Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

ESPECIAL: AFASTAMENTO DE RENAN NO SENADO

O Supremo decidiu o destino de Renan

HELIO FERNANDES

A partir das 8 da manhã, de ontem, (quarta) conversas as mais variadas sobre o que o Supremo decidiria a partir das 14 horas. Havia um propósito na maioria das propostas: salvar Renan Calheiros. O próprio Planalto continuava no circuito desde a terça feira. Não por causa de Renan propriamente dito, mas para preservar a votação de um projeto, votação que não está ameaçada.

Jorge Viana, se assumir, apesar da situação difícil, já deixou bem claro que manterá a pauta. Mesmo se quisesse, não tem numero. A maioria esmagadora do governo derrotaria qualquer tentativa de obstrução. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, comunicou a Temer, pessoalmente, que se for necessário, tomará decisão mantendo a pauta já decidida pelos lideres.

Apesar disso, Temer mandou propor ao vice-presidente, o seguinte. Se o Supremo mantivesse Renan afastado, ele não assumiria, e o PT teria suas reivindicações atendidas. Por que isso? No caso da proposta ser aceita, o presidente do Senado passaria a ser Romero Jucá. 

Demitido sumariamente pelo próprio Temer, com poucos dias do governo. Motivo: envolvimento com a Lava-Jato. Confirmando a proposta desprezível, o vice afirmou publicamente: "Não renunciarei, se o Supremo mantiver o afastamento de Renan".

Ansiedade e tentativa de depreciar o próprio Supremo. Com medidas aleatórias, que desfigurariam o mais alto tribunal do país. O plenário terá que honrar sua obrigação constitucional, não pode se refugiar em meias decisões, como querem. Ou seja: Renan está afastado mas não totalmente .O Supremo não se entrega, não pede,nem cede nada.

À medida que o relógio vai vencendo o tempo, e se aproximando das 14 horas, desesperados, tentam vencer de qualquer maneira. Não surprendentemente, o Ministro Gilmar Mendes tenta salvar Renan (e o próprio governo), de qualquer maneira. Na segunda, atacou pessoal, verbal e furiosamente, o próprio relator, Marco Aurélio Mello.

Às 11 horas, faltando portanto 3 horas para a decisão do Supremo, Gilmar telefona para Dias Toffoli, e no seu jeito arrogante e autoritário , diz: "Você não pode levar o seu voto para o julgamento de hoje. Você pediu vista num julgamento inteiramente diferente. Quando houver a apreciação desse julgamento, aí é a hora de votar, não hoje".

Por volta do meio dia (ainda da quarta), já circulava a noticia, lógico, dada pelo próprio Toffoli, de que não levaria o voto, do qual pediu vista, e está 6 a 0. Este placar foi à base para a liminar do relator que cumpriu integralmente sua obrigação, seu dever, sua credibilidade. E que um grupo sem convicção, quer derrubar dentro de algumas horas, a começar das 14 horas

Pouco antes de começar a sessão do Supremo, uma notícia com total exclusividade, trágica para o Supremo e para o país: dentro de 20 meses, Dias Toffoli será o presidente do Supremo. 20 meses passa rapidamente, é preciso fazer alguma coisa. Depois de Carmen Lucia, Dias Toffoli. A reação e predominância da CREDIBILIDADE têm que começar HOJE, quarta. 


Doutor Roberto, adiantamento para amanhã. Acho que o resto da matéria, só depois de 6 ou 7 da noite, quando acabar o julgamento).

Nenhum comentário:

Postar um comentário