A "sexta feira negra" de
Geddel, escurece o futuro de Temer
HELIO FERNANDES
Desde o inicio
a situação era complicadíssima. O escândalo era tão escabroso, que os mais íntimos
se posicionaram nem reservada nem discretamente, mas de forma ostensiva, contra
Geddel. Comentei a ironia de Eliseu e de Moreira Franco, Temer determinou retrocesso
para esses, e silencio para os que ainda não haviam falado.
Foi
obedecido imediatamente. Pelos que estavam aqui, Eliseu, Chefe da Casa Civil. E
o super Ministro Moreira Franco, já de Paris, em encontros empresariais. E o
presidente indireto não parou mais. “Os que conheciam como servos e
subservientes, se repetiam com a mesma expressão: ”O presidente quer apenas
arbitrar conflito entre Ministros". E Temer continuou, se expondo
pessoalmente. E mais do que tudo: insensatamente.
Não
percebeu a velocidade dos fatos, exigiu mais de muita gente. Chegou ao absurdo
de afirmar: "Geddel é insubstituível". Alguns deputados me disseram,
em sigilo, lógico, concordei e publiquei: "Geddel é apenas um intermediário,
traz a proposta do presidente, concordamos ou não, respondemos. Isso pode ser
feito por qualquer um".
Acostumado
a uma carreira sempre ascendente, sem sobresaltos ou contratempos, Temer
desdenhou e desprezou o tamanho da crise: "Eu resolvo". Mandou o
processo para a Comissão de Ética do Planalto, acreditou que não existiriam
pendências nem conseqüências.
Comentei
no mesmo dia: "Pela tradição e pelo histórico, essa Comissão é o ideal
para esconder um Ministro que não quer pedir demissão e não pode ser
demitido". Tranqüilo (definição dele mesmo), convocou o Ministro Chefe da
Casa Civil, o vice jurídico do Planalto, e com a supervisão dele mesmo, a
certeza de que tudo seria resolvido desta forma.
Por
decisão da Advogada Geral da União, que definiria "em favor da União,
embora a união não estivesse em causa". Era apenas uma transação
imobiliária ilegítima, na qual um ministro "proprietário", exigia que
outro Ministro responsável, "burlasse a lei para proteger seu imóvel,
construído em local inadequado e "tombado".
O
presidente indireto, assumia a crise, dava a ela, proporções que não tinha. E
podia ter sido afastada imediatamente, com a demissão pura e simples do
Ministro que criara o conflito de interesses.
A
Advogada Geral da União, nomeada por ser competente e independente, não sabia
que por trás dela, tramavam que tudo seria "resolvido" pelo órgão
presidido por ela. Indignada, revoltada, compenetrada, veio a publico explicar
a situação. E deixou bem claro, que não participaria de nada. Corajosa e
responsável, enfrentou o próprio presidente. E nem pode ser demitida. Quem
tinha poder de demissão, não garantiu autonomia de vôo. (E não tem certeza se
ainda pode pousar ou decolar nos aeroportos a que se acostumara, em 6 meses e
17 dias).
Temer não pode nem nomear outro Ministro
Comandou
a conspiração parlamentar para derrubar a presidente Dilma. Passou de vice a provisório
até chegar a indireto. Julgou-se e se julga poderoso, agora, perplexo, não pode
preencher um ministério. Está obrigado a fazê-lo, o que não tem é nome
cogitavel. Diante da iminente publicação do depoimento ASSUSTADOR da Odebrecht,
hesita e se apavora em convidar alguém.
Como as
noticias sobre Odebrecht, falam em mais de 150 acusados, seria milagre que um político
nomeado por ele, estivesse fora da lista. Tenta apelar para nomes
"caseiros",
até hoje não comprometidos. Sua primeira lembrança: Moreira Franco, que
aparentemente pode ir para a Integração.
