Juros a
10 por cento, JÀ. A primeira viagem ao exterior, da primeira dama. Hillary-Trump,
debate sem sangue, com ele veneradora
HELIO FERNANDES
Amanhã se
completam 5 meses da usurpação e posse de um presidente longe do povo. Como
provisório e agora indireto, indiscutível inutilidade. Não faz por
incapacidade, agravada pelo equivoco evidente, na escolha das prioridades.
Comete absurdos como o jantar de domingo, tentativa de cabalar votos, para uma
votação, que ele mesmo afirma que está garantida. Textual: "Precisamos 308
votos, temos no mínimo 360".
Cometeu o
ridículo de convidar 414 deputados, submeteu-se á decepção de terem comparecido
menos de 200. Teve que encher o Alvorada com adjacentes, das mais
desnecessárias
procedências. Assustado, retumbou: "Se
a PEC dos gastos não for aprovada, será uma catástrofe". Essa PEC dos
gastos poderia ser proposta, mas não como medida anticatastrofica.
Já
deveria ter tratado com urgência, seriedade e total responsabilidade, da
redução dos vergonhosos e calamitosos juros, que estrangulam toda a economia. E
atingem os mais diversos setores. E como conseqüência, alem de sufocar o povo
que não tem mais condições de sobreviver, impede a formação do superávit
primário razoável, criando problemas internos e externos.
Principalmente
para a amortização da divida publica, que agora é aumentada diariamente, utilizada
para toda e qualquer necessidade. Para reduzir os juros a níveis decentes e
aceitáveis, e não elevar a pressão sobre o superávit primário, o governo pode exercer o seu
poder,mesmo usurpado,não precisa do Legislativo.
Banco Central e Ministério da Fazenda
Os
alertas sobre a impossibilidade de crescer e se desenvolver, com a imponência
desses juros, surgem de fora e daqui mesmo. O FMI mostrou que "é preciso
reduzir imediatamente os juros, ou não chegaremos a lugar algum". O Banco
Mundial, foi taxativo: "Com esses juros alarmantes, superávit primário, só
a partir de 2020".
E o Banco
Goldman Sachs, mais pessimista, desmente os outros, e nenhum deles têm vantagem
em ajudar ou favorecer o Brasil, a percorrer o caminho da recuperação ou
reabilitação.
O
presidente do Banco Central, e o Ministro da Fazenda, (que já presidiu o BC, no
primeiro mandato de Lula), ficam insensíveis diante do maior problema da
economia brasileira. Semana passada, falou em política agressiva sobre juros. Concluiu:
"Ainda neste outubro, reduziremos a Selic em 0,25". Isso é uma
afronta e um confronto com a comunidade.
A Selic já devia estar em 10 por cento
Em
setembro de 2015, ha 13 meses, ainda na Era Dilma-Tombini, prestei o serviço de
lembrar que a taxa já estava em 14,25 ha mais de 1 ano, era imprescindível uma
redução.
Mas não
tipo conta-gotas, e sim de forma agressiva. Sugeri que ficasse nesse numero que
está no titulo, teria um efeito abrangente, provocaria descontração geral,
atingiria o cambio, a inflação, os preços, os créditos, parte enorme da
população está endividada ou desempregada. Não houve o menor interesse,
desconheceram o assunto.
O provisório
assumiu com esses 14,25, nem se interessou. O novo presidente do BC, seguiu a
linha Tombini, só falou em inflação, deu a impressão, de que para ele, é a
queda da inflação que derruba o juro, e não o contrario. Ficou impassível.
Completados 40 dias da posse de Temer, voltei ao assunto. Não sou
intransigentemente contra o governo e sim contra a irresponsabilidade e a incapacidade.
Já se passou enormidade de tempo, a inatividade do BC, estarrecedora.
O reforço da economista Monica de Bolle
Uma das
mais competentes economistas brasileiras, combativa, participante e respeitada.
