Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 30 de junho de 2015


SEM O GOLPE DE 64, JK, BRIZOLA E LACERDA SERIAM PRESIDENCIÁVEIS EM 65. DEL NERO, HUMILHADO E APAVORADO DEFENDE DUNGA.

HELIO FERNANDES
30.06.15

Assim que Joaquim Levy subiu ao palco, começou a circular: o Brasil enfrentava a possibilidade de ser REBAIXADO, expor causa de economia. Antes de Ricardo Pessoa.
Agora o Brasil enfrenta não possibilidade, mas a realidade de ser REBAIXADO, por causa da política. Depois de Ricardo Pessoa.

A confusão é geral. (Machado de Assis). Mas se viesse tormenta, acreditavam que só poderia aparecer (e assustar), pelos lados da economia. Inflação invencível, PIS negativo, juros cada vez mais altos, desconfiança de empresários, desemprego assustador, falta de investimento, crescimento, consumo e desenvolvimento.

Para tudo fingiam que tinham resposta, apesar da impopularidade da presidente ser tão alta, que ela implorava: "Na próxima pesquisa pelo menos 10 pessoas ouvidas apoiassem meu governo". Ficou nesse limite, embora fosse terrorismo. Pelo menos acreditam nisso.

Agora está lendo um novo roteiro, pode ler mas não vai influencia-lo de jeito algum. O autor do roteiro não tem muita imaginação, mas que arquivos, que montanha de documentos acumulou. E todos eles, mesmo lendo apressadamente, colocam o Tribunal Superior do Trabalho (TSE) no centro dos acontecimentos.

Uma parte grande do primeiro time da política brasileira, diante dos fatos e do volume das acusações, só tem uma resposta: "Está tudo registrado no Tribunal Eleitoral”.

Deve estar mesmo, só que o TSE não investiga a fonte do dinheiro. Agora tem elementos para localizar tudo, não inocente ninguém.

Essa questão vai longe, mas não no caminho da impunidade.

Suprema Corte dos EUA.

Tem nove juízes vitalícios. Há mais ou menos 13 anos está dividida que os conservadores, quatro progressistas, o presidente decide, geralmente por 5 a 4. Esta semana, duas decisões importantes. Uma de caráter interno, que estava parada desde 2010. Obama mandou projeto ao Congresso, permitindo que o Executivo (presidente da República) financiasse planos de saúde.

O Congresso vetou, o recurso á Corte levou cinco anos. A votação ficou 3 a 3, o quarto a votar era um conservador inovou, ficou 4 a 3 a favor do recurso. Aí o progressista fez 5 a 3, o presidente 6 a 3. Um avanço para milhões de pessoas.

Quatro dias depois, entrou em pauta, um projeto de repercussão mundial, e que esperava julgamento há anos e anos: autorização para casamento oficial entre pessoas do mesmo sexo. 14 estados (entre 50) já decidiram a favor. Agora vale para todo o país a decisão da sexta feira, 5 a 4, anula e revoga tudo o que já aconteceu nos estados.

As duas decisões coincidem com o que Obama defende, o que favorece os Democratas na eleição de 2016, Problemas para os Republicanos, que estão na contramão da Suprema Corte, e da vontade da opinião pública, constatada em pesquisa isenta. Precisam explicar, não podem mudar nada.
A propósito: qualquer cidadão, indicado á Corte pelo presidente da República, aprovado pelo senado, empossado, sabe que nunca presidirá a Corte. O presidente é vitalício, não ha rodízio como no Brasil. (Não estou nem julgando, apenas comparando duas realidades).

O juiz Hendell Holmes presidiu  a Corte por 34 anos, criando o que se chamou de “Corte Holmes”. Aposentado, participou da Comissão que investigou o assassinato do Presidente Kennedy.

Resposta.

Celina Policarpo quer saber se Carlos Lacerda seria presidente. É difícil responder depois de 38 anos da sua morte, principalmente por causa deste enigmático SERIA. Uma coisa é certa porque já era realidade há 51 anos. (1964). Ele e Juscelino seriam candidatos a presidente em outubro de 1965, se não tivesse havido o golpe.

Juscelino passou o governo a Janio em 1960, e na transmissão, oficialmente lançou sua candidatura para dentro de cinco anos. Só o ciclo democrático desta República cheia de interrupções e sem eleições, o “trafego peralta”, já tramava com militares golpistas e ambiciosos, a denuncia para voltar com “plenos poderes”.

Carlos Lacerda era candidatissimo, podia não ganhar (eis uma parte da resposta para a tua pergunta), mas já estava lançado, tinha um partido, a UDN, que também queria que fosse candidato.

Os governadores dos maiores estados eram candidatos, (Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto, Mauro Borges, Ney Braga, Brizola) e mais Juscelino, possivelmente concorreriam. Com a posse de João Goulart, que começo logo a conspirar surgiram os militares. E deu no que deu, 21 anos perdidos, e até hoje não recuperados, e um futuro cada vez mais incerto e duvidoso.
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Liomar Nascimento perde tempo com uma pergunta desnecessária, quer saber se sou de esquerda, centro ou de direita. Vou completar 94 anos, já fiz 80 de jornalismo. Digamos que tenha levado 10 anos de formação, com 254 anos para a Revista “O Cruzeiro”, a cobertura da constituinte que promulgou a bela Constituição de 1946.

Foi histórica para o Brasil e para a minha carreira. A partir daí dirigi jornais e revistas, inovei, atuante, participante, beligerante cassado em 1966 quando era candidato a deputado pelo MDB da oposição à ditadura.

Com a volta da suposta democracia, em 1980, Brizola me convidou para candidato a senador, ele governador. Logo depois, Tancredo Neves, candidato a governador de Minas,  também me convidou para senador, aceitei. No lançamento da minha entrada no seu partido, afirmou e informou com aquele vozeirão: “Estamos incorporando ao partido o jornalista Hélio Fernandes, candidato a senador e o maior oposicionista que o Brasil já conheceu”.

Logo depois Figueiredo extinguia os partidos, o quadro mudou completamente.

PS- Marco Paulo também Del Nero, fugido da Suíça 12 horas depois da prisão do amigo, sócio e vice Marin, vai embora sem votar, lá eles prendem mesmo. Ilhado mas não ilibado, humilhado no Brasil, não pôde ir ao Chile, lá levam a sério a extradição.

PS2- Depois de tudo o que houve com Dunga afirmando que os “afrodescendentes” gostam de apanhar, do vexame com a Venezuela e o Paraguai, Del Nero resolve defende-lo, ”o técnico não tem culpa alguma, a culpa é dos jogadores”.

PS3- Dentro de campo, o que os jogadores podiam fazer se o técnico colocava no segundo tempo, contra a Venezuela, quatro zagueiros e três volantes dentro da área? Repetindo: contra a Venezuela.

PS4- Nos pênaltis não inclui Robinho e Dani Alves. Escala um garoto reserva, posto em campo aos 41 minutos, lógico, o primeiro a desperdiçar o pênalti. De quem é a culpa?
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