CRISE EM CURSO. GOVERNO A DERIVA, MEDÍOCRE E CÍNICO. BRASIL LIDERA O RANKING MUNDIAL DE 6,8 BILHÕES
DE CONSUMIDORES. SEM EMPREGO, SALÁRIO E SEM COMIDA CLASSE C DEIXARÁ DE EXISTIR.
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
28.07.15
A crise é para todos? Essa é a pergunta capital. O
cenário de crédito escasso, inflação alta e reajustes significativos em tarifas
públicas – como água e energia elétrica – vem mudando o estilo de vida do
brasileiro, e acerta seu principal alvo a classe C.
Dados dos principais institutos entre os quais o
Data Popular, indica que uma economia debilitada, nesta crise,
a mais grave desde que a classe C (famílias com renda familiar de até
R$ 2,9 mil) passou a ser reconhecida.
Nos últimos meses os sinais da
crise vieram na forma das contas de água, luz e de supermercado. Com os
seguidos reajustes nas tarifas, algumas contas chegaram a dobrar de valor. Como
resultado, atualmente cerca de 80% de sua renda mensal “C” é destinada para
pagar despesas básicas, incluindo alimentação, e gastos pontuais
com roupas.
O encolhimento do poder de compra da nova classe
média e a maior consciência do consumidor reflete no resultado do
comércio, que já fecha o quarto mês consecutivo em queda e apresenta retração
de 4,5% na comparação de maio deste ano com o mesmo mês do ano passado, segundo
o IBGE. A última Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) mostrou uma queda recorde
(-18,5%) para o mês na compra de móveis e eletrodomésticos. Até então, o pior
fluxo de vendas da série histórica tinha sido em 2003 (-10,7%).
Além disso, a pesquisa mostrou
retração de 2,1% no volume de vendas do segmento de supermercados e produtos
alimentícios.
O consumo é a
alma de uma pátria capitalista. Neste contexto o Brasil se insere entre as
principais. Temos um mercado consumidor visto pelas indústrias de consumo, como
um dos mais acessíveis do planeta. A média da população consumista do país só
não é superior a da americana. Estamos num patamar convidativo à marginalidade
das compras supérfluas, que esvaziam os bolsos dois trabalhadores. Consumismo o
equivalente a 60% de toda Europa.
Só em 2008 foram vendidos no
mundo 68 milhões de veículos, 85 milhões de refrigeradores, 297 milhões de
computadores e 1,2 bilhão de telefones celulares. Hoje os números dobraram, e
os celulares triplicaram. Além das despesas básicas, como alimentação e
moradia, estamos comprando. E muito. Um relatório recente do Worldwatch
Institute, órgão que pesquisa temas relacionados ao desenvolvimento
sustentável, traz dados impressionantes sobre o padrão de consumo no mundo.
Segundo estudo, realizado em 2006 os Estados Unidos sozinhos foram responsáveis por 32% do total de tudo que foi consumido no planeta. O Brasil ficou com a segunda posição com 27%. Detalhe: eles representam apenas 5% de todos os habitantes da Terra. Se todos vivessem como nossos vizinhos do norte, o mundo só comportaria uma população de 1,4 bilhões de pessoas. Ou seja, 4,8 vezes menos do que a população atual, de 6,8 bilhões. Além de excessivo o consumo é desigual no mundo, conclui a pesquisa.
Segundo estudo, realizado em 2006 os Estados Unidos sozinhos foram responsáveis por 32% do total de tudo que foi consumido no planeta. O Brasil ficou com a segunda posição com 27%. Detalhe: eles representam apenas 5% de todos os habitantes da Terra. Se todos vivessem como nossos vizinhos do norte, o mundo só comportaria uma população de 1,4 bilhões de pessoas. Ou seja, 4,8 vezes menos do que a população atual, de 6,8 bilhões. Além de excessivo o consumo é desigual no mundo, conclui a pesquisa.
Com
a crise, o consumismo encolhe, o desemprego aumenta, e o poder de comprar cai.
O país empobrece, por que sua economia está calcada em um sistema capitalista,
sem a consistência necessária para enfrentar uma realidade econômica em revés.
A crise é mais profunda do que muitos pensam. Não será passageira, não teremos
“marolinha”, sequer planos de que isso seja superado tão cedo.
Comprar
menos é uma necessidade, um processo natural, porque sem dinheiro, ninguém
compra nada. Compra sim! O cartão corporativo da
presidente Dilma Rousseff, e do Lula, isso por que eles “não sabem de nada”.
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