A "redução" do preço dos
combustíveis, PEC dos gastos. O projeto da repatriação
HELIO FERNANDES
Alem de indireto
e incompetente, farsante completo. Governa irrefletidamente, superestima os
resultados, nos quais só ele acredita, não tem o menor constrangimento em
divulgá-los.
Aqui e no
exterior. Na reunião com os lideres dos Brichs, nem duvida nem hesitação: "O
Brasil está em plena recuperação econômica". Não percebeu que o mundo hoje é dominado pela
informação, é impossível esconder alguma coisa. Todos sabem tudo ao mesmo
tempo.
Sua
realidade interna se baseia num tripé desequilibrado, que mal se aguenta em pé.
1- PEC de gastos. 2- Reformas, reformas, reformas. 3- E agora a insustentável
redução do preço dos combustíveis. Cada um deles e todos eles, irrealizáveis,
apenas quimeras ou alucinações econômicas.
Se
tivesse credibilidade, poderia realizar alguma coisa. Mas como conseguir
penetração junto á comunidade, sendo presidente indireto e sem votos, numa
democracia representativa? Praticou malabarismos e sujeição a mais
rasteira, para aprovar um retrocesso que os analistas independentes reconhecem
e proclamam? Tanta subserviência por uma causa inútil.
Foi
a primeira das reformas. Imagina agora a da Previdência. Sem plano, sem
projeto, sem compromisso, apenas imaginação. Alem da irrealidade, a tolice de
dizer e repetir: "Essa é uma das reformas impopulares".
Foi
adiando indefinidamente, á medida que as resistências e os obstáculos foram surgindo.
Agora transmitiu aos áulicos: "A Previdência será reformada, logo depois
da aprovação final da PEC dos gastos". Isso significa que ficará para
2017.
E
finalmente a terceira reforma, que tinha tudo para ser a primeira: a da
repatriação do dinheiro sujo. Essa tinha a vantagem de movimentar dinheiro
vivo, que o governo mais precisa.
Ha mais
de 20 anos tentam isso. Mas depois do maravilhoso trabalho dos jornalistas
investigativos, todo o caminho ficou facilitado. Os maiores bancos
especializados em guardar dinheiro roubado, comunicaram aos clientes: "Forneceremos
todos os dados aos países de origem. Não haverá exceção".
Mas a
inabilidade e a divergência, destruíram ou pelo menos afastaram não se sabe até
quando, a aprovação, que era consenso. Com a votação certa, os recursos á
disposição.
Pelo
menos 150 BILHÕES, diretos e imediatos. Alguns especialistas falam e garantem
quantias muito mais altas. Essas são as três reformas, que representam a
esperança do indireto. Para agora e para 2018.
Redução do preço dos combustíveis
Sem as
reformas, ou a PEC dos gastos votada apenas uma vez, surgiu a necessidade de
'"fabricar" dinheiro sem autorização do legislativo. Como o
presidente da Petrobras acumula a Presidência do Conselho de Administração da
Bovespa (evidente conflito de interesses),resolveram aprovar mudança, que
agradasse o "mercado". E também á multidão de contribuintes.
Logo
pensaram na redução do preço dos combustíveis. Para as refinarias, a queda foi
substancial, 5 por cento, sem impostos. (Logo que o fato se tornou
publico, falaram que haveria aumento de impostos para essa prodigalidade. Lá da
índia, Temer trovejou:"Não haverá aumento de impostos").
Mas para
as bombas, duas realidades. 1- A redução é flexível, não obrigatória.
2- A redução fixada pelo presidente da Petrobras, é de 0,05 por litro.
Isso mesmo, não ha equivoco. O cidadão que encher um tanque de 40 litros,
economizará 60 centavos, quase a metade de 1 real. Isso é uma extravagancia em
forma de beneficio. E um desaforo. Alem de impedi-lo de votar, a afronta.
para encher um tanque inteiro.
A supervalorização da redução dos combustíveis
Apesar da
incipiente medida, o desperdício do exagero. Os gênios da Petrobras, propalaram
por quase todos os órgãos de comunicação: "Essa decisão terá influencia na
queda da inflação".
Entusiasmados,
concluíram: "E também facilitará a queda dos juros, que ha 1 ano e meio
está em 14, 25 por cento". O presidente do Banco Central, já anunciou
oficialmente: "Quarta feira 19, (amanhã) reduziremos a Taxa Selic em 0,25
por cento, ficando em 14 por cento". Mas deixa em aberto a hipótese de
reduzir 0,50.
AS
maiores Agencias do mundo, falam: "Está na hora do Brasil agir com
agressividade na questão dos juros". Este repórter, ainda no tempo de Dona
Dilma, sugeria corte direto para 10 por cento. Que reafirmei com o provisório,
agora indireto.
E minha
proposta, ha 15 dias, teve o reforço da professora Monica de Bolle. Economista
do prmeiro time, da Universidade Jhons Hopkins. Sugeriu os mesmos 10 por cento
de corte na Selic. O presidente do BC, já desalentou a todos.
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