ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Crivella um prefeito diplomata por excelência
As pessoas mais próximas do prefeito eleito pelo Rio de Janeiro, Marcello
Crivella, afirmam que o bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus,
é um diplomata por excelência. Descendente
de imigrantes italianos e de migrantes nordestinos após ter seu ministério
aprovado, chegando a Bispo na sua Congregação. Trabalhou por dez anos como
missionário em países da África. É Engenheiro Civil, e inspirado no aprendizado
quando esteve em Israel, desenvolveu um vitorioso projeto de terras produtivas
na cidade de Irecê na Bahia. É cantor gospel e pelo sucesso do titulo “O
Mensageiro da Solidariedade” (vendeu 1 milhão de cópias) foi laureado com o
“Disco Diamante”.
Na
política
Marcelo Crivella nas eleições de
2002 foi eleito senador da República para um mandato no período 2003-2011.
Disputou e perdeu, o governo do Rio de Janeiro em 2006 e 2014 e
prefeitura da capital em 2004, 2006 e agora em 2016 conquistando o cargo. Em
2005 deixou o Partido Liberal e fundou o Partido Republicano Brasileiro (PRB).
O seu maior revés foi na disputa pela prefeitura em 2008, quando ficou no
terceiro lugar. Três anos depois se reelegeu senador, para um mandato que termina
em 2019. Foi ministro da Pesca no governo Dilma, mas deixou a pasta em 2014
“para fugir dos respingos” quando pressentiu o desastre da sigla petista.
Freixo sem pegada
No comício da Cinelândia Marcelo
Freixo, derrotado fez seu pronunciamento, alguns medalhões do PSOL não queriam
que a agremiação fosse exposta. Seu discurso destilou um fundo de frustração,
demonstrando que tinha a convicção que se elegeria. De toda forma foi derrotado
por um candidato com um dos melhores históricos político e socialista do país. Portanto
nada a reclamar. Para muitos faltou para Freixo no segundo turno: “pegada”.
Em 2018 o partido fará alianças?
O candidato do PSOL teria que ter
ido mais alem do que martelar que preside a “CPI das Milícias”. Nem mesmo o
filme “Tropa de Elite 2”, personificado pelo ator Felipe Farias, o credenciou a
ser o mais votado. Por outro lado sua assessoria falhou grosseiramente quando
concentrou seu foco em acusações. Muitas inócuas, inoportunas e até rançosa. Tido
como sectário, o candidato sucumbiu por si mesmo. Uma ala minoritária, já pensa
em lançar um candidato a governador em 2018. Este terá quer ser aglutinador e
aberto ao diálogo. Querem quebrar o trauma da perda em majoritárias, abrindo o
partido para alianças, com isso ir mais alem dos votos de “estudantes”,
pilotado por professores nas universidades.
Legenda é a sombra do PT de 80...
Analisando
o comportamento das urnas no mundo inteiro, a maioria dos eleitores tende a
votar em candidatos mais moderados, tanto à esquerda quanto à direita.
Refúgio e
clone do PT de 80, leia-se uma alternativa de esquerda ao PT, o PSOL não tem o
“sapo barbudo”, que Brizola estigmatizou em Lula da Silva, mas tem guetos
ruidosos, que rosnam a tudo e a todos, tipo aquele PT avesso ao diálogo, mas
que aceitou à mudança para a moderação que permitindo a eleição de Lula."
O PT. O efeito Dilma e eleição que foi uma
lastima...
Em 83 capitais e grandes cidade o
histórico Partido dos Trabalhadores (PT), fundado e emoldurado por Luiz Inácio
Lula da Silva, ficou com apenas 1 cidade – Rio Branco, no Acre. No total, o PT foi de 638
prefeitos eleitos em 2012 para 254 neste ano - de 11,2 milhões de eleitores sob
sua gestão nas cidades, a apenas 1,6 milhão. No final de tudo, o efeito Dilma,
acabou por fulminar as bases do partido.
.
O PSDB se consagra
O segundo
turno consagrou a legenda de FHC repetindo a performance da primeira eleição. O
PSDB emergindo como a principal força nas urnas. Os tucanos administravam 18
cidades do G-83, o grupo das capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores,
e passarão em 2017 a ter o comando de 28. O PSDB venceu 14 dos 18 segundos
turnos que disputou. Será ainda a sigla a administrar o maior número de
eleitores nas cidades (13 milhões) e a maior quantidade de capitais: 7.
O PMDB resiste...
O PMDB,
partido do presidente Michel Temer, manteve a liderança no total de prefeituras
(1.021 em 2012 e 1.038 em 2016), mas administrará menos eleitores (9,5 milhões
para 8,1 milhões). O maior partido do país melhorou seu desempenho no grupo do
G-83: 10 para 14 cidades, e conquistou quatro capitais (tinha duas): Boa Vista,
Goiânia, Florianópolis e Cuiabá. Das 15 cidades em que a legenda estava nas
urnas no segundo turno, venceu em nove.
Eleitor responde com abstenções,
brancos e inválidos
Agora os
analistas políticos vão debruçar sob os altos índices de votos brancos, nulos e
abstenções. Ao todo, 25,8 milhões de eleitores compareceram às urnas neste
domingo, entre 32,9 milhões aptos a votar. Não votaram, portanto, cerca de 7
milhões de pessoas - índice de abstenção de 21,5%. No Rio de Janeiro, a
abstenção chegou a 26,8% (1,3 milhão de pessoas) e houve 569,4 mil votos nulos.
