A Tarefa
FERNANDO CAMARA
A exposição midiática do impeachment da Dilma saturou a sociedade de informações e de discussões, chegou ao final esperado por todos, mas não pode ser banalizado. Dilma foi posta para fora do poder num julgamento político, sustentado pela sua incompetência administrativa, por sua insuficiência de comunicação e pela total incapacidade de fazer articulações políticas sustentáveis com o Congresso e com os setores organizados da sociedade.
Repensar o sistema de governo, considerando a experiência do sofrimento vivido pelo País nos últimos dois anos é a tarefa número um que está posta aos pensadores que desejam um futuro menos atribulado para a Nação.
Há também de se repensar como devem ser as próximas campanhas eleitorais. A prática nos mostra que se permanecerem as regras eleitorais vigentes, o desconhecimento dos candidatos, o cerceamento dos debates e a inexistência das discussões de ações pela população se manterão... E só serão favorecidos os políticos que estão no poder.
Eduardo Cunha
O Governo se mostra competente para deixar o Congresso mobilizado e votar as questões de seu interesse. Assim fez nas Medidas Provisórias que estavam caducando neste mês. Limpou a pauta. A prioridade permitiu que os estrategistas da questão de Eduardo Cunha sacassem todos os adiamentos possíveis. O feitiço virou contra o feiticeiro e transformou a votação da cassação em pauta única para setembro.
O deputado subirá à tribuna para se defender, e eu desejo que ele fale tudo o que sabe e o que viveu, e passe a limpo o País. É certo que não escapará e terá ali a sua última oportunidade na tribuna.
Renan mostrou que, no Senado, ele manda chover e manda parar.
Lewandovsky permitiu a votação "fatiada" dos direitos políticos da (ex) presidente Dilma, e assim ele devolveu a "gentileza" a ela por ter lembrado do seu nome para ocupar a cadeira de ministro do STF. E, naquele episódio, o presidente do Senado mostrou ao Governo que ora se instala o seu poder político e numérico dentro do plenário. Renan deixou cristalino que qualquer causa, mesmo que justa, juridicamente óbvia e sob pressão da mídia, necessita dos votos que estão sob o comando dele para seguir em frente. Um recado que o governo entendeu.
Oposição
O Congresso pode ter de volta a atuação de uma oposição. Insana, mas oposição. Afinal, o PT agora volta às origens. O partido aliás, terminará a semana com uma reunião do diretório nacional em São Paulo, a fim de avaliar o quadro eleitoral e discutir a conjuntura.
A exposição midiática do impeachment da Dilma saturou a sociedade de informações e de discussões, chegou ao final esperado por todos, mas não pode ser banalizado. Dilma foi posta para fora do poder num julgamento político, sustentado pela sua incompetência administrativa, por sua insuficiência de comunicação e pela total incapacidade de fazer articulações políticas sustentáveis com o Congresso e com os setores organizados da sociedade.
Repensar o sistema de governo, considerando a experiência do sofrimento vivido pelo País nos últimos dois anos é a tarefa número um que está posta aos pensadores que desejam um futuro menos atribulado para a Nação.
Há também de se repensar como devem ser as próximas campanhas eleitorais. A prática nos mostra que se permanecerem as regras eleitorais vigentes, o desconhecimento dos candidatos, o cerceamento dos debates e a inexistência das discussões de ações pela população se manterão... E só serão favorecidos os políticos que estão no poder.
Eduardo Cunha
O Governo se mostra competente para deixar o Congresso mobilizado e votar as questões de seu interesse. Assim fez nas Medidas Provisórias que estavam caducando neste mês. Limpou a pauta. A prioridade permitiu que os estrategistas da questão de Eduardo Cunha sacassem todos os adiamentos possíveis. O feitiço virou contra o feiticeiro e transformou a votação da cassação em pauta única para setembro.
O deputado subirá à tribuna para se defender, e eu desejo que ele fale tudo o que sabe e o que viveu, e passe a limpo o País. É certo que não escapará e terá ali a sua última oportunidade na tribuna.
Renan mostrou que, no Senado, ele manda chover e manda parar.
Lewandovsky permitiu a votação "fatiada" dos direitos políticos da (ex) presidente Dilma, e assim ele devolveu a "gentileza" a ela por ter lembrado do seu nome para ocupar a cadeira de ministro do STF. E, naquele episódio, o presidente do Senado mostrou ao Governo que ora se instala o seu poder político e numérico dentro do plenário. Renan deixou cristalino que qualquer causa, mesmo que justa, juridicamente óbvia e sob pressão da mídia, necessita dos votos que estão sob o comando dele para seguir em frente. Um recado que o governo entendeu.
Oposição
O Congresso pode ter de volta a atuação de uma oposição. Insana, mas oposição. Afinal, o PT agora volta às origens. O partido aliás, terminará a semana com uma reunião do diretório nacional em São Paulo, a fim de avaliar o quadro eleitoral e discutir a conjuntura.
Esquisito
O ministro da AGU, Fábio Osório Medina, foi posto para fora do Governo. Atirou, alardeando que o motivo foram os pedidos de informação ao STF, dos envolvidos na Lava Jato, para fins de ressarcimento que o ministro Teori concedeu. Aguardo as necessárias explicações do Governo.
Dilma se foi...
Manifestações de rua contra Temer continuam, e continuam com os mesmos "militantes" partidários subtraídos dos militantes merendeiros, aqueles que seguiam as manifestações em troca de R$ 50,00 acompanhados do pão com mortadela. Mas estão politizando com a proposta de novas eleições diretas para presidente.
Carmen Lúcia tirará o sono do Governo Temer
No STF de Carmen Lúcia existem cinco ações pedindo solução quanto a interpretação da indissolubilidade da Chapa Dilma /Temer. Em uma das ações, pede-se o ressarcimento e questiona-se a validade dos Planos Econômicos. A ação, já ganha pelos governadores, a das Dívidas dos Estados está em fase de conclusão.
Ela tomou posse hoje, com uma postura diferente daquela adotada pelo antecessor, é contra o aumento do salário dos ministros do STF nesse momento delicado da economia. O funcionalismo já teve seus aumentos no período de interinidade de Temer, mas os ministros não. A tendência, depois da saída de Lewandowski, é o assunto ficar na gaveta.
PPI, a próxima fronteira
Para tentar retomar a economia, o governo lança hoje o programa de parceria de investimentos, com uma rodada expressiva de concessões em várias frentes: rodovias, ferrovias, portos, aeroportos. É a maior aposta do governo Temer para reanimar investidores.
A Lava Jato não acabou!
A Operação Greenfield que investiga os malfeitos nos Fundos de Pensão sinalizou um prejuízo maior do que o da Petrobras. Para completar, essa semana tem depoimento de Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro. Vejamos os próximos capítulos.
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