ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Gilmar versus magistrados
Os juízes (principalmente de primeiro grau estão
alucinados com a postura de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao declarar que o
Tribunal Superior do Trabalho (TST) desfavorece as empresas e protege demais os
trabalhadores. A manifestação aconteceu durante evento promovido pela
Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abidib) e pela
Câmara Americana Comércio (Amcham).
Justiça
trabalhista
O ministro afirmou que a justiça trabalhista tem uma
“concepção de má vontade com o capital.” “Esse tribunal é formado por pessoas
que poderiam integrar até um tribunal da antiga União Soviética. Salvo que lá
não tinha tribunal”, afirmou.
Gilmar
e a toga aparelhada
Gilmar acrescentou que há uma radicalização da
jurisprudência e uma “hiperproteção do trabalhador, tratando-o quase como
dependente de tutela”, afirmou, em entrevista após sua palestra. Gilmar afirma
que o Brasil é um país com indústria desenvolvida e com sindicatos fortes e
autônomos. Ele também falou em “aparelhamento” da Justiça trabalhista por
“segmentos desse modelo sindical que se desenvolveu”. Durante sua palestra, o
ministro também criticou os custos do Poder Judiciário brasileiro. “A Justiça
brasileira é a mais cara do mundo”, afirmou, citando dados de estudo do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que mostra que as despesas do Judiciário
somaram R$ 79,2 bilhões em 2015.
Renan x
Carmem Lúcia na pauta do dia
Em entrevista coletiva no dia 24
de outubro, o presidente do Senado Renan Calheiros, anunciou que vai questionar
a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a prisão de policiais
legislativos, acusados de obstruir a Lava jato para favorecer senadores
investigados. Inconformado, Renan chamou Vallisneyde Souza Vieira de “juizeco”
Em defesa do magistrado a presidente
do STF, Cármen Lúcia, prontamente saiu em defesa dos magistrados. Ela argumentou que o poder judiciário forte é uma garantia para o
cidadão e todos os erros, jurisdicionais ou administrativos que eventualmente
venham a ser praticados por juízes podem ser questionados pelos meios recursais
próprios. “Todas as vezes que um juiz é agredido, eu e cada um de nós juízes
é agredido. E não há a menor necessidade de numa convivência democrática livre
e harmônica, haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos
limites da constitucionalidade e da legalidade”.
Carmen
Lúcia e a liberdade de expressão
A presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse no último dia 20, em São Paulo, que
o “cala-boca já morreu”, referindo-se ao direito da imprensa de repassar
informações aos cidadãos. A afirmação foi feita em resposta a uma jornalista a
respeito das restrições que às vezes são impostas sob o argumento de
necessidade de sigilo. Na decisão em que a Corte autorizou a publicação de
biografias não autorizadas, Cármen Lúcia havia citado repetidamente o dito
popular: “Cala-boca já morreu”
Ela disse que, no âmbito do
STF, a Corte dará cumprimento, como tem feito reiteradas vezes, ao exercício de
uma imprensa livre e “não como poder, mas como uma exigência constitucional
para se garantir a liberdade de informar e do cidadão ser informado para
exercer livremente a sua cidadania.” A ministra afirmou que “não há democracia
sem uma imprensa livre. Não há democracia sem liberdade. Ninguém é livre sem
acesso às informações”.
O
povo quer e precisa se expressar
“Deixa o povo falar”, disse
a ministra, citando crônica do escritor e jornalista Fernando Sabino. A
presidente do STF fez as afirmações pouco antes de ministrar palestra do fórum
da Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner), na Escola Superior de
Propaganda e Marketing, na Vila Mariana, zona sul da cidade de São Paulo.
O
Senado contaminado
A Polícia Federal (PF) já soltou
três dos quatro policiais
legislativos presos na sexta-feira (21) durante a Operação Métis.
