“EU NÃO VOU CAIR, ISSO É MOLEZA”. MAS
DONA DILMA ESTÁ AMEAÇADA PELOS TRÊS PODERES: LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO,
EXECUTIVO.
HELIO FERNANDES
13.07.15
O maior risco
para alteração do quadro institucional, vem quase que inapelavelmente do
Tribunal Superior Eleitoral. (TSE). Ostensivamente e principalmente nos
bastidores, são discutidas, debatidas, aceitas ou repelidas, várias formulas.
Muitas ,
varias, diversas, atingindo a presidente isoladamente, ou comprometendo também
o vice Michel Temer. A “preferida” é a do TSE, que comprovada, leva a cassação
pura e simples da chapa. Não importa que as contas de campanha do candidato a
presidente e a vice sejam separadas, agora é púnica e indivisível.
Nem os
maiores denunciantes e interessados na alteração institucional-constitucional,
acreditam que obtenham sucesso a partir do Tribunal de Contas da União (TCU).
Ou no impeachment votado diretamente na Câmara, ou como consequência de possível
ou suposta condenação das contas, chamadas de “pedaladas” legais.
Comecemos
pelo TCU o primeiro a se manifestar. A situação para Dona Dilma já este pior. O
intransigente e aparentemente incontrolável Augusto Nardes (que preside a corte
de Contas) amainou os ventos, a caravela navega mais lentamente.
Os outros têm
restrições mas contem muitas dúvidas. O filho do presidente Nardes, tendo
recebido 2 milhões (e não supostamente) para vazamento de informações de “inteligência”,
criou constrangimento geral,que pode influenciar raciocínios e conclusões.
De qualquer
maneira, mesmo sendo conclusivo, não será definitivo nem contra nem a favor.
Mas como tudo tem que ser examinado do ponto de vista de interesses pessoais,
intransferíveis e desairosas, pode servir de base para apresentação do pedido
de impeachment.
Mas haja o
que houver, mesmo que o Tribunal de Contas aprove as contas de Dona Dilma, (as “pedaladas
legais”) a Câmara, constitucionalmente, mesmo parecendo golpismo mas dependendo
do número, tem todo o direito ou liberdade de tentar derrubar a presidência,por
essa via.
Examinando a
atribuição do TCU e da câmara, restam o Judiciário e o próprio Executivo. O
primeiro a ser voz nesse processo complicado e controverso, será o Tribunal
Superior Eleitoral (YSE). Como todos os partidos e candidatos recitam os mesmos
versos capengas, “tudo foi registrado no Tribunal Eleitoral”, cabe ao mais alto
tribuna eleitoral, investigar, examinar a fundo e decidir.
Duas conclusões.
Houve realmente registro, e com dinheiro “limpo”. (Ou então o registro foi feito
realmente mas com propinas recebidas da corrupção da Petrobras, e portanto
completamente diferente.
O TSE pode
cassar o registro de candidatos caso constate que o dinheiro para a campanha
veio da Petrobras, qualquer que seja o caminho percorrido. Ou absolver, pura e
simplesmente. Nos dois casos cabe recurso para o Supremo tribunal Federal
(STF). Os recursos caberão, logicamente, aos descontentes com a decisão do TSE.
Finalmente o
Executivo. Dependendo do que acontecer nos três colegiados, terá valor, mas
provavelmente sem voto e até sem vez. De qualquer maneira, pode ser um processo
lento ou demorado, Mas pelas circunstancias, pelo grau de acirramento e pelos
interesses pessoais em jogo, a tendência é de um processo a ser resolvido na
primeira metade do mandato presidencial.
(Fiz questão
de examinar hoje, o que podem e não podem fazer os tribunais coletivos. Amanhã
termino citando nominalmente os personagens, o que eles dizem publicamente e o
pretendem nos bastidores). Sair ou ficar, não será moleza.
"Repatriamento" financeiro.
O tema é
antigo e cada vez mais tentador e até necessário. Trata-se de trazer para o
Brasil os dólares que são mantidos no exterior. E que na verdade nunca saíram
daqui do Brasil, não chegaram a entrar. Foi fácil localizador, difícil
transportar.
Isso tem dezenas
e dezenas de anos, antes do golpe de 64, durante o golpe, favorecia empresários
que apoiavam a ditadura, enriqueciam com ela. Tratava-se de negócios com
exportação e importação. Na exportação, subfaturamento, na importação,
superfaturamento.
Nos dois casos a diferença ficava lá fora.
