ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
A constelação de 77 famosos na delação da Odebrecht
A informação não é
exclusiva, já foi divulgada pelos veículos de comunicação, mas vale revelar
que: “As doações feitas pela Construtora Odebrecht foram todas por
transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve Caixa 2, nem entrega em
dinheiro a pedido do presidente. O presidente repudia com veemência as falsas
acusações”. Você se engana redondamente se achar que essa frase foi feita
durante a irresponsável administração do petista Lula. Também não é dos tempos
da presidente cassada Dilma. É do peemedebista Presidente Michel
Temer. (via Adriana Machado – Reuters).
Presidente Michel Temer (PMDB), lidera a delação dos "77 da
Odebrecht"
"Nas relações com agentes públicos
é vedado a todos os Integrantes da Organização: financiar, custear ou de
qualquer forma patrocinar a prática de atos ilícitos". Também se engana quem pensar que
a frase acima foi feita por pessoas sérias e comprometidas com
valores da sociedade onde vivem. Essas palavras são encontradas na seção de
ética do site da Odebrecht. (via Gisele Pimenta/Frame/Folhapress).
Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira Odebrecht...
O fato é que membros
da família Odebrecht adotaram a corrupção e lavagem de dinheiro como seu
principal modelo de negócio, destruindo os valores básicos de decência e
honestidade, que mantém uma sociedade unida, em paz e produtiva.
E quem está do outro
lado desta equação? Nossos políticos ladrões e desonestos, que em nome de se
manter no poder (e do seu enriquecimento pessoal), roubaram bilhões do povo
brasileiro, incentivando e exigindo o superfaturamento de obras feitas por
empreiteiras, como a Odebrecht.
Partidos e políticos na fica um (...)
PT, PMDB e PSDB, de
Michel Temer, Geraldo Alckmin, Renan Calheiros, Rodrigo Maia, Moreira Franco e
Eliseu Padilha, entre tantos outros, todos visivelmente envolvidos no mais alto
e longo esquema de corrupção que assolou o país nas duas últimas décadas.
A delação premiada da
Odebrecht é uma verdadeira bomba para o presidente Michel Temer, já que aborda
de forma explicita e minuciosa a origem suspeita de doações para a
campanha eleitoral do PMDB de 2014, fortalecendo a acusação contra o presidente
de prática de abuso de poder econômico, num processo que corre no Tribunal
Superior Eleitoral.
Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil (codinome “primo”)
Cláudio Melo Filho,
um dos “77 da Odebrecht”, que assinou a delação premiada, riquíssima em
detalhes, relata que durante um jantar ocorrido em 2014, onde ele estava
presente, o presidente Temer pediu pessoalmente para Marcelo Odebrecht recursos
para a campanha daquele ano. Ficou acertado que a empreiteira faria uma
contribuição ilegal de R$ 10 milhões. Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil (codinome
“primo”), que também participou deste rega bofe, foi o arrecadador da
dinheirama e orientador da distribuição, parte recebida em seu próprio
escritório.
Moreira Franco. Renan Calheiros, Rodrigo Maia e Romero Jucá
Fazem parte desta
delação, os peemedebistas Moreira Franco, Secretário da Presidência (codinome
“angorá”) citado como um dos arrecadadores de dinheiro sujo, Renan Calheiros,
Presidente do Senado (codinome “justiça”) e Rodrigo Maia, Presidente da
Câmara (codinome “botafogo”), que teriam se corrompido ao facilitar a aprovação
de medidas provisórias e projetos de lei que favoreciam os negócios escusos e
ilegais da Odebrecht, e Romero Jucá, Senador por Roraima (codinome “caju”),
citado como um dos intermediários no fluxo do dinheiro sujo entre a Odebrecht e
alguns senadores do PMDB.
Alckmin – codinome “santo”.
