Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 27 de julho de 2015

SÓ UMA EMPRESA ODEBRECHT, (BRASKEN) DEU PREJUÍZO DE 6 BILHÕES Á PETROBRAS.

HELIO FERNANDES
27.07.15

A equipe que no Paraná comanda investigação sobre a maior roubalheira individual e coletiva da nossa historia, atingiu o auge na sexta-feira. E apesar do recesso parlamentar, mergulhou Brasília num silêncio assustador. Que não terminou com o fim de semana, vai prolongar com as sentenças.

O procurador que trabalha como representante do Ministério Público Federal, fez um relatório público, 42 minutos de competência, independência, consciência, persistência.
Terminou aplaudido, junto com os da Polícia Federal, que lembraram o objetivo de todos: “Compromisso e sonho”. O compromisso de apurar tudo em nome da dignidade e o sonho de resistir a todas as pressões, servir ao país, á ética, á moral.

Conseguindo o que poucos acreditavam: desvendar a corrupção monumental, provando tudo o que vinha sendo negado. Eram tão poderosos que acreditavam que continuariam na impunidade.

O próprio Ministério Público federal trabalhou 13 ou 14 meses, (junto com a Polícia Federal), e fez três afirmações. 1 – “Marcelo Odebrecht montou uma operação altamente sofisticada”. O dinheiro saía do Brasil, passava por três ou quatro empresas de fachada, que não existiam. Circulava por três quatro bancos em vários países, até que o “próprio Marcelo dava a ordem para começar a distribuição”.

2 – Todos recebiam no exterior, não deixavam rastro. Marcelo Odebrecht cuidava de tudo, sabia de tudo, era minucioso.

3 – O que surpreendeu o MPF, e que obrigatoriamente implica vários presidenciáveis e Executivos da Petrobras: “Durante anos a Petro comprava nafta pagando mais caro do que o preço do mercado, e vendia á Odebrecht por preço muito mais baixo, sem que houvesse qualquer explicação”.

A Lava-jato entrou agora num clima e num subterrâneo, com tudo esclarecido. Segundo o procurador, a Odebrecht, terá que RESSARCIR tudo o que roubou. Até agora, apurados roubos de 7 bilhões. Mas vai muito mais longe.

Os presidentes que saíram antes do fim.

José Serra anotou para Ancelmo Gois, “sete presidentes que não terminaram o mandato”. Seu objetivo: prever ou adivinhar que Dilma Serpa a próxima e não completar o mandato.

Objetivo do repórter: esclarecer, mesmo que sumariamente as razões históricas que levaram pá redução do tempo constitucional.

Terminei a primeira parte com Jânio, que dizia, “é impossível governar o Brasil a não ser com plenos poderes, estou abandonando a vida pública”. Mais uma vez não era verdade.

Um ano de pois, outubro de 1962, voltou, se candidato a governador de São Paulo.Derrotado por Ademar de Barros, se perdeu entre a bebedeira desenfreada, gastando o dinheiro que não sabia explicar de onde viera. Tentou outra volta, não percebeu que pessoalmente não tinha salvação, e politicamente jogara o país numa tenebrosa ditadura de 21 anos.

João Goulart – Vice de um doidivana como Janio, sabia ou tinha certeza de que seria personagem de uma tragédia. Que aconteceu. Estando no exterior, negociou com habilidade, aceitando todas as exigências dos generais, com a convicção: “Depois que chegar ao poder, ninguém me tira de lá”.

Os militares “raciocinavam” na mesma direção: “Ele tomará posse sem nenhum poder, continuaremos dominando”. Exigiram “o parlamentarismo com Tancredo neves de Primeiro Ministro”. Mais uma concessão que Jango considerava que podia fazer.

Ficou uns meses de 1961, todo 62, e em 6 de janeiro de 1963 realizou o plebiscito: Parlamentarismo ou Presidencialismo: Lógico ganhou o Presidencialismo, logo tomou posse como presidente mesmo. (Tancredo já saíra antes, percebeu o que ele faria, não concordou de jeito algum).

Não durou muito, os militares sempre estiveram á espreita. Os dois discursos, da Central do Brasil, e do Automóvel Clube, aceleraram a queda. Ao sair do Brasil indo para o Uruguai, amargurado, pergunto ao General Assis Brasil, seu chefe da casa Militar: “Então 95 por cento do exercito nos apoiavam? ".

