Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 2 de julho de 2015



Lula dá o tom de um PT sem utopia

FERNANDO CAMARA
02.07.15

    A reunião de Lula com a bancada do PT hoje à noite em Brasília dará o tom de como o partido deverá enfrentar a crise daqui para frente. A cada dia, a cada denúncia, ele diz verdades que colocam o PT em sinuca. Mas, ao mesmo tempo, Lula trata de salvar a própria pele, como se fosse alheio a tudo o que ocorreu. Internamente, entretanto, o ex-presidente externa o sentimento de que as mãos do juiz Moro estão próximas a ele. Lula se considera o próximo alvo da Lava Jato.

  Fechou a semana, entretanto, com uma nota da Justiça de que não está sob investigação. Paralelamente, o governo Dilma, que se via meio distante dessa fogueira, terminou ingresso nessa roda, por causa da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa e as doações de campanha de 2014 e a de Aloizio Mercadante. Numa delação só dois ministros se viram obrigados a dar explicações.

É o governo na Lava Jato 

 Ao homologar a delação premiada de Ricardo Pessoa na semana passada, o ministro Teori Zavaschi tirou das denúncias a aura de briga política e deu a elas o tratamento de indício de prova. A revista Veja foi premiada com o acesso ao documento, provavelmente gentilmente cedido pelo próprio Pessoa, que estampou tudo já na sexta-feira à noite em seu site. O resultado foram duas reuniões de emergência no Alvorada, uma a sexta-feira e outra no sábado de manhã. Sinal de que o conteúdo abalou o Planalto.

   O ministro da Secretaria de Imprensa do Planalto, Edinho Silva, se viu na condição de surgir ao vivo e a cores, na tevê  e em pleno horário de almoço, no sábado, dando explicações a respeito das doações da campanha presidencial de 2014. Tratou de proteger a rainha, se colocando como o responsável pelas finanças da campanha de 2014. Mercadante, acusado como beneficiário, não negou o recebimento dos valores, disse que os recursos foram recebidos por dentro do ambiente legal.
  
   Dilma partiu em viagem oficial aos EUA e deixou Mercadante respondendo por isso e ainda vigiando o PMDB que comanda a articulação política. Não queria o ministro na comitiva, o que seria colocar a crise na bagagem de uma agenda que ela espera ser positiva para o país.

Lava Jato trará muitas mudanças

   A Lava Jato nunca esteve no controle do Palácio. Agora, provoca discussões que trarão repercussões sérias nos setores econômicos e sociais, obrigatoriamente deverão acontecer mudanças de hábitos de nas leis.

   O juiz Moro vem sendo citado com vários adjetivos por advogados, réus, prováveis réus e jornalistas... Hoje o sentimento na sociedade é de que vem se fazendo justiça, mas  contudo, o meritíssimo irá enfrentar reações e pode até se tornar réu...

   O que mais incomoda o setor produtivo hoje é o que vai ocorrer com as empresas encarregadas da infraestrutura, no caso, as empreiteiras. O governo precisa reagir e reorientar as empresas estatais nas necessárias contratações, pois o estado de paralisação caminha para um estágio de difícil reversão.

   Dora Cavalcanti saiu em defesa de Marcelo e não esconde o conflito com Sérgio Moro: Está dizendo que o juiz tem raiva da Odebrecht.

   Dora Cavalcanti: "Não diria assim porque eu não quero aumentar o conflito com ele (Sérgio Moro)".

Governo & Crise de Liderança

   A relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo mudou. A hegemonia do Executivo terminou, mas a ausência de lideranças e falta de visão de País não esta presente no Congresso.  A presidente não tem mais o controle da Agenda de Poder.
  
   O país esta desmoronando, a presidente, com apenas 10% de aprovação, tem mais três anos e meio de mandato. E a situação se deteriora a cada dia, com indicadores que preocupam, vejamos:
a)     Desemprego 6,7% mais alto dede 2010.
b)    Banco Central reviu a expectativa de inflação 9%
c)     PIB menos 1%. (nos dois últimos meses foi negativo)
d)     Meta de superávit de 2015 de 63,5 bilhões tem que ser reduzida
e)    Os funcionários do Judiciário pedem reajuste que pode impactar o Tesouro em R$ 25 bilhões nos próximos QUATRO anos.