No
governo Juscelino (quando começou) o cálculo chegou a 250 milhões. Na ditadura,
passou de 300 bilhões. Houve negociações, o dinheiro (dólar) fazia falta.
Chegaram á proposta: o dinheiro viria, sem taxação ou multa, só pagariam alguma
coisa depois dos lucros com o investimento.
Acontece
que pagando ou não pagando nada, havia um obstáculo intransponível: ninguém
confiava nos governos. Agora, depois de afirmar nova tolice, "a culpa de
tudo o que acontece no Brasil é do dólar", Dilma "pensou" então
no que vem sendo tratado desde o governo Juscelino. Trazer o que ela considera
que chega a 200 bilhões de dólares, um pouco mais 600 bilhões de reais.
Com uma
inovação típica da incompetência e da irrealidade: quer cobrar 30 ou 35 por
cento, entre taxa e multa.
Se de
graça ninguém aceitava, ainda mais deixando um terço pelo caminho. Em matéria
de confiança e credibilidade, como acreditar numa presidente, que 77% da
opinião pública, ouvida pela Datafolha respondeu: "Não acreditamos nela,
mentiu durante a campanha inteira". E de lá para cá só fez piorar?
PS- A
quem interessa ou interessava a gravação do que acontecia na cela do doleiro
Youssef? E quem teria mais facilidade ou menos dificuldade para exercer a
missão ou completar o objetivo?
PS2-
Perguntinha inútil mas obrigatória: como souberam que na cela do doleiro,
aconteciam conversar que não deviam ficar sigilosas?
PS3- Ou o
que me dizem do Paraná, tenho que publicar: "A escuta foi colocada antes
da chegada dele". Esse Lava jato é inimitável.
PS4- Na
CPI, a convocação do Ministro da Justiça, é "explicada" com duas
contradições. Um grupo diz que a convocação foi por causa do grampo. Outro,
ligadíssimo ao lobista, encaminha tudo para os encontros com o Procurador
Geral.
PS5- No governo
Dilma, os Ministros deviam ficar em silêncio. O que disse ontem o do Trabalho:
"A demissão de 244 mil pessoas num ano não são (sic) um desastre". Merece
dupla demissão.
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Nossos leitores podem fazer
comentários e se comunicar com os
colunistas, através do: e-mail: blogheliofernandes@gmail.com
Prezado
Helio Fernandes,
Boa
tarde!
Estou
tendo dificuldades em achar a matéria de capa da tribuna sobre a morte do
Castello Branco. Onde posso ter acesso?
Mais uma
pergunta: É verdade que o senhor chegou a ser preso por publica-la?
Grata,
Raquel
...
CLASSES
SOCIAIS E O FRUTO DOS PECADOS GOVERNAMENTAIS
À finada
verdadeira classe média, com suas poupanças de fio-dental, escoando e correndo
com o que resta para LCAs (hoje sem lastro em meio à crise) e LCIs (em meio a
um mercado imobiliário ressaqueado depois da farra) e para o Tesouro
Nacional, estimulada pela alta sucessiva dos juros, e fugindo desesperadamente
da inflação, não há incentivo senão ao assombro e à estagnação, pisando no
freio do consumo da véspera, sem sinal de investimentos. Uma autêntica ressaca
de longo adoecimento.
Pobres,
grande maioria, enganados com o mito da nova classe média, espremidos pela
inflação, pela tributação que paga muito mais caro, e pelos juros extorsivos
que batem à porta e lhe retiram o sono.
Ricos
mesmo, só os amigos da corte e os titulares transnacionais do tradicional
Capital motel e especulativo, que tem total preferência, nas ações e nos títulos,
enquanto nos esfaqueiam tributariamente para pagar juros maiores aos credores
da exponencial dívida pública que não para de crescer estupidamente desde os
tempos de juros astronômicos de FHC, sem devolver o mínimo de segurança
(pública ou jurídica), planejamento e ambiente para investidores casamenteiros
e não estupradores.
PEDRO
RICARDO MAXIMINO.
...
HELIO,
O SENHOR NUNCA SE MANIFESTOU SOBRE O SINDICALISMO BRASILEIRO. EXISTEM 15 MIL NO PAÍS. 90% DE FACHADA. NÃO PRESTAM CONTAS A NINGUÉM, NEM AOS SEUS ASSOCIADOS.
NA FILA DO MTE EXISTEM 4 MIL PEDIDOS DE REGISTRO DE NOVOS SINDICATOS.
FALE A RESPEITO. GOSTARIA DE SABER SUA OPINIÃO.
JOSÉ ANTONIO MASCARENHAS - D CAXIAS-RJ
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