SEM DILMA E CUNHA, O BRASIL AINDA É O MESMO. ELEIÇÕES DE
OUTUBRO ANIQUILA O PT E REVELARÁ NOVAS LIDERANÇAS POLÍTICAS. LAVA JATO NO
CAMINHO CERTO. DEVIDO PROCESSO LEGAL É LETRA MORTA NO STF.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
O impeachment de Dilma
Rousseff assim como a cassação de Eduardo Cunha constitui uma oportunidade para
a implantação da razoável e comprometida socialmente política/administrativa no
Brasil.
A Lava Jato em que pese sinais de desconfiança e também
pelos exageros, pratica que se tornou uma constante dos membros do (judiciário,
da polícia federal, civil e Ministério Público), está cumprindo esse papel e
não pode parar. A sangria dos corruptos tem que continuar.
Citado aqui nesta obra o Supremo Tribunal Federal (STF),
permeia altos e baixos, mais talvez por sua composição de membros, cujo
histórico, justificam atitudes desprezíveis.
O Estado brasileiro iniciou, mesmo de forma conturbada, a
sutura para que as lesões ocasionadas pelo alto índice de criminalidade nos
mais alto escalão da política nacional, no judiciário, nos meios financeiros,
nas instituições governamentais e no varejo da periferia, contaminada desde o
primeiro aos últimos escalões da República.
O resultado dessa metamorfose é assustador e devastador,
empobrece nossa economia, respinga no social, e causa enorme lesão aos milhões
de brasileiros, que representam 99% da população, enquanto um grupo “seleto”,
que enriqueceu com falcatruas.
Quero que me apontem com seriedade uma só riqueza neste
país, que não tenha origem no mundo da criminalidade, seja pública, seja
privada. A falência moral do Estado e um mal tão venenoso que contamina os mais
conservadores dos cidadãos.
Mantemos um modelo colonial de valores, passando pelo
rançoso sistema político-econômico brasileiro, ancorado em desgastadas e
apodrecidas estruturas de uma provecta criminalidade organizada.
Onde, temos registro da expropriação de terras indígenas
(capitanias), massacre de índios, ordenada pela corte portuguesa, um
descobridor, malfadado e criminoso de origem, a qual nunca mais, desde então
nos brasileiros, não desatamos o nó da dependência, hoje atrelada a novos
capitais, pela via da dolarização e da adoção de linha de pensamento liberal,
porém discriminatória, de um liberalismo de elite.
Agora no frenesi do impeachment, tão necessário e
claramente, apropriado, desde o sinal de alerta com o escândalo do mensalão
envolvendo festejadas figuras da pseuda esquerda brasileira, de Lula, José
Dirceu e José Genoíno, as praticas criminosas nos governos de FHC, Lula e Dilma
Rousseff, grupo de políticos que enganaram a sociedade de tal forma, que muitos
ainda acreditam em “santinhos de pau oco”.
Com
105 condenações que somam mais de 1.140 anos de prisão, a Lava Jato faz o
Brasil acreditar que é possível trancafiar endinheirados e poderosos. Nas celas
de Curitiba estão ministros e tesoureiros do PT, empreiteiros, doleiros. Mas
não consegue pegar políticos com mandato, detentores de foro especial por
prerrogativa de função, vulgo foro privilegiado.
Trata
de uma excrescência que beneficia mais de 22 mil pessoas – do presidente da
República e seus ministros a governadores e prefeitos, além de senadores e
deputados, magistrados – algo em torno de 16 mil. E até vereadores e delegados,
em alguns tipos de crimes. O foro especial não é uma invenção tupiniquim.
Existe em vários lugares do mundo. Mas quase sempre limitado a um tipo de
processo – normalmente correlato à função exercida pelo beneficiado, portanto
administrativo.
Em junho de 2013, uma multidão de indignados foram nas
ruas para dizer “vocês não nos representam”, mas não foi suficiente para que
Lula não se empenhasse na reeleição da comadre Dilma Rousseff, ex-militante da
guerrilha urbana, (essa e a forma que ela se apresenta curricularmente) cuja
história não se coaduna com a postura de uma governante, que teve uma eleição
dividindo o país, e precisaria superar seu próprio dilema.
Mais do que a Lava Jato em efervescência, o STF
simplesmente ignora o “devido processo legal”.
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