Chamou
Moreira, que foi de Paris a São Paulo. Se for nomeado, tira um ministro -
secretario que ocupa um cargo tão importante, para colocá-lo em outro para o
qual tem
perfil conflitante. Competente, sociólogo, ex-governador eleito, ministro antes
de Temer, mas rigorosamente de personalidade hostil. E esquece ou nem sabe,
Moreira Franco e Geddel, na própria quarta feira, travaram dialogo baixaria, desprezível,
impublicável. Nesse caso perderia o "querido amigo".
Varias crises, multiplicadas
Sua
avaliação de que Geddel era insubstituível, derruba sua convicção de bom
analista. Tanto de hoje quanto de ontem. No governo Lula, foi nomeado para um
cargo na Caixa Econômica, salário alto, importância bem baixa. Em 2010,
candidato a governador da Bahia, derrotado. Outro "biquinho” no governo
Dilma, sem coerência ou repercussão. Em 2014, candidato a senador, novamente
derrotado.
Em suma:
sem prestigio político ou popular, elevado á condição de Ministro mais
importante do novo governo, ganhou estatus de totalmente relevante, de
personagem que não podia ser afastado (demitido) de modo algum. Numa
contradição mais do que evidente, a permanência do "querido amigo",
por mais de 1 dia, compromete o presente e o futuro de Michel Temer.
Desesperado,
Temer cogita até do segundo time. Acredita que nomeando Rogerio Rosso ou Jovair
Arantes, pelo menos retira um deles da luta pela presidência da Câmara. Precisa
que Rodrigo Maia seja mantido no cargo, tem se mostrado totalmente confiável.
Nem precisa convidar, Rosso e Arantes aceitam. Não querem ser ignorados ou se
manterem no ostracismo.
Temer muda de posição em 24 horas
Depois de
demitido Geddel, o precipício se alargou diante de Temer. A maioria da base
parlamentar (leia-se "centrão"), criticou dura e abertamente a incompetência
dele. E havia unanimidade no julgamento "Temer é o único responsável pela
crise e pelo próprio desgaste, que é muito maior do que ele mesmo
imagina". Como naquele dia, de manhã á noite, deputados criminosamente
tentavam apagar o passado e fugir da Lava- Jato, mandou o recado que provocou
satisfação geral: "Aprovarei tudo que a Comissão aprovar, incluindo a ANISTIA
para o Caixa 2". Inacreditável.
Como a
repercussão em todo o país, foi destruidora contra ele, o presidente indireto
mudou totalmente de posição. Só que em vez de recado particular pata os
deputados, falou para a televisão: "VETAREI tudo que for aprovado como a
ANISTIA e outros crimes".
E mais
direto do que nunca, concluiu de forma a mais compreensível possível: "Não
poderá ser aprovada, nenhuma medida que impeça ou obstrua a Operação
Lava-Jato". Acredita que agradou á comunidade. E que pode melhorar sua própria
situação em Curitiba.
Está
convencido que, como diz, o depoimento Odebrecht inclui mais de 150 políticos,
dos vários diversos partidos, ele será naturalmente incluído. Por que ficaria
de fora?
A conversa foi gravada
Com ou
sem comprovação, não existe a menor duvida. E o verdadeiro autor da gravação é
o próprio presidente indireto. Aécio Neves, insensível politicamente e na mais
despudorada adesão, condenou o Ministro, acusando-o textualmente, "de ter
invadido o palácio presidencial para gravar uma audiência com o Presidente da
Republica". A fome de poder de Aécio, é auto-destruidora.
A verdade irrefutável
Temer chamou
o Ministro da Cultura, ainda no cargo, duas vezes. Na primeira, PRESSIONOU de
forma aviltante, para que ele mudasse de posição, entregasse a questão
"para ser decidida pela Advocacia Geral da União, como divergência entre
dois Ministros". O presidente se transformou em cúmplice, PRESSIONOU o
Ministro para esquecer a ilegitimidade e o conflito de interesses.