O único que permanece na Superintendência da PF em Brasília é Pedro Ricardo
Carvalho. Como ele ocupa o cargo de diretor da Polícia do Senado, recaem sobre
ele as suspeitas de liderança nas ações de varredura da Polícia Legislativa nas
residências de parlamentares – que, segundo a PF e a Justiça, teriam sido
feitas com intuito de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. A
Operação Métis investiga as varreduras de policiais legislativos nas casas de
parlamentares com intuito de atrapalhar investigações da PF.
Fogo e fumaça no âmbito da Justiça trabalhista...
Dizem, mas ha controvérsias de
que a Justiça do Trabalho está a um passo de ir “para o espaço”. Fontes de
Brasília confidenciaram a esta coluna que ou os juízes trabalhistas cedam e
passem a julgar as ações do seu estoque com maior rapidez, e decidam sem causar
lesão a uma das partes, ou então, “fim de linha”... Os sindicatos por sua vez
“lavam as mãos”.
Sindicalista
seriam mais eficientes?
Uma procer liderança do segmento
me confidenciou, “eles foram longe demais, nada dá certo, muitas medidas foram
tomadas, leis criadas e um bombardeio de normas e orientação jurisprudencial,
mas os juízes de baixo não acatam. É uma catástrofe”. No caso extremo “estamos
aptos e estruturados para decidir melhor que eles” – fulminou.
País dos feriados
Dia 28 de outubro (sexta-feira) “Dia
do Servidor Público” (Lei 8.112/90 – Art. 236). Não devia existir eis que a
prestação jurisdicional está abaixo da critica. Para os que militam um aviso: alguns Tribunais
mantiveram o descanso no dia 28; a maioria, no entanto, optou por transferir a
paralisação para o dia 31, segunda-feira.
Mais
feriados...
Isto porque os Tribunais
Superiores e as Cortes da Justiça Federal terão expediente suspenso até a
quarta-feira devido ao feriado nos dias 1º e 2 de novembro, descanso previsto na
Lei 5.10/66. (A república dos barnabés agradece). No TSE, por conta do segundo
turno das eleições municipais, em 30/10, o descanso foi transferido para o dia
14 de novembro, já emendando com o feriado de 15 de novembro, Proclamação da
República.
Mais...
Assim como a maioria dos
tribunais, o CNJ optou por transferir o descanso do dia 28 para o dia 31. Com
isso, os prazos que se iniciariam ou completariam neste dia serão
automaticamente prorrogados para o dia 3 de novembro.
Só faltava essa! Greve do judiciário no Rio.
No Rio de Janeiro inicio
da greve do judiciário estadual. A Assembleia decidiu que será por tempo
indeterminado. A lista de reivindicações é assombrosa. Eles vivem noutro
planeta. O contribuinte que deseja
exercer seu direito que procure
a ju s t i ç a D I V I N A.
PEC dos
gastos???
O governo quer, precisa e deve
conseguir aprovar na segunda votação a PEC dos gastos públicos no Congresso. A
decisão sai hoje. Seja qual for muita “água vai rolar”.
Uma dona de casa saberia melhor
reduzir custos que a batalhão de técnicos do governo. As abnegadas “rainhas do
lar”, nem precisariam de um decreto para fazer cortes. Começando pelos gastos com
cartões corporativos, mordomias excessivamente e afrontosas, deveriam ser
completamente extintas. Um dos exemplos é as concedidas à ex-presidente Dilma
Rousseff.
Quer um
cargo?
É voz corrente nas ruas do Rio de
que Marcelo Freixo ganhando a eleição, a prefeitura servirá de abrigo aos seus correligionários
e a turma da esquerda (aspas), loteando a sua administração. Marcelo Crivella que
está a frente nas pesquisas, soube da conversa, aproveitou a deixa e está
bombardeando no horário eleitoral. Nada demais, até porque é dessa forma, que
são subsidiados a manutenção dos guetos eleitorais a cada eleição. Ou seja: com
o meu, o seu imposto.
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