EUA: ISOLACIONISTA ATÉ 1941, HOJE
QUASE NO OSTRACISMO, SEGREGRACIONISTA, APAVORADO COM A VOLTA DO RACISMO, DOMINADO
PELO TERROR DO ESTADO ISLÂMICO.
19.09.15
HELIO FERNANDES
Publicada em 03.12.14
PARTE - I
Mudaram
muito. O único país do mundo ocidental, a conquistar independência pelas armas,
garantir a República pela insuperável solidariedade entre aquelas províncias,
(13 na época) que nem nomes tinham.
Em 1776
deflagraram a Independência, com aquele belo manifesto, escrito totalmente por
Thomaz Jefferson. Tão importante, que historiadores, mais tarde, analisaram e
definiram: “É o que de melhor já se escreveu em língua inglesa, excetuando Shakespeare”.
Exaltando Jefferson mas ressalvando Shakespeare.
Começaram
então a organização da República, tudo pela forma direta, nada era feito
indiretamente. (No Brasil tudo foi mistificação. A independência, uma farsa. A
Abolição da escravatura, prorrogação a favor dos senhores de engenho. A
República, golpe militar, militarizado e militarista, deturpado e derrotando
uma das mais brilhantes gerações de lutadores civis).
Depois da
vitória contra os ingleses, os americanos fizeram a maravilhosa Convenção da
Filadélfia. Durante meses e meses discutiram os assuntos que deveriam ser
debatidos e resolvidos na Constituinte, e os que de menor importância podiam
ficar por ali mesmo.
Quatro assuntos principais.
1 – O nome do
país. Só existiam províncias, nenhum estado. 2 – A Constituição deveria ter
maioria Federalista ou Estadualista? 3 – Duração dos mandatos presidenciais. 4
– O país deveria se voltar apenas para o desenvolvimento e o bem estar no resto
do mundo? Tudo era polêmico e controvertido, por isso colocavam na pauta da
Constituição.
1– Queriam
que o nome definisse o país, geograficamente e politicamente. Então decidiram
por Estados Unidos da América do Norte. O que antes eram estados unidos, em minúscula,
ganhou maiúscula. E a localização, América do Norte. Controversa, mas
contornável.
2 – A
primeira grande hostilidade, quase uma divisão. A maioria considerava que um
terço apenas da Constituição deveria ser Federalista, traçando as grandes metas
do país, organizando a ordem e a justiça, estabelecendo as metas nacionais.
Os outros
dois terços seriam obrigatoriamente Estadualistas, com independência total, Os
oito “países fundadores”, como eles mesmos se identificaram, concordaram depois
de meses de lutas e debates. A Constituição ficou sendo e continua até hoje, 30
por cento Federalista e 70 por cento Estadualista.
3 – A duração
dos mandatos presidenciais provocou o mais longo debate. Washington Jefferson,
J. Adams, Monroe, Madison, lutavam por mandatos de dois anos, sendo
prorrogação. Derrotados, propuseram três anos, finalmente quatro, Não ganharam
nada, a Constituição aprovou quatro anos ininterruptos, o que prevaleceu até
1952.
Todos esses
citados foram presidentes por oito anos, uma eleição e uma reeleição, não
quiseram mais, desistiram da vida pública. Outros não aceitaram o cargo como o
notável Benjamin Franklin. Indicado, recusou, explicou: “Eu só queria ter um
país que pudesse chamar de meu, continuar com as minhas invenções”. Continuou,
inventou o para-raios. Sua efígie (desculpe) está na nota de 100 dólares.
4 – Dos
pontos polêmicos esse foi o mais rapidamente resolvido. Os americanos queriam
se isolar do mundo, viver o mais confortável e mais longe de todos. A
Constituição foi promulgada em 1788, durante 11 anos viveram apenas para eles
mesmos, sem preocupações com o que acontecia do lado de fora.
Segunda-feira
(Parte final)
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