CARLOS
MARIGHELA BRILHANTE, JÁ ALERTAVA SOBRE A CRISE DE HOJE. DILMA NÃO FALA, NÃO
ENXERGA E NÃO HOUVE, É UM ROBÔ SEM BATERIA. A CUT ESVAZIADA, JÁ ERA MESMO. E O
LULA, ESPECULA-SE ESTEJA ENGENHANDO UM NOVO PARTIDO. QUER FILIAR JOVENS E
APOSENTAR “MEDALHÕES MOFADOS”.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
30.06.15
Retomando minhas pesquisas, encontrei este
trabalho teórico do revolucionário Carlos Marighela escrito em 1966 no qual analisa a conjuntura nacional
a partir da estrutura de classes do Brasil mostrou o descontentamento da cúpula
do PCB o que lhe custou à expulsão do
Partido em 1967.
No texto ele ressaltou:
(...) “O golpe de primeiro de abril sobreveio, e tornou-se vitorioso, sem que
as forças antigolpistas, e entre elas os comunistas, pudessem esboçar qualquer
resistência. A única resistência de massas organizada contra o golpe foi à
greve geral, mesmo assim sem condições de prosseguir, em virtude do despreparo
geral”.
A falta de resistência ao
golpe prendeu-se, assim, ao nosso despreparo. Despreparo político e sobre tudo
ideológico. Despreparo dos comunistas como de toda a área antigolpista –
assinalou: E acrescentou: (...) “Quanto aos comunistas, à resistência tornou-se
impossível porque nossa política — no essencial — vinha sendo feita sob a
dependência da política do governo”. Quer dizer, sob a dependência da liderança
da burguesia, ou melhor, do setor da burguesia que ocupava o poder.
Tal posição contribuiu para
quebrar a autoridade e anular nossa força, uma e outra necessárias quando se
trata de influir na frente única, levá-la à consolidação, paralisar as áreas
vacilantes e exercer um nítido papel ideológico diante dos setores mais
radicais da pequena burguesia.
Quando a liderança do
proletariado se subordina à liderança da burguesia ou com ela se identifica, a
aplicação da linha revolucionária sofre inevitavelmente desvios para a esquerda
e a direita. Pois, nesse caso, falta o lastro ideológico, único recurso capaz
de impedir o desvio dos rumos da revolução.
As criticas de Marighela se
ajustam ao quadro que se encontra o Partido dos Trabalhadores, que desde a sua
primeira ascensão ao Poder através da eleição de Lula da Silva, “deu as mãos
para a burguesia fascista”, representada na oportunidade, por José Sarney,
Antonio Carlos Magalhães e outros da extrema direita.
Ele alertou seus
companheiros para o que entendia acontecer eis que (...) tais resultados podem
ocorrer em consequência da desastrosa política econômico-financeira do governo,
das concordatas, do desemprego, da carestia, da submissão ao Fundo Monetário
Internacional, da política antioperária, da política de entrega e submissão aos
Estados Unidos e, paralelamente, do crescimento das lutas de massas.
Veio o junho de 2013, as
consequentes manifestações de massa, a força do advento da mídia eletrônica e
redes sociais, até agora, o desequilíbrio e o descompasso do terceiro Poder de
Lula, mal representado por Dilma e seus apoiadores (leia-se banqueiros), e mal
defendido por Lula, que ainda não encontrou o pomo do discurso adequado para
unir o PT – ou melhor, reunir o PT, ora esfacelado, com suas múltiplas
correntes.
Muita se especula em torno
do futuro do PT. Sem Dilma, (uma ausente flagrante). Mercadante desolado, ineficiente e sem liderança,
o que aliás nunca teve. Gente opaca, sem brilho, que se elegeu no calor da militância, que hoje
está dividida, esfacelada e desacreditada. A CUT (braço direito do PT, está
perdendo dezenas de sindicatos para as concorrentes sindicais). E Lula, já se
especula, e muito, estaria formatando ao lado de figuras de proa do PT, um novo
partido. Iria “rifar” medalhões “mofados”. Quer dar espaço aos jovens na
política. Será?
O fim dessa estrada, sabemos
onde vai dar. A direita extremista assiste passivamente e acalenta este estado
débil, onde já aproximadamente 10 milhões de brasileiros estão fora do mercado
de trabalho. E seus financiadores, se “lambuzam” com adocicados e extorsivos
juros, e esperam soberbos que a terceirização os contemple de forma gradual e total. vai ser duro de ver isso!!!.
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