Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 14 de junho de 2016

DILMA AMARGA SEU DESPREZO AO CARGO DE PRESIDENTE. LULA ESTÁ EM PLENA CAMPANHA. OUVE A VOZ DAS RUAS E INGORA OS PALPITEIROS, QUE O INDUZIRAM A ERRO QUANDO LANÇOU DILMA A SUA SUCESSÃO. EM PRÉ-CAMPANHA, ELE JÁ GANHA OS HOLOFOTES DA MÍDIA. CONFESSOU: “NUNCA IMAGINÁRIA QUE ELA FOSSE TÃO RUIM”.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Dilma Rousseff agora afastada, amarga seu desprezo pelo cargo de presidente. Lula por sua vez, retomou as ruas e lançou prat9icamente sua pré-candidatura. Arrependido, resignado, recomeça toda uma trajetória interrompida, por um erro de escolha, onde menos podia erra. Hoje reclama: “não podia imaginar que ela fosse tão ruim”.
Agora, a sociedade brasileira acorda e dorme digerindo os acontecimentos sobre o impeachment, que afastou a presidente Dilma Rousseff, promoveu o interino vice Michel Temer, cujo inicio de governo, se não desastroso, é uma réplica dos mesmos percalços e erros da afastada presidente.
Ressalvando apenas, o fato de que ela e mal humorada, desastrada e inábil, ele ao contrário, simpático, articulado e tenaz. Ambos se identificam nos opostos, mas sem soluções para a vida econômica e social do país.
Saquear os cofres da União, violentar suas multis, e transacionar com troca por propina, todos já sabe que não podem nem pensar.

Mais que a palavra impeachment, o corte de despesas lidera o ranking das mais citadas. Todos os setores estão contaminados, com exceção do judiciário que abocanhou o “mimo” de 41% de aumento e dos parlamentares que já ganham 70 mil/mês, fora a verba de gabinete e outras vantagens.

No dia 2 de junho a Câmara dos Deputados aprovou um projeto considerado fundamental pela equipe econômica de Michel Temer, que vai prejudicar os recursos de áreas que, historicamente, carecem de mais investimentos, como educação e saúde. É a PEC/87 que pretende  ressuscitar a Desvinculação de Receitas da União (DRU), um mecanismo extinto em dezembro do ano passado, que desobriga o Governo a gastar parte de suas despesas obrigatórias, garantidas pela Constituição.

Investir na saúde aumenta a expectativa de vida da população, entre outros, reduz a mortalidade infantil. Sem investimento, a população está condenada a morte.  Dirigente que negligencia a gestão da saúde deveria ser preso, condenado a cadeira elétrica. Como não existe no Brasil, no mínimo seria a perpétua.

Dados oficiais indicam que oito em cada dez brasileiros dependem do SUS para tudo, desde atendimento básico até procedimentos complexos, como transplantes. Apesar de 75% de a população brasileira depender do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil dedica apenas 4,66% do Produto Interno Bruto (PIB) ao setor.

O investimento coloca o país em 11º lugar entre os países da América no ranking de investimentos em saúde, atrás dos vizinhos: Uruguai (6,14%), Argentina (4,92%) e Bolívia (4,75%). Se considerado os demais continentes, o Brasil aparece na 60ª posição
O orçamento de 2016 enviado ao Congresso Nacional prevê apenas R$ 109 bilhões para a pasta. Se considerarmos o orçamento original de saúde para 2015, de R$ 121 bilhões, corrigido pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), o orçamento de 2016 seria de R$ 133 bilhões. Portanto, o orçamento aponta um déficit de R$ 24 bilhões, que deve agravar o subfinanciamento da área. O interino Michel Temer quer reduzir R$ 50 bilhões.
Foi no governo Dilma, após o rombo no orçamento, patrocinado pela sua péssima gestão pública, e dos larápios envolvidos e indiciados na Lava jato, que o país mergulhou nas trevas. O hábito faz o monge? Michel Temer veio agora com outra redução no orçamento.
Poucos governos no mundo permitiram que tantos roubassem tanto. O Brasil lidera o ranking da corrupção mundial. Estamos no cardápio da insegurança para investimentos, entre os investidores internacionais, os mais interessantes, que trazem indústrias e geram empregos.

Há pouco a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou reajuste de até 13,57% para os planos de saúde médico-hospitalares individuais e familiares. O percentual é válido para os planos de saúde contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98. Segundo o Idec, que acompanha os reajustes em serviços de saúde, este é o maior aumento autorizado pela ANS desde 2005.


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