Assunto Lava-Jato: TOMBADA
pela comunidade, sofre campanha feroz de corruptos e corruptores. Que tentam
apoio inesperado
HELIO FERNANDES
A opinião
publica assiste a um combate inédito na nossa Historia: a tentativa de
destruição da maior quadrilha de roubalheira. E a defesa desses empreiteiros, aliados
a políticos do primeiro time, na luta para manter a liberdade e o
enriquecimento ilícito. A partir da formação da repressão localizada em
Curitiba, minimizaram sua força, nem imaginavam que chegasse ao ponto a que
chegou.
Reagiram
se julgando vitoriosos como sempre, subestimaram os adversários transformados
em inimigos. Mas não perderam a arrogância, não admitiam, nem de longe, que
fossem perder a tranqüilidade, mergulhasse no terror, á simples menção dos
nomes que antes desprezavam.
Inacreditavelmente,
para eles, foram descobertos, denunciados, presos, no limiar da condenação.
Passaram a viver uma existência inteiramente diferente.Trocaram as mansões
luxuosas e quilométricas, por cubículos de 3 por 4. E os restaurantes
privativos e privilegiados, por marmitas frias ou requentadas. Os melhores e os
mais caros advogados foram mobilizados para defendê-los. Acreditavam que
sairiam imediatamente, ficariam pouco tempo nas prisões. Completa ilusão.
Como o tempo
passava e nada acontecesse, pagavam os advogados, mas cobravam: "Afinal,
quanto tempo ficaremos aqui?". Ouviam a resposta, "dependemos do juiz
Sergio Moro". Aí explodiam de raiva e desespero, contestavam: "O que
tem esse juizinho (textual), que apavora os mais famosos advogados do país, a
quem pagamos fortunas?"
Continuavam
presos, mas não conseguiam entender,que poderosos como eram ou se
julgavam,ficassem subjugados pela Policia Federal e pelo Ministério Publico
Federal. Estavam acostumados que "policia não era para eles", se
movimentaram. Conseguiram nomear um Ministro para o STJ. (Superior Tribunal de Justiça).
Era ele que ia libertá-los. Nomeado, empossado, veio o julgamento.
Numa
Turma de 5 Ministros, ele realmente cumpriu o "compromisso”. Votou pela
libertação.Mas os outros 4 votaram contra, perderam por 4 a 1.Compreenderam
finalmente, que a situação no se resolveria apenas com dinheiro.
Mudaram
de estratégia, se convenceram: precisavam de aliados. Apavorados com o Juiz
Sergio Moro, quem passaram a respeitar, entraram em desespero com a decisão do
Supremo, determinando a prisão de quem sofresse a segunda condenação. Certos de
que seriam condenados na primeira instancia (Curitiba), se concentraram em
dinamitar o Supremo. Em duas frentes.
Alguém
falou em Sergio Machado, que estava preparando
"gravações-bomba", de grande alcance. E que citaria o Supremo. Conseguiram
conversar, ele aumentou o poder de fogo da gravação, mas disse, “teria que
devolver 100 milhões". Aí o entendimento caminhou sem obstáculos. Foi a
primeira vez que o Supremo foi citado e contestado.
Surgiu
então a segunda frente, que está quase nas manchetes. Dessa arquitetura funcional
foi encarregado o advogado mais caro e famoso.
Resolveu contestar o Supremo no próprio Supremo. Era a
sua área. Mas precisava de um partido. Não podia ser um dos grandes, desconfiariam.
Fez
acordo então com um inexistente, o PEC. Mas desconfiaram de duas coisas. 1-Como
esse "nanico" conseguiria pagar o advogado mais caro do Brasil e qual
o seu interesse? 2- A determinação admirável do Supremo, foi votada e aprovada em
fevereiro. Qual a razão do recurso só ter sido impetrado 4 meses depois?
Existem
outras circunstancias estranha. Em diversos casos, o Supremo leva tempos para
colocar em pauta, julgamentos importantes. Agora a questão foi resolvida quase
que imediatamente. Hoje é quinta feira. O recurso do partido "nanico",
defendido pelo advogado maior, já está na próxima sessão, quarta feira. Já
disse segunda e terça, vou repetir nesta quarta.
Não acredito
em mudança ou modificação. Na sessão de fevereiro, o relator votou pela prisão
logo depois da segunda prisão. Foi acompanhado por 7 Ministros. Na próxima
quarta, 3 dos Ministros que
acompanharam o relator, precisam votar contra ele. Modificando o placar
para 6 a 5 Assim, voltaríamos ao passado. Prisões só depois de transito em
julgado.
