrevivência,
tudo pode acontecer.
Trump se movimenta no rumo da Europa. Obama já está
lá
Na
segunda feira, revelei com exclusividade que o presidente eleito tem como
grande preocupação, eliminar as restrições pessoais e coletivas com lideres e países
da Europa. Iria á Rússia e ao Vaticano. Na Rússia,
nenhuma surpresa, Putin quebrou todos os protocolos e relações entre países.
Invadindo tecnicamente os Estados Unidos, para favorecer Trump. A invasão técnica,
se consolidou numa invasão ou intromissão nitidamente política.
A presumida ou pretendida visita ao Vaticano, seria
uma reconciliação com ele mesmo. Quando anunciou que iria levantar um muro,
separando o México dos Estados Unidos, o Papa Francisco, comentou que seria
"muito melhor levantar pontes". Trump não gostou, respondeu no seu
estilo desabrido e mal educado. Agora queria pedir desculpas e manter um
dialogo permanente.
Mas conversando com Putin por telefone, o que tem
feito diariamente, surgiu uma ideia melhor, que agradou muito a Trump. Como só
tomará posse dentro pelo menos de 2 meses, o presidente da Rússia, fez a
proposta: "Vou conversar com Angela Merkel, imediatamente, ela está muito
irritada".
E ontem, o avião de Putin descia em Berlim, e
começavam os contatos. São amicíssimos. Dona Merkel nasceu em Hamburgo, mas
ainda menina se mudou para a Alemanha Oriental, onde mais tarde começaria a
vitoriosa carreira política. Sempre muito ligada ao Putin da KGB. Ela fala
russo, correta e correntemente. Ele domina o alemão perfeitamente.
(Apesar de Voltaire ter dito, "que a vida é
muito curta, para perder tempo aprendendo alemão"). De qualquer maneira,
Putin será importante aliado para Trump. Principalmente na conquista de dialogo
com a líder mais influente da Europa.
Sem essa preocupação a abalá-lo, o presidente
eleito terá calma para decidir o que pode descumprir, sem provocar desgaste. De
qualquer maneira, aparentemente, tentará expulsar os 3 milhões que chama de
"ilegais". Mas de quanto tempo precisará para expulsar 3 milhões de pessoas.
Obama viaja para
ajudar Trump
Já demonstrei meu assombro, ao comentar o gesto do
ainda presidente, ao receber o eleito na Casa Branca. Não esperou nem 48 horas,
e já conversava com o candidato, sobre o qual dissera horrores, tudo
merecido, durante a campanha. E ainda influiu e influenciou Dona Hillary, naquele
discurso, totalmente amistoso, quando deveria ficar visível toda a hostilidade.
Agora, Obama faz sua ultima viagem internacional
como presidente. E espantosamente não esconde: "Estou viajando para tentar
abrir caminho entre Trump e os mais importantes lideres da Europa". Inexplicável.
E não tem como base, o que ele Hillary chamaram de "tradição democrática",
dos Estados Unidos. Isso não existe. Aliás, jamais existiu.
Temer
numa entrevista "chapa branca"
Foi deprimente. Jornalistas que
tinham mais o que fazer do que perder tempo, perguntando tolices. Era visível a
satisfação do presidente indireto. Não se pronunciou apenas uma vez que fosse a
palavra crise.
Temer completava
6 meses como indireto, ninguém quis saber o que ele considerava desse tempo, se
o saldo era negativo ou positivo. Ou sobre expectativas ou realidades.
O país
numa crise colossal, e um jornalista, sem qualquer constrangimento, perguntou,
"como ele conheceu a mulher Marcela". Não devem assistir o vídeo
tape. Os participantes, (com exceção do próprio Temer) ficarão envergonhados.
Conheço o programa de longa data. Assim que começou, passei a chamá-lo de
"programa vôlei". Os entrevistadores (?) levantam, para o
entrevistado cortar. Em 150 anos de existência, nenhuma modificação.
Antonov, o avião gigante soviético
PS-
Pousou no Brasil, em 3 aeroportos, o maior avião de carga do mundo. Seu nome,
vem do fato dele ter sido planejado por um arquiteto- cientista soviético.
Tinha como objetivo transportar a mais fantástica aeronave, já lançada no
espaço.
PS2-
Começou a ser construído em1980. Mas a aeronave nunca foi para o espaço, a
União Soviética acabou antes. Durou apenas 74 anos, poderia continuar sendo
potencia mundial até hoje.
PS3- Os
soviéticos não foram á lua, mas Gagarin foi o primeiro homem a ir ao espaço. E
lá de cima, proclamar, "a terra é azul". Os soviéticos fabricaram e
utilizaram os primeiros submarinos atômicos.
PS4- Os
americanos fabricaram os seus anos depois. Esse Antonov é a prova de que a
União Soviética poderia ter continuado sendo a potencia, que é hoje a China. O
fracasso veio pela guerra interna, a roubalheira, o terrorismo interno, que
fabricou o carrasco Stalin.
PS5- Hoje,
seu nome é sinônimo de insulto. Até a cidade que se chamava Stalingrado, em
homenagem a ele, desapareceu. Dele, só existem algumas biografias, terríveis e
aterrorizantes.
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