Temos um judiciário caro, hostil e lento
(...) “Quando se desrespeita o advogado respinga em todo
jurisdicionado, e quando o Judiciário desrespeita o jurisdicionado, desrespeita
a sua própria razão de ser; a justiça é para a sociedade e
não vice-versa. Daí que a justiça se mostra incapaz de promover a paz
social.”
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Com 108 milhões de ações tramitando, o judiciário
brasileiro se consiste no maior obstáculo visível para o desenvolvimento social
e econômico. Em meio a esse tsunami de ações, demandam grandes grupos
econômicos (Bancos, Instituições Financeiras e Multinacionais), o estado
(governo federal, estadual e municipal) com seu enorme complexo de empresas
púbicas e dos próprios governos.
As demandas ganham somas alarmantes, e se multiplicam
através de sentenças proferidas por juízes, que sequer tiveram a experiência de
convívio com a realidade nas relações de trabalho. O sistema capitalista faz vitimas
na área da saúde, transporte, habitação e atua nocivamente na engrenagem da
justiça, corroendo sua estrutura de tal forma, que contamina a crença de
milhões nos poderes constituídos.
Neste universo de leis e ordem, advogados não têm sido
violados em suas prerrogativas, e aturam vilipêndios que a nenhuma categoria
profissional deveriam ser impostos. O advogado militante, o "operário do
direito", o "artesão dessa profissão jurídica", cotidianamente
enfrenta a bem da verdade serventias judiciais abarrotadas.
São milhares de milhões de processos estagnados, das
audiências impontuais, para não falar das mais diversas idiossincrasias por
parte dos membros do Poder, dentre as quais a arrogância, insolência e ausência
de urbanidade. É nesse ambiente hostil que o advogado, na defesa dos interesses
do jurisdicionado, milita no dia a dia.
Quando se desrespeita o advogado respinga em todo
jurisdicionado, e quando o Judiciário desrespeita o jurisdicionado, desrespeita
a sua própria razão de ser; a justiça é para a sociedade e
não vice-versa. Daí que a justiça se mostra incapaz de promover a paz
social.
Embora o judiciário seja a porta para tentativa de solução de
conflitos, uma pesquisa realizada pela USP e pela UNICAMP, aponta que 55,3% dos
brasileiros não acreditam a fundo na justiça. Ainda, outra pesquisa pela (Vox
populi/cartacapital/Band), revela que 60 % não acreditam na justiça.
Na Justiça do Trabalho, cada processo novo tem um custo
médio de R$ 3.200. Na especializada nada mais dá certo. Os juízes na sua
maioria são negativistas, insolentes, xenófobos, e usurpadores das medidas.
Minha saudosa mãe já dizia, “quem não se da ao respeito, não pode ser
respeitado”. E por isso, a sociedade atribui baixo conceito da justiça.
Conforme as leis, o juiz, é o sujeito da relação jurídica
processual, e por isso deve se colocar acima e entre as partes, com
imparcialidade e a igualdade no tratamento das partes, observando o
contraditório, durante todo o transcorrer do procedimento, como forma de
resguardar a dignidade do seu oficio e do próprio Poder Judiciário. Mas as leis
servem para a sociedade e não para o representante do estado.
A bem da verdade muito se investe no judiciário brasileiro.
Em 2013, os gastos, alcançaram R$ 57,1 bilhões, contra R$ 53,3 bilhões em 2012.
Se os tribunais funcionassem, o pesado fardo financeiro até poderia não ser um
problema.
Não é o caso. “Nosso Judiciário é caro e não se reverte em
serviços prestados.
Ele não se vê como prestador de serviço público”, diz Luciana
Gross Cunha, coordenadora do Centro de Pesquisa Jurídica Aplicada da Fundação
Getulio Vargas de São Paulo.
O governo só deve
enviar a proposta de reforma na legislação trabalhista ao Congresso Nacional no
segundo semestre de 2017. Não
se sabe ao certo se o governo não quer elaborar
o texto de forma apressada, antes de apresentar qualquer sugestão a respeito,
ou debater a matéria com a sociedade, incluindo os trabalhadores e os
empresários.
Direitos como férias, 13º salário, Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS) e vales-transporte e refeição, e o repouso semanal
remunerado, segundo fontes do Planalto serão respeitados.
A jornada de trabalho elastecida para 12 horas por dia.
Considerada forte, e a maior ameaça e a troca do legislado pelo negociado, já é
anunciado como letra morta no governo.
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