ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Mais vantagens no bolso do servidor e do juiz
A União
deve pagar sozinha pelo auxílio pré-escolar concedido aos servidores e
magistrados da Justiça Federal de 1ª e 2ª instâncias. A decisão é do colegiado
do Conselho da Justiça Federal (CJF), em sessão na terça-feira (22/11), na
qual foram aprovadas mudanças na Resolução 4/2008.
Com a
alteração, fica excluída a participação dos servidores e magistrados no custeio
do benefício. Ficou determinado que o auxílio pré-escolar será custeado pelo
órgão, por meio de verbas específicas de seu orçamento, e que, na hipótese de o
dependente ser beneficiário de pensão alimentícia, ele será pago ao magistrado
ou servidor e deduzido em favor do alimentando, salvo se o alimentante estiver
obrigado, por decisão judicial, pela integralidade das despesas escolar. A decisão está nos autos do Processo
0040585-06.2012.4.01.3300, de 18/2/2016.
Fidel se fue
A morte do
ex-presidente e ditador comunista cubando Fidel Castro, líder da revolução que
fez milhares de cubanos fugirem do país desde 1959 foi notícia na grande
imprensa internacional. A notícia da comemoração do polêmico ditador, foi
anunciada com imagens ao vivo e foi divulgada por centenas de bloguistas nas
redes sociais de todo mundo. Nos vídeos
divulgados na internet, é possível perceber uma multidão, sorrindo para as
câmeras, outros dançam, choram de emoção e há ainda os que estouram garrafas de champagne, - veicularam.
A
fortuna do ditador comunista Fidel Alejandro Castro Julio
Enquanto sus
hermanos se alimentam com comida racionada, o ditador e líder comunista, embora
com aparência de simplicidade, não convalescia do mesmo mal, A contrário do
povo cubano acumulou uma fortuna.
O patrimônio de Fidel divide correligionários e detratores. Uma
reportagem revelada pela revista americana Forbes passou a incluí-lo em sua lista de
mais ricos a partir de 1997. Em 2006, último ano em que figura na compilação, o
líder cubano aparece com uma fortuna de US$ 900 milhões (R$ 3,1 bilhões). A cifra
se baseia em seu "poder econômico sobre uma rede de companhias de
propriedade do Estado".
De Punto Zero as contas milionárias
A fortaleza Punto Zero
não estava incluída na relação dos bens de Fidel. Na oportunidade Fidel
classificou a avaliação da Forbes como uma "mentira
repugnante". Outros acreditam que sua fortuna pode ser ainda maior.
Segundo eles, o patrimônio do líder cubano seria parte das chamadas
"Reservas do Comandante", que inclui contas bancárias, negócios e
propriedades dentro e fora de Cuba. Pai de 11 filhos legítimos, seus herdeiros
já se movimentam pelo espólio, os jornalistas que cobrem o funeral de Fidel,
acreditam que será nessa fase conturbada que surgirá a verdadeira fortuna do
ditador.
Cienfugos teria
sido assassinado?
O mar entre Cuba e a Flórida (EUA), não contém histórias
somente de anônimos refugiados que naufragaram no mar quando fugiam do regime
cubano. Para muitos o desaparecimento de um dos melhores parceiros na Revolução
cubana, Camilo Cienfugos, tem o silêncio das águas salgadas. No epicentro do
ocorrido está o silêncio de Fidel Castro. Ainda que envolta em mistérios, uma coisa é
certa: a morte ainda não totalmente elucidada de Camilo Cienfuegos só
interessava mesmo à ditadura de Castro
Um espião
de Fidel para cada 28 habitantes
A morte de Cienfugos, trouxe aparentemente o fim
dos empecilhos ideológicos a Fidel, foi um alívio para o líder cubano, que
exilou até mesmo sua irmã Juanita Castro, ferrenha opositora ao regime e até
hoje vivendo em Miami. Livres destes “empecilhos” que, mais tarde, poderiam
ainda vir a representar o germe embrionário de uma outra revolução dentro da
revolução, Castro pôde – finalmente – sentir-se livre para impor aos cubanos
sua brutal ditadura. O resto da história todo mundo sabe: os fuzilamentos em
massa, o Estado policial com um espião para cada 28 habitantes, a censura, a
repressão à liberdade de imprensa e aos dissidentes políticos, enfim o já
clássico aparato de todo Estado totalitário que seu regime tanto condena nas
outras ditaduras que não sejam as de esquerda.
Juanita
Castro ignora o funeral
“Em nenhum momento regressei à ilha, nem tenho planos de
fazê-lo”, afirmou Juanita Castro em nota enviada ao jornal El
Nuevo Herald, de Miami, cidade onde reside há décadas. “Faz 51 anos
que cheguei a este exílio em Miami, como todos os cubanos que saíram para
encontrar um espaço onde lutar pela liberdade do seu país (…)
Lado
obscuro do regime
Para quem não sabe, desde 1959 milhares de cubanos e
estrangeiros apodreceram nas prisões fétidas de Cuba. A maioria espanhóis, que
tinham negócios confiscados pela revolução. Em 2001, Felipe Gonzalez pressionado
pelo povo espanhol, fez um derradeiro apelo a Fidel, para que soltasse os
presos, o ditador exigiu em troca, meia dúzia de criminosos que estavam na
prisão de Madrid.