Costa e Silva - Era o chefe incontestável do grupo golpista (que no inicio d=se intitulava “revolucionário”), se preparava para substituir João Goulart. Perplexo e assombrado assistiu o aparecimento de Castelo branco, que foi o primeiro “presidente” e ainda “prorrogou” o próprio mandato, com aval do Congresso.

Costa e Silva ficou no Ministério do exercito esperando o 15 de março de 1967, quando finalmente chegou ao Planalto. Durou pouco mais de 2 anos. E, setembro de 1969 teve um AVC, considerado “incapacitado”, logo morreria.

Tancredo neves – Os generais ficaram mais 16 anos no poder, decretaram a “anistia” para eles mesmos, “monitoraram a transição”, na tentativa de implantarem mais um general que seria o Chefe do SNI Otavio Medeiros. Mas determinaram: “O primeiro presidente civil tem que ser escolhido de forma indireta pelo Congresso”.

Foi eleito Tancredo Neves, ele e o Doutor Ulisses disputavam o cargo ha muito tempo, de forma não hostil. Tinham até um acordo não escrito, mas que os dois respeitavam, Se a eleição fosse direta, o candidatado, Ulisses Guimarães. Indireta, Tancredo. Eleito foi para a capital na véspera da posse, só saiu de lá morto.

Fernando Collor – A primeira eleição direta depois do golpe, em 1989, foi tumultuadissima. Muitos candidatos, Lula, Ulisses, Covas, Brizola, e Collor, sem partido, um vago PMN. Por imprudência e excesso de confiança nos amigos que o trairiam (a começar por Renan Calheiros), sofreu o primeiro impeachment da história.

Que pretendem repetir agora tirando a Presidente Dilma. Mas ela responde sem muita convicção: ”Não vou cair, não vou, não vou”.
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Bom dia, Hélio Fernandes !

Pena a vigorosa Tribuna da Imprensa não circular pelas bancas (de jornais). Mas a versão eletrônica dá mais rapidez a noticia pois veicula simultaneamente com os fatos.

Sou filho de jornalista nordestino (já falecido) e leitor da TI desde 1978, auge da juventude e fervor da ditadura militar, concordando e, às vezes, discordando de sua concorrida coluna diária. Porém, sempre leal aos teus azeitados textos.

E continuo mantendo esse saudável hábito.

Mas, Hélio, gostaria que numa próxima edição, o senhor comentasse sobre as nossas dívidas (externa e interna) tendo como suporte o movimento Auditoria Cidadã da Dívida (http://www.auditoriacidada.org.br/), capitaneado pela Srª. Maria Lúcia Fatorelli. Como o senhor é, sem dúvida, o  jornalista mais capacitado sobre a matéria, por viver o assunto há décadas, a contribuição seria mais uma aula nesses momentos tormentosos que estamos passando.

Satisfação em me dirigir ao senhor.

Mais saúde e paz !

Cordial abraço,

José Luiz Diniz Chavces
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Prezado Jornalista Hélio Fernandes:
Submeto à sua análise o artigo em anexo, onde faço um paralelo entre as imposições feitas pelo FMI e Banco Europeu ao povo grego e a situação de exploração nos tempos atuais.
Na verdade, quero destacar o conceito de lutas de classes, que foi retirado do debate político. Ninguém quer mais se vê como integrante de uma classe, mas de “movimentos sociais”, que colabora para a exploração humana.
Estando de acordo, solicito sua autorização para publicar na Tribuna da Imprensa on line.
Por fim, esclareço que envie o referido texto para correio eletrônicoblogheliofernandes@gmai.com, caso seja aprovada a publicação.
Um forte e cordial abraço.
Jorge Folena
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Hélio Fernandes,
Parabéns pela postura e disposição. Precisamos contar sempre com suas análises históricas e atuais. Elas nos orientam e animam diante de quadro tão triste e com falta de homens honestos no país. 

Abraços,

Gilberto Clementino dos Santos
Papiloscopista Policial Federal (aposentado)
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Prezado Jornalista

Gostaria de saber se o senhor autoriza a publicação de suas matérias em outros blogs.

Ricardo Sales

R – Autorizamos,  desde que seja declarada a fonte e o autor.








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