Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Finalmente Renan será RÉU
HELIO FERNANDES

Desde 2007, responde a processo no Supremo. Esses 9 anos, radiografia completa de uma luta sempre vitoriosa para manter a impunidade. E garantir a condição de um dos homens mais poderosos da Republica. Nesse distante 2007, quando ninguém sequer imaginava que pudesse surgir e existir a Lava-Jato, ele já se envolvia com empreiteiras roubalheiras.

Era então presidente do Senado. Apanhado em flagrante pela falta de recursos para manter um filho inesperado, recorreu á Mendes Junior, para financiá-lo e patrociná-lo. Compartilhamento financeiro que dura até hoje. Mas esse 2007 foi tumultuado, Renan teve que deixar pedaços de si mesmo pelo caminho. Tentou continuar presidente, não conseguiu.

Mas depois de meses de conversas, renunciou á presidência, mantendo o mandato. Em 2010 se reelegeu para o Senado, em 2015, inacreditavelmente voltou a ser presidente da "casa", com mais poderes do que antes. Só que a irregularidade está no sangue, foi sendo citado seguidamente, perante o Supremo.

Alem da ligação com a empreiteira roubalheira por causa do filho estranho, Renan foi sendo enquadrado, investigado, interrogado, mentindo sempre, desbragadamente. Afirmou que tinha recursos para manter suas aventuras amorosas, mostrou documentos falsos, a respeito da venda de gado que não possuía.

As denuncias se acumulam no Supremo

Pelos fatos comprovadamente documentados, foi sendo denunciado. Por falsificação de documentos, peculato, falsidade ideológica. Tudo isso antes da lava-jato. Depois que surgiu esse movimento de recuperação da credibilidade e da esperança nacional, já está denunciado mais 5 vezes. Por crimes gravíssimos mas que não o atingiram, e por enquanto, não irão atingi-lo, apesar de gravados e tornados públicos.

No dia 1 de dezembro, Renan pela primeira vez será julgado pelo Supremo, e sem qualquer duvida, será transformado em RÉU. O relator de um desses processos, Dias Toffoli, entregou o trabalho, pedindo pauta. Imediatamente a presidente Carmen Lucia marcou o julgamento para o dia 1 de dezembro. È uma quinta feira. Como habitualmente o plenário se reúne ás quartas, a expectativa é de que haverá debate, e surpreendentemente, até controvérsia.

Renan se movimenta para atingir o Supremo

È um tremendo guerreiro da patifaria. Sabendo que está sob o fio da navalha, vai montando represália em cima de represália. Aglutina seus acólitos e apaniguados, para aprovar um projeto, que está redigido e guardado. Só Renan seria capaz de imaginar e executar um projeto como este: proibir que as sessões do Supremo sejam televisadas e mostradas ao publico.

Não parou por aí. Assim que seu julgamento foi marcado para 1 de dezembro, agendou para a mesma data, uma reunião para tratar do projeto que chama de combate ao ABUSO DE AUTORIDADE.

E convidou para participarem, o Ministro Gilmar Mendes e o Procurador Geral da Republica, que obrigatoriamente devem participar do julgamento do próprio Renan. Aproveitando a oportunidade, convidou também o juiz Sergio Moro, um dos maiores terrores de sua vida atual.

Abuso de autoridade, deveria ser abuso da impunidade

È mais do que publico e notório, que qualquer pessoa isenta e de bom senso, imediatamente fica a favor desse projeto. Principalmente por causa do fato base: só pobres, sem recursos, sem advogados, sofrerão a violência da "autoridade". Houve um tempo, em que só pelo fato de ser chamado para ir á delegacia, o cidadão já ficava em pânico. Ricos, poderosos e de "colarinho branco", jamais sofrem abuso de qualquer espécie,

O projeto nem esconde, é mais um episódio do combate á operação da Lava- Jato. Por isso, cita especialmente juízes, Promotores, Procuradores. Ou seja: é uma vingança. E mais grave ainda: é OBSTACULO para que a Lava Jato, possa agir com liberdade e independência contra a corrupção. Que só os prejuízos á Petrobras, foram contabilizados em 88 BILHÕES.

De terça para quarta, a madrugada da impunidade

Eram quase 3 da manha do "dia seguinte", o presidente do Senado aproveitou o descaso, o desinteresse e a displicência, aprovar a URGENCIA para o "abuso da autoridade". Nenhum senador falou agora Renan pode colocar em votação á hora que bem entender. Direto no plenário, sem discussão, sem passar por qualquer comissão. Por isso, chamo de "abuso da impunidade".

