CRISE QUE CRISE? É SÓ UMA MAROLINHA CHAMADA
IMPEACHMENT. E AGORA DILMA? PT AGONIZA ANTES DA ELEIÇÃO, É A PREVISÃO DE PERDA
DE 60% DE SEU QUADRO NA BASE (boquinhas). E NA CÚPULA? LULA – LÁ CONFINADO EM
SUA PRÓPRIA CASA. ESTÁ EM DEPRESSÃO? NÃO PELO ERRO DANDO O SEGUNDO MANDATO PARA
DILMA, MAS TAMBÉM POR SUA INABILIDADE NO PÓS DILMA.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Existe de fato uma
crise política no prematuro governo interino de Michel Temer, que teve que
afastar dois ministros flagrados em grampos telefônicos tentando barrar a
operação Lava-Jato.
Há pouco os
senadores: Romário (PSB-RJ) e Acir Gurgacz (PDT- RO) que votaram pela abertura
do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, admitiram a
possibilidade de rever seus votos.
Em análise esses
dois votos, caso se concretize e os demais votos se mantivessem, seria o suficiente
para evitar a cassação definitiva da petista. O Senado abriu o processo de
impeachment com o apoio de 55 senadores e, para confirmar essa decisão no julgamento
de mérito, são necessários 54 votos.
Sem maiores
detalhes, fala-se que Dilma estaria costurando sua volta para o PDT. Se isso se
concretizar, e até diria a provável possibilidade de novas eleições. Ela
estaria fora do PT, e Lula que errou escolhendo este “poste” a sua sucessão, seria
o candidato.
Vale trazer aqui, que no dia 25
de agosto de 1961, após sete meses no poder, o presidente Jânio Quadros
surpreendeu o país com a sua renúncia ao cargo. Sua renúncia foi prontamente
aceita pelo Congresso Nacional, e especula-se que talvez Jânio não esperasse
que sua carta-renúncia assinada fosse realmente entregue ao Congresso.
Em seus argumentos, falou que a
pressão de "forças terríveis" o obrigava a renunciar, mas ele não falou
quais eram estas "forças" (e nunca revelou). Foi o início de uma
crise que nos traz reflexos até hoje. Na oportunidade os ministros militares (golpistas)
vetavam o nome do vice João Goulart.
Assim, o poder ficou
provisoriamente com Ranieri Mazzili, (presidente da Câmara), enquanto acontecia
a Campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola, governador do Rio Grande
do Sul e cunhado de Jango.
Em razão disso, houve a adoção do
regime parlamentarista, que teve como primeiro Primeiro Ministro Tancredo
Neves. Este regime de governo, contudo, acabou após um plebiscito em 1963,
quando também já haviam passado pelo cargo Brochado da Rocha e Hermes Lima.
Com o Regime Militar em 1964,
tanto Jânio Quadros, quanto os ex-presidentes João Goulart e Juscelino
Kubitschek tiveram seus direitos políticos cassados. Depois veio o AI5, e
mergulhamos nas trevas do regime de exceção, lideranças políticas, estudantes,
sindicalistas, professores, perseguidos, assassinados, exilados e presos.
De 61 até hoje, (em agosto estará
completando 55 anos), de uma página que o brasileiro não tem como apagar. E não
podemos esquecer tamanha insanidade, este holocausto engendrado pelo capital
internacional e de algozes, ávidos pelo poder a força.
Somente aqueles jovens com 15, 16
e mais anos de idade, presenciaram este capítulo violento do Brasil.
Lembro aqui este fase da vida
política, para comparar a queda (impeachment) de Collor, e Dilma Rousseff.
Evidente que são casos diferentes, mas menos cruel, porém há que se cuidar do
seu desdobramento, principalmente o que vivenciamos neste momento.
Existe de fato várias situações
que reputo serem as mais insanas e irresponsáveis. No segundo governo da
presidente Dilma Rousseff, a flagrante falta de interlocução com os poderes, a
traição dela a Lula da Silva, e a total falta de preparo da base petista em dar
ao Lula, (já que com Dilma sempre foi impossível dialogar), o suporte necessário
e sustentação a manutenção do mandato presidencial.
Agora o presidente interino
Michel Temer, assume, e esta patinando na administração do país. Janio quando
assumiu, inventou aquela insanidade da “rinha de galo”. Jango foi posar com
guerrilheiros, Collor de Melo, um almofadinha, metido a “caçar marajás”, um
logo de campanha, que nunca existiu na pratica.
FHC cruel governou 100% para os
ricos. Patrocinou o paraíso dos especuladores e banqueiros. Lula da Silva olhou
pelo social, mas deixou o caminho livre, e ganhou um mensalão que destruiu a
TUDO E A TODOS DO PT, COM RESPINGOS NA SOCIEDADE BRASILEIRA.
Dilma Rousseff, desastrosa,
descompromissada, ignorante ao extremo, confundiu o poder democrático do voto,
com o poder democrático de ser presidente de todos. Revanchista, dona de um perfil
que nem mesmo uma junta de psicanalistas poderá decifrar tamanhos os lampejos
de altos e baixos que demonstrou.
Lula confinado em sua própria
casa, não pelo erro de apoiar Dilma no segundo turno, mas pelo pós Dilma. Eis
que o PT já perdeu 60% de sua base (90%) dos boquinhas.
Enfiam um interino, que se acha
no direito de meter a mão em tudo, de uma só vez, Não tem prioridade, não tem
liderança coisa alguma, apenas é produto da trama, que levou o afastamento da
presidente.
Hoje temos no caminho, o
propagado poluto, enigmático e suspeito STF e o TSE onde a relatora do processo
contra a chapa Dilma-Temer, (pedaladas etc) sentou na ação, e por isso saiu da
pauta do dia.
Mais que o juiz Sergio Moro,
esses tribunais podem, e devem como dever nacionalista por fim a essa insana situação.
Diante de tantas agruras
produzidas pelos seus colegiados, quem sabe arrefeçam sua leniência, com o
afago de uma decisão que nos remeta a uma nova eleição?
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