Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 27 de julho de 2015

CRISE EM CURSO. GOVERNO A DERIVA, MEDÍOCRE E CÍNICO.  BRASIL LIDERA O RANKING MUNDIAL DE 6,8 BILHÕES DE CONSUMIDORES. SEM EMPREGO, SALÁRIO E SEM COMIDA CLASSE C DEIXARÁ DE EXISTIR.

ROBERTO MONTEIRO PINHO
28.07.15

A crise é para todos? Essa é a pergunta capital. O cenário de crédito escasso, inflação alta e reajustes significativos em tarifas públicas – como água e energia elétrica – vem mudando o estilo de vida do brasileiro, e acerta seu principal alvo a classe C.

Dados dos principais institutos entre os quais o Data Popular, indica que uma economia debilitada, nesta crise, a mais grave desde que a classe C (famílias com renda familiar de até R$ 2,9 mil) passou a ser reconhecida.
Nos últimos meses os sinais da crise vieram na forma das contas de água, luz e de supermercado. Com os seguidos reajustes nas tarifas, algumas contas chegaram a dobrar de valor. Como resultado, atualmente cerca de 80% de sua renda mensal “C” é destinada para pagar despesas básicas, incluindo alimentação, e gastos pontuais com roupas.

O encolhimento do poder de compra da nova classe média e a maior consciência do consumidor reflete no resultado do comércio, que já fecha o quarto mês consecutivo em queda e apresenta retração de 4,5% na comparação de maio deste ano com o mesmo mês do ano passado, segundo o IBGE. A última Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) mostrou uma queda recorde (-18,5%) para o mês na compra de móveis e eletrodomésticos. Até então, o pior fluxo de vendas da série histórica tinha sido em 2003 (-10,7%).
Além disso, a pesquisa mostrou retração de 2,1% no volume de vendas do segmento de supermercados e produtos alimentícios.

O consumo é a alma de uma pátria capitalista. Neste contexto o Brasil se insere entre as principais. Temos um mercado consumidor visto pelas indústrias de consumo, como um dos mais acessíveis do planeta. A média da população consumista do país só não é superior a da americana. Estamos num patamar convidativo à marginalidade das compras supérfluas, que esvaziam os bolsos dois trabalhadores. Consumismo o equivalente a 60% de toda Europa.

Só em 2008 foram vendidos no mundo 68 milhões de veículos, 85 milhões de refrigeradores, 297 milhões de computadores e 1,2 bilhão de telefones celulares. Hoje os números dobraram, e os celulares triplicaram. Além das despesas básicas, como alimentação e moradia, estamos comprando. E muito. Um relatório recente do Worldwatch Institute, órgão que pesquisa temas relacionados ao desenvolvimento sustentável, traz dados impressionantes sobre o padrão de consumo no mundo. 

Segundo estudo, realizado em 2006 os Estados Unidos sozinhos foram responsáveis por 32% do total de tudo que foi consumido no planeta. O Brasil ficou com a segunda posição com 27%. Detalhe: eles representam apenas 5% de todos os habitantes da Terra. Se todos vivessem como nossos vizinhos do norte, o mundo só comportaria uma população de 1,4 bilhões de pessoas. Ou seja, 4,8 vezes menos do que a população atual, de 6,8 bilhões. Além de excessivo o consumo é desigual no mundo, conclui a pesquisa. 
Com a crise, o consumismo encolhe, o desemprego aumenta, e o poder de comprar cai. O país empobrece, por que sua economia está calcada em um sistema capitalista, sem a consistência necessária para enfrentar uma realidade econômica em revés. A crise é mais profunda do que muitos pensam. Não será passageira, não teremos “marolinha”, sequer planos de que isso seja superado tão cedo.
Comprar menos é uma necessidade, um processo natural, porque sem dinheiro, ninguém compra nada. Compra sim! O cartão corporativo da presidente Dilma Rousseff, e do Lula, isso por que eles “não sabem de nada”.


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