(REPRISE DAS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS)
HELIO FERNANDES
Publicado em 11.07.14
A morte
de Di Stéfano, entristeceu e empobreceu o futebol. Não gosto nem queria fazer
comparações, mas foi dos maiores do mundo. Pouquíssimos podem se equiparar a
ele. E raros, como este repórter podem escrever sobre ele. Em 1948 no Chile,
durante 46 dias seguidos, vi Di Stéfano em campo, admirável, assombroso,
impressionante todas as vezes.
O Torneio
dos Campeões
Nesse
1948, audaciosamente, o Chile organizou o campeonato que está no título desta
nota. Convidou 10 campeões dos 10 países da América do Sul. Todos jogando
contra todos, por isso precisou de 46 dias para terminar.
Os quatro
primeiros colocados, (por pontos corridos) eram os semifinalistas, daí
saíam os finalistas. O representante do Brasil era o poderoso time do Vasco,
tão invencível que era chamado de “Expresso da Vitória”. Eu era secretário
Adjunto da revista “O Cruzeiro”. Já me preparara para viajar, naquela época, no
“Cruzeiro”, qualquer coisa era motivo para viagem.
O
Presidente do Vasco, meu amigo Ciro Aranha me telefonou convidando para
acompanhar o time. Nessa época não havia a cobertura de milhares de
jornalistas, os órgãos eram apenas jornais e revistas.
Apenas
três jornalistas
Este
repórter, o grande Oduvaldo Cozzi pela Rádio Nacional, e Ricardo Serran, editor
de esportes de “O Globo”. Mandávamos matéria pelo telex, picotávamos aquela
fita, que era o que existia em forma de comunicação.
“La saeta
rubia”
Descoberto
pelo River Plate em 1946, com 20 anos, logo se destacou. E esse apelido foi um
presente imediato do torcedor, ainda na Argentina. Tinha os cabelos vermelhos,
e velocidade de Fórmula 1.
Esse
Torneio, a ideia inicial da Libertadores
Foi
espetacular, cada jogo era uma sensação. Vasco e River Plate iam se destacando
e impondo goleadas, o jogo inicial entre eles terminou zero a zero. Apesar dos
dois ataques serem fulminantes. E se admitia francamente que a final seria
Vasco-River, o que aconteceu.
O Vasco
Campeão
Como o
Vasco tinha chegado com vantagem, jogava pelo empate. Mas não acreditávamos num
novo jogo sem vencedores. Eu e Serran assistimos o jogo onde fica o técnico,
quase dentro do campo.
Precisamente
ao lado do treinador do Vasco, o mais do que competente Flávio Costa. (Que
menos de 2 anos depois seria o técnico da seleção brasileira na Copa de 50. O
que já é outra história. Mas não custa lembrar, que além da competência
esportiva, Flávio Costa tinha curso superior).
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