DESEMPREGO
EM MASSA. MEDIDAS QUE SÃO UM DESASTRE. E VAMOS NA MARCHA-RE DOS PAÍSES QUE
SOUBERAM RETOMAR O EMPREGO.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
16.07.15
Um
estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), revela que no ano
passado, o índice de desemprego no Brasil atingiu 6,8%. Segundo o relatório
"Perspectivas para o emprego e o social no mundo – Tendências para
2015", o desemprego no Brasil também deverá ser de 7,3% em 2017, o mesmo
índice do ano anterior. Hoje a mesma organização, abandonou sua previsão, e os
novos índices são imprevisíveis.
As
taxas de desemprego previstas em relação ao Brasil em 2015 e nos dois próximos
anos se situam acima da média mundial e também dos índices médios na América
Latina e Caribe e dos países do G20, (grupo que reúne as principais economias
do planeta, entre elas o Brasil).
Já
para a Argentina, o índice de desemprego previsto é de 9,5%, segundo a OIT. Na
Colômbia, deverá atingir quase 10% e, na Bolívia, apenas 2,7%. Nos Estados
Unidos, o desemprego deve atingir 5,9% neste ano e 5,5% em 2016, depois de ter
atingido 6,2% no ano passado. Na China, o desemprego, que deve ser de 4,7% em
2014, segundo estimativas, deverá aumentar para 4,8% neste ano e 4,9% em 2016.
O
relatório aponta que as perspectivas mundiais de emprego vão deteriorar nos
próximos cinco anos. Em 2014, mais de 201 milhões de pessoas estavam sem
emprego, o que representa 31 milhões a mais do que antes do início da crise
financeira mundial, em 2008.
Segundo
a OIT, deverá haver cerca de 3 milhões de novos desempregados no mundo em 2015
e 8 milhões nos quatro anos seguintes. Para a OIT, o subemprego e o emprego
informal "deverão permanecer irredutivelmente elevados" nos próximos
cinco anos na maior parte de países emergentes e em desenvolvimento.
Em
maio de 2003, era 12,9%. O nível de desemprego ainda não pode ser considerado
alarmante. Mas a trajetória crescente é desesperadora. Associado a esse
problema, vem outra dificuldade, evidente e muito grave.
O
emprego formal, com carteira assinada, também vem sofrendo queda acentuada. O
saldo de geração de empregos formais no ano é negativo. Já foram fechados mais
de 278 mil postos de trabalho com carteira assinada de janeiro a maio.
Para tentar conter o desemprego
em massa, o governo encaminhou ao Congresso Nacional medida provisória que cria
o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e permite às empresas reduzir em
30% salários e jornada de trabalho de funcionários, mediante acordo.
No entanto, o governo
complementará 50% da perda salarial com recursos do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT). O objetivo é manter empregos, benefícios trabalhistas e
preservar os saldos do FGTS.
Isso significa que um trabalhador que sofreu
redução de 30% da jornada e recebe hoje R$ 2.500 de salário, por exemplo,
passará a receber R$ 2.125. Deste total, R$ 1.750 serão pagos pelo empregador e
R$ 375 virão dos recursos do FAT. O PPE atende reivindicações das centrais
sindicais.
As empresas e os trabalhadores deverão fixar a decisão de aderir ao PPE por meio de acordo coletivo específico. No documento, a empresa deverá comprovar a situação de dificuldade econômico-financeira temporária. O período de validade para o uso do programa é de seis meses, prorrogável por mais seis meses, com limite máximo de 12 meses.
As empresas que aderirem ao PPE não poderão
dispensar os empregados que tiveram a jornada de trabalho reduzida
temporariamente enquanto vigorar a adesão. No fim do período, o vínculo
trabalhista será obrigatório por prazo equivalente a um terço do período de
adesão ao programa.
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