SE O JUIZ PODE GANHAR
170 MIL MÊS, PORQUE O PARLAMENTAR TEM QUE GANHAR MENOS? AFINAL MOROSIDADE E DESRESPEITO COM O POVO. É IGUAL. ENTÃO APLICAMOS O PRINCÍPIO DA ISONOMIA.
LAMENTÁVEL! É UM DESATINO COMPLETO.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
16.06.15
O jornal internacional “El País-Brasil”,
descortinou de vez o que todos os brasileiros já sabem. Os Estados mais pobres do país são os que
mais gastam com seus parlamentos. Um levantamento feito pela ONG Transparência
Brasilmostra que quanto menor o Produto Interno Bruto (PIB) do local, maior é o
gasto com as Assembleias Legislativas. O mesmo vale para as Câmaras Municipais
das capitais.
Dessa forma, cada cidadão de
Roraima acaba pagando anualmente 352 reais para garantir o funcionamento de sua
principal casa de Leis, que tem 24 deputados estaduais. O valor é 15 vezes
maior do que em São Paulo, onde há 94 parlamentares e o contribuinte paga, por
meio dos impostos, 23 reais anuais.
Ocorre ainda que o salário
dos parlamentares é igual em 25 das 27 unidades da federação, independentemente
de quão pobre é a região. Algo que não ocorre no mercado formal. O valor é de
25.322 reais, 75% do que recebe um deputado federal, conforme prevê a
legislação, que define um teto salarial. Além disso, esses parlamentares também
recebem uma série de benefícios que eles mesmos estipulam para si e acabam
inflando seus vencimentos. “Parece que há alguma distorção”.
A pergunta que a gente faz
é: por que em Estados e municípios pobres um deputado estadual e um vereador
precisam receber uma verba tão grande que é maior do que um representante de um
Estado mais rico?
De acordo com o levantamento, a média do PIB das 13
capitais mais ricas é de 35.306 reais por ano. A quantia é mais do que o dobro
das 13 capitais mais pobres, (que tem média de 15.953 reais). As Câmaras
Municipais destas, no entanto, gastam por vereador 16% a mais com salários,
auxílios e verbas indenizatórias do que as capitais com os maiores índices de
PIB per capita.
Mas a cúpula da política brasileira, os tribunais
superiores, também despreza a opinião pública. O fato é que os mais altos
salários do planeta são pagos ao judiciário, o executivo e o legislativo
brasileiro.
A corrupção,
caracterizada por Max Weber como um fenômeno do estatismo, não é recente. A
corrupção estrutural teve origem no processo de colonização portuguesa, nas
gestões governamentais do Estado-Novo e, mais recentemente, durante os anos
sessenta e setenta durante o período de modernização nos governos militares,
sustentou Weber.
Em seu relatório
anual, o World Economic Forum’s Global Competitiveness, com sede na Suíça,
utilizando indicadores de instituições, infraestrutura e política econômica,
classificou o Brasil em 48º lugar entre 49 nações, atrás da Venezuela e a
frente somente da Rússia, no que se refere a competitividade global.
Agora pergunte para a
presidente Dilma Rousseff e seus 39 ministros, se eles estão de fato preocupados
com isso? A máquina pública brasileira consome a soma astronômica de 200
bilhões por ano, e quem paga essa conta é a sociedade.
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