A gravação, seguro de vida do Ministro
Com a
tecnologia de hoje, o registro de conversas é automático. Nisso, o celular está
inteiramente ultrapassado. Existem outras formas mais sutis e invisíveis, de
conversas particulares, serem multiplicadas ou tornadas publicas. Se o Ministro
não gravasse, seria um suicida e irresponsável.
Como ele
decidiu espontaneamente, ir á Policia Federal, depor e denunciar o presidente
por cumplicidade com um fato criminoso. Se não tivesse gravado, estaria
liquidado, seria inevitável. O fato ficaria restrito a uma comparação entre a
sua palavra e a do presidente da Republica.
O próprio
Temer acredita que a conversa foi gravada. Por isso, ainda não tomou nenhuma
providencia para responsabilizar criminalmente, o ex-ministro da Cultura. O
Ministro da Justiça, que estava "desaparecido", desde que foi chamado
por Renan, de "chefete de policia", reapareceu. E confessou
confirmou: "Não sabemos se a conversa foi gravada, não podemos tomar
providencias. Mas continuamos as investigações".
O
desdobramento da crise, será longo. E irá se fundir com a nomeação de um
novo Ministro. Com as votações criminosos de amanhã CONTRA a Lava-Jato. A
FAVOR da impunidade. E logicamente com as revelações acusações do depoimento
Odebrecht.
Fala-se
abertamente em impeachment de Temer. Não haverá, o presidente Rodrigo Maia não
abrirá nenhum processo. Se houvesse o impeachment de Temer, teríamos que
lembrar obrigatoriamente do genial Barão de Itararé em 1948, na Câmara de
Vereadores: "Quem com ferro fere, com ferro será conferido".
Fidel: símbolo
de uma Era e de uma Revolução, sem nenhuma duvida um ditador irrecuperável.
No fim do dia 31
de dezembro de 1958, praticamente na madrugada de 1959, um personagem chamado
Fidel Castro, começava a entrar na Historia. Morrendo ontem aos 90 anos, eterniza
essa permanência, é lembrado para sempre. Morre mas não desaparece. Pelo
contrario, fica em evidencia, garante a relevância e a reverencia que muitos
lhe negaram em vida. Mas sempre foi ditador, adorava o poder incontestável e incontrastável.
Combatido,
temido, respeitado, consagrado, insultado, violento, sem fazer concessão a
ninguém, dominando uma pequena ilha, conseguiu colocá-la no mapa do mundo e não
apenas geograficamente. Embora não tenha obtido o sucesso político que esperava,
foi o grande revolucionário de uma época.
Logo nos
primeiros tempos, no dificilimo1959, conquistou a admiração do mundo. Ele e Che
Guevara, centralizaram as atenções do mundo, embora projetassem caminhos
diferentes. Seus roteiros de vida eram igualmente revolucionários, mas tinham
temperamentos, personalidades e objetivos, completamente diferentes.
Fidel Castro queria libertar Cuba. Che Guevara
pretendia libertar o mundo.
Em 1960, candidato a Presidente, Janio vai a
Cuba
Oportunista,
sentindo a popularidade crescente de Fidel. Favorito para a eleição do final do
ano, em março Janio vai visitá-lo. Freta um avião, leva 30 pessoas. 24
jornalistas. Ele e Dona Eloá. Adauto Cardoso, que pretendia ser Ministro da
Justiça, e não foi. Afonso Arinos de Mello Franco, candidato a Ministro do
Exterior, e o primeiro a ser nomeado. Ficamos lá 9 dias, como sempre em todas
as viagens, escrevia diariamente.
1959, um
ano dificílimo, precisava fazer varias coisas ao mesmo temo. Faltava tudo,
desde transporte a alimentação. Nesse 1960 em que estivemos lá, já existiam os
embargos americanos, os culpados de tudo. Mas andávamos nas ruas, sem
segurança, era aplaudido, apesar das prisões já estarem lotadas, e o
fuzilamento ser uma regra cruel mas insistente. Os fins de noite eram
invariavelmente na embaixada do Brasil.