No momento morando nos EUA, professora da consagrada Universidade Jhons
Hopkins. Já foi do FMI, está lançando um livro sobre a "Era Dilma".
Na oportunidade, afirmou: "Os juros deveriam estar em 10 por cento, em
março". E acrescentou: "Isso aliviaria uma economia, que está
completamente asfixiada". Mais conclusiva, e vinda de fonte tão autorizada
e independente, impossível.
Monica
faz outras considerações que deveriam ser analisadas e divulgadas, são imprescindíveis
para a modificação e consolidação da economia. Satisfeitíssimo, gostaria que
esses 14, 25 que parecem eternos, não sejam mantidos até março. Em homenagem a
ela, a sugestão.
Imediatamente,
corte de 2,25 ficando a taxa em 12 por cento. Em março, outro corte de 2 por
cento, com a Selic reduzida para os 10 por cento. Teria que baixar mais, só que
a Revolução econômica e financeira, estaria atual, vibrante e produzindo efeitos
altamente positivos e construtivos.
O sucessor de Obama
Já está
praticamente escolhido. Hillary ganhou o segundo debate, é impossível perder
para alguém tão desmoralizado quanto Trump. Mas esse não é o fator imprescindível
para a vitoria dela. Se ele ganhasse, poderia despertar esperanças, alimentar expectativas,
nas quais só ele acredita.
O povo
americano, incluindo os republicanos, respiram aliviados. Estes desertam do
lado de Trump, já preferem a oposição, sem ele, do que o governo, com ele
MasTrump
deu a impressão de que o debate seria tudo o que se imaginava e divulgava.
Começou raivoso, pelo menos da parte dele. Terminou amistoso, também do lado
dele. O bilionário mostrou sua intenção belicosa e contundente, exibindo três mulheres,
que segundo ele, foram ''assediadas e violentadas" pelo ex-presidente,
marido da candidata.
Sem
obter sucesso, passou a agredir a própria Hillary e o presidente Obama,
tentando uma comparação impossível, entre um governo que existe e está terminando
aplaudido. E o dele, que não existirá. E que se existisse, por uma traição do
destino, seria tragédia ou desgraça. Ou até catástrofe.
Mas isso
durou apenas 24 minutos, 12 blocos de 2 minutos, foram 45 blocos de 2 minutos. 90
no total, como o primeiro, com formato diferente. O terceiro e ultimo não terá audiência,
a eleição estará decidida. O final, surpreendente. Um senhor, no palco,
perguntou de improviso: "Vocês dois serão capazes de dizer sobre o outro,
alguma coisa positiva?".
Silencio.
Mas Trump se adiantou: "Tenho restrições á candidata, mas reconheço que
ela é combativa, determinada, com qualidades". Ela fez elogios vagos, se abraçaram,
surpreendendo a audiência.
Meirelles quer agradar o "mercado".
O país
inteiro ficou estarrecido com a situação da OI. Anunciou dividas de 65 bilhões.
Só não foi á falência, com prejuízo para todos, por causa da importante Lei,
que permite a "recuperação judicial". Inesperadamente,
o Ministro da Fazenda, que tem nítida vocação ditatorial, entrou no circuito.
Simplesmente quer revogar a lei judicial. Afirma
textualmente, "quero solução de mercado". Toda e qualquer solução, é
de mercado, sem aspas. Acontece que existem grupos poderosos, interessados, e
que como sempre, se julgam acima da Lei. E encontram apoio com Meirelles.
Lula encurralado. A PEC caminha
A cada
dia aumentam os problemas do ex-presidente. E conseqüentemente para a cúpula do
PT. Que 2 anos antes da eleição de 2018, confessa em desespero: "È o nosso
único candidato para a próxima sucessão". Isso é rigorosamente verdadeiro.
Mas também não pode ser contestado este fato. Um partido que venceu 4 eleições
presidenciais seguidas, não pode explicar o fato de só ter um personagem.
Apesar de ter um projeto de governo, interminável.