Qual
o interesse ou beneficio das empreiteiras roubalheiras?Jamais seriam condenados
a segunda vez. E mesmo a primeira, jogariam para bem longe. Discutiriam meses e
meses as delações, convencidos que o tempo da Lava jato, não é eterno. Estão
completamente errados. E irão ao desespero, na quarta, quando o Supremo
confirmar o julgamento de fevereiro.
A terrorizador: quebrado o sigilo da delação de Sergio Machado
O
ex-presidente da Transpetro, é hoje o grande personagem das denuncias e defesas
da corrupção. Quebrado o silencio de sua delação, por ordem do Ministro
Zavascki, ninguém pode ultrapassá-lo em matéria de repercussão. (A não ser o ex-presidente
da Câmara, Eduardo Cunha.
Na sexta
feira, analisando a situação de Cunha, deixei entrever que ele poderia fazer
uma delação. Já indicara que "tinha 150 dossiês de deputados e de 1
senador. "Provocou estranheza, que só fosse delatar 1 senador. Isso e sua
cassação inesperada provocaram desinteresse e sua cassação inesperada,
provocaram desinteresse. Alem do mais, sua delação e conseqüentes benefícios,
seria altamente impopular. (Fica a duvida).
Sem o
sigilo. Ficou publico, que ele distribuiu propina "para 21 políticos"
Isso é confissão do próprio ex-presidente da Transpetro. Deu nomes, a
começar pelo provisório
do Planalto. E mais: Renan, Edson Lobão, Jader Barbalho, Jucá, ou repetindo o
chefe de Policia do filme Casablanca: "Os de sempre". Falou que todos
sabiam que o dinheiro tinha como procedência a propina. não poderia ser outra. Garantiu
que os pagamentos foram entre 10 e 32 milhões. E agora, o que acontecerá?
PS- A CBF
não pode conduzir nada que não se transforme em vergonha, baixaria,
desprezo pela credibilidade? Ou falta de dignidade. Fui o primeiro, com
exclusividade, 5 minutos depois da eliminação, no domingo para segunda, a
escrever: "Acabou o tempo de Dunga, começa o de Tite ou Cuca".
PS2-Na
segunda á tarde começaram sinais de que a CBF optava por Tite. Na terça se
confirmava, Tite veio ao Rio, conversou 3 horas com Del Nero (que saúde),
voltou para SP, sem falar com ninguém.
PS3- Ontem,
quarta, continuou o silencio, até ás15 horas, quando o presidente do Corinthians,
com palavras duras, mas verdadeiras, anunciou: "Tite não é mais técnico do
Corinthians". E criticou abertamente Del Nero.
PS4- Por
volta das 18 horas apareceu alguém falando pela CBF: "A manhã, (hoje)
estará tudo resolvido". Em suma: naquele momento, Tite não era técnico do Corinthians
nem da seleção. Inacreditável, onde estavam Tite e Del Nero?
PS5- Esse
personagem, explicou: "Del Nero mostrou ao Tite, a transição pela qual a
CBF está passando. Prezamos muito a ética". Não devia ter usado essa
palavra em nome de Del Nero. Que não sai do Brasil com medo de EXTRADIÇÂO. Outra
palavra que não freqüenta seu vocabulário.
Prezado jornalista, mais um personagem declara o que era sabido mas não conhecido do público, o porque do interesse dos políticos em manter sob sua gestão as principais empresas públicas deste País. Assim como aconteceu com Collor, somente uma denuncia de alguém que compactuo durante pelo menos quinze anos, pode colocar clareza nesse mar de lama que desde o término dos governos militares avilta e corroí o patrimônio público. Como sair dessa enrascada de forma decente e honrada para as instituições? Não podemos mais fazer de conta que são pequenos delitos, são crimes contra a humanidade, a meu ver, e assim deveriam ser tratados. Quantos brasileiros morreram e estão na penúria pro conta dessa roubalheira toda? como deixar em branco e sem punição do mesmo quilate esses bandidos que pilham o que existe a disposição e constroem riquezas fabulosas a custa do empobrecimento e decadência de milhões de brasileiros? Somente uma punição justa e exemplar pode começar a modificar essa filosofia do jeitinho, que tudo pode, que não atinge os ricos e poderosos. O senhor que já viu muito mais do que eu e sabe mais ainda, pode ajudar a denunciar e colocar mais clareza nessa escuridão política e moral e assola nosso País. Por favor não deixe essas denuncias morrerem na praia.
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