O
rompimento de Saramago
O escritor português José Saramago, Prêmio Nobel
de Literatura em 1998 e até então notório militante comunista, rompeu em
público com Fidel. O motivo: os fuzilamentos “destruíram seus sonhos e
frustraram suas expectativas”, afirmando igualmente que “doravante Fidel Castro
seguirá seus próprios caminhos, eu seguirei os meus.”
Segredo da
morte de Cienfuegos perdura até hoje
No dia 28 de outubro,
ritualmente milhares de crianças cubanas jogam flores nos rios e no mar para
homenagear Camilo Cienfuegos. O ritual é o mesmo desde 1959, quando o
revolucionário desapareceu em um bimotor Cessna 310, que viajava da província
de Camagüey até Havana. Estranhamente nem o avião, nem Camilo, nem os outros
dois passageiros – o piloto Luciano Fariñas e o soldado Félix Rodrigues – foram
encontrados.
A Cuba dos
que não podem hablar
Eu estive em Cuba em 1981, participei de um Seminário sobre
trabalho, representando a CGT (hoje UGT), era seu diretor de relações
internacionais. O evento foi num hotel, cercado por intrigantes capangas de
Fidel, que não permitia sequer a visitação turística. O regime de Fidel era
violento e rigoroso. O povo por sua vez, pelo pouco que percebi, embora
educados e simples, nada falava. Os empregados do hotel, quando indagados sobre
determinado assunto, se limitavam a um NON
puedo hablar com usted.
1979 em
Lisboa
Em julho de1979, Brizola, Julião e Arraes todos no exílio,
estaria reunidos na sede do partido socialista português no Largo do Saco em Lisboa.
Participei do Encontro dos Trabalhistas no Exílio em Lisboa. Arraes não foi. No
mesmo período estive em Madrid na sede do partido socialista espanhol PSOE no
Congresso dos Socialistas. Conheci Raul Castro irmão de Fidel, foi representando
os comunistas de Cuba. Boa postura, semblante sério e longe de se imaginar a
Cuba ditadora. Foi nesta época em que o presidente espanhol Felipe Gonzalez
tratou do assunto sobre a libertação dos presos.
O de cujus Fidel nunca foi comunista
convicto
Fidel se fue, nunca foi comunista, um revolucionário,
corajoso, libertou Cuba do capital, mas engessou seu progresso. Seu irmão Raul Castro
com quem estive em Madrid, este sim é comunista desde os tempos de estudante.
Mas o problema é a transição do governo do de
cujus revolucionário, para a nova democracia de Cuba. Isso ocorrerá?
Jornalista Ricardo Boechat ganha ação por
danos
A 3ª Turma do
STJ reformou decisão do TJ do Rio de Janeiro que havia condenado o jornalista
Ricardo Boechat a pagar R$ 20 mil por danos morais à concessionária Supervia,
em razão de críticas feitas durante um programa de rádio. Em janeiro de 2010,
após um incidente ocorrido com um dos trens da concessionária, no Rio de
Janeiro, o jornalista criticou a empresa em seu programa na Band News FM. A
concessionária considerou as críticas “extremamente
ofensivas, gravosas na forma e criminosas no conteúdo”, e ajuizou
ação, pedindo indenização por dano moral no valor de R$ 50 mil.
O juiz de primeiro grau
julgou improcedente o pedido, mas o TJ-RJ acolheu os argumentos da empresa,
reduzindo apenas o valor da indenização para R$ 20 mil. O jornalista recorreu
ao STJ, e a relatoria do caso coube à ministra Nancy Andrighi, da 3ª Turma.
O julgado arremata que “não
tendo sido evidenciada a atribuição de fatos ofensivos à reputação da pessoa
jurídica, não se verifica nenhum vilipêndio à sua honra objetiva e, assim,
nenhum dano moral passível de indenização”. (REsp nº 1573594 – com
informações do STJ).
Briga
feia no STF...
Os ministros Ricardo
Lewandowski e Gilmar Mendes protagonizaram uma discussão áspera durante a
sessão de anteontem (16) no plenário do STF. A quizila começou quando
Lewandowski questionou um pedido de vista de Mendes, mesmo após ele já ter
votado.
“O ministro Gilmar Mendes já não havia votado? Eu tenho
impressão que ele acompanhou a divergência. Depois votou o ministro Marco
Aurélio e sua excelência Gilmar Mendes está abrindo mão do voto já proferido e
pediu vista? Data vênia, um pouco inusitado” - observou Lewandowski.
Durante a sessão, os
ministros discutiam se servidores devem pagar contribuição previdenciária sobre
verbas extras incorporadas à remuneração, como adicionais por insalubridade e
trabalho noturno, um terço de férias e horas extras. De um informante presente
no dia: “esta não pé a primeira, e nem Serpa a última discussão entre os dois”.
O vergonhoso e tenebroso auxílio
moradia para magistrados
O ministro Luís Roberto Barroso
pediu, no dia 14 de novembro, a inclusão do julgamento sobre o “auxílio-moradia” na pauta
do STF. Caberá à presidente Cármen Lúcia decidir quando o assunto será julgado
pelo plenário. A sociedade espera que não demore e que o julgamento ocorra ainda
este ano. De preferência para acabar com essa hipocrisia.
Diante da demora do ministro
Luiz Fux (dois anos e dois meses) para liberar o julgamento da liminar que
garantiu, em setembro de 2014, o “auxílio-moradia”
dos juízes, o ministro Luis Roberto Barroso decidiu levar o assunto para a
pauta do plenário em outro processo que discute matéria análoga. As informações
são do saite Jota, que especula “já haver votos suficientes para
derrubar o pagamento do benefício”.
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