As
acusações contra Lula, de agora, são gravíssimas. E pior: aumentam os riscos
para a continuidade da participação política dele. Já responde a vários
processos, é réu em 2. Sendo que 1, já aceito pelo juiz Sergio Moro,pode ter
sentença ainda este ano.
E as denuncias de agora, juntam Lula com a Odebrecht, de forma perigosa. No caso das remessas para Angola. E nas alegadas conferencias, que nunca foram comprovadas ou localizadas.
E as denuncias de agora, juntam Lula com a Odebrecht, de forma perigosa. No caso das remessas para Angola. E nas alegadas conferencias, que nunca foram comprovadas ou localizadas.
Mas que o
próprio Lula em discurso publica, informou, textualmente: "Todo mundo
queria me ouvir, apesar do fato de eu cobrar mais caro do que o ex-presidente
Clinton". O ex-presidente americano nunca esteve em Angola, a Odebrecht,
sim. Inclusive pagou 32 milhões ao casal de marqueteiros Santana, "para financiar
campanha em Angola". A primeira condenação ninguém esquece.
A PEC na Câmara
Estão
fazendo tudo para aprová-la. Como o regimento determina que são necessárias 2
sessões entre as votações, ontem, ás 3,15 da tarde mudaram o regimento, com 255
votos a favor. Esperam votar a própria PEC, com 360 votos. (Afirmação do próprio
indireto, na TV). Mas parece que existe alguma duvida. Pois 3 ministros, que
são deputados foram exonerados para irem votar.
Pode ser
precaução. Mas 3 votos nesse total, nenhuma importância. Também, eles não
estavam fazendo nada.
Curioso
ou: elucidativo: um dos 3 demitidos, este exatamente ás 5 da tarde, foi o
Ministro do Turismo, que tomou posse na semana passada. Apesar de indicado por
Renan Calheiros, esperou 2 meses.
Movimentação e intimidação na Câmara
Foi um
fim de noite de obrigação de vitoria. Contagem a cada momento, participação de
emissários, principalmente do Ministro da Fazenda. Ameaças e recados,
supostamente sutis, mas na verdade, escancarados.
Por
exemplo: "Existem coisas piores do que essa PEC". Ou então, voltando
a um tema predileto e recorrente de Meirelles: "Não queremos ressuscitar a
CPMF, (imposto do cheque), mas seremos obrigados".
Os
representantes do governo só se acalmavam com o fato: a oposição não consegue
mais do que 105 votos. Dessa forma a PEC será aprovada, mesmo que a noite seja
longa, ou atravesse a madrugada. Mas aprovarão a PEC. E depois, os
"destaques" importantes.
Quem está
trabalhando intensamente a favor da PEC, é Rodrigo Maia. Temer disse a ele: "Vou
viajar quarta feira (amanhã), dia 12, volto dia 22. Ficarei 10 dias no exterior, na Índia e
Japão. Mas só viajo com a PEC aprovada". Puxa, os olhos de Maia brilhavam.
10 dias garantidos na Presidência da Republica, que avanço na biografia.
PS- O
Brasil joga hoje com a Venezuela. Sem Neymar, sorte dele. O jogador brasileiro,
não pode mais atuar na America do Sul. Fora a Argentina e o Uruguai têm amigos
e companheiros lá. E um pouco Chile e Equador, com o resto é massacrado
barbaramente.
PS2-
Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela, não jogam futebol, tentam eliminar os
adversários. E alguns comentaristas esportivos do Brasil, de segundo e terceiro
time,
mas que se julgam de primeiro, jogam a culpa no "temperamento" de
Neymar.
PS3- È
impossível resistir. No ultimo jogo, contra a Bolívia, "apanhou" do
principio ao fim. Agredido, empurrado, jogado ao chão de todos os modos, ainda
é punido com cartão. Sou de um tempo em que o drible era "obra de arte
futebolística". Hoje, é caçado, com
a contemplação dos árbitros.
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