CUT NÃO PODE PERDER SUA BASE DE
SINDICATOS DA ÁREA ESTATAL. O PRESIDENTE
MICHEL TEMER ARTICULA A REFORMA PREVIDENCIÁRIA E TRABALHISTA, COM O
APOIO DA UGT E FORÇA SINDICAL. FIM DO PT, E POSSIVELMENTE O FIM DA CUT.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
É um
erro pensar que a Central Única dos Trabalhadores (CUT), hasteie sua bandeira
para proteger principalmente o trabalhador comum. A Central é loteada por
petistas, e militantes esquerdistas, quase que majoritária de sindicatos da
área pública, e dos bancários. Eles loteiam setores de empresas públicas,
gabinetes de políticos, assembleias, câmaras e órgãos públicos federal, estadual
e municipal. Com a derrota do PT, estão órfãos.
Na
verdade a CUT não quere não pode perder sua base de sindicatos da área estatal,
daí a sua posição política quanto as reformas.
Hoje
o grosso do sindicalismo brasileiro não está concentrado na CUT, ao contrário,
se dividem e são ao todo uma maioria no universo de 14, 5 mil agremiações
sindicais no país.
As
seis maiores centrais sindicais brasileiras (CUT, UGT, Força Sindical, CTB,
NCST e CSB) alcançaram a marca de 9.818.853 trabalhadores associados em 2015. A
CUT vem perdendo força ao longo do ano de 2016, várias agremiações abandonaram
sua base, algumas se filiaram ao outras Centrais e outras estão fora deste
contexto associativo.
No
ranking divulgado no inicio de 2015 com base em 2014 a CUT ainda liderava com
37,1% de associados. Em 2016, estimativas extra-oficiais apontam que a CUT
perdeu 10% de seus filiados.
Hoje
por mais que tente influenciar, com a surpreendente queda do Partido dos
Trabalhadores na representação política, a CUT, ficou sem espaço em Brasília.
É
surpreendente ver, como o PT era habitado por militantes fisiológicos que só
estavam em suas fileiras, por conta dos cargos em que foram nomeados. Isso do
primeiro ao último escalão dos cargos públicos.
Um
dos sinais latentes deste vazio levou o presidente Michel Temer mobilizar a
Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) para rachar o movimento
sindical, e assim reduzir a oposição às reformas da Previdência e trabalhista e
ainda esvaziar ações contra o governo, planejada pela Central Única dos
Trabalhadores (CUT).
Neste
aspecto o presidente confidenciou a assessores que está satisfeito com a
articulação e o desmonte da CUT. Citando como sinal o esvaziamento do chamado
Dia Nacional de Greve, promovido pela CUT no dia 11 de novembro. De fato foi um
Ato apático, sem a presença da UGT e a Força Sindical que optaram por não
participar, e marcaram uma manifestação para o dia 25 (sexta-feira).
Na
verdade todo aparelho patrocinado pelos governos, Lula da Silva e Dilma
Rousseff, desmoronou, se dissolveu e pulverizou.
No judiciário, o problema ainda é
maior. É perceptível que exista um reflexo deste aparelho no judiciário
brasileiro, notadamente no STF (por conta das nomeações política de ministros) e
na Justiça do Trabalho, alicerçada na questão social.
Tanto que o relator do projeto
das medidas anticorrupção, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), garantiu que não foi sua a decisão de retirar
do texto sobre anticorrupção à medida que permitia que juízes e
procuradores respondessem por crime de responsabilidade em situações como abuso
de poder ou falta de decoro. Afinal de quem foi à decisão? De onde partiu a
ordem?
Se os
juízes não podem ser penalizados por erros, crimes e deslizes, o que afinal o
Congresso está discutindo?
A
sociedade já prescreveu sua receita em 3 de outubro, e no dia 30 do mesmo mês,
quando execrou o PT das prefeituras e câmaras. Da mesma forma isso poderá
ocorrer com o PMDB na eleição de 2018, quando o eleitor vai escolher o
presidente da República, Senadores, Deputados federais e estaduais.
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