A desconfiança, a onda de escândalos envolvendo a classe política, e a
insegurança jurídica, vista na mais alta Corte do país o STF, é o mais forte
ingrediente para a reação popular.
Lula
não saiu de casa
A turma do Instituto Lula informou que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não votou no segundo turno das
eleições municipais. Será a primeira vez que o petista não comparecerá às urnas.
A pesar de justificar ter mais de 70 anos de idade.
O fraco desempenho do PT nas eleições, em especial em São Bernardo do Campo, cidade da Grande São Paulo, sequer reelegeu o filho vereador, justamente onde o petista reside e começou sua carreira política. Tarcisio Secoli, apoiado por Lula, ficou em terceiro lugar na disputa para prefeito no primeiro turno, realizado no último dia 2. Ele teve 84.768 votos, o equivalente a 22,57% do total. A cidade é governada desde 2008 pelo petista Luiz Marinho, que é afiliado político de Lula e foi ministro da Previdência Social e do Trabalho.
O fraco desempenho do PT nas eleições, em especial em São Bernardo do Campo, cidade da Grande São Paulo, sequer reelegeu o filho vereador, justamente onde o petista reside e começou sua carreira política. Tarcisio Secoli, apoiado por Lula, ficou em terceiro lugar na disputa para prefeito no primeiro turno, realizado no último dia 2. Ele teve 84.768 votos, o equivalente a 22,57% do total. A cidade é governada desde 2008 pelo petista Luiz Marinho, que é afiliado político de Lula e foi ministro da Previdência Social e do Trabalho.
Afinal porque os políticos insistem num segundo turno eleitoral?
Gastos
são astronômicos
Para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o custo das eleições
municipais de 2016 foi de R$ 650 milhões (em 2012 foi R$ 483 milhões) ao todo o
país desembolsou R$ 1,1 bilhão para realizar as eleições, onde votaram
analfabetos, menores de 18 anos e presidiários. No entanto há controvercias,
estimadas de que foram gastos R$ 3 bilhões. Números oficiosos apontam o dobro
do divulgado, e levando em conta os gastos de campanha, o país joga ao relento
do “vocês não nos representam”, bilhões de reais.
Eleição com custo zero...
Guardo aqui o bom exemplo do meu filho quando se candidatou a
prefeito na primeira serie do seu colégio. Ele não gastou um centavo. Urnas de
papelão, cédulas Xerox (devidamente rubricadas pelos mesários). Tudo pelo bom direito
do voto, inclusive fiscais de quatro candidaturas. Todo material doado pelos
pais e amigos. Custo zero. Detalhe: ele se elegeu. Precisamos aprender com
esses garotos, (pensei). Mas não é isso que ocorre, a cada eleição o custo
aumenta.
Dia 9 de novembro é o dia “D” da terceirização no STF
A polêmica questão
da terceirização será julgada pelo STF no dia 9 de novembro. O caso a ser
analisado é o Recurso Extraordinário 958.252, que teve a
repercussão geral decretada no ARE 713/13.211 e é relatado pelo ministro Luiz
Fux. Para quem não sabe a Terceirização não tem legislação específica no
Brasil. O próprio presidente do TST, ministro Ives Grandra Martins Filho,
defende a regulamentação da terceirização. “Não adianta ficar com briga
ideológica de que não pode terceirizar na atividade-fim, só meio. Não existe
mais a empresa vertical, em que você tem do diretor ao porteiro, todo mundo faz
parte do quadro da empresa. Hoje, você funciona com cadeia produtiva. A gente
precisa urgentemente de um marco regulatório, disse a um jornalão.
Greve dos servidores é ilegal
O Supremo
Tribunal Federal (STF) decidiu no dia 27 de outubro, por 6 votos a 4, que o
poder público deve cortar os salários de servidores em greve. A sentença tem
repercussão geral e obriga todos os tribunais do país a adotarem o entendimento
da corte sobre esse tema. A maioria dos ministros acompanhou o entendimento do
relator, Dias Toffoli. Para ele, não deve haver descontos somente nos casos em
que a paralisação for motivada por quebra do acordo de trabalho por parte do
empregador, com atraso de pagamento dos salários, por exemplo.
Justiça do Trabalho ainda na “berlinda”
As declarações do ministro do Supremo
Tribunal Federal Gilmar Mendes de que o Tribunal Superior do Trabalho
“desfavorece as empresas em suas decisões” e que há um aparelhamento da
Justiça do Trabalho por “segmentos do modelo sindical" não foram bem
recebidas na corte trabalhista. Na sexta-feira (28/10), 18 dos 27 ministros do
TST encaminharam ofício à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra
Cármen Lúcia, manifestam “desconforto profissional e pessoal” sobre o episódio.
Para os ministros, as declarações de Gilmar são injustas e “decerto fruto
de desinformação” ou “má informação”.
O documento do desespero
Os ministros também repudiam as
conotações de parcialidade em desfavor do capital que Gilmar Mendes atribuiu
aos TST. O ofício diz ainda que o teor das declarações não eleva e em nada
modifica as instituições, desprestigiando e enfraquecendo o Poder Judiciário e
cada um de seus juízes. “O limite da autoridade, máxime judiciária, em qualquer
nível, repousa na lei e na razão. O respeito, a tolerância e o juízo devem
pautar as relações entre as instituições e as pessoas em uma sociedade
civilizada, até por uma imposição da inteligência”, ressaltam no documento.
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