DILMA AMARGA SEU DESPREZO AO CARGO DE PRESIDENTE. LULA
ESTÁ EM PLENA CAMPANHA. OUVE A VOZ DAS RUAS E INGORA OS PALPITEIROS, QUE O
INDUZIRAM A ERRO QUANDO LANÇOU DILMA A SUA SUCESSÃO. EM PRÉ-CAMPANHA, ELE JÁ
GANHA OS HOLOFOTES DA MÍDIA. CONFESSOU: “NUNCA IMAGINÁRIA QUE ELA FOSSE TÃO
RUIM”.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Dilma Rousseff agora afastada,
amarga seu desprezo pelo cargo de presidente. Lula por sua vez, retomou as ruas
e lançou prat9icamente sua pré-candidatura. Arrependido, resignado, recomeça
toda uma trajetória interrompida, por um erro de escolha, onde menos podia erra.
Hoje reclama: “não podia imaginar que ela fosse tão ruim”.
Agora,
a sociedade brasileira acorda e dorme digerindo os acontecimentos sobre o
impeachment, que afastou a presidente Dilma Rousseff, promoveu o interino vice
Michel Temer, cujo inicio de governo, se não desastroso, é uma réplica dos
mesmos percalços e erros da afastada presidente.
Ressalvando
apenas, o fato de que ela e mal humorada, desastrada e inábil, ele ao
contrário, simpático, articulado e tenaz. Ambos se identificam nos opostos, mas
sem soluções para a vida econômica e social do país.
Saquear
os cofres da União, violentar suas multis, e transacionar com troca por propina,
todos já sabe que não podem nem pensar.
Mais que a palavra impeachment, o corte de despesas lidera o ranking das
mais citadas. Todos os setores estão contaminados, com exceção do judiciário
que abocanhou o “mimo” de 41% de aumento e dos parlamentares que já ganham 70
mil/mês, fora a verba de gabinete e outras vantagens.
No dia 2 de junho a Câmara dos Deputados aprovou um projeto considerado
fundamental pela equipe econômica de Michel Temer, que vai prejudicar os
recursos de áreas que, historicamente, carecem de mais investimentos, como
educação e saúde. É a PEC/87 que pretende ressuscitar a Desvinculação de
Receitas da União (DRU), um mecanismo extinto em dezembro do ano passado, que
desobriga o Governo a gastar parte de suas despesas obrigatórias, garantidas
pela Constituição.
Investir na saúde aumenta a expectativa de vida da população, entre
outros, reduz a mortalidade infantil. Sem investimento, a população está
condenada a morte. Dirigente que
negligencia a gestão da saúde deveria ser preso, condenado a cadeira elétrica.
Como não existe no Brasil, no mínimo seria a perpétua.
Dados oficiais indicam que oito em cada dez brasileiros dependem do SUS
para tudo, desde atendimento básico até procedimentos complexos, como
transplantes. Apesar de
75% de a população brasileira depender do Sistema Único de Saúde (SUS), o
Brasil dedica apenas 4,66% do Produto Interno Bruto (PIB) ao setor.
O
investimento coloca o país em 11º lugar entre os países da América no ranking
de investimentos em saúde, atrás dos vizinhos: Uruguai (6,14%), Argentina
(4,92%) e Bolívia (4,75%). Se considerado os demais continentes, o Brasil
aparece na 60ª posição
O
orçamento de 2016 enviado ao Congresso Nacional prevê apenas R$ 109 bilhões
para a pasta. Se considerarmos o orçamento original de saúde para 2015, de R$
121 bilhões, corrigido pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), o
orçamento de 2016 seria de R$ 133 bilhões. Portanto, o orçamento aponta um
déficit de R$ 24 bilhões, que deve agravar o subfinanciamento da área. O
interino Michel Temer quer reduzir R$ 50 bilhões.
Foi no
governo Dilma, após o rombo no orçamento, patrocinado pela sua péssima gestão
pública, e dos larápios envolvidos e indiciados na Lava jato, que o país
mergulhou nas trevas. O hábito faz o monge? Michel Temer veio agora com outra
redução no orçamento.
Poucos
governos no mundo permitiram que tantos roubassem tanto. O Brasil lidera o
ranking da corrupção mundial. Estamos no cardápio da insegurança para
investimentos, entre os investidores internacionais, os mais interessantes, que
trazem indústrias e geram empregos.
Há
pouco a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou reajuste de até
13,57% para os planos de saúde médico-hospitalares individuais e familiares. O
percentual é válido para os planos de saúde contratados a partir de janeiro de
1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98.
Segundo o Idec, que acompanha os reajustes em serviços de saúde, este é o maior
aumento autorizado pela ANS desde 2005.
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