O
relacionamento diplomático era excelente. O embaixador do Brasil, Vasco Leitão
da Cunha, do primeiro time do Itamarati, logo depois Ministro do Exterior. Em
1964 os ditadores que tomaram o poder aqui, romperam relações. Nada mais
compreensível. Se dizendo anticomunistas, não podiam ter relacionamento com
ditadores comunistas (idem, idem com a União Soviética).
Inexplicável
e inacreditável: a ditadura dos generais torturadores acabou em 1979. Mas o
primeiro embaixador em Cuba, só chegou lá em 1999,20 anos depois. Por acaso,
foi uma grande figura, Luciano Martins, sociólogo, escritor, exilado em Paris
durante a ditadura. Mas foi embaixador em outra ditadura.
Fidel: o fazedor e o brigador com amigos
Assumiu
com 70 por cento de analfabetos, em 5 anos, não existia mais nenhum. Também
impossível saber como conseguiu construir 8 famosos Hospitais-Universidades,
iguais aos melhores do mundo. Com 10 anos no poder, existiam médicos cubanos,
praticamente em todos os continentes. Incluindo o Brasil.
Mas não
respeitava nem os amigos. Meses depois de chegar ao poder, um dos melhores,
mais íntimos e mais brilhantes, Camilo Cienfugos, desapareceu. Nunca foi
encontrado, mas se soube: Fidel mandou jogar o amigo no tumultuado mar entre
Cuba e a Florida.
Seu relacionamento
com Che Guevara, era diário. Mas as divergências também. Nomeou Guevara
Presidente do Banco Central, como se ele fosse um Meirelles qualquer.
Revolucionário verdadeiro, se considerando obrigado a salvar o mundo, só
pensava em deixar Cuba, se entregar á luta, em vez de ficar fechado num escritório.
Fidel pressentia isso, ficava preocupado. A seu modo, gostava de Guevara. Mas
surpreendentemente tinha inveja do amigo.
Não
demorou muito, num congresso em Roma, encontrou com o jornalista Jean Jaques-
Servan Screibe , diretor proprietário de um semanário mais importante da França
.Já tendo decidido seu destino, resolveu fazer humor e confissão. Disse: "Se
despeça de um revolucionário presidente do Banco Central. Fique atento com as
noticias que virão de Cuba".
Guevara abandona Cuba, Fidel e o passado
Não
demorou muito, Guevara deixou Cuba, quase sem se despedir de Fidel. Durou
poucos meses. Traído, atraiçoado, caiu numa cilada armada por alguns que
considerava amigos. Fidel recebeu logo a noticia, se recolheu a um dos palácios,
tinha vários. Não derramou uma lagrima. Na verdade, Fidel não chorava, perdão,
uma única exceção. Quando a filha pediu asilo nos EUA, sentiu o golpe, chorou.
Não
pela
filha, mas pela repercussão negativa do fato. Para ele pessoalmente e para o
governo ditatorial.
1960, 1961, 1962
Os
embargos, uma ruína. Todo o ano de 1960, foi de desgraça. Em 1961, logo depois
da posse de Kennedy, o ataque militar a Cuba, pela Baia dos Porcos. Estava tudo
preparado, a derrota dos Estados Unidos, estrondosa. Em 1962, numa gravação aérea,
a descoberta de que existiam aviões nucleares se abastecendo em Cuba, poderiam
entrar em ação, a qualquer momento.
Foram
aqueles 15 dias em que as manchetes de todos os jornais do mundo, e as televisões,
estrondavam repetidamente: “O mundo poderia estar caminhando para a tão temida
guerra nuclear”. Que foi impedida no ultimo minuto. Ainda estávamos longe da
Internet, todos acalmaram o mundo ao mesmo tempo.