Geraldo Alckmin,
Governador de São Paulo (codinome “santo”), que teria recebido R$ 2 milhões em
dinheiro vivo para suas campanhas de 2010 e 2014. Segundo os delatores, esse
dinheiro fruto de corrupção, foi repassado para o cunhado do governador,
Adhemar Ribeiro no seu escritório, em São Paulo. O atual Secretário de
Planejamento de Alckmin, Marcos Monteiro, é apontado como o operador do
caixa 2 para a campanha de reeleição do governador. (via Agencia Brasil).
Codinome “feio”...
Notório defensor da ex-presidente
Dilma Rousseff, Senador Lindbergh Farias (codinome “feio”). O antigo líder
estudantil, é delatado por Leandro Andrade Azevedo, um dos “77 da Odebrecht”,
como tendo recebido dinheiro ilegal, no valor de R$3,8 milhões para suas
campanhas ao Senado em 2010 e prefeitura de Nova Iguaçu,(ele se elegeu com o
voto das mulheres e apelido de “bonitinho”) em 2008. (via Agência O Dia).
OAB preocupada
No dia 6
de dezembro o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil manifestou
preocupação com os recentes acontecimentos que agravam a crise política do país
e conclamou os Três Poderes da República e as principais instituições da
sociedade civil a estabelecerem um amplo diálogo nacional, com serenidade e
responsabilidade. No documento da entidade, assinalam que existe “A necessidade
de constante aperfeiçoamento da democracia exige a preservação da confiança da
população nas instituições e no legítimo, independente e harmônico
funcionamento dos Poderes.
Refletindo...
A final a
Ordem dos Advogados do Brasil convida as principais autoridades do país a
refletirem sobre os riscos da intensificação da crise, que prejudica seriamente
a população brasileira.
Fim de carreira
A
apresentadora Leda Nagle, completou no dia 7 de dezembro 20 anos comandando o
programa “Sem Censura”, da TV Brasil. De presente foi demitida por Laerte
Rímoli, presidente da EBC. Outros contratos poderão ser rescindidos, devido os
corte no orçamento da Empresa e o País de forma geral. A nota diz ainda que
“Leda Nagle é parte importante da história, não só da TV Brasil, como da
televisão brasileira por sua competência, eficiência e profissionalismo”.
O sonho acalentado por Dilma
A
ex-presidente Dilma Rousseff acalenta o sonho de ser candidata ao senado pelo
PDT do Rio Grande do Sul. Dilma, foi filiada do partido nos tempos de Brizola,
saiu da legenda para participar mais ativamente do governo Olívio Dutra, no Rio
Grande do Sul. E filiou-se ao PT. Sem nunca ter sido uma entusiasmada petista,
chegou à presidente pelo partido lhe deu a condição de se tornar uma liderança
na legenda.
Ruim de comunicação...
Dilma
quando discursava nos encontros do partido, as piadas sobre sua inabilidade
discursiva corriam soltas. Alguns dirigentes a imitavam, por conta das gafes.
Um dos articuladores de seu retorno é o seu ex-marido, o advogado Carlos
Araújo, que se filiou ao partido e ajudou articular uma recuperação da sigla
para a ala histórica, mais trabalhista e menos pragmática.
Ciro Gomes é o virtual candidato
do PDT a presidente em 2018
Com
poucas chances de se eleger como presidente, mas com visibilidade para se
candidatar, Ciro Gomes se prepara para disputar a presidência em 2018.
João Vicente Goulart pode enfrentar
Ciro na Convenção
Os mais
centrados politicamente sabem que os nomes que compõe a massa de políticos
tradicionais, já não mais convencem a opinião pública, por isso defendem novos
nomes para os cargos eletivos majoritários. O deputado João Vicente Goulart é
dos cotados. Ele não têm se manifestado neste sentido, mas seus aliados desejam
ver o filho de Jango disputando a presidência.
Nos bastidores é o que se sabe...
O
ex-presidente Lula sabe de toda a movimentação e intenções dos seus
companheiros e adesistas, e tem conversado com Ciro Gomes, que poderia vir a
ser o seu vice. Mas Lula também começa a achar que pode ser a vez de Ciro. E
neste caso, o PT ofereceria o vice o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
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