HUMILHANTE,
PRESIDENTE DO SENADO, TEVE QUE DESMARCAR AUDIÊNCIA COM LEWANDOWSKI. O HOMEM
MAIS RICO DO BRASIL, NÃO PAGA MULTA DE 353 MILHÕES.
HELIO FERNANDES
17.07.15
Na
terça-feira, Renan Calheiros foi acordado com a notícia: “A Polícia Federal
estava executando determinação de busca e apreensão em 58 residências,
incluindo deputados e senadores”. Sem ter a cautela de se informar, mobilizou
os seguranças da casa, que foram designados em grupos e em vários carros.
Recomendação
expressa: “Em apartamentos ou casas funcionais, só a Polícia Legislativa pode
entrar”. Repelidos, criaram caso, mas não puderam fazer nada. O presidente do
senado não sabia, a operação estava autorizada por três Ministros do Supremo: o
presidente Lewandowski, o decano Celso de Mello, o relator Teori Zavascki,
todos os processos da Lava-jato, estão sujeitos a ele.
Ainda na
terça-feira, á tarde, furioso por ter sido “atingido” na sua autoridade, Renan
pediu audiência ao presidente do Supremo. No fim da tarde de terça, na
televisão e na quarta bem cedo nos jornais impressos, o Ministro Marco Aurélio
Mello em duas frases curtas e diretas, (como ele gosta) colocou as coisas nos
devidos lugares: “Não existe Polícia Legislativa ou Polícia Judiciária”. E
concluindo de forma irrefutável. “O que existe nesses órgãos, são seguranças.
Quem pode cumprir mandados de busca e apreensão é a Polícia Federal”.
Renan
leu, tomou providencia imediata: cancelou o pedido de audiência a Lewandowski, Não
existiam "Poderes ou atrito", como escreveram. Apenas exorbitância e
ignorância.
União
Europeia.
O acordo
com a Grécia foi cruel, selvagem, devastador, não abriram mão do que chamam de
austeridade. Não fizeram a menor concessão, nenhuma solidariedade. Como os terroristas
do Estado Islâmico, (EI) decapitaram todas as crenças e esperanças do povo
grego.
Na Europa
como conjunto e continente, a venda de carros de luxo vem subindo
ininterruptamente nos últimos meses. O Parlamento da Grécia, emparedado, teve
que aprovar tudo o que UE exigia. Com exceção da França e metade da
Grã-Bretanha, dizem surdos e céticos: “Dentro da nossa realidade, fizemos o
possível”.
A
“Troika” europeia que se arvorou o direito de comandar o destino da Grécia,
decidiu: vai liberar um empréstimo “emergencial” de sete bilhões de euros. (23
bilhões de reais). Destino de 80 por cento desse dinheiro: pagar o próprio
Banco Central que concedeu o empréstimo.
Sensações na Lava-jato.
Ministério
Público de Brasília resolveu investigar o ex-presidente Lula, “por tráfico de
influencia, favorecendo empresas envolvidas no Petrolão”. Lula nega com
veemências.
Um
diretor da T0yo Setal, em depoimento, ontem, acusou o presidente da Câmara de
ter cobrado “cinco milhões de dólares (mais de 15 milhões de reais) prometidos
e não pagos”. Eduardo Cunha nega com veemência.
O
poderoso Marcelo Odebrecht, ia depor ontem no Paraná. Adiou, precisava “trocar
de advogado”. O Ministério Público afirma “que ele tenta fugir do depoimento”.
Odebrecht nega com veemência.
O Homem mais rico do Brasil.
Ninguém
ignora, é Jorge Leman. Dono ou sócio majoritário de dezenas ou centenas de
firmas e empresas. Entre essas surge impávida e imponente, a Ambev, que põe na
sua mesa privilegiada as cervejarias do mundo. Em 2009, essa Ambev foi apanhada
em irregularidades, multada pelo cadê em 352 milhões de reais.
Recebeu a
intimação: 60 dias para pagar ou recurso. Nem se intimidou ou se amedrontou,
decidiu pelo recurso. Mas no seu luxuoso escritório de Zurich, (onde reside, é
naturalizado suíço) ele e assessores jurídicos e financeiros, decidiram.
Investiriam 352 milhões (o valor da multa) em negócios lucrativos.
Com
generoso espírito jornalístico, aceito a explicação de que teve rendimento de
apenas 1 por cento ao mês, 12 por cento ao ano. No primeiro ano, investiu
apenas os 352, somou os rendimentos, no segundo ano, investiu 394 milhões,
arredondando. No terceiro, pode explicar 441 milhões.
No quarto ano já tinha 494 para
investir, no quinto comemorou com fartas doses de cerveja, aplicou 600 milhões.
Mas aí veio a decisão do Cade: sua multa fora reduzida em 123 milhões, dos 352
milhões só precisava pagar 225. (Os órgãos oficiais, protegendo os ricaços que
desempregam, proporcionalmente).
Só que
agora sobram 371 milhões, Mágicas do "capitalismo" de homem mais
rico, mesmo que seja num país com mais de 8 milhões de desempregados. Os
investimentos do dono da Ambev, geram lucros, mas criam poucos empregos.
PS- O
erro ou equivoco do Botafogo foi contratar o René Simões, a demissão, consequência
do tempo. Já correu o mundo "dirigindo" seleções, jamais ganhou coisa
alguma. "Dirigiu" até a seleção feminina, um fracasso. É o Parreira
sem a pretensa aristocracia dele.
PS2-
Jader Barbalho tem o DNA da desonestidade desde que nasceu. Perdeu o mandato de
senador para não ser cassado. Na eleição seguinte se candidatou, já havia a
"ficha suja", foi enquadrado pelo TSE.
PS3-
Recorreu ao Supremo, ficou 5 a 5. O então presidente não quis desempatar, era
obrigação. Quando ia se aposentar, recebeu a cúpula do PMDB, (com Renan á
frente), deu ganho de causa a ele, por 6 a 5, assumiu.
PS4-
Agora completou 70 anos, todos os processos contra ele foram arquivados.
Arrogante e impune fez discurso violento, atacando os "que o
prejudicaram".
PS5-
Romário trabalhou intensamente para criar a CPI do futebol. Conseguiu logo mais
de 30 assinaturas, o necessário. Foi chamado por Eduardo Cunha: "É melhor
fazermos a CPI mista, é mais importante". Queria incluir a "bancada
da bola". Romário recusou.
PS6-
Agora a CPI do Senado foi instalada. Romário tinha todo o direito de ser o
relator. Cunha e Renan se juntaram, vetaram seu nome, é apenas presidente.
Afirmação de Renan: "O PMDB é majoritário, indica relator". Designou
Romero Jucá, que também responde na Lava-jato. E tem um passado acima de
qualquer dúvida.
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Jornalista,
Jorge Viriato,
Gostaria que falasse numa
oportunidade sobre os emergentes que agora estão brigando com a crise que
assola a nação. Essa classe de brasileiros vai aguentar o impacto? Você acha
que eles já se tocaram?
Abraços
...
Jornalista
Helio Fernandes.
Em
pleno desemprego, vem os integrantes do judiciário, se prevalecendo da
estabilidade, que eu considero um erro danoso para o país, e pedem um aumento
de 58%. O senhor concorda que isso é ofensivo e ultrajante?
Marina
Felipa Gonçalves – Rio
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