LULA
COMANDA O ESPETÁCULO. O ILUSIONISMO DO MINISTRO DO PLANEJAMENTO.
HELIO FERNANDES
25.06.15.
Governo,
oposição, opinião pública, órgãos de comunicação das mais diversas tendências,
chegam á mesma conclusão: o país vive a mais completa crise. Política,
econômica, financeira, ética, moral. Não existe otimismo ou pessimismo, apenas
realismo, que coloca o país á beira do precipício, vizinho da falência.
E o
maior sintoma de tudo isso, uma espécie de resumo, surgem de duas realidades. A
"salvação" da lavoura viria de um ledo "ajuste fiscal", que
seus autores ou inventores não sabe justificar muito bem ou não conseguem
explicar onde começa, se impõe, não salva coisa alguma ou surpreendentemente se
complica.
A
outra vertente, inédita em toda História do Brasil leva á prisão os mais
poderosos empresários. E como consequência ameaça com punições radicais, políticos
colocados no mais alto da hierarquia. incluindo ex-presidentes e até a
presidente que está no Poder. O "eu não sabia de nada" completamente
desmoralizado, o pânico é geral.
Nesse
momento de confusão geral no qual até as pesquisas confundem e se contradizem,
aparece o ex-presidente Lula, que quebra o silencio com o estardalhaço da sua
palavra. Superando todos os outros assuntos, se colocando acima de tudo ou de
todos.
Surpreendidos
com o fato de o ex-presidente ocupar o parlatorio diariamente, tentam
interpretá-lo, não conseguem, mas produzem pelo menos umas "300
versões". Algumas realmente impagáveis. Outros provando o país está
realmente com falta assustadora de analistas ou comentaristas. O que apresentam
é alarmante pelo fato das conclusões estarem distantes di que pretende o
ex-presidente.
Transcrevo
apenas duas pretensas conclusões a respeito do que Lula tem falado. Uma
editorial, conclusão e pessoal, desgastando o nome do próprio jornalista que
clamorosamente veiculou a tolice.
A versão
editorial do alto da página: “Lula vira critico feroz da própria obra, Há! Há! Há!”.
Exatamente o contrario. O ex-presidente tenta salvar o PT, Dona Dilma e a sua
volta ao Planalto em 2018. Preferiu estratégia que confundisse a todos,
conseguiu. O que não significa que tenha chegado ao resultado pretendido.
O equívoco
individual do jornalista: “O momento Gorbatchov de Lula”. Nenhuma semelhança
entre os dois personagens. E a União Soviética de 1991 e o Brasil de 2015,
distantes geográfica e politicamente.
Gorbatchov,
último ditador da Revolução autentica que destruiu o Socialismo, traiu o país,
se entregou aos americanos, vive nos EUA, confortável e luxuosamente até hoje.
Foi o primeiro a pronunciar a palavra “glasnost” (abertura democrática) enganou
a todos.
Convocou a
primeira eleição dieta da Rússia e da União Soviética. Entregou o poder ao bêbado
e desequilibrado Yeltsin, se candidatou a presidente. Os EUA apoiava os dois.
Queriam Yeltsin no poder, pois esparramados nos salões, desmoralizava o regime
socialista, que estava acabando.
E precisava
de Gorbatchov no poder, era o compromisso, e ajudava a dar um fim á espantosa “Guerra
Fria”, que tendo começado em 1948 com o riquíssimo “Plano Marshall”, já se
alongava por 53 anos. Só que Gorbatchov, tido por ele e pelos americanos, como
favorito, teve UM POR CENTO DOS VOTOS, foi mais rapidamente para os EUA. De
onde nunca mais saiu.
Lula é
completamente diferente. E bem capaz de nem saber que é ou quem foi Gorbatchov,
como compara-los? Lula assumiu o comando de tudo, goste ou não goste. Em vez
das 300 versões que aplicaram tentando explicar a reentrada de Lula no centro
dos acontecimentos, essa reaparição com apenas três objetivos.
1-Reconquistar espaços, se colocar novamente
debaixo dos holofotes, não por concessão e sim por conquista.
2- Escapar da Lava jato. Sabe
muito bem que o depoimento de Ricardo Passos, (que levou á prisão dos poderosos
senhores da Odebrecht e Andrade Gutierrez) não o deixa em situação confortável
e até de impunidade.
3- Cuidar
da recuperação para 2018. É suficientemente lúcido para perceber que não é mais
o Lula de antes, e que tudo que está acontecendo tem como base a sucessão de
2018.
(Amanhã
examinarei essas três versões, o que representam, e o seu desenvolvimento).
Resposta.
Zudgari
José de Barros Paes Coelho lembra do Brizola e de sua obsessão pelo ensino em
tempo integral. E diz satisfeitíssimo: “Aqui na Bahia, município do Andaraí, o
prefeito Wilson Paes Cardoso, implantou o mesmo sistema”.
Fala que
os alunos entram ás 7 da manhã, saem ás 5 da tarde, estudam, têm cinco
refeições, tomam banho, cumprem um programa completo. Zudgard, isso é a chave
para o sucesso da "Pátria Educadora", como acontece nos mais diversos
países.
O famoso
jogador da seleção da França, Thierry Henry, cansado de perder para o Brasil,
fez o seguinte comentário na televisão: "Nós na França estudamos 10 horas
sem sair do colégio. No Brasil são apenas três ou quatro horas, podem dedicar o
resto ao futebol". Queria depreciar o Brasil, mas falava a verdade.
PS- O
Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou sem o menor constrangimento:
"O Brasil voltará a crescer no quarto trimestre”. Quer dizer: dentro de
três meses. É um falso otimismo, sem qualquer base na realidade.
PS2- A
inflação cresce incessantemente, o BC informa que vai cair "em 2015",
não explicou em qual dos doze meses. Os juros, avassaladores. O consumo caindo,
ninguém tem dinheiro. Falta confiança, investimento, programa de governo.
PS-3 O
Ministro da Fazenda não fez promessas apenas insiste nesse milagroso
"ajuste fiscal", que teria uma prioridade: aumentar o "superávit
primário". Que é o que chamou de "economia para amortizar a
dívida".
PS4- Pois
anteontem Dona Dilma recebeu a comunicação oficial: a dívida atingiu 2 TRILHÕES
e 300 BILHÕES. Não dá para fazer a conta da altura do “ajuste fiscal” para
amortizar a dívida. A parte não amortizada é "jogada" em cima do
total, aumentando a necessidade de mais economia para menos amortização.
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