Mas esse poder imenso e incontestável termina no dia 1 de dezembro. REU, não pode ficar na linha de sucessão. Tem que deixar a presidência do senado, começam para Renan, os "últimos dias de Pompéia". Assim como Palocci, serginho cabralzinho, Eduardo Cunha, e pelo menos uns 50 envolvidos na delação da Odebrecht, todo o tempo que Renan ficou em liberdade, já é lucro. E não ha empreiteira roubalheira, que possa pagar para INOCENTÁ-LO.

Os insuportáveis advogados de Lula

Anteontem, mais um show negativo desses 5 advogados que parecem contra e não a favor do ex-presidente. Já registrei aqui o primeiro, o ex-senador Delcidio depondo, e eles insultando o juiz, "por permitir que ele dissesse o que bem entendesse sobre Lula".

Ora, testemunha de acusação, é para acusar. Quando chegar a vez da defesa, lógico defenderão o ex-presidente. Alem do mais, Delcidio era amicíssimo do então presidente, foi líder do seu governo no Congresso. Alguma coisa aconteceu, para o ex-senador, dizer, "Lula sabe tudo do petrolão"

Com suas estouvadas e estabanadas intervenções, os advogados esgotaram o tempo, o juiz teve que interromper os depoimentos. Marcará outra data. Essa demora e retardamento, não serve ao ex-presidente.

Trump servia á Rússia, agora favorece á China 

O presidente eleito, tem voltado atrás em muita coisa. Convidou um negro para cargo importante. Acredita que com isso, conquistará o apoio dos negros, é sabido que ele é racista extremado. Também vai nomear embaixadora na ONU, a governadora da Carolina do Norte. Filha de imigrante. Normalmente, esse cargo é preenchido, depois de indicado o Secretario de Estado.

A governadora aceitou, sua vida se transformará completamente. Em matéria de política externa, Trump é um desastre pior do que no plano interno. Já resolvido e anunciado pelo presidente eleito: não vai cumprir o acordo, conhecido pela sigla PTP. (Parceria TransPacifica). Com isso deixará o caminho aberto para a China se expandir livremente.

Vitoria com turbulência

A votação das medidas duras e ostensivas contra a corrupção se transformou numa guerra civil. Ou num jogo de palavras que tem tudo a ver, numa guerra como nunca se viu. O grande estrategista foi o deputado Onix Lorenzoni, que acabou como o maior vencedor. Depois de horas de combate, saindo e voltando á sala da Comissão, se transformou no maior personagem, aprovando tudo que precisava ser aprovado, e sem deixar cadáveres pelo caminho.

Mas não é a vitoria definitiva e sem retrocesso.  No dia 9 de dezembro, a batalha final no plenário, que todos gostam de repetir, "è soberano". E logo depois dos trabalhos serem encerrados, já havia movimentação, para inverter o resultado. Desaprovarem tudo o que a comunidade queria e aplaudiu. E colocar no placar, a subida ao pódio, dos campeões da corrupção.

Não acredito, acho que os corruptos e corruptores, amenizaram a situação, conseguiram escapar do massacre. Mas é preciso ficar alerta, faltam ainda 14 dias para a última palavra. Mas Rodrigo Maia arrisca: "A votação pode ser na próxima terça, 29".

É preciso ressaltar e registrar: o presidente da Câmara está tendo atuação exemplar. Ontem, não teve a menor duvida ao afirmar: "Nenhuma medida a favor da corrupção será aprovada. E indo mais longe, disse claramente: "Nem mesmo a anistia para o caixa 2". Merece e precisa continuar como Presidente da Câmara. 
 Sergio Moro

Logo depois de aprovadas as medidas contra a corrupção, afirmou: "Se a corrupção tivesse sido vencedora, a operação Lava- Jato, teria sido impactada". (A palavra é dele, textual). Ontem, o juiz, incansável, continuou a ouvir testemunhas dos  processos sobre Lula e Eduardo Cunha.

Um dos depoimentos no processo de Eduardo Cunha, foi o do prefeito Eduardo Paes. Nem contra nem a favor, mais dúbio, ambíguo, incerto e sem convicção. Ou seja, plenamente Eduardo Paes dos pronunciamentos públicos.

PS- Nos Estados Unidos, a candidata do Partido Verde, teve 4 por cento dos votos. Levantou 2 milhões e meio de dólares pela Internet, pediu recontagem de votos.

PS2- Justificativa: "A votação e a apuração, por equipamento eletrônico, não tem a menor segurança". Leonel Brizola descobriu isso, “ha 34 anos". E denunciou. Por causa disso, quase perdia a eleição..


Nenhum comentário:

Postar um comentário