O país precisa começar
FERNANDO CAMARA
Para os petistas, a mídia deixou de ser golpista, momentaneamente. A delação do Cláudio Melo Filho abrevia o fim do Governo Temer. Foi democrática, atingiu de ministros a conselheiros do presidente incluindo o próprio, e cravou o PMDB e o PSDB.
Melo incluiu no círculo dos operadores um nome novo, o do advogado José Yunes, comprometendo o presidente Temer a responder a pergunta que o juiz Sérgio Moro não aceitou do Eduardo Cunha.
As perguntas de números 35 e 36 do questionário elaborado pela defesa de Cunha tratavam de citar o Dr. Yunes, num tom de "eu sei o que você fez no verão passado”.
Momentaneamente, a mídia deixou de ser golpista para os petistas, que saíram da toca e partiram para delação exagerada. Mas eles não repercutiram mais do que as Organizações Globo, que dedicou no sábado e o domingo em todos os seus veículos um longo destaque na pauta.
Prestem atenção: a Globo não muda para o lado que irá perder...
Governo ficará incapacitado ou pode aproveitar a grande impopularidade que já se manifesta, e assim pode aplicar os amargos remédios para fazer tudo o que for necessário para acertar os rumos da economia do país.
Temer e João Roberto Marinho
O presidente falou reservadamente com o chefão das Organizações Globo, reclamou da repercussão da delação do Cláudio Melo e ouviu que o jornalismo está fazendo o seu papel. Atenção, porque a Globo só muda para o lado que irá vencer, e abandona o que irá perder.
REFIS
Eu estive com autoridades da Casa Civil e comentamos sobre a falência dos Estados. Eles, os Estados, não cumpriram a Lei de Responsabilidade Fiscal e não conseguirão cumprir o básico de suas obrigações e ainda darão calote em fornecedores. Eu disse que os Estados levarão empresários e fornecedores ao desespero e que estes necessitam repactuar suas dívidas com os Estados e com a União. "Novo REFIS nem pensar! " exclamou o tecnocrata. O deputado Alfredo Kaefer tem Projeto de Lei tramitando em favor de um novo REFIS.
DataFolha
Avaliação do Governo despenca porque a economia não responde apesar da inflação vir caindo.
STF está errado em não julgar
Os responsáveis pelo confuso episódio do julgamento que permitiu a Renan continuar na presidência do Senado são os membros da própria Justiça.
Os membros do STF, na pessoa do seu presidente, devem oferecer a necessária dotação orçamentária – material e de pessoal – para dar provimento a todas as ações que tramitam com autoridades citadas. Não é saudável para a coisa pública, que autoridades em pleno gozo de seus direitos e de suas funções, citados em processos, se mantenham aguardando decisões judiciais.
Senado encurralado com o apoio do PT
O STF acertou em derrubar a liminar que afastava da presidência do Senado um senador da República, eleito para tal. Porém declarado réu, cabe aos senadores tomarem a ordem em suas mãos, mesmo faltando três meses para o final deste mandato.
Rodrigo não será candidato à presidência da Câmara
O avião a serviço do presidente da Câmara partiu, domingo, às 14h30 do Comar Base 3, decolando pela pista do aeroporto Santos Dumont para Brasília. O deputado viajou com preocupação, tristeza e o avião com lugares vazios.
Pense na situação sem o Renan como sendo o personagem central
A liminar, julgada, não foi derrubada. Foi arrumada.
Na pauta legislativa do ano que se encerra, projetos de lei importantíssimos ficarão para o próximo ano. Entre eles:
Trabalho temporário
Terceirização
10% dos garçons
Contra corrupção
Defensivos Agrícolas
LDO
LOA
Reforma Política
Reforma da Previdência
Mais denúncias
O Pastor Jonas, presidente do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro também apareceu na delação da Odebrecht como uma das pessoas que negociou verbas (junto com Carlos Wilson) para liberação das obras do Maracanã. Ele chegou ao cargo pelas mãos de Antony Garotinho, de quem foi, até ontem um homem de confiança.
Linha Sucessória
Na linha de sucessão de Temer, Renan Calheiros está fora. Rodrigo Maia, que também apareceu nas denúncias da Odebrecht, deve ser considerado impedido também.
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