Trump gostaria de tomar posse mediatamente
HELIO FERNANDES
O primeiro
cumprimento para o presidente eleito, partiu de Putin. Compreensível e imaginável.
Só que não foi a favor dele, e sim contra Obama. Trump e o carrasco da KGB,
foram batizados nas mesmas águas da intolerância e da imprudência. O russo
acredita que terá grandes vantagens com Trump presidente dos Estados Unidos.
Está completamente enganado.
Sem que
isto represente elogio a Trump, uma constatação. Em matéria de realização, o
presidente eleito ficará distante do candidato. Suas ameaças e intimidações na
campanha, serão cumpridas apenas em parte pelo presidente eleito. Por isso
gostaria que a posse fosse hoje ou amanhã. Não demorasse tanto como está no
calendário, 20 de janeiro.
Sabe que
nesses 70 dias de espera até á posse, será confrontado e duramente hostilizado
pelos órgãos de comunicação. Todos ficaram contra ele, jornais impressos,
televisões, sites, blogs, Internet. Não teve o apoio de nenhum lado, será
massacrado, e terá raras chances de se defender atacando.
Ficou
surpreendidissimo com a reação violenta da imprensa do mundo inteiro. Terá que
ver e ouvir, sem poder responder. Depois que estiver na Casa Branca, considera
que o fogo contra ele diminuirá. Podem até discordar, mas sabem que não ficará
em silencio.
Primeiro obstáculo: preenchimento dos cargos
Está
totalmente convencido, que os primeiros ataques e restrições, surgirão com as
indicações para cargos chaves. Principalmente os que tenham relação, dependência
e influencia militar. Pois atingem diretamente as promessas que fez como candidato.
E a questão militar, por vários motivos, é a que mais divide hoje o país.
Pode ser
dito: os votos que lhe deram a vitoria e derrotaram Hillary, têm origem
militar. Na maioria. E essas convicções do presidente eleito, no setor, dificilmente
sofrerão alterações.
Primeira
providencia de Trump como presidente: tentar romper o acordo com Cuba, acabar
com o que chamaram e chamam de "reconciliação depois de 57 anos". È
duramente contra o que Obama considera grande triunfo. E nessa decisão, terá o
apoio e entusiasmo do Partido Republicano, que criticou muito Obama.
Poderá se
transformar num inicio de dialogo com os Republicanos. Está até disposto a
oferecer a eles, também a vaga na Suprema Corte. Aberta ha muito tempo. Um
cargo que não entrará em nenhuma negociação ou acordo: Secretario de Estado.
Precisamente ocupado pela candidata que derrotou.
Durante a
campanha, deixava entrever, que nomearia para o cargo um general. Isso
completaria suas colocações e afirmações de base militar. Outras concordâncias
e discordâncias, irei revelando, falta muito tempo.
Insistência na reeleição de Maia
Como
Temer e Renan, insistem no assunto, não posso abandoná-lo. Num ponto estão
cobertos de razão. Se houver disputa para o cargo, a chamada base de
"sustentação "parlamentar, será atingida. E o próprio Rodrigo Maia,
sabe que não terá outra oportunidade na vida. Por isso tem feito tanta
concessão ao Presidente indireto e ao presidente do Senado.
Tiraram
até do ostracismo, o Ministro aposentado do Supremo, Francisco Rezek. Manifestou-se
imediatamente, como eles queriam, A FAVOR da reeleição. Disse textualmente que
a "REELEIÇÃO só pode ser utilizada, em situação ANOMALA". E de
questões ANOMALAS, Rezek entende e muito bem. Até mesmo em beneficio próprio.
Rezek era
ministro do Supremo, foi até presidente. Houve uma vaga na Corte de Haia, ficou
seduzido, foi nomeado. Ficou algum tempo lá, voltou para o Brasil, achou monótona
a condição de parecerista. Decidiu ser novamente Ministro do Supremo.
Nomeado,
ei-lo no Supremo pela segunda vez. Situação totalmente ANOMALA. Que defende
para favorecer o governo. Se não fosse o impedimento da idade, poderia ser
Ministro do Supremo, pela terceira vez.
Discurso de Hillary
PS- Falou
durante 12 minutos, não precisava mais do que isso. Tempo necessário para dizer
textualmente: "O país está mais dividido do que se imaginava".
PS2- Na
mesma linha, duas constatações: "Precisamos preservar os valores democráticos".
E terminando: "Os jovens precisam participar mais intensamente, o futuro
do país depende deles.
PS3-
Naturalmente emocionada, estava e esteve na proximidade do mais alto do mundo.
Não penetra no ostracismo ou no desconhecido, mas deixa de ser personagem. Em
determinado momento, "senti" que ia chorar. Teria ido uma despedida
gloriosa.
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