Fidel não era comunista
Converteu-se
depois, com a convivência e a submissão á União Soviética, que fornecia tudo
que Cuba precisava, principalmente petróleo. Comunista desde adolescente era o
irmão Raul. A quem teve que passar o governo em 2008, por motivo de saúde.
Nesses tempos, Raul fez modificações importantes, que Fidel não quis fazer por
vingança e insensibilidade.
Tratava-se
da remuneração dos médicos e atletas de vários esportes, que iam para o exterior,
trabalhar. Fidel exigia que mandassem para Cuba, 100 por cento do que ganhavam.
Se não cumprissem, não poderiam voltar ao país. Raul fez um acordo imediato, e
que agradou a todos. Os que trabalhavam no exterior, podiam ficar com 80 por
cento do que ganhavam e mandar 20 por cento para Cuba, tinham muitas isenções.
Poderia
continuar escrevendo indefinidamente sobre Cuba e Fidel. Um só exemplo: em
1987, o ultimo acontecimento promovido e dirigido por Fidel. Um seminário sobre
divida externa, hoje divida publica, que atingia também Cuba.
Mais de 2
mil convidados, 47 brasileiros, incluindo Lula, que 2 anos depois, seria
candidato a presidente pela primeira vez.
Desses 47
brasileiros, só 2 ocuparam a tribuna. Luiz Carlos Prestes, que não conhecia
muito bem o assunto, levou um texto escrito. E este repórter, apaixonado pelo
assunto, mostrei o perigo para o futuro de todos os países,
"endividados". Agora, 29 anos decorridos, como eu disse, a situação
piorou para todos.
Para
Cuba, o desastre catástrofe do fim da União Soviética, na noite de Natal de
1991. Foi a ultima crise que atingiu Cuba. Fidel estava muito desgastado,
praticamente deixou o país estagnado, passou a viajar pela America do Sul e Central.
Queria implantar um "império comunista", liderado por ele. Não
conseguiu. Morreu respeitado pelo silencio, mas totalmente impopular.
Se
pudesse, iria ler as bobagens exatamente iguais, ditas por Lula e Maradona: "Ele
foi um pai para mim". Ele não foi pai para ninguém, era sempre, "o
comandante". Uma vez escrevi, "desconfio que Fidel dorme sem tirar a
farda, com medo de deixar de ser o comandante".
Dos que
escreveram sobre Fidel, ontem, o único lúcido, sensato, esclarecido, inclusive
porque esteve exilado lá por 1 ano, foi Fernando Gabeira. Perguntou em poucas
linhas ou palavras: "Tantas mortes, tanto exílio, tanta tortura. Tudo isso
valeu a pena?".
Para
Fidel, sempre ditador, uma cremação de estadista. Se não houver pressão ou
constrangimento, no domingo, as maiores personalidades do mundo, estarão em
Cuba. Mesmo repetindo o lugar comum obrigatório: "Fidel será julgado pela Historia"
O futuro de Cuba, interna e externamente
Serão 2
anos complicados, 2017 e 2018. Raul garantiu que em 2018, transfere o governo,
não pode voltar atrás. Existem 34 estatais, com presidentes e vários diretores.
Muitos são jovens, podem ser revelações. De qualquer maneira, Fidel deixa uma
herança de atraso. Sem Internet. E os automóveis mais modernos, de 1980. Ou até
mais velhos.
E ainda o
suspense sobre a atitude de Trump. E o acordo assinado por Obama e Raul e
conciliado pelo próprio Papa. Se for mantido, Cuba tem salvação. Mas como
acreditar num homem como o presidente eleito?
PS- Temer,
Maia e Renan utilizaram todo o fim de semana, para tentarem desaprovar o que se
trama contra a Lava-jato, com anistia e tudo.
PS2- A
ultima votação na Comissão é amanha, terça feira. Depois a votação no plenário dia
9 de dezembro. Tudo pode acontecer, até para o bem.
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