Os próximos 70 dias confusos nos
Estados Unidos
HELIO FERNANDES
Assim que
às 6,29 da manhã de terça feira, foi declarada a vitoria de Donald Trump, o
mundo explodiu. Parabéns do planeta inteiro, e com restrições. O presidente da
Rússia, foi o primeiro a cumprimentar o novo presidente dos EUA. Rigorosamente
compreensível. E sem nenhuma surpresa, os elogios iam chegando.
Toda a
America Latina, que tinha se mantido abertamente contra Trump, mudou de
posição, se arrojou aos pés do vencedor. Todos os países lideres considerados
esquerdistas- direitistas, carreiristas - oportunistas, foram os primeiros a
cumprimentar Trump.
Do
Brasil, o Ministro do Exterior, que tinha atacado implacavelmente o candidato
contra Hillary, se apresentou numa reviravolta total. Usou a frase famosa do
futebol, "treino é treino, jogo é jogo". Não citou o autor da frase, o
grande jogador Didi. O presidente indireto seguiu seu Ministro, em manifestação
ridícula, "se colocou á disposição do novo presidente".
Lá de
longe, do Oriente Médio, o Primeiro Ministro de Israel, mandou parabéns, mas
fez restrição á posição em relação á criação do Estado Palestino. Na campanha, Trump
deixara entrever, que era favorável ao Estado Palestino. De todos que mandaram
comunicações para Trump, sem mudar de convicções, Angela Merkel, ratificou
totalmente, o pensamento.
Autentica,
corajosa, colocou diante de Trump, suas posições, assim, textual: "Não
tenho restrição de conversar, mas o senhor tem que assumir o compromisso
de respeitar as mulheres, não se jogar violentamente contra os imigrantes, não
cumprir a declaração absurda e vergonhosa, de construir um muro separando o México
dos Estados Unidos".
Hillary e Obama
Os dois
fizeram discursos, com pouca diferença de tempo. Ela usou 12 minutos, ele em 7.
E o conteúdo, rigorosamente igual. Tanto Obama quanto Hillary, exaltaram
"o compromisso democrático, de garantir a transição, elogiando
desabridamente o vencedor, contra quem, se mantiveram de forma tormentosa,
durante toda a campanha.
Hillary
falou, mais rapidamente do que se imagina, “pode ser que uma mulher, surja para
a presidência". Pode ser que esteja tentando abrir uma brecha para ela mesma.
Dificílimo, mas não impossível. Ou então dentro de 4 anos, a chance de uma
personalidade, nacional ou internacional, notável carisma, e tenha a chance que
Hillary não teve.
Em 16
anos, Os Clinton ganharam no voto popular
Mas
perderam no Colégio Eleitoral. Em 2000, o vice de Clinton, Al Gore, teve 567
mil votos populares a mais. Mas ganhou na fraude, perpetrada pelo irmão de
George W. Bush, governador de um estado chave.
Agora,
Hillary teve 200 mil votos populares a mais. E novamente, os votos no Colégio
Eleitoral, não foram suficientes para a vitoria. É a "maldição "de
uma contagem, que é vantajosa num lado e desvantajosa no outro.
Nestes 70
dias que faltam para a posse, muita coisa acontecerá. A partir de 20 de
janeiro, haverá a definição do Trump da campanha. E do Trump da Casa Branca.
Não é muito tempo.
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