SERRA ACREDITA QUE DILMA NÃO ACABA O MANDATO, NADA VER COM IMPEACHMENT. CUNHA SE JULGA IMPUNE, COM A DECISÃO DE LEWANDOWSKI.
HELIO
FERNANDES
24.07.15
O
juiz Sergio Moro transferiu 12 presos que estavam na carceragem, para uma
penitenciária. Incluindo o poderoso Marcelo Odebrecht. Informantes do Paraná, analisam:
“Fala-se aqui, devem chegar novos presos, que ficarão na carceragem que estava
lotada”.
Completando:
rumores muito fortes e não em circuito fechado, assinalam que os novos presos
serão quase todos políticos. Nada ver com decisão do Presidente do Supremo de
pedir ao juiz Moro, "explicação para inclusão do nome do presidente da
Câmara num processo de primeira instância".
Não ha hostilidade na justiça.
Lewandowski
podia fazer o que fez, pedir informações. O juiz Sergio Moro tem 10 dias para
fornecer as informações pedidas, usando a comunicação eletrônica, sugestão (e
não recomendação) do próprio presidente do Supremo.
É
evidente que o juiz responderá. Sem querer adivinhar o texto a ser usado por
Sergio Moro. Mas deixará claro que não podia censurar o depoimento da
testemunha. Este contou tudo, afirmou "fui pessoalmente conversar com o
Presidente da Câmara, que confessou recebia propina, o pagamento foi
interrompido".
Cunha
disse que faltava 5 milhões de dólares, "estou precisando do
dinheiro". A testemunha se movimentou, providenciou o dinheiro, QUE
ENTREGOU PESSOALMENTE a Cunha.
O
presidente do Supremo, não podia "encomendar" ao juiz Moro, "que
não fizesse julgamento sem o conhecimento do Supremo". Ele está farto de
saber disso, Lewandowski, o mesmo exagero de ir conversar com a presidente da
República, fora do país, e mais grave: em sigilo.
Dilma
pediu pela Lava-jato, ele para não votar o aumento dos funcionários do judiciário.
Não atendido, "está pedindo a parlamentares, que VETEM o VETO da
presidente". Nenhuma ilegalidade mas visível impropriedade para um
presidente do mais alto tribunal.
PS -
Cunha, tentando recuperação do terrível desastre que sofreu, vem divulgando o
que considera vitória.
PS2
- Ia aplaudir o despacho de Lewandowski "como grande vitória". Foi
aconselhado, recuou, se escondeu.
O “historiador
José Serra”.
Ontem, quinta-feira, o ex-prefeito,
governador, Ministro várias vezes, senador (cargo que ocupa novamente até 2002)
falou com o colunista Ancelmo Gois. Surpreendentemente admitiu a “possibilidade”
da presidente Dilma não chegar ao final do mandato.
Justificou com o fato de “sete presidentes não
terem concluído o mandato”. E citou na ordem: Getúlio, (Serra é tão antigo
historicamente, o púnico que não chama o ex-ditador e presidente de Vargas),
Café Filho, Janio, João Goulart, Costa e Silva, Tancredo e Collor. Não deu os
motivos, darei, pelo menos para os mais jovens.
Vargas – Ficou 15 anos como ditador, não
tinha nem vice. Derrubado em 1945, voltou em 1950, pela primeira vez eleito
pelo voto direto. Não sabia governar aberta e democraticamente, principalmente
com a oposição daquela época. Em 1953 sofreu processo de impeachment, ganhou facilmente.
302 votos a seu favor, apenas 120 pelo impeachment. Se matou em 1954, muito de reminiscências do
passado.
Café Filho – Mitingueiro competente, eleito
deputado, falava todo dia, terminando sempre: “Lembrai-vos de 37”. Era o Estado
novo. Pois acabou vice de Vargas, conspirou o tempo todo, por ficar com sua
vaga em 24 de agosto de 1954. Continuou conspirando, perdeu o cargo.
Entrou no Supremo com um Habeas-corpus para
ficar, o relator, notável em todos os sentidos, ministro Nelson Hungria, fulminou-o
com um voto fascinante. De pé, diante de uma assistência de notáveis, mostrou
que “deixar Café Filho no cargo até 31 de janeiro, (posse de Juscelino,
presidente eleito), seria submeter o país a meses de incertezas”. Determinou a
passagem do cargo ao presidente do senado. Nereu Ramos como mandava a Constituição.
JK tomou posse tranquilamente na data marcada.
Constatação obrigatória sobre Café Filho. Era
rigorosamente honesto em matéria de dinheiro. Morava num apartamento mínimo na
Avenida Copacabana esquina da Joaquim Nabuco. Edifício de terceira categoria,
embaixo um café e um barbeiro. Não tinha como viver. Eleito governador, Carlos
Lacerda nomeou-Ministro do Tribunal de Contas do Estado.
Janio Quadros – Foi a carreira política mais
fulminante da República. Em apenas 12 anos foi de vereador a presidente da
República. Vereador em 1948, deputado estadual, prefeito da capital, governador
do Estado em 1954, finalmente Presidente em 1960. Tomou pose em 1961, durou no
cargo apenas 7 meses, “renunciou” no mesmo ano de 1961.
O golpe de 64 começou com essa farsa da “renúncia”.
Farsa dele e dos generais que haviam sido derrotados em 1955 com a eleição de
Juscelino, e queriam a vingança e o poder.
Nada deu certo. Não havia capital fixa, já
não era no Rio também não existia em Brasília. O próprio Juscelino confessou
que demorou muito para Brasília ser chamada ou considerada capital. Os generais
não se encontravam nem se comunicavam, foram tragados pelos acontecimentos.
Sentindo que estavam derrotados, (eram
ambiciosos mas não de todo burros), fizeram a proposta: Jango tomaria posse num
Parlamentarismo com Tancredo de Primeiro Ministro. Jango que estava no
exterior, inalcançável e inatingível, aceitou, começava uma nova e incerta
realidade. (Continua).
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Gostaria
de saber se o senhor autoriza a publicação de suas matérias em outros blogs.
Ricardo
Sales
Prezado Helio. Escrevi um livro sobre o governo Joao Goulart. Gostaria de presentea-lo em maos. Estou aqui no rio ate inicio do mes, como posso leva-lo ao senhor? Meu email cassiocsm@yahoo.com.br
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