   Dilma não esconde que escolheu para ministro da Fazenda um economista que pensa e age a 180º do seu pensamento e da sua história. Joaquim Levy segue a cartilha da "ortodoxia" de Chicago, mas sem o conhecimento necessário do complexo Brasil, e sem criatividade inerente à política, nos faz perder de vez a esperança.

   Levy, entretanto, segue sem substituto. Mesmo doente e contra a orientação médica, integra a comitiva aos Estados Unidos. Elaborou pessoalmente a lista de empresários que participariam de um encontro com a presidente da República hoje em Nova York. O encontro com o presidente Barack Obama também está entre os mecanismos fortes para tentar fortalecer os laços entre os dois países. ´?E o governo se voltando ao parceiro de sempre, os EUA, meio que rejeitado pelo primeiro mandato de Dilma e o próprio Lula ao longo de seus oito anos.

O pré-sal em xeque
Amanhã, o Senado fará audiência pública para justificar a aprovação em breve de um projeto que vai tirar a Petrobras de participação obrigatória em todos os contratos de exploração de petróleo do pré-sal. Será um duro revés ao governo Dilma, que defendeu com unhas e dentes a presença da estatal em todos os contratos.

Governo esqueceu da DRU

   A Desvinculação de Receitas da União (DRU) expira em 2015, mas o governo terá trabalho para prorrogá-la. O mecanismo que permite ao governo desvincular até 20% das receitas das contribuições sociais - excetuando as previdenciárias - para o orçamento fiscal. A partir de então, esses recursos podem ser usados, por exemplo, para o pagamento de juros da dívida. Até agora, a PEC da DRU foi apresentada pelos petistas, mas continua na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, parada.

Semana sem descanso

   Enquanto a DRU dorme, a Câmara aprova bondades que não cabem no Ajuste Fiscal, caso da MP que estende aos aposentados os índices acima da inflação no mesmo ritmo do Salário Mínimo. A probabilidade de não passar no Senado beira os 80%. A análise começa esta semana no Senado

Desonerações e Picciani

   O Governo, Levy e a Câmara – sem respostas, ideias de como verdadeiramente ajustar a economia e fazer com que todos, inclusive os investidores acreditem no Brasil – concordam em tentar salvar o Governo sacando o dinheiro da Folha de Pagamento dos Trabalhadores. Durante quase dois anos foi discutido com empresários e com o Governo o que fazer para tornar a economia mais competitiva: 56 setores teriam a Folha desonerada. 

   Esta semana, esse projeto ruiu em parte. O relator Picciani propôs salvar quatro, a deputada Soraya Santos PMDB/RJ, heroicamente, salvou o setor das confecções. Um dos que serão mais prejudicados será o dos profissionais de informática, perderão postos de trabalho para Índia e para China.

FPA emplacou mais uma

Com a liderança do deputado Marcos Montes a determinação de não emplacar máquinas agrícolas foi consagrada no texto da MP 673, agora segue para o Senado.

Terrorismo

Tunísia, França e Kuwait forma marcados por mais atentados sem explicação pelo Ser Humano.

Quando a Dilma tenta copiar o estilo Lula

"Eu estou saudando a mandioca. Acho que foi uma das maiores conquistas do Brasil."
A bola feita de folhas de bananeira. "É o símbolo da nossa evolução, quando nós criamos uma bola dessas , nós nos tornamos uma "mulher sapiens".

Fernando Pimentel

Denúncias crescem e a contestação não é feita com a demonstração de fatos, e sim com discursos e acusando à Polícia Federal de cometer arbitrariedades.
Governo vitrine, trincou... E a operação Acrônimo leva o governo mineiro às cordas.

Dr. Avião

Joaquim Levy foi internado com embolia pulmonar em Brasília, com opiniões contrárias as dos médicos  no dia seguinte, seguiu para Nova Iorque.

BNDES


Todos os empresários que foram com a Dilma para os EUA, são grandes tomadores de empréstimos do BNDES.

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