A ditadura da toga conduz o país ao caos (...) A
grande verdade é que os magistrados não estão preocupados com a morosidade,
sequer sentem atingidos pela crise, eis que percebem os maiores salários do
planeta, e vantagens pelo cargo que ocupam.
ROBERTO MONTEIRO PINHO *
O Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) passou a divulgar estatísticas do Poder Judiciário a
partir de 2012. No ano seguinte (2013) de acordo com o CNJ, mais de 95 milhões
de processos, tramitavam pelos tribunais brasileiros em 2013. Os dados estão no
relatório "O Poder Judiciário do ponto de vista dos estudos
analítico-quantitativos do Judiciário brasileiro empreendidos pelo CNJ.
Analisando esses
números, constata-se que os processos movidos contra bancos levam, em média,
5,1 anos para chegar à sentença, (no Tribunal do Trabalho de São Paulo a média
é de 7,9 anos). Na Justiça Federal do RJ, os processos que têm o INSS como
litigante levam cerca de 9,3 anos para serem concluídos.
Embora no artigo
5º da CRFB estejam elencados os Direitos Fundamentais do cidadão, no seu inciso
LXXVIII, está previsto o princípio da celeridade processual que foi inserido
pela EC 45/2004, que assegura a todos tanto no âmbito judicial quanto no
administrativo, o direito da razoável duração do processo.
O mesmo
princípio também está previsto no artigo 93 inciso XV da Carta Magna, que prevê
a imediata distribuição dos processos em todos os graus de jurisdição, inserido
pela mesma emenda constitucional.
Afinal o que de fato faz com que os julgadores que não conseguem dar
vazão aos processos que têm sob sua responsabilidade? Neste trágico
retrato, personagens da toga conduzem o país à desgraça moral, econômica e
social.
Nos dizeres de Kildare Gonçalves Carvalho “O
caráter da razoável duração do processo, que deve ser aferido diante do caso
concreto, envolve três critérios principais: a complexidade da questão de fato
e de direito discutidas no processo, o comportamento das partes e de seus
procuradores e a atuação dos órgãos jurisdicionais.”
As entidades classistas dos
juízes, Ajufe, a AMB e a Anamatra alegam que a necessidade de investimentos no
Judiciário se dá pelo estoque de mais de 100 milhões de processos existentes no
Brasil. Justifica que, em grande parte, essa alta litigância é culpa do próprio
poder público.
Essas entidades, com base em
dados do CNJ, mostram que o setor público é o responsável por 38% das ações em
todo o país. Os efeitos nocivos causados pela
demora na tramitação do processo, causa ao autor que tem razão, uma enorme
lesão. Isso se agrava na esfera laboral porque agrega a mais valia ao
trabalhador.
A grande verdade
é que os magistrados não estão preocupados com a morosidade, sequer sentem
atingidos pela crise, eis que percebem os maiores salários do planeta, e vantagens
pelo cargo que ocupam.
No Brasil a toga
é que manda. Não aceitam os códigos, ditam normas avessas, legislam á todo
instante, mudando em suas decisões texto de lei. Com não bastasse, tomam
decisões conflitantes que protelam medidas de combate a corrupção, a exemplo da
Lava-Jato.
Em todas as
instâncias da justiça, a balbúrdia judiciária é latente. Agora atacam com
veemência a Emenda Constitucional 95/2016,
que limita os gastos públicos por 20 anos, alegam que viola a autonomia
administrativa e financeira dos tribunais, ferindo o artigo 99 da Constituição
Federal e a independência dos três Poderes (artigo 2º da
Constituição).
Por essa razão pedem as
entidades, liminarmente, que o Judiciário seja liberado da aplicação do regime
fiscal imposto pela nova norma. No mérito, querem que seja declarada a
inconstitucionalidade do inciso II, do artigo 102, além de seus parágrafos e
incisos.
Feliz Natal! Adriana Ferreira Almeida, a ‘Viúva da Mega-Sena’, vai sair hoje pela porta da frente da cadeia pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Liberdade depois de um caso complicado onde o TJ/RJ administrou os valores do premio da loteria, Inocente ou culpada? Em jogo estavam as comissoes milionarias das aplicaçoes financeiras do premio da loteria pelo Tribunal. Follow the money!
ResponderExcluir