Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

16.09.15
HELIO FERNANDES
Publicada em 19.06.14

Francisco reúne Peres e Abbas 

Foi emocionante e altamente positivo, assistir o presidente de Israel e da Autoridade Palestina, se abraçarem e se beijarem carinhosamente em pleno Vaticano. Apertaram as mãos, demoradamente, um perguntou pela saúde do outro.

Francisco firmou e confirmou sua liderança. Nenhum Papa, antes, teve essa ideia simples e ao mesmo tempo profunda, de juntar no Vaticano os dois presidentes. Já escrevi muito, desde a Tribuna da Imprensa, que os dois povos são os mais interessados na paz, que traria vida normal e democrática para todos. Só Francisco pode conseguir. 

“Fala sério” 

“Líderes” do PT, de Lula e de Dona Dilma, não escondem: “Estão pessimistas e desiludidos com a candidatura Padilha a governador de São Paulo”. Já escrevi que o ex-ministro da Saúde é o primeiro poste que o ex-presidente não consegue fazer penetrar nem 5 centímetros na terra. 

O problema: não existe substituto 

Esse é o maior temor. Maior do que esse só mesmo o presidenciável do PT para 2018. Não existe ninguém, nem mesmo que Dona Dilma seja reeleita. Analisando de forma objetiva, a conclusão é a mais negativa possível. Assim como Lula se projetava para 2014, vai se esvair para 2018. 

Clemenceau em 1917, economistas contra a economia, 100 anos depois 

Na equivocadamente chamada de Primeira Guerra Mundial, a França estava vencendo, (surpresa) quase chegava a Berlim. O acordo de 1917 na entrada de Moscou, resultou na paz em separado. Todos, Alemanha, Inglaterra, russos, franceses precisavam das tropas fora dali.

Os russos para vencerem a terrível guerra civil. Os alemães se defenderam. Inglaterra e França reforçaram o ataque a Berlim. O Primeiro Ministro da França, Clemenceau, desesperado, retumbou a frase eterna: “A guerra é importante demais para ser comandada por militares”. 

70 anos da invasão da Europa a inesquecível Segunda Frente 

No dia 6 de junho de 1944, depois do planejamento de mais de 1 ano, os americanos atendiam o apelo desesperado dos aliados da Europa. Incluindo a Rússia já União Soviética, contra Hitler, ainda poderoso, que fora massacrado pelos soviéticos.

Em 1943/1944, da mesma forma que o genial Napoleão Bonaparte em 1809/1810. Ambos não resistiram ao que se chamou de “general inverno”, até 50 e 60 abaixo.

Napoleão dizimado ainda no tempo da cavalaria, Hitler já na era das “panzer divisions”, as mesmas que entraram em Paris em junho de 1940. 

O general Marshall, líder civil e militar 

Chefe geral do Estado Maior das Forças americanas, acima dele só o presidente Roosevelt. Sua competência e liderança desmentiram o julgamento de Clemenceau. Eisenhower, chefe de gabinete é um produto e uma consequência da sua importância.

Marshall coordenou tudo, criou cinco locais onde poderia acontecer a invasão da Europa. Essa precaução, para que os alemães não se defendessem. Marshall sabia que eles se informariam dos planos da Segunda Frente mas não conheceriam o local exato. 

A tragédia do sacrifício de milhões 

Eles salvaram a democracia mesmo esfarrapada. Os “Mil anos do Reich”, prometido por Hitler, naufragaram naquele mar gelado. Os filmes que tratam do assunto, mostram de forma impressionante e até emocionante a luta daqueles bravos. Os alemães corriam de um lado para o outro, acabaram descobrindo o lugar correto. Perderam uma multidão de combatentes. E perderam também a guerra. 

Marshall não quis ser presidente 

Nenhuma ambição. Criou o Plano Marshall que livrou a Europa se “comunizar”. Bilhões de dólares jorraram. Seu nome surgiu naturalmente, Roosevelt morreu pouco antes. Com sua recusa apareceu Eisenhower, que ganhou fácil em 1952. Não fez nada durante 8 anos, mas deixou uma frase perfeita: “Agora eu sei porque o mundo é dominado pelo complexo industrial-militar”.

Apesar da frase e da constatação, nada mudou, tudo igual. Esse complexo cada vez mais poderoso. 
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